Buscar

Antidepressivos e Anticoncepcionais

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO
ANTIDEPRESSIVOS
Humor: Somatória de emoções e sentimentos que estão presentes na consciência do indivíduo num determinado momento.
Transtorno de humor: Condições clínicas nas quais há uma perturbação do humor do tipo depressão ou mania.
Classificação dos Transtornos de Humor
Transtorno Depressivo - Depressão maior: 
Depressão maior com episódio único: A pessoa experimenta este tipo de depressão uma só vez na vida.
Depressão maior recorrente: Neste caso a realidade é muito mais complexa e, de fato, é a mais comum. São muitos os pacientes que tiveram que enfrentar uma depressão maior já na adolescência depois uma vez mais na idade adulta.
Sintomas: Alteração de apetite, insônia, perda o ganho de peso, humor deprimido mais parte dos dias, fadiga ou perda de energia, apatia ou perda de interesse, agitação, tendência a isolamento, problemas de concentração e incapacidade de tomar decisões, sentimento de culpa, pensamentos suicidas, lentidão motora.
Mensageiros principais: Serotonina, dopamina e noradrenalina.
Neurotransmissores
Serotonina: Seus níveis aumentam quando você se sente importante.
Dopamina: Motivação, sensação de prazer, realização pessoal.
Ocitocina: Cria intimidade, confiança e constrói relacionamentos saudáveis.
Endorfinas: São liberados em resposta a dor e ao stress.
Transtorno Bipolar
Doença que se caracteriza pela alternância de humor. 
Características: Sensação de extremo bem-estar, aceleração do pensamento e fala, agitação e hiperatividade, diminuição do sono, diminuição da concentração, desinibição e impulsividade.
Conceitos do tratamento com antidepressivos
Resposta: Melhora de pelo menos 50% nos sintomas – quantificada de forma subjetivo na prática. Para pesquisa é utilizado escalas especificas. 
Os pacientes estão melhores, mas não estão bem. 
Remissão e Recuperação
· Remoção de praticamente, ou todos os sintomas.
· Se a melhora é apenas nos primeiros meses chama-se de remissão.
· Após 6-12 meses de melhora chama-se recuperação.
Recidiva e Recorrência
· Quando a depressão retorna.
Recidiva: Retorno antes ou nos primeiros meses de remissão. Quando ocorre dentro da remissão é o mesmo episódio depressivo que está sendo tratado no momento. A dose do medicamento deve ser ajustada.
ANTICONCEPCIONAIS
Coito interrompido: Consiste na retirado do pênis da vagina momentos antes da ejaculação. Possui pouca eficiência pois antes da ejaculação pode ocorrer a liberação pequena quantidade de espermatozoides e não previne contra DST’S
Tabelinha: Consiste na suspensão das relações sexuais durante o período fértil. Pouca eficiência, pois, os ciclos menstruais podem variar e não previne contra DST’S. 
Preservativo Masculino: Protetor de látex que envolve o pênis e impede que o esperma atinja o interior da vagina durante o ato sexual. Possui bastante eficiência e previne contra a maioria das DST’S. 
Preservativo Feminino: Bolsa de plástico que é inserido no interior da vagina que retém o esperma e impede que os espermatozoides atinjam o útero. Possui bastante eficiência e previne contra várias DST’S.
Diafragma: Dispositivo de borracha coloca no colo do útero para impedir a passagem dos espermatozoides. Geralmente é usada com espermicida para aumentar sua eficiência. 
Vasectomia – Homens: Cirurgia que promove a secção dos ductos deferentes, os espermatozoides não chegam a uretra e não causa impotência sexual. 
Ligadura tubária – Mulheres: Cirurgia que promove a secção das tubas uterinas onde os óculos produzidos não conseguem chegar ao útero. 
