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Índice Introdução..........................................................................................................................2 Desenvolvimento psíquico no início da vida adulta e no adulto jovem............................3 Influência sobre os caminhos para a vida adulta...............................................................5 Recentralização..................................................................................................................5 Influências sobre os relacionamentos com os pais............................................................6 Desenvolvimento Psicossocial na vida adulta tardia.........................................................7 Traços de personalidade na velhice...................................................................................7 Diferenças de idade na escolha de estilos de enfrentamento.............................................7 Teorias de desenvolvimento psíquico segundo Freud.......................................................8 Sexualidade em Freud.......................................................................................................9 Teorias de desenvolvimento segundo Piaget...................................................................10 Desenvolvimento psíquico na perspetiva Lawrence Kolberg.........................................10 Desenvolvimento psíquico na perspetiva de Erik Erickson............................................11 Conclusão........................................................................................................................13 Bibliografia......................................................................................................................14 2 Introdução Psicologia do Desenvolvimento é o campo de conhecimento que estuda as constâncias e as variações pelas quais os indivíduos passam no decorrer da vida, abordando o desenvolvimento das diversas funções psíquicas que integram a mente, as emoções, as relações interpessoais, entre outros. (PAPALIA OLDS, 2006). Para Biaggio (2009), a especificidade da psicologia do desenvolvimento humano está em investigar os fatores externos e internos que contribuem para as mudanças no comportamento em períodos de transição rápida. Bock, Furtado e Teixeira (2008) afirma que o estudo do desenvolvimento humano é uma condição para tentar responderem condutas e comportamentos das diversas fases do desenvolvimento. Assim, podemos definir o desenvolvimento como um processo contínuo e ininterrupto em que os aspetos biológicos, físicos, sociais e culturais se ligam, se influenciam e produzem indivíduos com modos de pensar, sentir e agir diferentes uns dos outros. Dessa forma, a Psicologia do Desenvolvimento pode ser definida como a área que estuda o desenvolvimento humano em todos os seus aspetos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social, compreendendo desde o nascimento até o fim da vida. 3 Desenvolvimento psíquico no início da vida adulta e no adulto jovem O modelo de desenvolvimento cognitivo para o ciclo de vida de K. Warner Schaie (1977-1978; Schaie e Willis, 2000) observa o desenvolvimento dos usos do intelecto dentro de um contexto social. Seus sete estágios giram em torno de metas motivadoras que passam para o primeiro plano nos diversos estágios da vida. Essas metas mudam da aquisição de informação e habilidades para a integração prática do conhecimento e das habilidades e para a busca de significado e propósito. Os sete estágios são os seguintes: 1. Estágio aquisitivo (infância e adolescência). As crianças e os adolescentes adquirem informação e habilidades principalmente por seu próprio valor ou como preparação para participação na sociedade. 2. Estágio realizador (final da adolescência ou inicio dos 20 anos até o inicio dos 30). Os jovens adultos não adquirem mais o conhecimento por seu próprio valor: utilizam o que sabem para atingir metas como carreira profissional e família. 3. Estágio responsável (final dos 30 anos até inicio dos 60). As pessoas de meia-idade utilizam a mente para resolver problemas práticos associados a responsabilidades com os outros, como os membros da família ou empregados. 4. Estágio executivo (dos 30 ou 40 anos até a meia-idade). As pessoas no estágio executivo, que pode sobrepor-se aos estágios realizadores e responsável, são responsáveis por sistemas sociais (organizações governamentais ou comerciais) ou movimentos sociais. Lidam com relacionamentos complexos em múltiplos níveis. 