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Livro-Texto - Unidade III de contabilidade tributária

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Unidade III
Para esta unidade, apresentaremos diversos exercícios resolvidos e, principalmente, comentados, 
com a finalidade de contribuir para o melhor esclarecimento sobre a disciplina Contabilidade Tributária.
Em relação à complexidade intrínseca na área tributária, evidencia-se o quanto os tributos (direta ou 
indiretamente) influenciam nas mais diversas decisões empresariais. Portanto, o conhecimento tributário 
para um profissional de Contabilidade torna-se uma obrigação e não uma escolha. 
As questões a seguir contemplarão os assuntos estudados nas Unidades I e II, ou seja, Imposto Sobre 
Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN, um tributo classificado tanto na Constituição Federal quanto 
no Código Tributário Nacional como municipal, em que a responsabilidade da arrecadação e utilização 
desse tributo atende à respectiva lei municipal.
Partindo-se dessa premissa, temos o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, 
que, por tratar-se de um tributo estadual, logo atenderá às especificidades de cada estado; o mesmo 
ocorrerá com os tributos federais estudados, o Imposto sobre Serviços – IPI, Programa de Integração 
Social – PIS e Contribuição para Finalidade da Seguridade Social – Cofins, no qual a responsabilidade é 
da União. 
Para tornar-se um profissional de Contabilidade habilitado, ou seja, com registro no Conselho Regional 
de Contabilidade, é necessária a aprovação por meio do Exame de Suficiência. Assim, algumas questões 
que foram contempladas em diversas edições do Exame de Suficiência serão estudadas, consagrando a 
importância dos assuntos tributários em nossa formação profissional.
 Saiba mais
O Exame de Suficiência em Contabilidade foi instituído pela Lei nº 12.249 
de 11 de junho de 2010; com duas edições anuais (primeiro e segundo 
semestre), basta ser aprovado em apenas uma delas para tornar-se um 
profissional de Contabilidade habilitado para exercer funções como 
contador, auditor perito contábil, entre outras. A lei pode ser vista em:
BRASIL. Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010. Brasília, 2010. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12249.htm>. 
Acesso em: 29 maio 2018.
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
A questão 1, que ocorreu no Exame de Suficiência de 2016.02, apresenta em seu enunciado a aquisição 
de mercadorias para revenda a prazo com tributos envolvidos e solicita o lançamento contábil correto.
A questão 2, que ocorreu no Exame de Suficiência de 2016.01, apresenta em seu enunciado 
o saldo das contas do ICMS a Recuperar e do ICMS a Recolher e solicita o lançamento contábil 
correto que contemple a apuração deste tributo, ou seja, a empresa terá um saldo de ICMS a 
Recuperar ou a Recolher.
A questão 3, que não faz parte do Exame de Suficiência, evidencia todos os tributos sobre operações 
com compras e vendas de produto para uma empresa do ramo industrial e tributada pela Lucro Real, 
ou seja, onde haverá os cálculos e apurações dos seguintes tributos: IPI, ICMS, PIS e Cofins; além 
das respectivas contabilizações e também com o cálculo da Receita Líquidas de Vendas, evidenciada, 
inclusive, por meio da DRE – Demonstração do Resultado Exercício. Vale ressaltar que a apuração dos 
tributos ora mencionados se dá por meio do confronto entre Impostos a Recuperar X Impostos a Pagar, 
restando saldo em uma das contas.
A questão 4, que ocorreu no Exame de Suficiência de 2017.01, apresenta em seu enunciado 
o saldo das contas do ICMS a Recuperar e do ICMS a Recolher e solicita o lançamento contábil 
correto que contemple a apuração deste tributo, ou seja, a empresa terá um saldo de ICMS a 
Recuperar ou a Recolher. 
A questão 5, que não faz parte do Exame de Suficiência, evidencia os tributos relacionados aos 
serviços prestados, em que tanto o prestador quanto o tomador de serviços encontram-se no mesmo 
munícipio, evidenciando, inclusive os registros contábeis sobre as operações relacionadas a este tipo 
de receita/tributação e com a DRE – Demonstração do Resultado Exercício de forma parcial.
A questão 6, que não faz parte do Exame de Suficiência, evidencia também os tributos relacionados 
aos serviços prestados, porém, agora, o prestador de serviços encontra-se em município diferente do 
tomador; estão evidenciados os registros contábeis sobre as operações relacionadas a este tipo de 
receita/tributação e com a DRE – Demonstração do Resultado Exercício de forma parcial.
Vamos aos exercícios, desejando a você, desde já, um excelente estudo.
7 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - PARTE I
Questão 1.
Em 15.8.2016, uma sociedade empresária comprou mercadorias para revenda, no valor de 
R$ 156.000,00, para pagamento em 31.8.2016. No valor de R$ 156.000,00, está incluso o ICMS 
calculado à aliquota de 17%.
A empresa adota o Regime de Incidência Cumulativo de PIS e COfins, com as alíquotas de 0,65% e 
3%, respectivamente.
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Considerando-se as informações apresentadas, assinale a opção que apresenta o lançamento 
contábiol CORRETO dessa operação.
a) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 129.480,00
 Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
b) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 150.306,00
 Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
 Débito: Cofins a Recuperar R$ 4.680,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
c) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 128.466,00
 Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
 Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
d) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 129.480,00
 Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
 Débito: Cofins a Recuperar R$ 4.680,00
 Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
Fonte: Exame de Suficiência – 2016.02 – (Q.19). Disponível em: 
<http://cfc.org.br/exame-de-suficiencia-anteriores/2o-exame-de-suficiencia-de-2016/>. Acesso em: 28 maio 2018.
Estratégias para responder à questão
Identificar a atividade empresarial, para poder classificá-la em comercial, industrial e/ou prestação de 
serviços, e, assim, verificar quais os tributos poderão ser recuperados quando se tratar de aquisições de itens 
por uma empresa, uma vez que nem todo item adquirido, mesmo com imposto mencionado na nota fiscal, é 
passível de recuperação. Conforme estudamos, isso depende da utilização desse mesmo material na empresa, 
se haverá continuidade dele (revenda e ou utilização na produção) ou seu consumo. Em caso de continuidade, 
poderá haver a recuperação; porém, em caso de consumo, não é permitida legalmente sua recuperação.
Verificar quais tributos estão envolvidos na operação: ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS e, em seguida, saber 
quais serão recuperáveis.
Verificar o tipo de Regime de Incidência para o PIS e Cofins, ou seja, cumulativo e não cumulativo, 
porque haverá diferença no valor da alíquota e também no valor a ser recuperado (ou não) dos respectivos 
tributos, ou seja:
•	 Cumulativo: empresas tributadas pelo lucro presumido, não haverá recuperação do PIS e Confis 
(alíquotas 0,65% e 3% respectivamente). 
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
•	 Não cumulativo: empresas tributadas pelo lucro real, haverá recuperação do PIS e Confis (alíquotas 
1,65% e 7,6%, respectivamente).
 Observação
 Vale informar que a tributação das empresas vinculadas ao lucro 
presumido ou lucro real está relacionada com o pagamento do Imposto 
de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL).Verificar se a operação foi à vista ou prazo, ou seja, se haverá saída de recursos financeiros de 
imediato ou se a empresa adquirirá uma dívida. A preocupação aqui está no registro contábil a ser 
efetuado, caso seja solicitado no enunciado da respectiva questão.
