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TARTRAZINA Grupo: Ariane Renata Serapião Silva Larissa Azevedo Bueno Louhane Milene Lidio Carvalho Lucas Donato Oliveira Milena Carolina dos Santos Maia 2 INTRODUÇÃO 3 INTRODUÇÃO “Corantes são aditivos alimentícios definidos como toda substância que confere, restaura ou intensifica a coloração de um alimento”. Resolução CNNP nº 44, de 1977. 4 INTRODUÇÃO ⦁ A cor representa um dos principais atributos na escolha de um produto. ⦁ O uso de corantes para fins alimentícios exige avaliações de sua: ❖ Toxicidade; ❖ Solubilidade (em água e/ou solventes alcoólicos); ❖ Reatividade química com outros componentes do alimento; ❖ Estabilidade quanto à luz, calor e umidade, entre outros. 5 Classificação dos corantes Corante orgânico natural - aquele obtido a partir de vegetal, ou eventualmente, de animal, cujo princípio corante tenha sido isolado com o emprego de processo tecnológico adequado. Corante orgânico sintético - aquele obtido por síntese orgânica mediante o emprego de processo tecnológico adequado. Corante artificial - é o corante orgânico sintético não encontrado em produtos naturais. Corante orgânico sintético idêntico ao natural - é o corante orgânico sintético cuja estrutura química é semelhante à do princípio ativo isolado de corante orgânico natural. 6 Classificação dos corantes Corante inorgânico - aquele obtido a partir de substâncias minerais e submetido a processos de elaboração e purificação adequados a seu emprego em alimento. Caramelo - o corante natural obtido pelo aquecimento de açúcares à temperatura superior ao ponto de fusão. Caramelo (processo amônia) - é o corante orgânico sintético idêntico ao natural obtido pelo processo amônia, desde que o teor de 4-metil, imidazol não exceda no mesmo a 200mg/kg (duzentos miligramas por quilo). RESOLUÇÃO - CNNPA Nº 44, DE 1977 7 Uso dos corantes mundialmente Porcentagem do uso de corantes no mundo. Fonte: Adaptado de: MORITZ, 2005. 8 Corantes artificiais Os corantes sintéticos apresentam-se mais vantajosos ao natural: ● Mais estáveis; ● Maior durabilidade; ● Propiciam cores mais intensas; ● Menos onerosos. 9 Corantes artificiais ● Não possuem valor nutritivo quando introduzidos nos alimentos e bebidas, seu objetivo principal é conferir cor, os tornando mais atrativos; ● Apresentam alta estabilidade à luz, oxigênio, calor e pH; ● Alto poder tintorial; ● Isentos na contaminação microbiológica. 10 Os 11 corantes artificiais permitidos pela legislação atualmente: ● Amaranto ● Vermelho de Eritrosina ● Vermelho 40 ● Ponceau 4R ● Amarelo Crepúsculo ● Amarelo Tartrazina ● Azul de Indigotina ● Azul Brilhante ● Azorrubina ● Verde Rápido e ● Azul Patente V Resoluções n° 382 a 388, de 9 de agosto de 1999, da ANVISA 11 Classificação dos corantes Os corantes alimentícios artificiais são classificados em 4 grupos: ● Azo; ● Trifenilmetanos; ● Indigóides; ● Xantenos. 12 Corantes Azo ● O nome “azo” originou-se de azote, termo francês para nitrogênio, que se derivou do grego a (não) e zoe (viver). ● O mais utilizado entre os corantes sintéticos. ● Representa 70% dos pigmentos produzidos no mundo. ● Tartrazina está nesse grupo de corantes. 13 Tartrazina ● Sintetizada a partir da tinta do alcatrão de carvão. ● É amplamente utilizada na indústria de alimentos. ● Possui fórmula estrutural C16H9N4Na3O9S2. ● sal tri-sódico 5-hidroxi-1-(4-sulfofenil)-4-[(4-sulfofenil) azo]-pirazole-3-carboxilato (nome químico). ● Tartrazine, FD&C Yellow No. 5, Food Yellow No.4 ou E102. 14 Tartrazina ● Permitido para uso em alimentos e bebidas, suplementos alimentares, produtos farmacêuticos e outros produtos de consumo em todo o mundo; ● Confere a cor amarelo limão aos alimentos; 15 Tartrazina ● Encontrada descrita na forma de sal de sódio, mas também é encontrada autorizada com sal de potássio e de cálcio. Encontrada habitualmente na forma granulada ou em pó de coloração laranja clara. 16 Tartrazina ● Boa solubilidade em água ● Estável à luz ● Estável a variações de pH ● Estável a oxigênio ● Possui baixos custos de produção ● Estável ao calor 17 Fórmula química da tartrazina Fonte: LINDON & SILVESTRE, 2007. 18 Legislação “As empresas fabricantes de alimentos que contenham em sua composição o corante Tartrazina devem obrigatoriamente declarar na rotulagem, na lista de ingredientes, o nome do corante Tartrazina por extenso” Resolução RDC nº. 340. 19 Países que o uso da tartrazina é proibido ● Noruega ● Áustria ● Alemanha 20 Consumo diário permitido de Tartrazina ● O JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) determinou a IDA (Ingestão Diária Aceitável) numérica de 7,5 mg/Kg de peso corpóreo para tartrazina. ● Uma criança de 30 Kg e um adulto de 60 Kg podem consumir até 225 mg e 450 mg de tartrazina por dia, respectivamente, sem risco provável à saúde à luz dos conhecimentos disponíveis na época da avaliação. 