Anticoncepcionais orais: Droga que aumenta os níveis dos hormônios estrógeno e progesterona no organismo feminino. Com o aumento de Estrógeno e Progesterona os hormônios FSH e LH, os quais promovem o amadurecimento dos folículos ovarianos e ovulação, não são produzidos.
Pílulas monofásicas: São as mais comuns, contém apenas um tipo de comprimido. 
Pílulas bifásicas: Contêm dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com o mesmo hormônio em proporções diferentes.
Pílulas trifásicas: Contêm três tipos de comprimidos ativos, também de diferentes cores, com os mesmos hormônios em proporções diferentes.
Pílula Microprogestativa: É composta por um derivado sintético da progesterona, não bloqueando a ovulação, em virtude disso, possuem uma eficácia menor que as pílulas combinadas. São indicadas para mulheres para as quais as pílulas com estrogênio são contraindicadas e ainda para mulheres que estejam amamentando, pois não alteram a quantidade nem a qualidade do leite.
Pílula do dia seguinte: Deve ser ministrada até 72 horas depois de um ato sexual desprotegido. Droga que aumenta bruscamente a concentração dos hormônios Progesterona e Estrógeno no sangue. Interfere em uma ou mais fases do processo reprodutivo como ovulação, migração dos espermatozoides, transporte e nutrição do ovo, fertilização, função lútea ou implantação. Os efeitos colaterais são náuseas, vômitos cefaleia, dores abdominais e antecipação do fluxo menstrual.
Anticoncepcional injetável: Método contraceptivo que possui em sua fórmula a junção de progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração, podendo ser utilizada em doses mensais ou trimestrais.
Adesivos transdérmicos: Pode ser colocado em diversos locais do corpo, como braço, abaixo da barriga, nas costas ou na nádega. É um método contraceptivo muito eficaz e possui poucos efeitos colaterais, como dores de cabeça, cólicas menstruais leves e náuseas.
Implantes: É um método contraceptivo em forma de um pequeno tubo de silicone, com cerca de 3 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, que é introduzido embaixo da pele do braço pelo médico ginecologista. Este método contraceptivo tem uma eficácia superior a 99%. Existem implantes com duração de seis meses, um ano e até três anos e atuam liberando um hormônio para o sangue.
ANTI-HELMÍNTICOS
Fármacos que possuem características desejáveis de agentes quimioterápicos utilizados no controle de doenças parasitárias.
1- O fármaco deve ser de fácil administração: Administração oral, número de doses e duração do tratamento.
2- Não deve causar ou deve causar poucos efeitos colaterais no hospedeiro: Reações adversas, mesmo que inofensivas, devem ser evitadas.
3- O agente antiparasitário deve ser específico ao parasito sem prejudicar o hospedeiro.
Os helmintos são organismos multicelulares que infectam um número elevado de seres humanos e provocam diversas doenças. Mais de 1 bilhão de pessoas estão infectadas por nematódeos intestinais, sendo que muitos milhões estão infectados por filárias, trematódeos e tênias. Em geral, os parasitas devem ser identificados antes que se inicie o tratamento.
Exemplos de Anti-helmínticos
ALBENDAZOL: Fármaco de escolha para tratamento da hidatidose e da cisticercose. 
Mecanismo de ação: Acredita-se que os benzimidazois atuem contra os nematódeos inibindo a síntese de microtúbulos. Bloqueio do transporte de vesículas e da movimentação de organelas subcelulares. 
Deve ser administrado em jejum quando empregado contra parasitas intraluminais, mas com uma refeição gordurosa quando usado contra parasitas teciduais.
Reações adversas, contraindicações e precauções: Quando utilizado por 1 a 3 dias, é praticamente isento de efeitos colaterais significativos. Desconforto epigástrico leve e transitório, diarreia, cefaleia, náuseas, tontura, mal-estar e insônia podem ocorrer.
MEBENDAZOL: Apresenta amplo espectro de atividade anti-helmíntica e baixa incidência de efeitos colaterais.
