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A engenharia de tráfego na logística de transporte

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1 
 
 
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA 
 
 
 
 
 
THAISA ROCHA VIEIRA 
THALITA ROCHA VIEIRA 
 
 
 
 
 
A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso 
em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de 
São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS/SP 
1º SEMESTRE/2014 
 
 2 
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA 
 
 
 
 
 
THAISA ROCHA VIEIRA 
THALITA ROCHA VIEIRA 
 
 
 
 
A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso 
em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de 
São Paulo 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antonio Seabra, 
para obtenção do Título de Tecnólogo(a) em Logística. 
 
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tófoli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS/SP 
1º SEMESTRE/2014 
 
 
3 
 
 
THAISA ROCHA VIEIRA 
THALITA ROCHA VIEIRA 
 
 
 
 
A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso 
em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de 
São Paulo 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antonio Seabra, 
como parte dos requisitos necessários para a obtenção 
do título de Tecnólogo(a) em Logística sob orientação 
do Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tófoli. 
 
Data de aprovação: ___/___/___ 
 
 
 
 
____________________________ 
Orientador (Eduardo Teraoka Tófoli) 
 
 
 
 
______________________________ 
Examinador 1 (Sandro da Silva Pinto) 
 
 
 
 
______________________________ 
Examinador 2 (Silvio Ribeiro) 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso 
em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de 
São Paulo 
 
Thaisa Rocha Vieira 1, Thalita Rocha Vieira 2 
Eduardo Teraoka Tófoli 3 
 
1,2 
Seabra – Fatec, Lins-SP, Brasil 
3 Docente do Curso de Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio 
Seabra – Fatec, Lins-SP, Brasil 
 
RESUMO 
 
Pode ser definida como um dos ramos da engenharia que lhe compete à construção, 
conservação e manutenção de redes rodo-ferroviárias, além de portos e aeroportos, 
projeto de veículos e logística de transferência de produtos. Sua importância está 
estruturada na organização do fluxo da movimentação da rodovia através das 
ferramentas e controles da engenharia do tráfego, pois a qualidade da rodovia beneficia a 
logística de transporte rodoviário proporcionando a viabilidade dos veículos 
principalmente dos usuários que prestam serviços. A entrega das mercadorias em 
perfeito estado na hora e no local correto é primordial. Para atingir esse objetivo, foi 
realizado uma pesquisa de campo em uma concessionaria de rodovias. Para realizar a 
pesquisa foi feito uma pesquisa bibliográfica através de livros e artigos e uma pesquisa 
de campos, buscando coletar através de depoimentos do gerente e colaboradores 
informações para elaborar essa pesquisa. O estudo realizado mostrou de maneira eficaz 
que a influência da engenharia de tráfego na logística de transporte rodoviário tem 
recuperado, conservado, ampliado e modernizado a rodovia, aumentando o nível de 
segurança dos usuários, condições de viabilidade e interferindo positivamente na 
logística de transportes de pequenas, médias e grandes empresas. 
Palavra chave: Engenharia de Tráfego, Logística de Transportes, Importância. 
 
ABSTRACT 
The traffic engineering can be defined as a branch of engineering that task to the 
construction, upkeep and maintenance of road and rail networks, as well as ports and 
airports, vehicle design and logistics of moving products. Its importance is structured in 
organizing the flow of movement through the tools of the highway and traffic engineering 
controls as quality benefits of highway logistics road transport providing the viability of 
vehicles mainly for users who provide services. The delivery of goods in perfect condition 
at the time and in the right location is paramount. Thus, the aim of this work was to verify 
the influence of the traffic engineering in logistics road transport business To achieve this 
goal, a survey was conducted in a field Dealers highways. To conduct the survey was 
done through a literature search of books and articles and research fields, seeking to 
collect through testimonials manager and employees information to develop this research. 
The study showed effectively that the influence of the traffic engineering logistics road 
transport has recovered, maintained, expanded and modernized the highway, increasing 
the level of user safety, feasibility conditions and interfering positively in the transport 
5 
 
 
logistics of small medium and large companies. 
Keyword: Traffic Engineering, Transportation Logistics, Importance. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No Brasil a Engenharia de Tráfego evoluiu como um ramo da Engenharia a partir 
do final da década de 50, face ao aumento do processo de urbanização causado pela 
industrialização dos centros urbanos, particularmente da indústria automobilística. 
Segundo Institute of Traffic Engineering – ITE (2008) é o setor da Engenharia que 
trata do planejamento e do desenho geométrico das ruas, estradas de rodagem com as 
operações de tráfego, entre outros. 
Engenharia de Transportes ou Engenharia de Tráfego também pode ser definida 
como um dos ramos da engenharia, que lhe compete à construção e manutenção de 
redes rodo-ferroviárias, além de portos e aeroportos, projeto de veículos e logística de 
transferência de produtos. São os engenheiros em transportes os responsáveis pelo 
projeto e duplicação de estradas além de desafogação de lugares onde ocorrem 
congestionamento. (ENGENHARIA DE TRANSPORTES, 2009) 
Entretanto, falando da engenharia de transporte rodoviário, o qual é predominante 
no Brasil, entende-se que a engenharia de tráfego é o movimento das pessoas e das 
mercadorias e o reflexo das diferentes atividades existentes numa sociedade, sendo um 
fator determinante para a qualidade de vida das pessoas. A engenharia que se ocupa do 
movimento eficiente e seguro de pessoas e bens na rede viária tem como objeto o estudo 
da mobilidade (facilidade de deslocação) e como objetivo a otimização do sistema viário 
garantindo o acesso das pessoas aos locais (acessibilidade). Por outro lado, o sistema 
de transportes, qualquer que seja a perspectiva que se tome, tem como elementos 
essenciais o Homem, o veículo e a infra-estrutura. (POZO, 2008) 
Segundo Pozo, (2008) a logística de transporte rodoviário empresarial trata de 
todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos 
desde o ponto de aquisição da matéria–prima até o ponto de consumo final, assim como 
dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de 
providenciar níveis de serviço adequados aos usuários a um custo razoável. 
Diante disso, o objetivo da pesquisa é verificar a influência da engenharia de 
tráfego na logística de transportes rodoviário empresarial. Na realização da pesquisa 
utilizou-se pesquisa bibliográfica, através de livros e artigos e uma pesquisa de campo. 
 Dentro dessas análises, a pesquisa de campo foi realizada na empresa 
Transbrasiliana, localizada na cidade de Lins - SP, onde busca trabalhar com a 
engenharia de tráfego a fim de, melhorar a segurança viária, realizando controles e 
análises de fluxo de veículos que passam pela via, ajudando assim, os veículos que 
transitam nelas. 
 