A Questão 1, diz que:
Vamos repetir o enunciado para melhor entendimento, tanto do que está sendo solicitado na 
questão, quanto para sua respectiva resolução. Assim, temos que:
Em 15.8.2016, uma sociedade empresária comprou mercadorias para revenda, no valor de R$ 
156.000,00, para pagamento em 31.8.2016. No valor de R$ 156.000,00, está incluso o ICMS calculado 
à aliquota de 17%.
A empresa adota o Regime de Incidência Cumulativo de PIS e COfins, com as alíquotas de 0,65% e 
3%, respectivamente.
Considerando-se as informações apresentadas, assinale a opção que apresenta o lançamento 
contábiol CORRETO dessa operação. 
A empresa adquiriu mercadorias para revenda, portanto, trata-se de uma empresa com atividade 
comercial. Logo, poderá se recuperar do ICMS, uma vez que a mercadoria será revendida, ou seja, 
circulada, não havendo, portanto, consumo sobre a mesma na empresa adquirente.
Vale informar que nessa questão não consta o valor do IPI, mas, se houvesse, não seria possível sua 
recuperação por tratar-se de uma comercial; logo, o IPI seria acrescido ao custo de aquisição.
Por tratar-se do Regime de Incidência Cumulativo do PIS e Cofins, não haverá recuperação desses 
tributos; assim, eles, que já estão inseridos no preço das mercadorias, farão parte do custo de aquisição 
das mercadorias.
Trata-se de uma operação a prazo, uma vez que a aquisição das mercadorias ocorreu em 15.8.2016 
com pagamento para 31.8.2016; a empresa acaba de adquirir uma dívida com essa operação, ou seja, 
uma obrigação assumida neste momento.
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A questão está solicitando o lançamento contábil correto dessa operação. Assim, repetiremos as 
alternativas propostas e analisaremos cada uma delas.
a) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 129.480,00
 Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
b) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 150.306,00
 Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
 Débito: Cofins a Recuperar R$ 4.680,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
c) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 128.466,00
 Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
 Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
d) Débito: Mercadorias para Revenda - Estoques R$ 129.480,00
 Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
 Débito: Cofins a Recuperar R$ 4.680,00
 Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
 Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
Análise do lançamento contábil para alternativa a)
Débito: Mercadorias para revenda – estoques R$ 129.480,00
Débito: ICMS a recuperar R$ 26.520,00
Crédito: Fornecedores nacionais R$ 156.000,00
 Sendo a mercadoria para revenda, a empresa compradora terá o direito de se recuperar do ICMS, 
o que significa dizer que terá um “direito” com esse imposto. Os “direitos” são registrados a débito e 
pertencem ao Ativo, um dos grupos do Balanço Patrimonial (o outro grupo é o Passivo). A alíquota 
informada no enunciado do ICMS é de 17%. Então, como base no total da operação, será apurado o 
valor do ICMS:
 Total da operação = R$ 156.000,00 X 0,17 = R$ 26.520,00 → ICMS a Recuperar
Após identificar o ICMS como imposto recuperável e calculá-lo, teremos que apurar o valor líquido 
que será registrado a débito da conta de Mercadorias para revenda – estoque, que, por tratar-se de um 
bem, também pertence ao Ativo, um dos grupos do Balanço Patrimonial (o outro grupo é o Passivo). O 
valor líquido da conta de Mercadorias equivale a:
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Total da operação
( - ) Imposto Recuperáveis
( = ) Mercadorias para Revenda
Seguem os cálculos:
Total da operação ..................................................R$ 156.000,00 
( - ) ICMS a Recuperar ........................................(R$ 26.520,00)
(=) Mercadorias para Revenda ..............R$ 129.480,00 
Considera-se que a operação foi a prazo, logo, não teremos de imediato a saída de um numerário 
e, assim, uma dívida assumida, o que está totalmente contemplado ao registrar a crédito na conta de 
Fornecedores Nacionais o valor total da operação, ou seja, valor que deverá ser pago no vencimento 
acordado por ambas as partes – Comprador/Vendedor.
Após todas essas análises sobre a operação de compras de mercadorias para revenda, chega-se à 
conclusão de que a alternativa a) está correta, uma vez que contempla todos os valores apurados em 
nossa análise. Repetindo a alternativa a), temos:
a) Débito: Mercadorias para revenda – estoques R$ 129.480,00
Débito: ICMS a recuperar R$ 26.520,00
Crédito: Fornecedores nacionais R$ 156.000,00
Análise do lançamento contábil para alternativa b)
Débito: Mercadorias para revenda – estoques R$ 150.306,00
Débito: PIS a recuperar R$ 1.014,00
Débito: Cofins a recuperar R$ 4.680,00
Crédito: Fornecedores nacionais R$ 156.000,00
Considerando-se que a alternativa a) está correta, todas as outras estão incorretas. Contudo, é 
importante o entendimento sobre o(s) erro(s), contido(s) nesta alternativa, como contribuição de um 
aprendizado eficaz.
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Na alternativa b), um dos erros é a falta do ICMS a Recuperar, uma vez que, havendo circulação de 
mercadorias, haverá sua recuperação. Por esse erro já seria possível descartar a alternativa, mas há mais 
erros em relação ao PIS e Confins.
Conforme consta no enunciado, não há recuperação para o Regime de Incidência Cumulativo 
para o PIS e Cofins, embora tenha informado corretamente os percentuais das alíquotas, 0,65% e 3%, 
respectivamente. Portanto, é uma empresa tributada pelo Lucro Presumido.
 Embora tenha ocorrido o registro contábil com o valor líquido a débito da conta de Mercadorias 
para Revenda – Estoque, que por tratar-se de um bem também pertence ao Ativo, um dos grupos do 
Balanço Patrimonial (o outro grupo é o Passivo), o que está incorreto é o valor da operação (e não a 
conta contábil), uma vez que não se considerou o valor do ICMS Recuperável e, sim, indevidamente, os 
tributos recuperáveis para o PIS e Cofins.
 Mesmo com o valor correto registrado contabilmente a crédito na conta de Fornecedores Nacionais, 
que deverá ser pago no vencimento acordado por ambas as partes – Comprador/Vendedor, não teremos 
de imediato a saída de um numerário e, assim, uma dívida assumida; não é possível ter parte do 
lançamento contábil efetuado de forma certa para o registro de uma operação.
Análise do lançamento contábil para alternativa c)
Débito: Mercadorias para revenda – estoques R$ 128.466,00
Débito: PIS a recuperar R$ 1.014,00
Débito: ICMS a recuperar R$ 26.520,00
Crédito: Fornecedores nacionais R$ 156.000,00
Na alternativa c), embora conste, e de maneira correta, tanto o registro contábil quanto o valor do 
ICMS a Recuperar, há também o PIS a Recuperar, o que está totalmente indevido, uma vez que se trata 
do Regime de Incidência Cumulativo para o PIS e Cofins. Assim, não há recuperação, mesmo que não 
tenha sido apurado a Cofins no registro contábil, o que não deve ser de fato.