5.Estágio reorganizativo (final da meia-idade e inicio da vida adulta tardia). As pessoas que entram na aposentadoria reorganizam suas vidas e energias intelectuais em torno de propósitos significativos que ocupem o lugar do trabalho remunerado. 6. Estágio reintegrativo (vida adulta tardia). Adultos mais velhos podem estar vivenciando mudanças biológicas e cognitivas e tendem a ser mais seletivos em relação as tarefas a que dedicarão esforço. Concentram-se no propósito do que fazem e nas tarefas que têm mais significado para eles. 7. Estágio de criação de herança (velhice avançada). Próximo do fim da vida, tão logo a reintegração tenha sido concluída (ou juntamente com ela), as pessoas muito idosas podem criar instruções para a distribuição das posses de valor, tomar providências para 4 o funeral, contar histórias oralmente ou escrever a autobiografia como um legado para seus entes queridos. Nem todos passam por esses estágios dentro das estruturas de tempo sugeridas. Na verdade, os estágios da idade adulta de Schaie podem aplicar-se menos amplamente em uma era de escolhas e caminhos variados e de mudanças rápidas, quando os avanços médicos e sociais mantem muitas pessoas ativas e envolvidas em esforços construtivos e responsáveis até a velhice, e podem não ser característicos de outras culturas. Se os adultos passam por estágios como esses, então os testes psicométricos tradicionais, que utilizam os mesmos tipos de tarefas para medir a inteligência em todos os períodos da vida, podem ser inadequados para eles. Os testes desenvolvidos para medir o conhecimento e as habilidades em crianças podem não ser adequados para medir a competência cognitiva em adultos, que usam o conhecimento e as habilidades para resolver problemas práticos e atingir as metas escolhidas por eles próprios. Para muitos jovens hoje, o início da vida adulta é um tempo de experimentação antes de assumir os papéis e as responsabilidades da vida adulta. Um homem ou uma mulher jovem pode arranjar um emprego e um apartamento e desfrutar a vida de solteiro(a). Dois jovens casados podem mudar-se para a casa dos pais enquanto terminam os estudos ou organizam a vida ou após a perda de um emprego. Tarefas do desenvolvimento tradicionais como encontrar um trabalho estável e desenvolver relaciona- mentos afetivos de longa duração podem ser adiadas até os trinta anos ou até mais tarde (Roisman et al., 2004) Influência sobre os caminhos para a vida adulta Os caminhos individuais param a vida adultos são influenciados por fatores como género, capacidade académica, primeiras atitudes em relação à educação, raça e etnia, expectativas do final da adolescência e classe social. Cada vez mais, adultos emergentes de ambos os sexos prolongam a educação escolar e adiam a paternidade/maternidade (Osgood et al., 2005), e estas decisões geralmente são fundamentais para o sucesso futuro no trabalho (Sandefur et al., 2005) bem como para o bem-estar atual. Em um estudo longitudinal que acompanhou uma amostra nacionalmente representativa de estudantes do último ano do ensino medio anualmente a partir de 1975, os adultos emergentes que tinham o nível de bem-estar mais alto eram aqueles que ainda não haviam casado, não tinhamfilhos, frequentavam a universidade e viviam fora de sua 5 casa da infância (Schulenberg et al., 2005). Em outro estudo, jovens de famílias de renda baixa tendiam a sair de casa mais cedo, a obter menos apoio dos pais, a renunciar à educação superior e a ter filhos mais cedo. A paternidade/maternidade precoce limitava particularmente as perspetivas de futuro (Boden, Fergusson e Horwood, 2008; Mollenkopf et al., 2005). Recentralização Recentralização é o nome dado ao processo subjacente à mudança para uma identidade adulta. É a tarefa primária no início da vida adulta. É um processo de três estágios no qual poder, responsabilidade e tomada de decisão gradualmente passam da família de origem para o adulto jovem independente. No estágio 1, o início da idade adulta emergente, o indivíduo ainda está inserida na família de origem, mas as expectativas de auto confiança e auto direcionamento começam a aumentar. No estágio 2, durante a idade adulta emergente, o indivíduo permanece conectado à família de origem (e pode ser financeiramente dependente dela) mas não esta mais inserida nela. Envolvimentos temporários e exploratórios em uma variedade de cursos universitários, empregos e relacionamentos íntimos marcam esse estágio. Próximo do seu final, o indivíduo está começando a assumir compromissos sérios e obtendo