2 HISTÓRIADA LOGÍSTICA 
 
Ching (1999) afirma que antes de 1950, a logística era caracterizada pela falta de 
uma filosofia dominante capaz de conduzi-la. Nessa época, a empresa era dividida sob 
responsabilidade de diferentes áreas, como por exemplo, o transporte estava sob o 
comando da gerência de produção, enquanto os estoques era de responsabilidade do 
marketing, finanças ou produção, e o processamento de pedidos era controlado por 
finanças ou produção. Isso tudo, gerava conflitos de objetivos e responsabilidades para 
as atividades logísticas e caracterizava a falta de integração logística entre os setores da 
empresa. 
Antigamente a movimentação e aquisição de mercadorias eram complexas devido 
à falta de acessibilidade entre localidades. Os alimentos e outros bens de consumo 
 6 
estavam disponíveis somente em alguns períodos do ano devido à sazonalidade e 
dificuldade de estocagem. As limitações em relação à ausência de um sistema de 
transporte e de armazenagem eficientes e eficazes forçavam as pessoas a viverem 
próximo dos centros produtivos e a consumirem uma pequena parte de mercadorias que 
tinham acesso (CHRISTOPHER, 1999). 
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, “Logística é 
a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e 
controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas”, materiais 
semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o 
ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos 
clientes (CARVALHO, 2002, p. 31). 
A logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao 
custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção 
e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de 
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos clientes 
(BOWERSOX, CLOSS, 1966). 
Segundo Filho (2001, p. 26) o conceito de Logística é definido como o “processo 
de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e 
armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados”, 
desde do ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do 
cliente. 
Na década de 50, começaram a ser explorados estudos mais específicos sobre a 
sistemática dos problemas logísticos nos meios, industrial e comercial. Durante mais de 
trinta anos a logística empresarial vem sendo tratada de forma sistemática, ajudando a 
resolver problemas ligados à armazenagem, transporte e distribuição de produtos e 
insumos, bem como problemas de localização e dimensionamento dos meios disponíveis 
(DEMARIA, 2004). 
De acordo com Ballou (1993) a contribuição dada pela logística foi a tentativa de 
encontrar um denominador comum entre oferta e demanda e prover produtos e serviços, 
quando e onde os clientes (foco da empresa) fizeram seus pedidos e receberam os 
mesmos na condição requisitada. 
O Conselho dos Profissionais de Logística (2008) define a logística empresarial 
como atividade que engloba o recebimento, a expedição, a gestão dos transportes, o 
manuseio e a armazenagem de materiais, para tal atividade é necessário promover uma 
organização integrada, gestão de estoques, gerenciamento de terceiros, planejamento 
das demandas, tanto de compras como de produção e expedição, controle de fretes, de 
armazenagem, dos seguros e demais despesas típicas destas operações. 
Nos dias atuais, a logística se tornou uma ferramenta estratégica, um diferencial 
de competitividade, e esta focada em outros pilares que complementam os primeiros 
objetivos básicos (DEMARIA, 2004). 
A flexibilidade dos sistemas de produção e algumas ferramentas mercadológicas 
buscam atender continuamente as necessidades dos clientes, foco atual da logística, 
técnicas essas que modificaram os princípios que modelavam à logística, tornando mais 
amplos, envolvendo, todo o processo, desde a matéria-prima até a chegada do produto 
final ao consumidor (DEMARIA, 2004). 
“Atualmente a Logística está bem servida de tecnologias no Brasil. O ponto ainda 
vulnerável na Logística é o capital humano, que apesar do conceito, relativamente novo 
no Brasil, em função do pouco tempo, foi menos desenvolvido, que as tecnologias. As 
organizações chegam a ponto de ruptura do desenvolvimento por falta destes 
profissionais” (FILHO, 2001, p.86). 
Logística é atender as necessidades dos clientes, entregando produtos na forma 
desejada, no tempo desejado, na quantidade requisitada, no menor custo possível, para 
o cliente correto e na condição desejada (MOURA, 1999). 
7 
 
 
Uma definição adotada por Mossmann (2004) diz que a logística é aquela parte do 
processo da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e 
estocagem eficiente e eficaz dos produtos, serviços e informações relacionadas desde o 
ponto de origem ao ponto de consumo a fim de atender as necessidades dos clientes. 
 