 Conforme consta no enunciado, não há recuperação para o Regime de Incidência Cumulativo 
para o PIS e Cofins, embora tenha informado corretamente os percentuais das alíquotas, 0,65% e 3%, 
respectivamente. Portanto, é uma empresa tributada pelo Lucro Presumido.
 Embora tenha ocorrido o registro contábil com o valor líquido a débito da conta de Mercadoriaspara Revenda – Estoque, que, por tratar-se de um bem também pertence ao Ativo, um dos grupos do 
Balanço Patrimonial (o outro grupo é o Passivo), o que está incorreto é o valor da operação (e não 
a conta contábil). Mesmo considerando-se o valor do ICMS como Recuperável (o que está correto), 
considerou-se indevidamente o tributo do PIS como recuperável e, assim, além de ter apresentado essa 
conta indevida, apurou-se, também de forma indevida, o valor da Mercadoria para Revenda.
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Mesmo com o valor correto registrado contabilmente a crédito na conta de Fornecedores Nacionais, 
que deverá ser pago no vencimento acordado por ambas as partes – Comprador/Vendedor, não teremos 
de imediato a saída de um numerário e, assim, uma dívida assumida; não é possível ter parte do 
lançamento contábil efetuado de forma certa para o registro de uma operação.
Análise do lançamento contábil para alternativa d)
Débito: Mercadorias para Revenda – estoques R$ 123.786,00
Débito: PIS a Recuperar R$ 1.014,00
Débito: Cofins a Recuperar R$ 4.680,00
Débito: ICMS a Recuperar R$ 26.520,00
Crédito: Fornecedores Nacionais R$ 156.000,00
Na alternativa d), embora conste de maneira correta tanto o registro contábil quanto o valor do ICMS 
a Recuperar, há também o PIS a Recuperar e a Cofins a Recuperar, o que está totalmente indevido, uma 
vez que se trata do Regime de Incidência Cumulativo para o PIS e Cofins. Logo, não há recuperação.
 Conforme consta no enunciado, não há recuperação para o Regime de Incidência Cumulativo 
para o PIS e Cofins, embora tenha informado corretamente os percentuais das alíquotas, 0,65% e 3%, 
respectivamente. Portanto, é uma empresa tributada pelo Lucro Presumido.
 Embora tenha ocorrido o registro contábil com o valor líquido a débito da conta de Mercadorias 
para Revenda – Estoque, que, por tratar-se de um bem também pertence ao Ativo, um dos grupos do 
Balanço Patrimonial (o outro grupo é o Passivo), o que está incorreto é o valor da operação (e não 
a conta contábil). Mesmo considerando-se o valor do ICMS como Recuperável (o que está correto), 
considerou-se indevidamente o tributo do PIS como recuperável e, assim, além de ter apresentado essa 
conta indevida, apurou-se, também de forma indevida, o valor da Mercadoria para Revenda.
Mesmo com o valor correto registrado contabilmente a crédito na conta de Fornecedores Nacionais, 
que deverá ser pago no vencimento acordado por ambas as partes – Comprador/Vendedor, não teremos 
de imediato a saída de um numerário e, assim, uma dívida assumida; não é possível ter parte do 
lançamento contábil efetuado de forma certa para o registro de uma operação.
 Observação
 As alternativas b), c) e d) mencionam a recuperação do PIS e Cofins, ou 
seja, totalmente erradas, por tratar-se do Regime de Incidência Cumulativo, 
isto é, sem recuperação dos respectivos tributos.
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Para validação do Exame de Suficiência em Contabilidade só é permitida 
a realização para alunos que já concluíram o curso de Ciências Contábeis ou 
estão cursando o último ano (7º semestre e ou 8º semestre). Recomenda-se 
verificar todas as edições do Exame de Suficiência desde 2011, que estão 
contempladas no site do Conselho Regional de Contabilidade:
<www.cfc.org.br>
Questão 2. 
Uma sociedade empresária possui um único estalecimento comercial. Em 31 de janeiro de 2016, 
apresentou os seguintes saldis no seu balancete mensal referentes a registros de ICMS incidentes sobre 
compras e sobre vendas:
Conta Saldo Natureza do saldo
ICMS a Recuperar R$ 15.000,00 Devedor
ICMS a Recolher R$ 10.000,00 Credor
De acordo com as informações apresentadas, é correto afirmar que o registro contábil a ser efetuado 
para apuração do ICMS é:
a) Débito: ICMS a Recolher R$ 15.000,00
 Crédito: ICMS a Recuperar R$ 15.000,00
b) Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
 Crédito: Caixa R$ 10.000,00
c) Débito: ICMS a Recolher R$ 5.000,00
 Crédito: Caixa R$ 5.000,00
d) Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
 Crédito: ICMS a Recuperar R$ 10.000,00
Fonte: Exame de Suficiência – 2016.01 – (Q.07) Disponível em: 
<http://cfc.org.br/exame-de-suficiencia-anteriores/1o-exame-de-suficiencia-de-2016/>. Acesso em: 29 maio 2018.
Estratégias para responder à questão
Identificar a atividade empresarial, para poder classificá-la em comercial, industrial e/ou prestação 
de serviços, e, assim, verificar quais os tributos poderão ser recuperados quando se tratar de aquisições 
http://www.cfc.org.br
http://cfc.org.br/exame-de-suficiencia-anteriores/1o-exame-de-suficiencia-de-2016/
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
de itens por uma empresa, uma vez que nem todo item adquirido, mesmo com imposto mencionado na 
nota fiscal, é passível de recuperação. Conforme estudamos, isso depende da utilização desse mesmo 
material na empresa, se haverá continuidade dele (revenda e ou utilização na produção) ou seu consumo. 
Em caso de continuidade, poderá haver a recuperação; porém, em caso de consumo, não é permitida 
legalmente sua recuperação.
Verificar quais tributos estão envolvidos na operação: ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS e, em seguida, saber 
quais serão recuperáveis.
Verificar o tipo de Regime de Incidência para o PIS e Cofins, ou seja, cumulativo e não cumulativo, 
porque haverá diferença no valor da alíquota e também no valor a ser recuperado (ou não) dos respectivos 
tributos, ou seja:
•	 Cumulativo: empresas tributadas pelo lucro presumido não haverá recuperação do PIS e Confis 
(alíquotas 0,65% e 3% respectivamente). 
•	 Não cumulativo: empresas tributadas pelo lucro real haverá recuperação do PIS e Confis (alíquotas 
1,65% e 7,6%, respectivamente).
 Observação
 Vale informar que a tributação das empresas vinculadas ao lucro 
presumido ou lucro real está relacionada com o pagamento do Imposto 
de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL).
Verificar se a operação foi à vista ou prazo, ou seja, se haverá saída de recursos financeiros de 
imediato ou se a empresa adquirirá uma dívida. A preocupação aqui está no registro contábil a ser 
efetuado, caso seja solicitado no enunciado da respectiva questão.