21 Fonte: (ANVISA, 2014). Limite máximo de utilização do corante tartrazina em diferentes categorias de alimentos de acordo com as legislações específica brasileira. 22 Toxicologia Relacionada com várias reações adversas, desenvolvendo: ● urticária ● asma ● náuseas ● enfisema ● bronquite, rinite, broncoespasmos e dor de cabeça. 23 Toxicologia Em comparação aos demais corantes azo a Tartrazina pode causar: ● Reação alérgica mais severa, particularmente entre pacientes asmáticos e aqueles com intolerância à aspirina. Os sintomas de intolerância podem ocorrer por ingestão ou por exposição cutânea a uma substância contendo tartrazina. 24 Toxicologia Falta de genotoxicidade in vivo para aditivo de corante alimentar Tartrazina 25 Toxicologia ● Ensaio de eletroforese em gel de célula única (SCGE , também conhecido como ensaio cometa); ● Realizado em camundongos. 26 Toxicologia Os resultados deste estudo mostram: ● Estômago e no cólon confirmam a falta de atividade genotóxica nos tecidos do trato gastrointestinal de composto original e quaisquer metabólitos potenciais, após ingestão oral até a dose limite. 27 Toxicologia ● Além dos tecidos do trato gastrointestinal, o fígado também foi analisado e foi realizado um ensaio cometa de micronúcleo da medula óssea nos mesmos animais. ● Ausência de genotoxicidade no fígado, como avaliado pelo ensaio cometa e na medula óssea, conforme avaliado pelo ensaio de micronúcleos, também confirmam a falta de atividade genotóxica de qualquer substância biodisponível, sendo o composto original, metabólitos hepáticos ou metabólitos absorvidos gerados no trato gastrointestinal. 28 Toxicologia ● Os dados apresentados no estudo foram revisados recentemente pelo JECFA e concluiu fornecer evidências suficientes da falta de genotoxicidade para Tartrazina. 29 Alguns alimentos que contém a tartrazina 30 Alguns alimentos que contém a tartrazina 31 CONCLUSÃO 32 Conclusão A tartrazina é um corante artificial encontrado tanto na indústria alimentícia quanto na indústria farmacêutica, sendo a mesma utilizada diariamente para diversos fins. Sabe-se que há uma restrição diária de consumo da mesma, sendo de 0 a 7 mg/ kg peso corporal (pc) / dia, ou seja, o consumo acima do permitido pela legislação pode causar sérios problemas a saúde. 33 Segundo a legislação, a indústria deve rotular a quantidade de tartrazina presente nos alimentos, como vários outros compostos. Devido a sua cor fortemente atrativa, se faz necessário um cuidado redobrado ao seu uso, tanto para aqueles que desejam produzir alimentos que contenham a tartrazina quanto para aqueles que a consomem. 34 REFERÊNCIAS 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, A.; PAULA, E. A Química dos alimentos: produtos fermentados e corantes. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 2010. (Coleção Química do Cotidiano, v. 4). Disponível em: http://www.quimica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/AIQ_2011/quimica_alimentos.pdf>Acesso em: 20 de setembro de 2019. BASTAKI, MARIA et al. Lack of genotoxicity in vivo for food color addtive tartrazine. Elsevier, Washington, United States. Caderno, p. 6, 2017. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução – RDC nº 340, 13 de dez. de 2002. Disponível em: <https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MjA0MA%2C%2C> Acessado em: 29 de setembro de 2019. 36 BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Considerações sobre o corante amarelo tartrazina. Informe Técnico nº. 30, de 24 de julho de 2007. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução - CNNPA nº 44, 1977. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/391619/RESOLUCAO_CNNPA_44_1977.pdf/b8d43a0d-5c1b-4be1-ba69-67f69cf55446> Acessado em: 29 de setembro de 2019. FOOD INGREDIENTES BRASIL. Dossiê de corantes. n.9, 2009. Disponível em: <http://www.revista-fi.com/materias/106.pdf> Acessado em 25 de setembro de 2019. FOOD INGREDIENTES BRASIL. Dossiê de corantes. n.39, 2016. Disponível em: <http://www.revista-fi.com/materias/106.pdf> Acessado em 25 de setembro de 2019. 37 LINDON, F.; SILVESTRE, M. M. Indústrias Alimentares. Aditivos e Tecnologia. Portugal: Escolar Editora. 2007. POUL, M.; JARRY, G.; ELHKIM, M.O.; POUL, J.M. Lack of genotoxic effect of food dyes amaranth, sunset yellow and tartrazine and their metabolites in the gut micronucleus assay in mice. Food Chemical Toxicology 47, 443 e 448, 2009. RODRIGUES, Patrícia da Silva. Estudo do uso de corantes artificiais em alimentos e estimativa de ingestão da tartrazina pela população brasileira. 2015. Dissertação (Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. VELOSO, L. Corantes e Pigmentos. Dossiê Técnico. Instituto de Tecnologia do Paraná, 2012. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTcwOA==> Acessado em 03 de outubro de 2019. 38 http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTcwOA== OBRIGADA PELA ATENÇÃO! 39
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