os recursos para sustentá-los. No estágio 3, geralmente em torno dos 30 anos, o indivíduo entra no período adulto jovem. Este estágio é marcado por independência da família de origem (embora mantendo vínculos estreitos com ela) e compromisso com uma carreira, com um relacionamento amoroso e possivelmente com filhos Influências sobre os relacionamentos com os pais Embora não sejam mais crianças, os adultos emergentes ainda necessitam de aceitação, empatia e apoio dos pais, e o apego a eles continua sendo um ingrediente fundamental do bem-estar. O apoio financeiro dos pais, especialmente para a educação, aumenta as chances de sucesso dos adultos emergentes nos papéis da vida adulta (Aquilino, 2006). Momentos decisivos 6 Transições psicológicas que envolvem mudanças ou transformações significativas na percepção do significado, propósito ou direção da própria vida. Revisão da meia-idade Exame introspetivo que frequentemente ocorre na meia-idade, levando à reavaliação e à revisão de valores e prioridades. Resiliência do ego A capacidade de adaptar-se flexível e desembaraçadamente a possíveis fontes de estresse. Teoria do processo de identidade (TPI) Teoria do desenvolvimento da identidade de Whitbourne baseada em processos de assimilação e acomodação. Esquemas da identidade Percepções acumuladas da self moldada por informação proveniente de relacionamentos íntimos, de situações relacionadas ao trabalho e da comunidade e de outras experiencia. Assimilação da identidade Termo de Whitbourne para o esforço de adaptar uma nova experiência a um autoconceito existente. Acomodação da identidade Termo de Whitbourne para o ajustamento do autoconceito para adequar- -se a novas experiências. Desenvolvimento Psicossocial na vida adulta tardia Traços de personalidade na velhice A personalidade sofre mudança na terceira idade? A resposta pode depender em parte do modo como a estabilidade e a mudança são medidos. Segundo o modelo dos cinco fatores e as pesquisas que lhe dão suporte, é improvável que pessoas hostis, em média, tornem-se muito mais amigáveis com a idade, a não ser que se submetam a tratamento terapêutico; e pessoas otimistas provavelmente continuarão esperançosas. Entretanto, estudos longitudinais e transversais que utilizaram uma versão modificada desse modelo constatou uma mudança continuam na vida adulta tardia: com o tempo, uma diminuição no neuroticíssimo (Allemand, 2007); aumentos em autoconfiança, acolhimento caloroso e estabilidade emocional (Roberts e Mzoczek, 2008); e aumentos em conscienciosidade acompanhados por declínios em vitalidade social (gregarismo) e abertura param o novo (Roberts e Mroczek, 2008). 7 Diferenças de idade na escolha de estilos de enfrentamento Adultos mais velhos tendem a usar mais o enfrentamento focalizado na emoção do que as pessoas mais jovens (Blanchard-Fields, 2007); isso é verdadeiro especialmente quando se observa o idoso mais velho (Martin et al., 2008). Geralmente, o enfrentamento focalizado na emoção é menos adaptativo do que o enfrenta mento focalizado no problema, mas isso é verdadeiro somente quando, realisticamente, algo pode ser feito em relação ao problema. Quando não há́ solução disponível, talvez seja mais adaptativo controlar as emoções negativas ou desagradáveis. Além do mais, quando ambos os enfrentamentos são usados conjuntamente, isso permite uma variedade mais ampla e mais flexível de respostas a eventos estressantes. Em estudos em que se perguntou a jovens, a pessoas de meia-idade e a idosos como lidariam com vários tipos de problemas, os participantes, independentemente da idade e na maioria das vezes, optaram por estratégias focalizadas no problema (quer por ação, quer analisando o problema para melhor compreendê-lo). As maiores diferenças de idade apareceram em relação aos problemas com implicações altamente emocionais ou estressantes, como o caso de um homem divorciado autorizado a ver o filho só́ nos finais de semana, mas que queria vê-lo com mais frequência. Os adultos de todas as idades tendiam a usar o enfrentamento por focalização na emoção em situações como essa, mas os adultos mais velhos escolhiam estratégias focalizadas na emoção (por exemplo, nada fazer, esperar que a criança crescesse ou tentar não se preocupar) com mais frequência do que os adultos mais jovens (Blanchard-Fields et al., 2004). 