A Questão 2, diz que:
Vamos repetir o enunciado para melhor entendimento, tanto no que está sendo solicitado na 
questão, quanto em sua respectiva resolução, assim, temos que:
Uma sociedade empresária possui um único estalecimento comercial. Em 31 de janeiro de 2016, 
apresentou os seguintes saldis no seu balancete mensal referentes a registros de ICMS incidentes sobre 
compras e sobre vendas:
Conta Saldo Natureza do saldo
ICMS a Recuperar R$ 15.000,00 Devedor
ICMS a Recolher R$ 10.000,00 Credor
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Unidade III
De acordo com as informações apresentadas, é correto afirmar que o registro contábil a ser efetuado 
para apuração do ICMS é:
a) Débito: ICMS a Recolher R$ 15.000,00
 Crédito: ICMS a Recuperar R$ 15.000,00
b) Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
 Crédito: Caixa R$ 10.000,00
c) Débito: ICMS a Recolher R$ 5.000,00
 Crédito: Caixa R$ 5.000,00
d) Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
 Crédito: ICMS a Recuperar R$ 10.000,00
No enunciado está identificado que se trata de uma empresa comercial e ainda menciona apenas o 
ICMS com o imposto.
A empresa possui um saldo de ICMS a Recuperar, ou seja, incidentes sobre compras e um saldo de 
ICMS a Recolher que por sua vez, refere-se às vendas de mercadorias e aqui está o “x” da questão, uma 
vez que está sendo solicitado a apuração do ICMS.
 LembreteImpostos a Recuperar trata-se de um “Direito”, logo, terá saldo “devedor” 
e estará sendo registrado no grupo do Ativo do Balanço Patrimonial.
Impostos a Recolher (*) trata-se de um “Obrigação”, logo, terá saldo 
“credor” e estará sendo registrado no grupo do Passivo do Balanço 
Patrimonial.
(*) Impostos a Pagar tem o mesmo significado contábil, ou seja, uma dívida.
Veja com muita atenção o que está sendo colocado no enunciado e o que está sendo solicitado, ou 
seja: apresenta-se o saldo de ICMS a Recuperar no valor de R$ 15.000,00 e o saldo do ICMS a Recolher 
no valor de R$ 10.000,00, e em seguida pede-se a apuração do ICMS, o que significa dizer que deverá 
prevalecer somente um situação: ICMS a Recuperar “ou” ICMS a Recolher.
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 10.000,00
 
 
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Na Questão 2, entendo que a melhor estratégia e abrir os Razonetes com os saldos apresentados e 
zerar o menor entre eles, assim temos:
Logo, apurar o ICMS que está sendo solicitado, teremos que debitar ICMS a Recolher pelo valor de 
R$ 10.000,00 e creditar ICMS a Recuperar pelo mesmo valor de R$ 10.000,00:
 Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
 Crédito: ICMS a Recuperar R$ 10.000,00
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00
5.000,00 
 
Embora tenha somente solicitado na Questão 2 a apuração do ICMS, pode-se afirmar que após a 
apuração a empresa terá em seu Balanço Patrimonial do mês de janeiro de 2016 um valor de ICMS a 
Recuperar de R$ 5.000,00 que será incluído na apuração do ICMS do mês subsequente, ou seja, de 
fevereiro de 2016. 
Análise do lançamento contábil para alternativa a)
a) Débito: ICMS a Recolher R$ 15.000,00
Crédito: ICMS a Recuperar R$ 15.000,00
Neste lançamento contábil está mencionado que deverá debitar a conta de ICMS a Recolher no 
valor de R$ 15.000,00 e um crédito em ICMS a Recuperar pelo mesmo valor, vou colocar novamente 
os saldos em Razonetes, e você já irá identificar que essa alternativa está incorreta:
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 10.000,00
 
 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa a) e você verá que não fará sentido: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 15.000,00 a) a) 15.000,00 10.000,00
 5.000,00
 
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Unidade III
Veja que realmente não faz sentido o lançamento contábil da alternativa a), uma vez que a conta de 
ICMS a Recuperar foi totalmente zerada e deixando a conta de ICMS a Recolher com um saldo a débito 
no valor de R$ 5.000,00, o que se torna um “absurdo contábil” ter uma conta de obrigação com saldo a 
débito. Foge totalmente da convenção contábil estudada na disciplina Contabilidade.
 Lembrete
Por convenção contábil e conforme estudamos na disciplina de 
Contabilidade, as contas patrimoniais que representam os bens e direitos, 
ou seja, contas do Ativo, um dos grupo do Balanço Patrimonial, terão saldo 
a débito (com raras exceções) e as contas patrimoniais que representam 
as obrigações, ou seja, contas do Passivo, o outro grupo do Balanço 
Patrimonial, terão saldo a crédito (com raras exceções e a conta do ICMS a 
Recolher não é uma exceção, por representar uma obrigação deter minada 
pela operação de origem).
Portanto, a alternativa a) está incorreta.
Análise do lançamento contábil para alternativa b)
b) Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
Crédito: Caixa R$ 10.000,00
Nesta alternativa consta de imediato o erro a crédito na conta caixa, uma vez que o enunciado 
pede a apuração do ICMS e não o pagamento do ICMS, logo, a alternativa está totalmente incorreta, 
mas, para melhor entendimento, segue os Razonetes: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 10.000,00
 
 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa b) e você verá que esta 
alternativa também não fará o menor sentido: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 b) 10.000,00 10.000,00
 
 
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Caixa 
b) 10.000,00 
 
 
Foi feito o pagamento do valor do ICMS a Recolher pelo valor total desta conta, sem ocorrer o 
confronto com o ICMS a Recuperar, portanto, não havendo a apuração do ICMS e, ainda, a empresa 
estaria pagando desnecessariamente o ICMS, desembolsando um valor que poderia ser utilizado em 
outra operação, deixando um saldo na conta de ICMS a Recuperar. Veja que o saldo conta caixa ficou 
credor, ou seja, também um “absurdo contábil”, como posso ter R$ 10.000,00 negativos? Realmente, não 
faz o menor sentido.
Portanto, a alternativa b) está incorreta.
Análise do lançamento contábil para alternativa c)
c) Débito: ICMS a Recolher R$ 5.000,00
Crédito: Caixa R$ 5.000,00
Nesta alternativa, assim como na alternativa b), consta de imediato o erro a credito na conta caixa, 
uma vez que o enunciado pede a apuração do ICMS, e não o pagamento do ICMS, logo, alternativa 
está totalmente incorreta, mas, para melhor entendimento, segue os Razonetes: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 b) 10.000,00 10.000,00
 
 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa c) e você verá que essa 
alternativa também não fará o menor sentido: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 c) 5.000,00 10.000,00
 5.000,00
 
Caixa 
5.000,00 c) 
 
 
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Unidade III
Foi feito um pagamento parcial do valor do ICMS a Recolher, ou seja, R$ 5.000,00, permanecendo na 
conta um saldo a Recolher no mesmo valor, sem ocorrer o confronto com o ICMS a Recuperar, portanto, 
não havendo a apuração do ICMS e, ainda, a empresa estaria pagando desnecessariamente o ICMS, 
desembolsando um valor que poderia ser utilizado em outra operação, deixando um saldo na conta de 
ICMS a Recuperar. Veja que o saldo conta caixa ficou credor, ou seja, também um “absurdo contábil”, 
como posso ter R$ 5.000,00 negativos ? Realmente, não faz o menor sentido.
Portanto, a alternativa c) está incorreta.