Os objetivos da logística são disponibilizar produtos e serviços no local, no 
momento em que são necessários para o uso, a um menor custo possível. Para 
tanto, esta diretamente relacionada com a disponibilidade de materiais (matérias -
primas e produtos semi-acabados) no local onde são requisitados. A logística 
envolve a integração de informações, transporte, inventário, armazenamento, 
manuseio e embalagem de materiais. (MOSSMANN, 2004, p. 36). 
 
Na definição dada por Russel (2000) entende-se que a logística cuida para que o 
cliente final obtenha o produto correto, para o cliente correto e no custo correto. 
O mesmo autor define logística de outra forma mais completa: 
 
Determinação de requisitos de material, compras, transporte, gerenciamento de 
estoque, armazenagem, movimentação e manuseio de materiais, embalagens, 
estudos de localização de instalações, gerenciamento da informação, 
atendimento a clientes e todas as atividades relacionadas a material para clientes 
internos (manufatura) e para com produtos acabados para clientes externos 
(varejo). (RUSSEL, 2000, p. 39). 
 
É responsabilidade da logística, garantir que o cliente receba seu produto na forma 
e momento desejado (NOVAES, 2011). 
 
A logística é, na verdade, uma evolução que decorre da competição nas 
atividades humanas, acompanhando e muitas vezes antecipando as mudanças 
tais como: diversificação da produção, maior competição entre as empresas, 
pressão para reduzir custos, o local de produção não é o local do consumo, 
distâncias crescentes, atingíveis, globalização crescente da economia, novas 
necessidades do cliente ou consumidor (MENEZES, 2000, p. 24). 
 
“Com a globalização e o nascimento da Internet no mundo moderno, a logística se 
mostrou muito mais que necessária. Com isso, as pessoas passaram a adquirir produtos 
no conforto de suas próprias casas, aparecendo cada vez mais campo para a logística 
crescer. As empresas de hoje em dia devem estar preparadas para a competição 
logística a nível mundial, prontas para fazer entregas ao outro lado do mundo em menos 
de 24 horas, mesmo dentro de seu território local, mudando, assim, o foco de empresas 
multinacionais” (LARRANAGA, 2003, p. 27). 
 
2.1 CONCEITOS DE LOGÍSTICA 
 
Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode 
prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e 
consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as 
atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. 
Fleury (2000, p. 27) apresenta a logística como um verdadeiro paradoxo. 
 
É, ao mesmo tempo, uma das atividades econômicas mais antigas e um dos 
conceitos gerenciais mais modernos. Desde queo homem abandonou a 
economia extrativista, e deu início às atividades produtivas organizadas, com 
produção especializada e troca dos excedentes com outros produtores, surgiram 
três das mais importantes funções logísticas, ou seja, estoque, armazenagem e 
transporte.” 
 
 8 
Para Pires (1999), a logística engloba o processo de planejamento, implementação 
e controle da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque 
circulante, mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao 
ponto de consumo com a finalidade de atender aos requisitos do cliente. 
Novaes (2001) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os 
elementos do processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de 
parcerias com fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências 
dos consumidores finais. 
O conceito de logística para Czinkota (2001, p. 314) também chamada de 
distribuição física, “a logística envolve planejamento, implementação e controle do fluxo 
físico de materiais, produtos finais e informações correlatas, dos pontos de origem até os 
pontos de consumo”, de modo a atender às exigências dos clientes a certo lucro. Quer se 
escolha usar a expressão distribuição física, logística ou gerenciamento da cadeia de 
suprimento, o princípio subjacente é a obtenção de uma forte cooperação entre os 
membros do canal através de um efetivo gerenciamento interorganizacional. 
Conforme Bowersox (2003), é de competência da logística a coordenação de 
áreas funcionais da empresa, desde a avaliação de um projeto de rede, englobando 
localização das instalações inclusive estrutura interna, quantidade, sistema de 
informação, transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais até se atingir um 
processo de criação de valor para o cliente. 
Christopher (1999, p. 2) refere-se ao conceito de logística da seguinte forma: 
 
A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, 
movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os 
fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de 
marketing de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e futuras 
através do atendimento dos pedidos a baixo custo. 
 
 “Todo o processo logístico, que vai da matéria-prima até o consumidor final, é 
considerado entidade única, sistêmica, em que cada parte do sistema depende das 
demais e deve ser ajustada visando o todo” (NOVAES, 2007, p. 13). 
 O processo de integração das informações entre os setores de transporte, 
estoque, armazenamento e movimentação tem sido considerado um fator estratégico 
importante na promoção de resultados positivos para a empresa, já que a competência 
logística é alcançada por meio de um alto nível de gerenciamento (VARGAS, 2005). 
 Com o advento da globalização, devido à constante quebra de barreiras 
comerciais, o mercado se tornou altamente competitivo, exigindo a busca incessante da 
excelência e da qualidade dos produtos e serviços para atender ao cliente de forma mais 
satisfatória. É nesse contexto que o complexo e extenso ramo da logística é desafiado 
em toda a sua extensão, particularmente quanto à gestão do transporte, por ser este o 
responsável pela movimentação de mercadorias e estar sendo constantemente 
influenciado pelas tecnologias emergentes (VARGAS, 2005). 
 Quando se fala em logística, é importante que se conheça os tipos de modais 
existente. 
 
3 MODAIS DE TRANSPORTE 
 
3.1 Modal Aéreo 
 
De acordo com Ballou (2001, p.125) o modal aéreo é “aquele em que as cargas 
são transportadas por aviões através do espaço aéreo”. 
O transporte aéreo é um modal ágil e recomendado para mercadorias de alto valor 
agregado, pequenos volumes e encomendas urgentes. É competitivo para produtos 
9 
 
 
eletrônicos, como por exemplo, computadores, softwares, telefones celulares, etc., e que 
precisam de um transporte rápido em função do seu valor, bem como de sua 
sensibilidade a desvalorizações tecnológicas (KEEDY, 2000). 
 
