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A proposta da Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI) terá como temática: Lazer, Aprendizagem, Inclusão e Acessibilidade de crianças com deficiência. Escolhemos esta temática para possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre e, também, para que possa consolidar uma consciência a respeito da inclusão social das crianças com deficiência.
Ao longo da história da humanidade, a representação da pessoa com deficiência foi
influenciada pela cultura da sociedade vigente em diversos períodos, passando por fases abandono, extermínio, castigo, escravidão, segregação, integração e inclusão. Segundo Fernandes (2011, p.133) “a trajetória do indivíduo com deficiência é marcada por preconceitos e lutas em favor do direito à cidadania, de acordo com cada cultura dentro das sociedades”. O movimento de inserção de alunos público alvo da educação especial (PAEE), em escolas regulares, ocorre há décadas, de forma não gradativa e pouco estruturada. Com o advento da Declaração de Salamanca (1994) o direito à escolarização desses alunos, no ensino regular, tem sido marcado por fases de transformações, chegando até o paradigma atual da inclusão. O grande marco legal na história da inclusão do Brasil foi a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) que assegura a inclusão de alunos PAEE: com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, no ensino regular. No que se refere ao ponto de vista educacional, os desafios em relação à inclusão são diversos, entre eles a questão da acessibilidade, pois as instituições de ensino têm que lidar com a eliminação de várias barreiras, desde as arquitetônicas até as comunicacionais e atitudinais. De acordo com a Lei 13.146/15, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, acessibilidade é a possibilidade e a condição de alcance, para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público e privado de uso coletivo, pelas pessoas com deficiência. Do ponto de vista social, ela é um dos instrumentos essenciais para que as pessoas com deficiência exerçam seus mais variados direitos na convivência com os demais cidadãos.
No artigo 3º desta lei, são estabelecidas as seguintes definições:
II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; 
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias;
V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;
(...)
VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico; 
VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos,
superpostos ou adicionados aos elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; (BRASIL, Lei 13.146 de 6 de julho de 2015).
No Brasil existem alguns projetos que lutam pela implementação dessa legislação. Dentre eles, destacamos o Projeto LIA (Lazer, Inclusão e Acessibilidade), uma iniciativa da sociedade civil que busca difundir a importância da inclusão também na diversão e promove ações junto ao poder público para cobrar a implantação de brinquedos adaptados em espaços públicos, para que as crianças com deficiência possam brincar juntos às demais crianças, e assim promover a inclusão social.
As pessoas com deficiência têm assegurados por lei o direito à educação, à saúde, ao trabalho, e o projeto LIA vem lembrar que elas também têm o direito ao lazer e amparo à infância. As crianças com deficiência têm necessidades específicas e os brinquedos existentes nos parques públicos hoje não são preparados para atendê-las.
As crianças com mobilidade reduzida e/ou com alterações sensoriais e intelectuais precisam de brinquedos seguros, que tenham estrutura e travas para sustentar a cadeira de rodas, brinquedos que ampliem as experiências motoras, cognitivas e sensoriais e que gerem sensações prazerosas.
Segundo Kishimoto (2011), o brincar é uma das coisas mais importantes para a aprendizagem e desenvolvimento de qualquer criança. Nesse sentido, podemos voltar nossa atenção para o papel da escola diante dos direitos das pessoas com deficiência. A escola deve trabalhar com a acessibilidade viável nas áreas comunicacional, arquitetônica, programática, metodológica e atitudinal, tanto na sala de aula quanto nas demais dependências da instituição, buscando sempre recursos e estratégias que promovam acesso e permanência dos acadêmicos com deficiência em todo contexto educacional.
Diante do exposto, este trabalho tem o objetivo de possibilitar a análise do processo inclusivo, que envolve proporcionar uma escola com garantia de acesso e permanência de todos os alunos, valorizando as diferenças e promovendo a equidade entre os cidadãos, a exemplo do projeto LIA. A partir de tais questões, essa proposta de produção textual tem a finalidade de propiciar olhares para esse cenário no contexto educativo.
ORIENTAÇÕES DA PRODUÇÃO TEXTUAL
Leitura e interpretação da SGA
Por meio da leitura da SGA e, também, da situação-problema destacada, você, futuro docente, deve elaborar uma produção textual, com respaldo teórico nas disciplinas que foram cursadas ao longo deste semestre
Situação Geradorade Aprendizagem (SGA)
Para refletir sobre “Lazer, Aprendizagem, Inclusão e Acessibilidade ” tome como exemplo, a situação que apresentaremos aqui: Pensar a inclusão na infância vai além do contexto escolar, contempla o processo de interação entre as crianças por meio do brincar. O projeto LIA - Lazer, Inclusão e Acessibilidade tem como proposta implantar brinquedos adaptados em parques já existentes, para que ocorra a inclusão e todos possam brincar juntos. Os brinquedos possuem adaptações que permitem a interação de crianças com deficiência com seus amigos. O resultado que se busca é a inclusão social, levando, assim, a construção de uma sociedade sem preconceitos.
Situação-problema (SP)
Amanda é professora de uma escola municipal e mãe de uma menina com deficiência motora, decorrente de uma paralisia cerebral. Conhecedora das leis que determinam o direito das pessoas com deficiência, Amanda não se conforma em ver sua filha presa à cadeira de rodas apenas assistindo, impedida de participar da interação com outras crianças nas atividades recreativas, seja no intervalo das aulas da escola ou espaços públicos como praças e parques. Essa situação a faz pensar sobre as dificuldades que as crianças com deficiência encontram para se divertir nos espaços públicos. A escola em que leciona, onde sua filha também estuda, fica próxima ao parquinho público, sendo que este, muitas vezes, também para atividades escolares.
Em um final de semana, esse parque recebeu as atividades do Projeto LIA, que trouxe brinquedos e atividades adaptadas que possibilitaram a participação de sua filha com deficiência e sua interação com as outras crianças.
Essa experiência levou Amanda a ter uma ideia: criar um projeto de parceria da escola em que leciona com a comunidade para que os espaços públicos da escola e do parque sejam adaptados para que ocorra a inclusão de todas as crianças que os frequentam, assim como para a promoção de atividades diversas que ampliem as experiências motoras, cognitivas e sensoriais das crianças. 
A primeira ação será redigir um texto que apresente o projeto e justifique sua importância para a garantia dos direitos à educação, saúde e lazer das crianças com deficiência. Esse texto será divulgado para a comunidade, com o intuito de sensibilizá-la para o tema.
Dada a situação, agora é a sua vez: coloque-se no lugar da Amanda, realize a leitura e o estudo do material proposto, pesquise outras referências e elabore uma produção textual que represente o texto que será divulgado para a comunidade, a partir do tema “Lazer, Aprendizagem, Inclusão e Acessibilidade de crianças com deficiência”.

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