Análise do lançamento contábil para alternativa d)
d) Débito: ICMS a Recolher R$ 10.000,00
Crédito: ICMS a Recuperar R$ 10.000,00
Você deve estar pensando, então por eliminação a alternativa d) só pode ser a correta, sim 
você tem razão, mas não se pode assinalar uma alternativa por eliminação, deve-se entender porque a 
mesma é a alternativa correta, então vamos repetir os Razonetes:
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 10.000,00
 
 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa d) e você verá que esta 
alternativa d) está correta: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
15.000,00 10.000,00 d) d) 10.000,00 10.000,00
5.000,00 
 
Aqui, sim, houve a apuração do ICMS solicitado no enunciado da questão 2, uma vez que ao zerar 
o menor saldo, no caso, foi a conta do ICMS a Recolher, restou um saldo na conta do ICMS a Recuperar 
de R$ 5.000,00, o que está totalmente correto, pois irá compor o Balanço Patrimonial, no grupo do 
Ativo e subgrupo Ativo Circulante, por tratar-se de uma conta que representa um direito e terá o saldo 
transferido para o mês seguinte, fazendo parte da apuração do ICMS também do próximo período.
8 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS – PARTE II
Questão 3. Considerando-se todos os Tributos sobre operações com compras e vendas de produto 
para uma empresa do ramo industrial e tributada pela Lucro Real:
Considere as seguintes operações para uma empresa do ramo industrial, tributada pelo Lucro Real:
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
•	 Compras de matérias-primas a prazo no valor de R$ 155.000,00 com 18% de ICMS (incluso) e 
mais 10% de IPI.
•	 Vendas de produtos à prazo pelo valor de R$ 364.700,00 com 18% de ICMS (incluso) e mais 15% 
de IPI.
Sabendo-se que para as operações mencionadas também há incidência do PIS e Cofins, pode-se 
afirmar que o valor da Receita Líquida de Vendas equivale a:
a) R$ 419.405,00
b) R$ 54.705,00
c) R$ 271.391,51
d) R$ 148.013,49
e) R$ 228.133,39
Estratégias para responder à questão
Identificar a atividade empresarial para poder classificá-la em comercial, industrial e/ou prestação 
de serviços, e, assim, verificar quais os tributos poderão ser recuperados quando se tratar de aquisições 
de itens por uma empresa, uma vez que nem todo item adquirido, mesmo com imposto mencionado na 
nota fiscal, é passível de recuperação. Conforme estudamos, isso depende da utilização desse mesmo 
material na empresa, se haverá continuidade dele (revenda e ou utilização na produção) ou seu consumo. 
Em caso de continuidade, poderá haver a recuperação; porém, em caso de consumo, não é permitida 
legalmente sua recuperação.
Verificar quais tributos estão envolvidos na operação: ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS e, em seguida, saber 
quais serão recuperáveis.
Verificar o tipo de Regime de Incidência para o PIS e Cofins, ou seja, cumulativo e não cumulativo, 
porque haverá diferença no valor da alíquota e também no valor a ser recuperado (ou não) dos respectivos 
tributos, ou seja:
•	 Cumulativo: empresas tributadas pelo lucro presumido, não haverá recuperação do PIS e Cofins 
(alíquotas 0,65% e 3% respectivamente). 
•	 Não cumulativo: empresas tributadas pelo lucro real, haverá recuperação do PIS e Cofins (alíquotas 
1,65% e 7,6%, respectivamente).
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Unidade III
 Observação
 Vale informar que a tributação das empresas vinculadas ao lucro 
presumido ou lucro real está relacionada com o pagamento do Imposto 
de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL).
Verificar se a operação foi à vista ou a prazo, ou seja, se haverá saída de recursos financeiros de 
imediato ou se a empresa adquirirá uma dívida. A preocupação aqui está no registro contábil a ser 
efetuado, caso seja solicitado no enunciado da respectiva questão.
A Questão 3, diz que:
 Trata-se de uma empresa industrial e que adquiriu matérias-primas para elaborar seus produtos, 
logo, poderá se recuperar do ICMS e do IPI.
Também foi informado no enunciado da questão que trata-se de uma empresa tributada pelo 
Lucro Real, ou seja, poderá também se recuperar do PIS e Cofins, com as seguintes alíquotas: 1,65 % 
e 7,6% respectivamente. Mas também haverá a obrigatoriedade de apurar sobre as vendas o ICMS, 
IPI, PIS e Cofins.
E, por fim, a questão pede o valor da Receita Líquida de Vendas, logo, não haverá necessidade de 
apresentar as apurações dos:
 Impostos a Recuperar 
 X 
 Impostos a Pagar
Mas, mesmo assim, após responder o solicitado da questão (valor da Receita Líquida de Vendas), 
faremos a apuração dos impostos para um melhor entendimento sobre o respectivo assunto.
Cálculos para a Receita Líquida de vendas
Para se chegar à Receita Líquida de Vendas, precisamos recordar a DRE – Demonstração do Resultado 
do Exercício, embora de forma parcial, mas que contempla o item solicitado na questão 3, assim, tem-se:
Receita Brutas de Vendas 
(-) Deduções sobre Vendas
 (-) Impostos sobre Vendas 
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
 IPI sobre vendas............
 ICMS sobre vendas.........
 PIS sobre vendas...........
 Cofins sobre vendas.......
 (-) Devoluções sobre Vendas
 (-) Vendas canceladas
 (-) Descontos Incondicionais
 (=) Receita Líquida de Vendas
Vendas de produtos a prazo pelo valor de R$ 364.700,00 com 18% de ICMS (incluso) e mais 15% 
de IPI, então, vamos calcular o IPI para chegar à Receita Bruta de Vendas, uma vez que todos os outros 
tributos (ICMS, PIS e Cofins) já estão incluídos no valor apresentado, ou seja, em R$ 364.700,00.
Vendas R$ 364.700,00 
 X 0,15 de IPI
 R$ 54.705,00
Vendas ............................................... = R$ 364.700,00 
(+) IPI ................................................... = R$ 54.705,00 
(=) Receita Bruta de Vendas.............. = R$ 419.405,00
Agora, vamos apurar o valor do ICMS que está incluso no valor das vendas (sem o IPI).
Vendas R$ 364.700,00 
 X 0,18 de ICMS
 R$ 65.646,00
Já temos os valores do ICMS e do IPI, agora precisamos calcular o PIS e Cofins, lembrando que, 
para apurar a Base de Cálculo para estes tributos, teremos que excluir do valor das vendas (sem o IPI) 
somente o valor do ICMS e, ainda, por tratar-se de uma empresa tributada pelo Lucro Real, as alíquotas 
utilizadas serão: PIS 1,65%) e Cofins 7,6%, assim, temos:
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Unidade III
Vendas....................................................... R$ 364.700,00 
( - ) ICMS..................................................... (R$ 65.646,00)
(=) Base de Cálculo para o PIS e Cofins = R$ 299.054,00
Valor do PIS → R$ 299.054,00
 X 0,0165 
 R$ 4.934,39
Valor da Cofins → R$ 299.054,00
 X 0,076 
 R$ 22.728,10
Após calcular todos os tributos sobre a vendas dos produtos, já é possível apresentar o valor da 
Receita Líquida de Vendas por meio da DRE – Demonstração do Resultado Exercício (parcial).