3.2 Modal Ferroviário 
 
De acordo com Dias (1993, p. 347) “o modal de transporte ferroviário é aquele 
realizado através de ferrovias, por vagões, que podem ser fechados, plataformas entre 
outros”. 
“No inicio da construção das ferrovias elas eram o meio de transporte mais 
utilizado, tendo um custo muito baixo quando utilizado para grandes cargas em longas 
distâncias, mas com o surgimento das rodovias elas foram deixadas de lado e entraram 
em decadência” (RODRIGUES, 2004). 
A distância e a densidade do tráfego são fatores determinantes para a viabilização 
da ferrovia. O parâmetro internacional usual é destinar a ferrovia lotes de mercadoria cuja 
distância de transporte exceder a 500 km. Portanto, pode-se afirmar que esse é o modal 
por excelência para grandes volumes de cargas. Outro ponto a ser considerado é que, na 
maioria das vezes, o tempo de viagem é irregular, em decorrência das demoras para a 
formação da composição, paradas no percurso, transferências de bitolas, 
congestionamentos de linhas, etc. a conjugação desses fatores aliada a uma visão 
imediatista, determinou o desmonte de inúmeros trechos e a sucatização de outros para 
a construção de rodovias ao longo de seus leitos (RODRIGUES, 2004) 
De acordo com Rodrigues (2004), o modal ferroviário, por suas características 
operacionais, apresenta vantagens, como: capacidade para transportar grandes lotes de 
mercadorias, fretes baixos, de acordo com o volume transportado, baixo consumo 
energético, adaptação ferro-rodoviária, rodo trilho e o provimento de estoques em 
trânsito. 
 Em relação às desvantagens, ainda segundo Rodrigues (2004), destacam-se: o 
tempo de viagem demorado, o custo elevado quando há necessidade de transbordos, a 
dependência da disponibilidade de material rodante e a baixa flexibilidade de rotas. 
 
3.3 Modal Marítimo 
 
 As navegações do modal marítimo acontecem nos mares e oceanos. Os veículos 
utilizados são os navios, barcos, barcaças, entre outras embarcações, de diversos 
tamanhos, tipos e finalidades, com capacidade de carregarem expressivas quantidades e 
toneladas. (KEEDY, 2008) 
 “O navio é um veículo adequado para mercadorias comuns, perecíveis e 
perigosas” (RODRIGUES, 2004, p. 257). 
 Cabe ressaltar que, Keedy (2008), comenta que os navios dividem-se em: 
a) Navios de carga geral: possuem porões (holds) e pisos ou coberturas (decks) e 
podem comportar diferentes quantidades de carga. Existem os navios para 
carga seca como máquina, equipamentos, e para carga com controle de 
temperatura (reefer), por exemplo, carnes, laticínios, frutas, etc. 
b) Navios especializados: são definidos pelo tipo de carga: graneleiros sólidos 
(bulk carrier) como, por exemplo, os produtos agrícolas e graneis; tanques 
(tanker) apropriados para mercadorias líquidas (petróleo, sucos, produtos 
químicos); gaseiros adequados para transporte de gás; roll-on roll-off, para 
cargas rolantes (automóveis, ônibus) e porta-containers (full container ship) 
especializado no carregamento de container. 
c) Navios multipropósitos: transportam cargas de mais de um tipo de navio, por 
exemplo, container e veículos. 
 
10 
 
O valor do frete marítimo é o montante cobrado pelo transporte, mas há também 
outras despesas que não compõem o valor do frete que devem ser consideradas, pois se 
formam os custos portuários, como capatazia (THC), taxas cobradas pela arrumação da 
carga no navio, utilização das instalações portuárias, entre outras. (DIAS e RODRIGUES, 
2004). 
 
3.4 Modal Rodoviário 
 
De acordo com Nazário (2000), para que o produto seja competitivoé 
indispensável um sistema de transporte eficiente, pois o custo de transporte é uma 
parcela considerável do valor deste produto. 
 O transporte rodoviário é um dos mais simples e eficientes dentro dos seus pares. 
Sua única exigência é existir rodovias. (RODRIGUES, 2003) 
“O transporte de carga é exercido predominante com veículos rodoviários 
denominados caminhões e carretas, sendo que ambos podem ter características 
especiais e tomarem outras denominações” (KEEDY, 2003 p.101). 
De acordo com Rodrigues (2003), os veículos utilizados no transporte rodoviário 
são classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distância entre eixos. 
Conforme Keedy (2003), suas capacidades de transporte dependem de sua força 
de tração, tamanho, bem como quantidade de eixos. O peso do veículo em si é 
denominado de tara enquanto sua capacidade de carga é a sua lotação, no inglês 
payload, sendo que somados representam o peso bruto total do veículo. 
Afirma Rodrigues (2003), a malha federal, composta pelas rodovias conhecidas 
pelo prefixo BR, compreende: 
a) Radiais – Começam em Brasília, numeradas de 1 a 100; 
b) Longitudinais – Sentido Norte-Sul, numeradas de 101 a 200; 
c) Transversais – Sentido Leste-Oeste, numeradas de 201 a 300; 
d) Diagonais – Sentido diagonal, numeradas de 301 a 400; 
e) De ligação – Unem as anteriores, numeradas de 401 a 500. 
Ainda segundo a visão desse autor, dentre as rodovias federais consideradas de 
integração nacional, destacam-se as seguintes: 
a) BR 101 – Cobre o litoral brasileiro desde a cidade de Osório (RS), passando por 
capitais litorâneas como Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Aracaju (SE), Maceió 
(AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB), indo terminar em Natal (RN). 
b) BR 116 – Começa em Jaguarão (RS), na fronteira com Uruguai e corre paralela a 
BR 101, um pouco mais ao interior, passando por Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), 
São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Minas Gerais (MG), Bahia (BA). 
c) BR 153 – A única que atravessa as cinco micro regiões do país, através de sua 
parte central, iniciando na cidade de Acegua (RS), na fronteira com o Uruguai, 
cruzando o território dos estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, 
Oeste de São Paulo e de Minas Gerais. 
 
