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3 DENUNCIAÇÃO DA LIDE

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3. Intervenção de Terceiros: DENUNCIAÇÃO DA LIDE
UNIPAC 2019-2
PROCESSO CIVIL I
 A DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
(arts. 125 a 129);
São três as características fundamentais da denunciação da lide:
a) É forma de intervenção de terceiros, que pode ser provocada tanto pelo autor quanto pelo réu, diversamente do chamamento ao processo, que só pode ser requerido pelo réu. 
b) Esta amplia o objeto do processo. O juiz, na sentença, terá de decidir não apenas a lide principal, mas a secundária. Por exemplo: em ação de acidente de trânsito, em que há denunciação à seguradora, o juiz decidirá sobre a responsabilidade pelo acidente, e a da seguradora em reembolsar o segurado.
c) Todas as hipóteses de denunciação são associadas ao direito de regresso. Ela permite que o titular desse direito já o exerça nos mesmos autos em que tem a possibilidade de ser condenado, o que favorece a economia processual.
O instituto da denunciação da lide ocorre
quando o autor ou o réu chama um terceiro para integrar o processo. 
O denunciante é quem denuncia o terceiro ao conflito, enquanto que este último (terceiro) é o denunciado. 
Hipóteses de cabimento
Risco de evicção:
É a hipótese do art. 125, I, do CPC. A denunciação deve ser feita ao “alienante imediato (último que transferiu o domínio), no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam”.
A evicção, fenômeno civil relacionado aos contratos onerosos, ocorre quando o adquirente de um bem perde a propriedade ou posse da coisa adquirida, atribuída a terceiro. 
O exemplo mais comum é o que decorre da aquisição a non domino, feita a quem não era o proprietário da coisa.
non domino: venda realizada por quem não é proprietário do bem, sem a necessária autorização do titular do direito de propriedade.
Há evicção, por ex., quando 'A' adquire de 'B' a propriedade de um imóvel, mas, posteriormente, vem a perder essa propriedade, por força de sentença, proferida em ação que lhe foi movida por 'C', declarando que a compra e venda feita entre a 'A‘ e 'B‘ seria inválida, pois 'C' seria o verdadeiro proprietário do imóvel – e não 'B', quem, portanto, não o poderia ter vendido para 'A'.
A vítima de evicção (A) dispõe de direito regresso contra aquele que lhe transferiu o bem perdido (B);
 direito de cobrar a devolução do preço ou outra contraprestação dada em troca do bem, acrescida de indenização por eventuais perdas e danos.
Em geral, a forma mais eficiente de se exercer o direito de regresso é por meio da denunciação à lide, que, simplificadamente, é uma espécie de convocação do alienante do bem (B) para participar de ação, movida por terceiro (C) contra o adquirente de tal bem (A), da qual possa resultar evicção. 
no caso do exemplo
seria a convocação de 'B' para participar da ação movida por 'C' contra 'A'). A vantagem da denunciação à lide é que, se vier a ser proferida sentença decretando a evicção, essa mesma sentença também condenará o alienante do bem perdido (B) a devolver o preço (ou outra contraprestação recebida) e a indenizar o adquirente (A).
Com isso, evitam-se dois problemas: O primeiro é que a vítima de evicção, após o final do processo em que decretada a perda de seu bem, tenha que ajuizar uma nova – e, muitas vezes, demorada – ação contra o alienante para exercer seu direito de regresso. 
E o segundo é que, nessa nova ação, que é autônoma em relação à de evicção, venha a ser proferida sentença declarando válida a alienação do bem e negando o direito de regresso, hipótese na qual o adquirente ficaria no pior dos mundos: perderia o seu bem e não receberia de volta o preço ou qualquer outra contraprestação.
EM SUMA: 
Aquele que alega ser o verdadeiro dono pode ajuizar ação para reaver o bem, que está com o adquirente. Se ele for condenado a restituí-lo, terá sofrido evicção, com a perda da propriedade ou posse da coisa adquirida, pela qual pagou. 
O adquirente tem direito de regresso contra o alienante, para reaver o dinheiro que pagou pela coisa da qual ficou privado, já que foi reconhecido que o terceiro era o verdadeiro dono.
A evicção tem sempre três personagens:
alienante,
adquirente, e 
terceiro, que se levanta na condição de verdadeiro titular. 
Imaginemos que:
ANTONIO seja o terceiro, 
BATISTA o adquirente e
 CLAUDIO o alienante
AÇÃO REIVINDICATÓRIA
B
C
A
O terceiro Antônio, que se intitula proprietário, ajuizará ação para reaver o bem em face do adquirente Batista, que é quem o tem consigo.
 Citado, o adquirente estará correndo risco de evicção, porque, se procedente a reivindicatória, terá de restituir o bem. 
Para que, caso a evicção se consume, ele possa, no mesmo processo, exercer o direito de regresso contra o alienante Claudio (que terá de restituir o dinheiro) fará a ele a denunciação da lide. 
Ela é requerida quando a evicção ainda não ocorreu, mas há risco de que ocorra. Há duas possibilidades: a reivindicatória pode ser acolhida, caso em que o juiz decidirá se B tem ou não direito de regresso em face de C, julgando a denunciação da lide; e pode não o ser, caso em que a denunciação ficará prejudicada, porque a evicção não se consumou.
Restará ao juiz julgá-la extinta sem resolução de mérito, por falta de interesse superveniente, já que, com a improcedência do pedido principal, o da denunciação perdeu o objeto.

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