8 Teorias de desenvolvimento psíquico segundo Freud Sigmund Freud foi um médico vienense, que viveu de 1856 a 1939, e dedicou-se a compreender o psiquismo humano. Nos primórdios de sua carreira, voltou-se ao tratamento das histerias (em sua maioria mulheres) por meio da hipnose, método que aprendeu com o psiquiatra Jean Charcot, em Paris. Ao serem submetidas à sugestão hipnótica, as pacientes ficavam livres dos sintomas que causavam sofrimento. No entanto, não muito tempo depois, outros sintomas costumavam aparecer Id: é a instância pulsional, a fonte de energia psíquica. É regido pelo Princípio do Prazer, ou seja, seu objetivo é a obtenção de prazer e a evitação da dor, e de modo imediato. É constituído principalmente por aspetos inatos, não conhece ética, moral ou valores. É egoísta, impulsivo, irracional e agressivo, a parte animal da nossa personalidade. Em um primeiro momento, o id pode parecer algo negativo, que deveria ser eliminado. Mas esta não é uma realidade. Pensemos no início da vida: o bebê chora, grita e esperneia quando está com fome ou tem algum desconforto. Ele não para até que sua necessidade seja atendida e isso garante sua sobrevivência. Ego: é a instância responsável pelo contato com a realidade. Seu objetivo é satisfazer as demandas dos instintos primitivos (id) de modo adequado ao ambiente em que vive. É regido pelo Princípio da Realidade, que se configura pelo adiamento da gratificação (obtenção do prazer e evitação da dor). Representante do equilíbrio psíquico, tem função mediadora e integradora entre as pulsões do id e as exigências do superego. Tem componentes conscientes, pré-conscientes e inconscientes. Se desenvolve a partir do id, já nos primeiros anos de vida por meio das interações sociais do indivíduo. Superego: é a instância da moralidade. Se funda a partir do ego e tem como objetivo suprimir os impulsos inaceitáveis do id, de modo a possibilitar a convivência civilizada. É responsável pelo senso decerto e errado, pois compreende os valores moraise culturais do indivíduo e seu grupo. É, portanto, o responsável pelos sentimentos de vergonha, culpa e remorso. Assim como o ego, ele também tem componentes conscientes, pré-conscientes e inconscientes. Para Freud, o superego se desenvolve por volta dos cinco anos. 9 Sexualidade em Freud Compreendendo a sexualidade como parte fundamental da personalidade humana e considerando que ela está presente desde o nascimento até a morte, Freud elaborou a teoria do desenvolvimento psicossexual, que compreende cinco fases (oral, anal, fálica, latência e genital). Em seu entendimento, os aspetos cruciais da personalidade se formam até o quinto ano de vida e as fases psicossexuais acompanham o desenvolvimento biológico da criança. Em cada uma delas, há o predomínio do investimento libidinal em determinada área do corpo, denominada zona erógena. Fase oral: se estende do nascimento até cerca de 1 ano. A principal zona erógena é a boca e o prazer é obtido por meio da sucção (e da mordida após o nascimento dos dentes). É possível perceber neste período que o bebê tende a levar tudo à boca, é por meio dela que ele explora o seu ambiente. Fase Anal se estende de 1 a 3 anos. Tem como zona erógena o ânus. Nesta época, a criança começa a ter o controlo da função excretora; se inicia, portanto, o treinamento dos hábitos de higiene. É uma fase marcada pelas birras, pois a criança percebe que tem certo controlo sobre seu próprio corpo e consequentemente sobre os pais. Fase fálica se estende dos 4 aos 5 anos. A libido se organiza em torno dos genitais. É comum a curiosidade pelo corpo do outro (meninos têm curiosidade de saber como é o corpo da menina e vice-versa) e a manipulação dos genitais (masturbação). Nesta fase é que ocorre o Complexo de Édipo e se instaura o Superego. A criança, que antes não tinha vergonha de mostrar seus genitais, passa a desenvolvê-la. Período de latência: se estende dos 5 anos até a puberdade. Marcado pelo abrandamento dos impulsos sexuais e um investimento na exploração do mundo (conhecimento). Intensificam-se as preocupações com as relações sociais e as atividades intelectuais. A fase de latência coincide com o início da escolarização da criança. Fase genital: se estende da adolescência até o fim da vida. Marcada por mudanças biológicas significativas. Desponta o interesse sexual voltado ao outro, que pode ser do sexo oposto (heterossexualidade) ou do mesmo sexo (homossexualidade). O 10 desenvolvimento adequado desta fase possibilita o estabelecimento de relacionamentos amorosos maduros. A passagem de uma fase à outra pode se dar de distintas maneiras. O modo como o indivíduo vivencia uma fase irá impactar o desenvolvimento das posteriores. Em cada uma delas há conflitos que devem