3.4.1 Importância do Modal Rodoviário 
 
Segundo Ballou (2007), a administração de transportes é o braço operacional da 
função de movimentação que é realizada pela atividade logística cujo objetivo é 
assegurar que o serviço de transporte seja realizado de modo eficiente e eficaz. Para o 
autor, o transporte é, sob qualquer ponto de vista, seja militar, político ou econômico, a 
atividade mais importante do mundo. 
Na operação logística, as atribuições do transporte estão relacionadas, 
principalmente, às dimensões de tempo e utilidade de lugar. De acordo com Nazário 
(apud FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2008). 
11 
 
 
As vantagens do transporte rodoviário, apresentadas por Ballou (2007), são: 
serviço porta a porta, sem necessidade de carregamento ou descarga entre origem e 
destino; frequência e disponibilidade dos serviços; velocidade e conveniência. 
Segundo Valente, Passaglia e Novaes (2001), o modo rodoviário atinge, 
praticamente, todos os pontos do território nacional, sendo o mais expressivo no 
transporte de cargas, no Brasil. Geralmente, o transporte de carga é realizado por 
empresas privadas ou transportadoras. A administração das atividades de transporte, em 
uma empresa, fica por conta dos setores de: administração, operações, finanças, 
marketing e recursos humanos, podendo, também, haver outros setores vinculados, 
dependendo da microestrutura da transportadora. Dessas, a diretoria de operações está 
diretamente ligada à gestão da frota. 
A administração do transporte contratado de terceiros difere da movimentação 
realizada por frota própria. Nos serviços contratados, é preciso analisar a negociação de 
fretes, a documentação da empresa e dos veículos, a auditoria e consolidação de fretes; 
na frota própria, devem ser gerenciados o despacho, o balanceamento de carga e a 
roteirização. Com relação à frota própria, uma das razões para a empresa ter ou alugar 
uma frota de veículos é obter melhor desempenho na entrega e diminuir os custos. 
“Muitas vezes, o gerente de tráfego deve administrar uma mistura de transporte próprio e 
de terceiros” (BALLOU, 2007, p. 139). 
Nesse aspecto, para Novaes (2007), o transporte rodoviário de carga possui uma 
diferenciação nas operações, segundo a capacidade do veículo, que é chamado de 
lotação completa e de carga fracionada. 
Ainda segundo Ballou (20017), a lotação completa corresponde à transferência de 
produtos entre a fábrica e um centro de distribuição em um veículo maior, completamente 
lotado. 
Nesse modo operacional, além do transporte de uma quantidade maior, há três 
ganhos principais de custo: “o veículo é [...] maior, com custo mais baixo por unidade 
transportada; por ser mais homogênea, a carga é melhor arrumada dentro do caminhão 
[...]; eliminam-se inúmeras operações intermediárias [...] com expressiva redução dos 
custos de movimentação da carga” (NOVAES, 2007, p. 245). 
 A gestão do transporte rodoviário é de relevância na execução eficaz e eficiente 
das operações de transporte. A logística preocupa-se com os vários aspectos que 
envolvem o produto, desde a armazenagem e manuseio das mercadorias, até o 
transporte seguro da carga. O gestor dessas operações deve conhecer todo o sistema de 
distribuição, interrelacionando essas atividades com as demais informações de outros 
setores importantes da empresa. A distribuição física de produtos envolve diversos 
componentes físicos e informacionais, que são: instalações físicas, estoque de produtos, 
veículos, informações diversas, custos e pessoal. Todos esses componentes estão 
interligados e é função logística cuidar para que cada elemento seja administrado 
adequadamente (NOVAES, 2007). 
A gestão dos veículos de transporte também requer atenção especial. Como os 
produtos são comercializados em pontos diferentes do local de fabricação, a distribuição 
requer o uso de veículos, geralmente caminhões, para fazer a transferência dos produtos 
da fábrica até o depósito do atacadista, ao centro de distribuição do varejista e às lojas. A 
decisão acerca do tamanho e capacidade dos veículos é função do gestor de operações 
logísticas, podendo ser a lotação completa para veículos maiores e, em caso de 
abastecimento de lojas ou freqüência maior nas entregas, opta-se por veículos menores 
(NOVAES, 2007). 
Outro elemento necessário para que a empresa seja competitiva e operacional e 
que deve ser constantemente avaliado pelo gerente logístico é o custo de deslocamento 
do produto. A transferência de produtos de um local para outro provoca um custo de 
transporte que é medido, geralmente, pela distância e pela quantidade de carga 
deslocada. Portanto, faz parte de uma gestão eficaz do setor logístico e do sistema de 
 
12 
 
distribuição a “disponibilidade de uma estrutura de custos adequada e constantemente 
atualizada” (NOVAES, 2007, p. 254). 
Para que os modais de transporte sejam eficiente, é necessário que se entenda a 
engenharia de tráfego. 
 