Receita Brutas de Vendas............. R$ 419.405,00
(-) Deduções sobre Vendas (*)
 IPI sobre vendas.........................(R$ 54.705,00)
 ICMS sobre vendas.....................(R$ 65.646,00)
 PIS sobre vendas.........................(R$ 4.934,39)
 Cofins sobre vendas.....................(R$ 22.728,10)
(=) Receita Líquida de Vendas...... R$ 271.391,51
(*) Também compõem as “Deduções de Vendas” as devoluções de vendas, as vendas canceladas e os 
descontos incondicionais.
Sendo assim, a alternativa correta é a letra c) R$ 271.391,51.
Embora não tenha sido solicitado na questão 3, vamos também efetuar todas as contabilizações das 
operações sobre compras e vendas, inclusive a apuração de todos os tributos incidentes sobre estas 
operações, com as respectivas contabilizações:
Sobre as compras de matérias-primas: IPI, ICMS, PIS e Cofins → Impostos a Recuperar
Sobre as vendas de produtos: IPI, ICMS, PIS e Cofins → Impostos a Recolher (ou Pagar)
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Contabilizações sobre as compras de matérias-primas
De acordo com o enunciado da questão 3, as compras de matérias-primas foram a prazo no valor 
de R$ 155.000,00 com 18% de ICMS (incluso) e mais 10% de IPI e a empresa é tributada pelo Lucro 
Real, logo haverá recuperação de todos os tributos incidentes: IPI, ICMS, PIS e Cofins, vou apresentar os 
cálculos para depois efetuar os lançamentos contábeis:
Vamos primeiro aos cálculos, na seguinte ordem: IPI, ICMS, PIS e Cofins
Compras R$ 155.000,00 
 X 0,10 de IPI
 R$ 15.500,00
Compras ............................................... = R$ 155.500,00 
(+) IPI ................................................... = R$ 15.500,00 
(=) Compras brutas............................. = R$ 171.000,00
Agora vamos apurar o valor do ICMS que está incluso no valor das compras (sem o IPI)
Compras R$ 155.500,00 
 X 0,18 de ICMS
 R$ 27.990,00
Já temos os valores do ICMS e do IPI, agora precisamos calcular o PIS e Cofins, lembrando, que 
para apurar a Base de Cálculo para estes tributos, teremos que excluir do valor das compras (sem o IPI) 
somente o valor do ICMS e ainda por tratar-se de uma empresa tributada pelo Lucro Real, as alíquotas 
utilizadas serão: PIS 1,65%)e Cofins 7,6%, assim temos:
Compras.................................................... R$ 155.500,00 
( - ) ICMS..................................................... (R$ 27.990,00)
(=) Base de Cálculo para o PIS e Cofins = R$ 127.510,00
Valor do PIS → R$ 127.510,00
 X 0,0165
 R$ 2.103,92
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Unidade III
Valor da Cofins → R$ 127.510,00
 X 0,076
 R$ 9.690,76
Sobre as compras de matérias-primas: IPI, ICMS, PIS e Cofins → Impostos a Recuperar
Débito: Estoque de Matérias-Primas............................ R$ 115.715,32
Débito: IPI a Recuperar.................................................R$ 15.500,00
Débito: ICMS a Recuperar.............................................R$ 27.990,00
Débito: PIS a Recuperar...............................................R$ 2.103,92
Débito: Cofins a Recuperar... ........................................R$ 9.690,76
Crédito: Fornecedores....................................................R$ 171.000,00
Para que se tenha um melhor entendimento sobre as contabilizações de compras de matérias-primas, 
você deve abrir os Razonetes e registrar os lançamentos contábeis e dar continuidade ao processo 
(vendas e apuração dos tributos)
Sobre as vendas de produtos: IPI, ICMS, PIS e Cofins → Impostos a 
 Recolher (ou Pagar), vamos repetir os cálculos para em seguida fazer as contabilizações.
Vendas R$ 364.700,00 
 X 0,15 de IPI
 R$ 54.705,00
Vendas ............................................... = R$ 364.700,00 
(+) IPI ................................................... = R$ 54.705,00 
(=) Receita Bruta de Vendas.............. = R$ 419.405,00
Agora vamos apurar o valor do ICMS que está incluso no valor das vendas (sem o IPI).
Vendas R$ 364.700,00 
X 0,18 de ICMS
R$ 65.646,00
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Vendas....................................................... R$ 364.700,00 
( - ) ICMS..................................................... (R$ 65.646,00)
(=) Base de Cálculo para o PIS e Cofins = R$ 299.054,00
Valor do PIS → R$ 299.054,00
 X 0,0165
 R$ 4.934,39
Valor da Cofins → R$ 299.054,00
X 0,076
R$ 22.728,10
Débito: Clientes ...............................................R$ 419.405,00
Crédito: Vendas de Produtos............................R$ 419,405,00
Débito: IPI sobre Vendas...................................R$ 54.705.00
Crédito: IPI a Pagar ............ R$ 54.705,00
Débito:ICMS sobre Vendas...................................R$ 65.646.00
Crédito: ICMS a Pagar ................. R$ 65.646,00
Débito: PIS sobre Vendas...................................R$ 4.934,39
Crédito: PIS a Pagar ................. R$ 4.934,39
Débito: Cofins sobre Vendas............................R$ 22.728,10
Crédito: Cofins a Pagar ................. R$ 22.728,10
Para que se tenha um melhor entendimento sobre as contabilizações das vendas dos produtos 
e os respectivos registros contábeis sobre os tributos relacionados com as vendas de produtos, 
você deve abrir os Razonetes e registrar os lançamento contábeis e dar continuidade ao processo 
(apuração dos tributos).
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Unidade III
 Observação
Vale informar que, para o enunciado da questão 3, não foi informado 
o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), portanto, não será possível efetuar 
o lançamento da baixa do Estoque dos Produtos Acabados por esta venda.
Sobre apuração dos Tributos a Recuperar x Tributos a Pagar, segue o quadro-resumo para melhor 
entendimento. Em seguida vamos efetuar os respectivos lançamentos contábeis, zerando sempre o 
saldo menor e, assim, verificar se haverá tributos a recuperar ou a pagar:
Tabela 38
Tributos a Recuperar Tributos a Pagar Apuração
IPI de R$ 15.500,00 IPI de R$ 54.705,00 IPI a Pagar R$ 39.205,00
ICMS de R$ 27.990,00 ICMS de R$ 65.646,00 ICMS a Pagar R$ 37.656,00
PIS de R$ 2.103,92 PIS de R$ 4.934,39 PIS a Pagar R$ 2.830,47
Cofins de R$ 9.690,76 Cofins de R$ 22.728,10 Cofins a Pagar R$ 13.037,37
De acordo com a tabela apresentada anteriormente, a empresa terá que pagar os tributos relacionados 
com o IPI, ICMS, PIS e Cofins, uma vez que mesmo compensando com os valores a recuperar relacionados 
com as compras de matérias-primas, os valores das vendas superaram operações de compras, o que se 
trata de um bom sinal, ou seja, a empresa está conseguindo vender os seus produtos por um preço 
compatível com o seu mercado.
