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RECLACAO TRABALHISTA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO 
DA 250º VARA DE TRABALHO DA COMORCA DE SÃO PAULO – SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Marina Ribeiro, brasileira, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora 
da identidade 855, CPF 909, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 – São 
Paulo-SP – CEP 4444, vem por meio de seu bastante advogado com procuração em anexo, 
com fundamento no artigo 286 II do CPC, perante este juízo prevento propor; 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com pedido de liminar contra MALHARIA FINA – 
LTDA, CNPJ nº ____, localizada na cidade de São Paulo/SP, bairro___, nº___, rua ___, tel 
(DDD) ___-___ , pelos fatos e direitos a seguir expostos: 
 
Da gratuidade da justiça 
 
Excelência presente os requisitos da do artigo 98 “caput” e 99, §3º ambos do código 
de processo civil, estarem presentes na situação da reclamante requer-se que seja deferido o 
pedido de gratuidade de justiça tendo em vista principalmente que a reclamante possui três 
filhos nas idades inferiores respectivamente de doze, dez e oito anos, e sendo ela a única 
provedora do seu lar, ficaria prejudica o seu sustento e de sua família caso esta tivesse que 
arcar com ás custas processuais. 
Para completar a respeito da informação sobre a fatídica situação da reclamada, ela 
está atualmente desempregada, razão exclusiva da reclamada, e deve-se no momento atentar-
se para nosso principal principio constitucional da dignidade da pessoa humana, sendo este 
uma ponderação simples em perceber que a concessão da gratuidade é simplesmente mais que 
necessário no presente caso, pela incapacidade de arcar com ás custas processuais e 
honorários advocatícios, 
Da Reintegração urgente ao posto de trabalho 
 
Excelência, diante ao exposto sobre a condição de atenção profissional e social da 
reclamada, seria mais que urgente a reintegração das atividades profissionais da reclamante na 
empresa demandada, simplesmente que a sua condição estava estável perante a relação de 
contrato de trabalho, como ficou demonstrado em emails trocados pelas partes mais 
pontualmente em 20/06/2015 impossibilitando a sua demissão sem justa causa pelo período 
de estabilidade. 
Amparado pelo artigo 543,§3º, da CLT, se reforça a presente afronta ao direito 
buscado e agredido, acreditando em um justo entendimento de necessidade e possibilidade, 
que seja deferido o pedido de reintegração ao posto de trabalho da reclamada urgentemente, e 
ainda mais fortalecido este entendimento observando o artigo 8º, VIII, da CF. 
Para final de entendimento podemos mostrar em caráter de urgência como prevê o 
artigo 659, X da CLT absolutamente e incontestavelmente presente na relação aqui exposta. 
Como evidenciado a demissão se deu em 30/12/2016 sem justa causa, a reintegração 
da reclamante é obrigatório tendo em vista que sua estabilidade era plena e absoluta há este 
tempo ainda. 
 
I – DOS FATOS 
 
Ocorre que Marina, agora autora, ingressou com esta reclamação trabalhista tendo 
em vista que a manteve contrato de trabalho com Malharia fina LTDA agora ré, no período 
entre 20/09/2014 até 30/12/2016, como auxiliar de produção e sendo demitida sem justa 
causa, recebendo as verbas trabalhistas devidas. 
Atualmente se encontra desempregada, tendo em vista que ao tempo de registro 
percebia um salário mínimo. Em 20/06/2015 ela foi eleita como presidente do sindicato da 
categoria, notificando por e-mail a empresa ré o fato, na precisa data. 
Em período de trabalho sempre lhe foi fornecido os equipamentos de EPIs e afins, 
sem que nada he fosse cobrada. 
Seu período de trabalho era de segunda a sexta das 13:30 até 22:30, guardando 
repouso de 1 hora interjornada, recebendo auxilio alimentação gratuito, e aos sábados das 
8:00 ás 12:00 sem intervalo. 
A autora já recebera as PLRs, referente aos anos de 2014, 2015 e 2016. A mesma 
possuía três filhos menores com idade respectivas de 12, 10 e oito anos. 
Houve duas ocasiões em que para motivo de doação de sangue ela se ausentou, 
recebendo desconto em folha de pagamento pelo mesmo. E uma ocasião onde se ausentou por 
motivo de falecimento de parente e lhe fora descontados 3 dias que esta ficou ausente. 
Por diversas vezes ao longo dos anos o seu superior hierárquico elogiava seu sorriso, 
fato que a deixava constrangida, porem agradecia por educação. Em 2016 teve que substituir 
o mesmo por razão que este se afastou pelo período de 90 dias. 
Recebia o pagamento de um salário mínimo e proporcional familiar referente a duas 
cotas em todos seus contracheques, por vez também era subtraído o vale transporte, INSS, 
Contribuição sindical obrigatória. 
II – DO DIREITO 
 