4 ENGENHARIA DO TRÁFEGO 
 
A Engenharia do Tráfego caracteriza-se como uma área de conhecimento 
interdisciplinar (como de resto toda a Engenharia de Transportes). Uma equipe completa 
de projetos de tráfego deve ser composta, segundo alguns atores, por: engenheiros civis, 
engenheiros de estruturas, engenheiros de tráfego, arquitetos, paisagistas, urbanistas, 
planejadores urbanos, sociólogos, geógrafos urbanos, economistas, matemáticos 
(matemática aplicada), advogados e analistas de mercado (PIGNATARO, 1973). 
A área de atuação do especialista em engenharia do tráfego tende a restringir-seàs intervenções na via, ou seja, no sistema viário. Suas funções primordiais são estudar 
informações sobre acidentes, identificar pontos críticos e analisar o método de 
intervenção que pode reduzir a frequência de acidentes em locais com índices elevados 
de acidentes (GOLD, 1998). 
Segundo o Institution of Civil Engineers, da Inglaterra, Engenharia de Tráfego é a 
parte da Engenharia que trata do planejamento do tráfego e do desenho de vias; do seu 
desenvolvimento e das facilidades para estacionamento, com o controle do trânsito para 
proporcionar segurança e a conveniente e econômica movimentação de veículos e 
pedestres (DUARTE, 2011). 
A ABNT apresenta a seguinte definição: “é a parte da engenharia que trata do 
planejamento, do projeto e da operação das vias públicas e de suas áreas adjacentes, 
assim como do seu uso, para fins de transporte, sob os pontos de vista de segurança, 
conveniência e economia”. 
Se tratando dos modos rodoviários, Engenharia do Tráfego é a área do 
conhecimento que tem como objetos o planejamento, projeto geométrico e operação de 
tráfego em vias, suas redes, terminais, lotes lindeiros e relações com outros modos de 
transporte, a Engenharia do Tráfego tem como objetivo assegurar o movimento seguro, 
eficiente e conveniente de pessoas e bens (PIGNATARO, 1973). 
Segundo Gold (1998), se comparados com os programas de educação e 
fiscalização do trânsito, os investimentos em engenharia de tráfego apresentam certas 
vantagens. Em primeiro lugar, os resultados são imediatos e comprováveis, o que 
dificilmente ocorre com as campanhas publicitárias ou com os programas de educação 
de trânsito. Em segundo lugar, os resultados tendem a ser mais duradouros e menos 
dependentes dos investimentos contínuos de recursos humanos. Quando as medidas de 
engenharia do tráfego são mais completas e incluem modificações urbanísticas de 
pequeno porte, os resultados podem chegar a ser ainda maiores. 
Algumas intervenções em pontos críticos podem reduzir substancialmente a 
ocorrência de acidentes no local da intervenção, quando não eliminá-los totalmente. 
Segundo experiências estrangeiras e brasileiras na implantação de um grande número 
de intervenções viárias de diversos tipos, pode-se esperar uma redução média de 
aproximadamente 30% na frequência de acidentes nos locais tratados (GOLD, 1998). 
Conforme Duarte (2011) os profissionais da Engenharia do Tráfego precisam ter 
formação superior em Engenharia, Arquitetura ou Tecnologia, podendo atuar nas áreas 
de Planejamento, Projetos, Sinalização e Operação de Tráfego. 
 
5 METODOLOGIAS 
 
13 
 
 
Para realização dessa pesquisa os autores buscaram verificar a influência da 
engenharia de tráfego na logística de transportes rodoviário empresarial. 
Para analisar a importância da engenharia de tráfego na eficácia da logística de 
transportes rodoviário foi realizada uma pesquisa de campo em uma concessionária de 
rodovias, localizada na região noroeste paulista. 
A empresa pesquisada, Concessionária de Rodovias foi fundada por volta de 2006 
com o objetivo de ingressar no setor de concessões de rodovias, tanto nas licitações 
federais como estaduais. 
O trabalho foi feito por meio de pesquisa bibliográfica e realizado em uma 
Concessionária de Rodovia, foram levantados dados sobre a empresa, efetuado um 
questionário e através do mesmo foi montado o estudo de caso. 
 
6 ESTUDO DE CASO 
 
6.1 Caracterização da empresa 
 
Segundo Julio responsável pelo setor do Centro de Controle Operacional, a 
empresa concessionária de Rodovia é uma empresa do grupo BRVias, responsável pela 
administração da concessão do trecho paulista da BR-153, no total de 321,6 km que se 
estende da divisa São Paulo - Minas Gerais à divisa São Paulo-Paraná. 
Sua sede está instalada em Lins. Esse trecho faz parte do Programa de 
Concessões Rodoviárias do Governo Federal. As suas atividades são regulamentadas e 
fiscalizadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). 
O grupo que a empresa faz parte, a BRVias foi fundado em 2006, resultado da 
associação do grupo Splice e do Comporte. 
O grupo nasceu com objetivo de ingressar no setor de concessões de rodovias, 
tanto nas licitações federais como estaduais. 
A primeira atuação do grupo BRVias foi no leilão federal, ocorrido em 9 de outubro 
de 2007, na Bolsa de Valores de SP, onde fez lances em quatro dos sete lotes de 
estradas do Programa de Privatização Federal: Fernão Dias (São Paulo/Belo Horizonte); 
Régis Bittencourt (São Paulo/Curitiba), o trecho de Curitiba a Florianópolis da BR-101; e 
o trecho paulista da BR-153 (São Paulo). 
O Grupo BRVias foi vencedor do trecho paulista da BR-153, com o valor de R$ 
2,45 de pedágio nas quatro praças prevista no trecho de 321,6 km que se estende da 
divisa São Paulo - Minas Gerais à divisa São Paulo-Paraná. 
Para administrar esta concessão, o grupo BRVias criou a empresa Concessionária 
de Rodovia, com sede em Lins. 
A BR-153 é a quarta maior rodovia do Brasil, ligando a cidade de Marabá (Pará) 
ao município de Aceguá (Rio Grande do Sul), totalizando 4.355 quilômetros de extensão. 
É a principal ligação do Centro-Oeste e do Meio-Norte do Brasil (Pará, Amapá, 
Tocantins e Maranhão) com as demais regiões do país. Metrópoles como Goiânia e 
Brasília a utilizam com o principal corredor de escoamento. 
É também muito utilizada para acender a regiões turísticas como a da estância de 
Caldas Novas (Goiás), e a cidade histórica de Pirenópolis (Goiás). 
 