Lançamento contábeis sobre a Apuração dos Tributos: IPI, ICMS, PIS e Cofins
Débito: IPI a Pagar..................................R$ 15.500,00
Crédito: IPI a Recuperar R$ 15.500,00
Débito: ICMS a Pagar.............................R$ 27.990.00
Crédito: ICMS a Recuperar R$ 27.990,00
Débito: PIS a Pagar................................R$ 2.103,92
Crédito: PIS a Recuperar R$ 2.103,92
Débito: Cofins a Pagar............................R$ 9.690,76
Crédito: Cofins a Recuperar........... R$ 9.690,76
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Para que se tenha um melhor entendimento sobre as contabilizações das apurações dos tributos, 
você deve abrir os Razonetes e registrar os lançamentos contábeis e, assim, constatar que os Razonetes 
relacionados com os Tributos a Recuperar foram totalmente zerados, restando apenas aqueles com os 
Tributos a Pagar de acordo com o saldo mencionado no quadro-resumo.
Questão 4. 
Uma sociedade empresária que possui um único estabelecimento apresentava, em 31.1.2017, 
após a apuração do imposto sobre circulação de mercadorias - ICMS, um saldo de ICMS a recuperar 
de R$ 2.500,00.
Durante o mês de fevereiro, a sociedade empresária efetuou registros que totalizaram R$27.000,00, a 
crédito de ICMS a recolher pelas vendas de mercadorias, e de R$21.600,00, a débito de ICMS a recuperar 
pela compra de mercadorias.
Considerando-se apenas as informações apresentadas, o registro contábil relativo à apuração 
do ICMS no mês de fevereiro de 2017 será:
a) R$ 21.600,00, a débito da conta de ICMS a Recuperar e a crédito de ICMS a Recolher.
b) R$ 24.100,00, a débito da conta de ICMS a Recolher e a crédito de ICMS a Recuperar.
c) R$ 24.100,00, a débito da conta de ICMS a Recuperar e a crédito de ICMS a Recolher.
d) R$ 27.000,00, a débito da conta de ICMS a Recolher e a crédito de ICMS a Recuperar.
Fonte: Exame de Suficiência – 2017.01 – (Q.09). Disponível em: 
<http://cfc.org.br/exame-de-suficiencia-anteriores/1o-exame-de-suficiencia-de-2017/>. Acesso em: 29 maio 2018.
Estratégias para responder à questão
Identificar a atividade empresarial para poder classificá-la em comercial, industrial e/ou prestação de 
serviços, e, assim, verificar quais os tributos poderão ser recuperados quando se tratar de aquisições de itens 
por uma empresa, uma vez que nem todo item adquirido, mesmo com imposto mencionado na nota fiscal, é 
passível de recuperação. Conforme estudamos, isso depende da utilização desse mesmo material na empresa, 
se haverá continuidade dele (revenda e ou utilização na produção) ou seu consumo. Em caso de continuidade, 
poderá haver a recuperação; porém, em caso de consumo, não é permitida legalmente sua recuperação.
Verificar quais tributos estão envolvidos na operação: ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS e, em seguida, saber 
quais serão recuperáveis.
Verificar o tipo de Regime de Incidência para o PIS e Cofins, ou seja, cumulativo e não cumulativo, 
porque haverá diferença no valor da alíquota e também no valor a ser recuperado (ou não) dos respectivos 
tributos, ou seja:
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Unidade III
•	 Cumulativo: empresas tributadas pelo lucro presumido, não haverá recuperaçãodo PIS e Cofins 
(alíquotas 0,65% e 3% respectivamente). 
•	 Não cumulativo: empresas tributadas pelo lucro real, haverá recuperação do PIS e Cofins (alíquotas 
1,65% e 7,6%, respectivamente).
 Observação
 Vale informar que a tributação das empresas vinculadas ao lucro 
presumido ou lucro real está relacionada com o pagamento do Imposto 
de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido (CSLL).
Verificar se a operação foi à vista ou a prazo, ou seja, se haverá saída de recursos financeiros de 
imediato ou se a empresa adquirirá uma dívida. A preocupação aqui está no registro contábil a ser 
efetuado, caso seja solicitado no enunciado da respectiva questão.
A Questão 4, diz que:
Vamos repetir o enunciado para melhor entendimento, tanto no que está sendo solicitado na questão 
quanto em sua respectiva resolução, assim, temos que:
Uma sociedade empresária que possui um único estabelecimento apresentava, em 31.1.2017, 
após a apuração do imposto sobre circulação de mercadorias - ICMS, um saldo de ICMS a recuperar 
de R$ 2.500,00.
Durante o mês de fevereiro, a sociedade empresária efetuou registros que totalizaram R$27.000,00, a 
crédito de ICMS a recolher pelas vendas de mercadorias, e de R$21.600,00, a débito de ICMS a recuperar 
pela compra de mercadorias.
Considerando-se apenas as informações apresentadas, o registro contábil relativo à apuração 
do ICMS no mês de fevereiro de 2017 será:
a) R$ 21.600,00, a débito da conta de ICMS a Recuperar e a crédito de ICMS a Recolher.
b) R$ 24.100,00, a débito da conta de ICMS a Recolher e a crédito de ICMS a Recuperar.
c) R$ 24.100,00, a débito da conta de ICMS a Recuperar e a crédito de ICMS a Recolher.
d) R$ 27.000,00, a débito da conta de ICMS a Recolher e a crédito de ICMS a Recuperar.
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
A questão 4 tem semelhança com a questão 2, uma vez que ambas solicitam a apuração do ICMS, 
porém, apresentado a conta a débito e a conta a crédito de forma diferente, mas com o mesmo propósito;
No enunciado não é possível identificar que trata-se de uma empresa comercial ou industrial, 
menciona-se o ICMS com o imposto tanto a recuperar quanto a recolher, mas consta um saldo final 
no mês de janeiro de 2017 na conta de ICMS a Recuperar no valor de R$ 2.500,00 que significa um 
saldo inicial para o mês de fevereiro de 2017, devendo, portanto, fazer parte da apuração do ICMS do 
mês de ferreiro de 2017.
A empresa possui um valor de ICMS a Recuperar, ou seja, incidentes sobre compras e um saldo de 
ICMS a Recolher que por sua vez, refere-se às vendas de mercadorias e aqui está o “x” da questão, 
uma vez que está sendo solicitado a apuração do ICMS, devendo, neste caso, levar em consideração o 
saldo do mês anterior.
E veja com muita atenção o que está sendo colocado no enunciado e o que está sendo solicitado, ou 
seja: apresenta-se o saldo inicial de ICMS a Recuperar no valor de R$ 2.500,00, mais um saldo de ICMS 
a Recuperar referente ao mês em pauta no valor de R$ 21.600,00, isto é, sobre as compras efetuadas 
no período e um saldo do ICMS a Recolher no valor de R$ 27.000,00 referente às vendas ocorridas no 
próprio mês da apuração e, em seguida, pede-se a apuração do ICMS, o que significa dizer que deverá 
prevalecer somente um situação: ICMS a Recuperar “ou” ICMS a Recolher.
Na questão 4, entendemos que a melhor estratégia é abrir os Razonetes com os saldos apresentados 
e zerar o menor entre eles, assim, temos:
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 
 24.100,00 
SI = Saldo Inicial
Logo, para apurar o ICMS que está sendo solicitado, teremos que creditar o Recuperar pelo valor de 
R$ 24.100,00 e debitar ICMS a Recolher pelo mesmo valor de R$ 24.100,00.