Indicado para uso na ascaridíase, na tricuríase, nas infecções por ancilóstomos e oxiúros e em outras determinadas infecções helmínticas. Pode ser administrado antes ou após as refeições; os comprimidos devem ser mastigados antes da deglutição. Para a infecção por oxiúros, a posologia é 100 mg em dose única, repetida após duas semanas.
Para ascaridíase, tricuríase, ancilostomíase, uma dosagem de 100 mg, duas vezes ao dia por três dias é usada para adultos e crianças com mais de dois anos.
Reações adversas, contraindicações e precauções: A terapiacom mebendazol por curto prazo para nematódeos intestinais é quase isenta de efeitos colaterais. Há relatos raros de náuseas leves, vômitos, diarreia e dor abdominal.
BITIONOL: O bitionol é uma alternativa ao triclabendazol para tratamento da fasciolíase (fascíola hepática de caprinos) e ao praziquantel no tratamento da paragonimíase.
Reações adversas, contraindicações e precauções: Os efeitos colaterais, que ocorrem em até́ 40% dos pacientes, costumam ser leves e transitórios, mas, ocasionalmente, sua gravidade requer a interrupção da terapia. Esses problemas incluem diarreia, cólicas abdominais, anorexia, náuseas, vômitos, tontura e cefaleia.
Mecanismo de ação: Imobiliza as microfilárias e altera sua estrutura de superfície, deslocando-as dos tecidos e tornando-as mais suscetíveis à destruição pelos mecanismos de defesa do hospedeiro.
IVERMECTINA: É o fármaco preferencial na estrongiloidíase e na oncocercose.
Mecanismo de ação: Parece paralisar os nematódeos e os artrópodes ao intensificar a transmissão de sinais nos nervos periféricos mediada pelo ácido γ-aminobutírico (GABA).
Na oncocercose, a ivermectina é microfilaricida. Ela não mata efetivamente os vermes adultos, porém bloqueia a liberação de microfilárias durante alguns meses após a terapia.
Reações adversas, contraindicações e precauções: No tratamento da estrongiloidíase, os efeitos adversos infrequentes incluem fadiga, tontura, náusea, vômitos, dor abdominal e exantemas.
ANTIALÉRGICOS
Alergia: Resposta exagerada -> reação anormal e específica do organismo após sensibilização por uma substância estranha que não gera problemas na maioria dos indivíduos.
Histamina: É um importante mediador dos processos inflamatórios, desempenha também funções significativas na regulação do ácido gástrico e na neurotransmissão.
Ação da histamina no pulmão: A histamina causa contração do músculo liso dos brônquios em humanos. Pacientes com asma podem ser até 1000 vezes mais sensíveis à broncoconstrição mediada pela histamina do que indivíduos não asmáticos.
Ação da histamina nas terminações nervosas: As terminações nervosas sensitivas periféricas também respondem à histamina. A sensação de coceira e de dor resultam de uma ação despolarizantes da histamina sobre as terminações nervosas aferentes. 
Ação da histamina no nariz: Estimula as terminações nervosas sensoriais (coceira e espirros), aumenta a permeabilidade vascular (edema e obstrução), estimula secreções glandulares (coriza).
Ação da histamina no coração: Os efeitos cardíacos da histamina consistem em pequenos aumentos na força e na frequência das contrações cardíacas.
Ação da histamina no estômago: O principal papel da histamina na mucosa gástrica consiste em potencializar a secreção ácida induzida pela gastrina. A histamina é uma das 3 moléculas que regula, a secreção ácida no estômago, sendo as outras duas a gastrina e a acetilcolina.
Anafilaxia/Choque anafilático: É desencadeado em um indivíduo previamente sensibilizado por uma reação de hipersensibilidade. Sintomas como inchaço da boca, olhos e nariz, dificuldade em respirar, dor abdominal, náuseas, vômitos e aumento dos batimentos cardíacos.