6.2 Relato da pesquisa 
 
A empresa Concessionária de Rodovia utiliza Sistemas Inteligentes de Tráfego – 
ITS – são eles: 
a) GPS que serve para o monitoramento dos veículos de frota da empresa; 
 
14 
 
b) SAT são os analisadores de tráfego que são posicionados na via para 
recebimento em tempo real, de quais são os tipos de veículos, velocidade, 
tamanho, entre outras informações; 
c) PMV (Painel de Mensagem Variável) que são dispositivos para informação ao 
usuário sobre problemas na via ou veiculação de mensagens institucionais, 
educativas ou de orientação; 
d) IVA é um sistema que reconhece pelas câmeras dispostas na via se há 
veículos parados no acostamento da via ou sobre a faixa de rolamento; 
e) CFTV (Circuito Fechado de Televisão) na empresa são 109 câmeras de 
monitoramento; 
f) Estações Meteorológicas tem equipamentos dispostos na rodovia, com o 
objetivo de informar dados sobre precipitação, velocidade e direção do vento, 
neblina, e etc. 
Todo o ITS é coordenado por técnicos que estão no CCO – Centro de Controle 
Operacional, que trabalha 24 horas, nos 7 dias da semana. O CCO é responsável pelos 
atendimentos emergenciais, como acidentes, atendimentos clínicos e demais problemas 
que comprometam a segurança e conforto do usuário. 
A logística, no atendimento ao usuário é importantíssima, pois a empresa 
tem atendimentos a acidentes, panes de veículos, animais na pista e outras tantas 
ocorrências que ações rápidas devem ser tomadas para garantir a segurança de quem 
trafega na rodovia. Tem um número de recursos para atender a demanda e a forma de 
gerar conforto e rapidez ao usuário é utilizar a logística, tornando-a uma aliada na 
operação de tráfego dentro da empresa. 
O sistema viário segue um planejamento do órgão competente sobre a via. São 
realizados estudos de demanda de tráfego, fluxos de pedestres, impactos ambientais, 
impactos nas comunidades por onde a via será inserida. Sobre ampliação, leva-se em 
conta as necessidades de adequação e aumento do VDM – média de veículos – de modo 
evitar congestionamentos, aumentando a capacidade da via, gerando segurança e 
fluidez no planejamento do sistema viário. 
O transporte de cargas está ligado diretamente a infra estrutura, pois onde há infra 
estrutura, há desenvolvimento. É importantelembrar que em estradas conservadas com 
condições de escoar safras e interligar polos, cria rotas de transporte, influenciando toda 
a cadeia logística. 
As áreas da Engenharia do Tráfego existentes na empresa são: 
a) CCO – Centro de controle operacional – atendimentos emergenciais, 
monitoramento e coordenação dos recursos operacionais; 
b) CCI – Centro de controle de informações – concentra todas as informações 
geradas pelo CCO e demais áreas, consolida e apresenta estudos sobre a 
concessão; 
c) Engenharia – cuida das condições do pavimento, obras de arte, instalações e 
demais itens civis; 
d) Conservação – Cuida dos sistemas de drenagem da via, poda de vegetação, 
roçada, limpeza das vias e de placas, etc 
e) Sinalização viária – cuida de toda sinalização horizontal e vertical da via; 
f) ITS (manutenção e TI) – cuida de todos os sistemas de monitoramento da via, 
de maneira manter o CCO com as informações necessárias para a correta 
operação de tráfego; 
g) Tráfego – cuida das viaturas operacionais e instalações de atendimento ao 
usuário, de forma garantir o atendimento, conforto, segurança e fluidez. 
 As melhorias após a concessão são visíveis, basta observar as vias que são 
cuidadas pelo poder público e as que foram entregues á concessão. Das 10 melhores 
rodovias no Brasil, 10 estão sob concessão. Melhora no pavimento, na sinalização, 
15 
 
 
serviços de atendimento médico, mecânico e bases de atendimento gratuitos, entre 
outros serviços operacionais. 
A empresa tem que levar em conta que onde a infraestrutura é boa e garante 
deslocamentos seguros há certeza de crescimento das cidades lindeiras. No entanto, o 
melhor benefício é a certeza de que muitas vidas foram poupadas, pois somente de 2012 
para 2013 o número de mortos foi 30% menor. Essa é a maior melhoria. 
 