a) Do Salário “IN NATURA”, verificando os rendimentos da reclamante 
percebe-se que o credito de auxilio alimentação não foram lançados no holerite da 
mesma, e desta falta de apontamento deixa prejudicado os cálculos de verbas, 13º e 
outros, preestabelecidos no artigo 458 caput e § 3º, da CLT, que orienta exatamente 
que este auxilio deve ser lançado junto com as demais verbas salariais. Fazendo 
reforço ao anterior artigo mencionado o entendimento na sumula 241 do TST, que se 
integre para todos os efeitos legais. 
b) Das horas extras, inter jornadas e adicional noturno. Excelência 
cabe aqui mencionar que previsto no o artigo 4º ambos da CLT, determina que o 
período que o empregado fica em disposição ao empregador, mesmo que aguardando 
ordens, deve-se considerar serviço efetivo, e neste apontamento mostramos que o 
tempo desprendido de troca de uniforme, higiene pessoal que a reclamada se submetia 
que perduravam 20 minutos por dia, devem ser convertidos em remuneração. 
 Podemos também reforçar esse entendimento se verificarmos a sumula 366 do 
TST, que neste contexto se utiliza objetivamente correlacionado com o presente caso 
se não vejamos. 
Sumula 366 TST: Não serão descontadas nem computadas 
como jornada extraordinária as variações de horário do registro de 
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo 
de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será 
considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a 
jornada normal (grifo nosso), pois configurado tempo à disposição 
do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo 
empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, 
higiene pessoal, etc). 
Adentrando o assunto com foco agora de intervalo inter jornadas, é preciso antes de 
tudo respeitar o ordenamento do artigo 66 da CLT, que dispõe que é necessário o intervalo de 
11 horas de descanso entre uma e outra, e no caso em questão referente ao lapso temporal do 
final do expediente das sextas-feiras e os sábados essa regra primordial não era respeitada. 
Também não lhe foram devidos os pagamentos corretos referente às horas em caráter 
de adicional noturno, que passavam de segunda-feira a sexta-feira, pelo menos 30 minutos 
que representava das 22h (dez da noite) ás 22:30 (dez e meia), conforme o artigo 72, caput e 
§2º da CLT . Matéria inquestionável se observado o contexto da realidade dos fatos. 
c) Do salário família, já foi indicado nos autos que marina tem três filhos 
e suas idades hoje são respectivamente doze, dez, e oito anos, claro que no momento 
da contratação estes teriam já menos idade ainda, pois bem, a correta atribuição ao 
pagamento do beneficio, seria a razão de três cotas, sendo uma individualmente a cada 
prole. Marina recebia da empresa apenas duas cotas deste tendo o direito mais uma 
cota, pois o beneficio é amparado a menores de 14 anos. 
 Além de tudo, de ser a provedora do lar e três filhos menores de 14 anos, ela 
esta entre os considerados de baixa renda, sendo totalmente admissível conforme artigo 
7º, XII da CF. 
 Então nada mais justo que a medida tomada pela empresa seja deveras corrigida, 
inegável é seu direito com relação á cota faltante. 
d) Do desconto indevido. Presente ocasião em que descontado doisdias da 
reclamada, sendo que um destes dias a mesma teria direito de restituição, pelo fato de que o 
motivo da ausência foi doação de sangue, sabendo-se que o lapso temporal entre eles é de 12 
meses, já previsto na CLT artigo 473, IV. 
E por vez que as duas doações se ocorreram no mesmo ano, em 2016, ela teria direito 
de restituição de pelo menos um dia destes indevidamente descontados. 
 
e) Da substituição do cargo, houve um período dentro de seu contrato de 
trabalho onde a reclamante teve que se submeter a preencher o cargo de seu superior por 
quanto da sua ausência por enfermidade, prazo este de 90 dias, e a diferença salarial que lhe 
era devida não foi atendida, erro claro da reclamada, pois bastava observar o artigo 450 da 
CLT. 
 Não obstante a esse entendimento podemos perceber o mesmo direito violado, quando 
também constatamos a contrariedade a sumula 159, I do TST; 
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente 
eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual 
do substituído. 
III – DOS PEDIDOS 
 
Diante ao exposto, pede-se: 
 
a) Que para efeito de liminar atendendo o “periculum in mora”, a 
reintegração imediata da reclamante no seu devido setor de emprego, pois, gozava de 
estabilidade e sua demissão foi sem justa causa. 
b) Pede-se a citação do reclamado, para oferecer resposta no prazo legal, 
sob pena de preclusão, revelia e confissão. 
c) A gratuidade de justiça, pois a reclamante não pode subsidiar os gastos 
sem comprometer sua renda e sustento de seu lar. 
d) A fixação de honorários a serem pagas pela reclamada. 
e) Que julgue procedente o, reconhecimento e lançamento do auxilio 
alimentação dentro da folha de pagamento da reclamante para efeito de cálculos 
trabalhistas e previdenciários. 
f) Que julgue procedente o pedido de horas extras no valor de 50% por 
hora contabilizada referente aos períodos que a reclamante ficava a disposição da 
reclamada após o horário de expediente nos seus 20 minutos, se dado no valo de ____. 
g) Julgue procedente o pedido de horas extras entre as jornadas de 
trabalho, perante a inobservância da regra geral do devido descanso, pelo valor de 
____. 
h) Que seja procedente a concessão a que se refere o período das 22:00 até 
as 22:30 onde se busca o adicional nortuno no valor de___. 
i) A restituição de pelo menos um dia em que a reclamante tem direito por 
ter doado sangue, e lhe foi descontado indevidamente pelo valor de___. 
j) Que julgue procedente o pagamente referente a uma cota de salarial, 
pois como se constatou era pago apenas duas cotas, e ela tendo direito a três por ter 3 
crianças menores de 14 anos, pelo valor desta de ___. 
k) Que julgue procedente o pagamento da diferença salarial, por quando a 
reclamada substituiu seu superior no período de 90 dias, pelo valor total de ___. 
l) Requer a produção de todos os meios de provas admitas em processo e 
em direito com fundamento no artigo 369 do CPC. 
m) Requer que, seja arrolado como testemunha e intimado a depor: 
 Hugo ___; telefone: (ddd) ____; rua: ____,nº___,bairro___, cidade____, CEP ___ 
 
Dar-se o valo da causa de _____ para fins de rito processual. 
 
Nestes termos 
Pede deferimento 
 
São Paulo – SP 
 
 
______________ 
Data 
_____________ 
Adv 
______________ 
OAB/UF

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