ANTI-HISTAMÍNICOS: São medicamentos geralmente receitados em tratamentos contra alergias.
Primeira geração: Atravessam a barreira hematoencefálica, se ligam facilmente aos receptores H1 cerebrais e geram assim seu principal efeito colateral que é a sedação (sonolência). São rapidamente absorvidos e metabolizados o que exige sua administração em 3-4 doses diárias.
Exemplo: Maleato de clofeniramina, maleato de brondeniramina, cloridrato de meclizina, hidroxizina, dimenidrinato, entre outros.
Segunda geração: Após administração oral nas doses habituais, atingem rapidamente seu pico de concentração nos tecidos. A ação da maioria deles se inicia entre 1-2 horas após administração e seu efeito. Pode ser observado nas 24 horas seguintes, podendo ser empregado uma vez ao dia.
Exemplos: Cloridrato de epinastina, loratadina, cloridrato de fexofenadina, cloridrato de cetirizina, desloratadina, entre outros.
ANTICOAGULANTES
Os anticoagulantes são medicamentos que impedem a formação de coágulos no sangue, porque bloqueiam a ação de substâncias que fazem a coagulação. Os coágulos são fundamentais para cicatrizar feridas e parar sangramentos, mas existem situações em que podem impedir a circulação do sangue, causando sérias doenças, como AVC, trombose e embolia pulmonar, por exemplo.
Assim, os anticoagulantes permitem que o sangue se mantenha sempre líquido dentro dos vasos e possa circular livremente, sendo recomendados para pessoas que sofreram doenças provocadas por coágulos ou que tenham maior risco de as desenvolver.
Coagulação Sanguínea: A coagulação sanguínea consiste na transformação do sangue líquido num gel sólido, designado de coágulo sanguíneo ou trombo, com o objetivo de parar uma hemorragia.
Tampão plaquetário: Consiste num aglomerado de plaquetas que se forma em torno do local da lesão no vaso sanguíneo. Quando se trata de hemorragias pequenas, o tampão de plaquetas pode ser suficiente para parar a hemorragia. No entanto, por vezes ele apenas dá uma contribuição inicial e é necessário continuar o trabalho até parar a hemorragia. É aqui que se inicia a cascata da coagulação. 
Tempo de Protrombina: O TP é o item que permite avaliar o funcionamento adequado da via extrínseca da coagulação.
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada: TTPa é o que nos permite a avaliação do funcionamento da via intrínseca da coagulação.
FÁRMACOS HIPOLIPEMIANTES
Estatinas: As estatinas são inibidoras da hidroximetilglutaril-coenzima A redutase (HMG-CoA) enzima que regula a velocidade de síntese do colesterol e é a primeira escolha para redução do LDL-C. As estatinas inibem a formação de colesterol de novo no fígado, mas não afetam o colesterol ingerido.
Nome comercial: Fluvastatina, Mevastatina, Atorvastatina, entre outros.
Resinas: Ligam-se aos ácidos biliares impedindo a circulação êntero-hepática reduzindo dessa forma o nível de LDL (mau colesterol) em 8-24% e aumentando o nível de HDL (bom colesterol) em 5%. 
Nome comercial: Colestiramina, Colestipol, Colesevelam, entre outros.
Fibratos: São fármacos usados no tratamento da hipertrigliceridemia e na prevenção da aterosclerose. Reduzem os níveis de triglicerídeos; e um pouco os da LDL (mau colesterol). Aumentam os níveis de HDL (bom colesterol).
Nome comercial: Clorfibrato, Ciprofibrato, Bezafibrato, entre outros.
Ezetimiba: Fármaco usado para tratamento de dislipidemias, visando a redução dos níveis de colesterol e lipídios no sangue. Seu mecanismo de ação é reduzir a absorção de colesterol no intestino. 
Nome comercial: Ezetimiba

Continue navegando