6.3 Pavimentação e os itens para a logística de transporte rodoviário 
 
A pavimentação é uma técnica antiga de cobertura do solo, com inúmeros 
materiais, que nasceu com o advento da roda e evoluiu com o desenvolvimento dos 
meios de transporte terrestres. É uma superestrutura constituída por um sistema de 
camadas de espessuras finitas, construída após terraplenagem com o objetivo de resistir 
e distribuir ao solo os esforços verticais; melhorar as condições de deslocamento quanto 
à comodidade e segurança; tornando mais durável a superfície de deslocamento. 
Outro item é o controle de velocidade, sinalizações, programas de trânsito, sistema 
de informações aos usuários, entre outros. 
O programa nacional de controle eletrônico de velocidade (PNCV) tem por objetivo 
a prestação de serviços necessários ao controle viário nas rodovias federais, mediante a 
disponibilização, instalação, operação e manutenção de equipamentos eletrônicos, com 
coleta, armazenamento e processamento de dados estatísticos e dados e imagens de 
infrações, na forma, quantidades, especificações técnicas. 
O controle de velocidade é mais uma iniciativa do Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes (DNIT) para aumentar a segurança dos usuários de 
rodovias federais, definido a partir de estatísticas da autarquia. 
Em todo o mundo, diversos estudos comprovam as vantagens da redução da 
velocidade para um trânsito mais seguro. 
Recentemente, a empresa realizou obras de sinalizações para segurança do 
usuário com iluminação para o usuário ter uma visão melhor, ou seja, uma visão mais 
ampla, e logo mais todos os trechos, estarão iluminados. 
Com isso, para manter a fluidez da rodovia, a empresa investe em programas 
educacionais realizados em escolas, cursos de enfermagem e palestras voltadas 
especialmente para motoristas de caminhões. 
 
6.4 Monitoramento 
 
A rodovia possui equipamentos modernos e câmeras para controle, 
monitoramento, planejamento e rastreamento do tráfego, através dessas ações a 
empresa colabora não apenas com mobilidade, mas também com a logística das 
empresas ensinando o uso correto das rodovias e do próprio bem (veículo de entrega e 
outros); o rastreamento realizado pela empresa gera segurança aos condutores, pois a 
rodovia é monitorada em tempo real, em casos de quebra de veículos, roubos, extravios 
e outros é feito o registro através das câmeras que auxilia as empresas nesses casos 
mais graves. 
Assim, através do site da empresa os seus usuários podem se informar sobre as 
condições e obras realizadas ao longo da rodovia; entrar em contato com a ouvidoria 
para esclarecer duvidas registrar reclamações sugestões e elogios, pode pesquisar sobre 
os pedágios e onde eles se localizam; realizar o cálculo da distância de um ponto ao 
outro, pesquisar sobre a empresa e outros assuntos sobre a rodovia. 
 
7 CONCLUSÃO 
 
 
16 
 
O transporte rodoviário é predominante em nosso país e é visto que para se obter 
uma logística eficaz alguns fatores são primordiais como segurança, tempo e entrega na 
hora, e no local certo devem estar em perfeita harmonia. 
Dentro das análises realizadas na empresa pesquisada, localizada na região 
noroeste do estado de São Paulo - SP, pode-se observar que a mesma busca trabalhar 
com a engenharia de tráfego a fim de, melhorar a segurança viária, realizando controles 
e análises de fluxo de veículos que passam pela via. 
 A rodovia possui equipamentos modernos e câmeras para controle, 
monitoramento, planejamento e rastreamento do tráfego, através dessas ações a 
empresa colabora não apenas como mobilidade, mas também com a logística das 
empresas ensinando o uso correto das rodovias e do próprio bem. A empresa visa 
preservar a vida dos usuários investindo na Rodovia e empresa no geral utilizando vários 
tipos de serviços, campanhas e controles operacionais que viabilizam o pavimento. 
 A importância da engenharia de tráfego na logística de transportes rodoviário 
envolve a logística porque gerencia a parte do tráfego e atendimento através de estudos 
como as rodovias de maiores movimentos, os veículos, os volumes de tráfego, a 
velocidade, o fluxo de tráfego, o controle do tráfego, as sinalizações, os acidentes 
ocorridos na via entre outros. 
Neste cenário verifica-se a importância das concessionárias de rodovias para as 
empresas, pois elas têm o compromisso de manter a rodovia em condições legais e 
favoráveis de tráfego, além da garantia da entrega e qualidade do serviço em geral. 
Através da pesquisa, percebe-se que a engenharia de tráfego influência 
positivamente e é de suma importância na eficácia da logística de transportes rodoviário 
empresarial porque ela busca manter as estradas em boas condições de uso para que 
não haja transtornos aos usuários; atendendo bem o mesmo com bom relacionamento 
entre ambos, atingindo assim o objetivo desse trabalho. 
Nunca se olhou tanto para logística. Não apenas em função dos gargalos da 
infraestrutura e do custo no Brasil, mas também devido a problemas que as empresas 
têm enfrentado em sua rotina do dia a dia. 
Conclui-se que é somente com a engenharia de tráfego, com seus estudos e 
aplicações que o conforto e segurança são garantidos. A função de observar, entender e 
operar o tráfego, levando em conta uma série de variáveis proporciona a fluidez tão 
importante nos grandes centros. Hoje observa-se que o trânsito é uma das maiores 
reclamações, justamente por não prever o crescimento da demanda, levando a vias 
saturadas. 
Contudo, o conhecimento não termina por aqui, este trabalho pode servir como 
base para demais pesquisas. Com isso, para pesquisa posterior sugere-se realizar uma 
pesquisa relacionando o custo de transporte com a utilização da engenharia de tráfego. 
Sugere-se também que seja feita uma pesquisa avaliando a utilização dos componentes 
viários (via, veículo e usuário) na utilização da engenharia de tráfego. 
 
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