ser "resolvidos" e a fase mais complexa, em se tratando disso, é a fálica. É quando acontece o Complexo de Édipo, termo criado por Freud para descrever a disputa (inconsciente) que a criança estabelece com seu progenitor de mesmo sexo e pelo amor do progenitor do sexo oposto. Teorias de desenvolvimento segundo Piaget Jean Piaget foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Em seus estudos, Piaget não teve como propósito desenvolver uma teoria de aprendizagem, mas uma teoria do desenvolvimento. Sua preocupação central era o sujeito epistêmico, ou seja, o estudo dos processos de pensamentos presentes desde a infância inicial até a idade adulta. Para Piaget, a lógica do desenvolvimento é a busca do equilíbrio que ocorre por meio de mecanismos de adaptação do indivíduo ao meio. Assimilação e acomodação são processos complementares, diretamente ligados ao processo de adaptação. No processo de assimilação, elementos do meio são incorporados à estrutura cognitiva do sujeito. Na acomodação, há uma modificação nas estruturas do sujeito para que se adapte às modificações do meio. Desenvolvimento psíquico na perspetiva Lawrence Kolberg Segundo Kolberg a teoria dos estágios é um dos prontos centrais da postura cognitiva evolutiva, da mesma forma que o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento da moral da também ocorre por meio de estágios. Os estágios de desenvolvimento da moral propostos por Kolberg são de raciocínio moral e justiça e não de emoções e acções. Kolberg defende que os conceitos de autonomia propostos por Piaget não eram suficientes para classificar os tipos de raciocínio moral que e ele encontrou em adolescentes e adultos. Assim ele propõe 3 estágios agrupados em 3 níveis: 11 Nível pré-convencional Contem o estágio 1 e 2. No estagio 1, o individuo obedece a normas sociais por medo de castigos, um exemplo pratico são as crianças, é comum que uma crianças obedeça a uma ordem dada pelos pais ou pessoas mais velhas mesmo que não tenha vontade de cumprir essa ordem, ma s apenas por medo de repressão ou castigo que o não ordem represente. No estágio 2, o indivíduo apresenta um raciocínio moral egocêntrico segue normas pensando em interesse próprio. Por exemplo, uma criança pode obedecer a ordem da mãe de arrumar o seu quarto, por saber que se não arrumar o quarto não terá direito a passeio no fim-de semana. 2.Nivel convencional Contempla os estágios 3 e 4. Neste nível, ação correcta é aquela baseada em convicções e regras sociais do grupo social e a expectativa que este tem sobre ele. O estágio 3 também denominada orientação de bom menino, caracteriza-se pela necessidade de cumprir com aquilo que as pessoas esperam. Por exemplo, uma criança pode esforçar-se para se sair bem na aula dança mesmo sem gostar, apenas por medo de decepcionar os pais. O estágio 4, esta relacionada com a necessidade de manter a moral e a manutenção da ordem social e daquilo que foi proposto pela autoridade. 3.Nivel pós-convencional Representa uma reconstrução do raciocínio e da justiça, focaliza na problemática humana de como organizar a cooperação na sociedade. Procura-se como a manutenção de normas derivadas do estágio 4. Caracteriza-se pela busca de um ideal construtivo para transformar a sociedade, a capacidade de compartilhar ideias. Implica não só a manutenção uniforme das normas, mas também o seu questionamento. Desenvolvimento psíquico na perspetiva de Erik Erickson Para Erickson o desenvolvimento psíquico ocorre por toda vida. Erickson descreve o impacto da experiencia social ao longo da vida, defende que a interação social e as relações desempenham um papel importante no desenvolvimento do individuo. Um dos principais elementos da teoria dos estágios psicossociais de Erickson, é o desenvolvimento da identidade no ego. Identidade do ego, é o sentido consciente de si, que nos desenvolvemos através da interação social e está em constante mutação devido 12 a novas experiencias e informações que adquirimos em nossas interações diárias com outros. Para Erickson a personalidade desenvolve-se em 8 etapas: 1. Confiança Vs. Desconfiança Ate ao primeiro ano da vida a criança é dependente das pessoas que cuidam dela. 2. Autonomia Vs. Vergonha e dúvida Segundo e terceiro ano de vida a criança passa a ter controlo das suas necessidades fisiológicas, o que transmite uma grande autonomia e liberdade de experimentar novas coisas, porem, se ela for muito criticada pode haver uma regressão ao estágio anterior. Por exemplo alguns pais tendem a ralhar com os folhos quando durante a fase em que estão ensinando a criança a despertar a noite para urinar no penico ou na pia, no inicio isso não será todos os dias, alguns dias a criança não consegue controlar e urina na cama, neste caso a atitude dos pais vai influenciar muito para a criança superar e definitivamente não urinar na cama durante a noite. Pais que procuram ultrapassar asituação ralhada ou castigando a criança tem tido resultados negativos em relação a aqueles que continuam apoiando e motivando a criança. Iniciativa Vs. culpa Quarto e quinto ano de idade. A criança passa a perceber as diferenças sexuais, e se sua curiosidade sexual for reprimida, a criança passa a desenvolver um sentimento de culpa e poderá perder o interessem explorar novas situações. Por exemplo é normal nesta idade a criança intitular-se namorada de uma outra criança ou mesmo de um adulto. É nesta fase onde as crianças gostam de brincar simulando cenas familiares, onde os meninos assumem o papel de pai e as meninas assumem o papel de mãe. 4. Produtividade Vs. Inferioridade: 6 a 11 anos 5. Identidade Vs. Confusão de papéis: 12 a 18 anos 6. Intimidade Vs. Isolamento: jovem adulto 7. Generalidade Vs. Estagnação: meia-idade 8. Integridade Vs. Desespero: velhice . 13 Conclusão Os conteúdos psicológicos aqui destacados, que sustentam a afirmação do trabalho teorias de desenvolvimento psíquico na vida adulta permitem reconhecê-lo duplamente como síntese: no âmbito da periodização do desenvolvimento psíquico, como síntese entre as tendências motivacional e técnico-operacional do desenvolvimento; no âmbito do cenário capitalista contemporâneo, como síntese de humanização e alienação. Pode- se dizer que o trabalho é a atividade principal que marca a época adulta da juventude à maturidade e que se estende até a velhice, ainda que assumindo contornos peculiares a cada período. Afirmá-lo, contudo, não significa encerrar a problemática da identificação de uma atividade reguladora do desenvolvimento adulto, e sim anunciar possíveis desdobramentos para a questão, visto que as determinações desse processo são múltiplas. A complexidade das relações sociais que transpassam as experiências do indivíduo adulto torna especialmente válida a advertência de Bulhões e Abrantes (2016) quanto à codeterminação das demais atividades sociais no desenvolvimento do psiquismo e no processo de personalização. No período inicial da vida adulta, a juventude, por exemplo, a relação com o trabalho é balizada pela unidade contraditória entre a atividade de estudo profissionalizante e a atividade produtiva. Em essência, tem- se uma mesma atividade, a atividade de formação profissional; mas o que determina que essa formação se dê predominantemente em instituições educativas ou no próprio ambiente de trabalho são as situações concretas de vida e o lugar que cada indivíduo ocupa socialmente: enquanto a autonomia do jovem das classes populares está vinculada à urgência do ingresso no mercado de trabalho – inclusive para garantir o estudo, a de jovens de outros segmentos sociais atrela-se a projetos de estudo e formação acadêmica. 14 Bibliografia Diane E. Papalia e Ruth Duskin Feldman Desenvolvimento Humano 12a edição Bulhões, L., & Abrantes, A. A. (2016). Idade adulta e o desenvolvimento psíquico na sociedade de classes: juventude e trabalho. In Martins, L. M., Abrantes, A. A., & Facci, M. G. D. (Orgs.). Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice (pp. 267-292). Campinas, SP: Autores Introdução Desenvolvimento psíquico no início da vida adulta e no adulto jovem Influência sobre os caminhos para a vida adulta Recentralização Influências sobre os relacionamentos com os pais Desenvolvimento Psicossocial na vida adulta tardia Traços de personalidade na velhice Diferenças de idade na escolha de estilos de enfrentamento Teorias de desenvolvimento psíquico segundo Freud Sigmund Freud foi um médico vienense, que viveu de 1856 a 1939, e dedicou-se a compreender o psiquismo humano. Nos primórdios de sua carreira, voltou-se ao tratamento das histerias (em sua maioria mulheres) por meio da hipnose, método que aprendeu com o psiquiatra Jean Charcot, em Paris. Ao serem submetidas à sugestão hipnótica, as pacientes ficavam livres dos sintomas que causavam sofrimento. No entanto, não muito tempo depois, outros sintomas costumavam aparecer Sexualidade em Freud Teorias de desenvolvimento segundo Piaget Desenvolvimento psíquico na perspetiva Lawrence Kolberg Desenvolvimento psíquico na perspetiva de Erik Erickson
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