Débito: ICMS a Recolher R$ 24.100,00
Crédito: ICMS a Recuperar R$ 24.100,00
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 2.900,00
 24.100,00 24.100,00 
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Unidade III
Embora tenha somente solicitado na questão 4 a apuração do ICMS, pode-se afirmar que após a 
apuração a empresa terá em seu Balanço Patrimonial do mês de fevereiro de 2017 um valor de ICMS 
a Recolher de R$ 2.900,00 que deverá ser pago aos cofres públicos estaduais no mês subsequente 
à apuração.
Análise do lançamento contábil para alternativa a)
a) R$ 21.600,00 a débito da conta de ICMS a Recuperar e a crédito de ICMS a Recolher
Neste lançamento contábil está mencionado que deverá debitar a conta de ICMS a Recuperar no 
valor de R$ 21.600,00 e um crédito em ICMS a Recolher pelo mesmo valor.
Vamos colocar novamente os saldos em Razonetes e você irá identificar que essa alternativa 
está incorreta.
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 
 24.100,00 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa a) e você verá que não 
fará sentido: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 21.600,00 a)
 24.100,00 48.600,00 
 a) 21.600,00
45.700,00
Veja que realmente não faz sentido o lançamento contábil da alternativa a), uma vez que 
pede para debitar uma conta já com saldo a débito, a conta do ICMS a Recuperar, e ao mesmo 
tempo pede para creditar a conta de ICMS a Recolher que também já possui um valor a crédito, 
alterando, assim, o valor de ambas as contas sem nenhum critério de apuração de impostos.
Portanto, a alternativa a) está incorreta.
Análise do lançamento contábil para alternativa b)
R$ 24.100,00 a débito da conta de ICMS a Recolher e a crédito de ICMS a Recuperar.
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Para resolver a alternativa b), entendemos que a apresentação dos Razonetes são imprescindíveis. 
Aqui estão antes e após o registro da maneira proposta pela alternativa b):
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 
 24.100,00 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa b) e você verá que se essa 
alternativa é a correta ou não.
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 b) 24.100,00 27.000,00
21.600,00 2.900,00
 24.100,00 24.100,00 b) 
Após transcrever o lançamento contábil proposto pela alternativa b) nos respectivos Razonetes das 
contas do ICMS a Recuperar e a Recolher, chega-se à situação ora mencionada nas estratégias para 
apuração do ICMS (de quaisquer outros impostos a recuperar x a recolher), zera-se sempre o menor 
saldo, e neste caso o menor saldo está na conta do ICMS a Recuperar, ou seja, o valor de R$ 24.100,00 
foi transferido para a conta do ICMS a Recolher, gerando um saldo a pagar de R$ 2.900,00 que fará 
parte do Balanço Patrimonial, grupo do Passivo e subgrupo Circulante, evidenciando, assim, uma 
dívida com terceiros.
Portanto, a alternativa b) está correta.
Análise do lançamento contábil para alternativa c)
R$ 24.100,00 a débito da conta de ICMS a Recuperar e a crédito de ICMS a Recolher.
Considerando-se que a alternativa da letra b) está correta, logo as alternativas c) e d) estão 
incorretas. Isso você já sabe. Mas por que estão incorretas? Vamos repetir os Razonetes:
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 
 24.100,00 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa c) e você verá que esta 
alternativa também não fará o menor sentido: 
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Unidade III
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 24.100,00 c)
 24.100,00 51.100,00
 c) 24.100,00
48.200,00
Veja que realmente não faz sentido o lançamento contábil da alternativa c), uma vez quepede para debitar uma conta já com saldo a débito, a conta do ICMS a Recuperar e ao mesmo 
tempo pede para creditar a conta de ICMS a Recolher que também já possui um valor a crédito, 
alterando, assim, o valor de ambas as contas sem nenhum critério de apuração de impostos.
Portanto, a alternativa a) está incorreta.
Análise do lançamento contábil para alternativa d)
d) R$ 27.000,00 a débito da conta de ICMS a Recolher e acredito de ICMS a Recuperar.
Considerando-se que você também já sabe que a alternativa d) está incorreta, vamos apenas repetir 
os Razonetes para em seguida entender o respectivo erro:
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 27.000,00
21.600,00 
 24.100,00 
Vamos registrar em Razonetes as contas de acordo com a alternativa d) e você verá que esta 
alternativa também está incorreta: 
 ICMS a Recuperar ICMS a Recolher
SI 2.500,00 d) 27.000,00 27.000,00
21.600,00 
 24.100,00 27.000,00 d) 
2.900,00
Aqui, ao zerar o maior saldo da conta do ICMS, provocou-se uma inversão de valores, portanto, 
totalmente incorreto apurado na conta de ICMS a Recuperar que gerou um saldo credor para uma conta 
de direito, que por natureza precisa ter saldo a Débito.
Portanto, a alternativa d) está incorreta.
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Questão 5. 
Sobre o ISS, sendo o Prestador do Serviço o Responsável pelo Recolhimento deste tributo:
A empresa de ar-condicionado “J.Silva Ltda” presta serviços de instalação e manutenção de 
ar-condicionado em residências e empresas. Considerando-se que a sede da empresa J.Silva é na 
cidade de São Paulo e durante o mês de março de 2018 prestou serviços a prazo (vencimento para 
abril de 2018), todos também na mesma cidade no valor de R$ 38.400,00, pode-se afirmar que os 
tributos sobre os serviços prestados serão:
a) Somente o ISS com alíquota máxima de 3%
b) ISS com alíquota de 5% e mais o PIS com alíquota de 0,65%
c) Somente a Cofins de 3%
d) PIS de 0,65%, Cofins de 3% e ISS de 5%
Estratégias para responder à questão
•	 Identificar se o serviço prestado está sendo na mesma cidade-sede da empresa, para saber se o ISS 
deverá ser pago por quem está prestando o serviço ou por quem está recebendo o serviço.
•	 Identificar qual a alíquota do ISS a ser pago sobre o serviço prestado, sendo 2% como alíquota 
mínima e 5% como alíquota máxima.
•	 Verificar se a operação relacionada com o serviço é à vista ou a prazo.
A Questão 5, diz que:
Para um melhor entendimento, vamos repetir somente o enunciado desta questão:
“A empresa de ar-condicionado “J.Silva Ltda” presta serviços de instalação e manutenção de 
ar-condicionado em residências e empresas. Considerando-se que a sede da empresa J.Silva é na 
cidade de São Paulo e durante o mês de março de 2018 prestou serviços a prazo (vencimento para 
abril de 2018), todos também na mesma cidade no valor de R$ 38.400,00, pode-se afirmar que os 
tributos sobre os serviços prestados serão”:
•	 o serviço foi prestado na mesma cidade sede da empresa, logo, o responsável pelo pagamento do 
ISS é o próprio Prestador do Serviço;
• sendo o serviço prestado na cidade de São Paulo, a alíquota será a máxima conforme determina 
a legislação (LC nº 116 de 2003), ou seja, de 5%;
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Unidade III
• a operação foi a prazo;
• além do ISS, a empresa do Prestador do Serviço terá que pagar o PIS (0,65%) e Cofins (3%);
• agora, para melhor entendimento, vamos analisar cada alternativa apresentada na questão 5, a 
fim de identificarmos a resposta correta, assim, temos:
a) Somente o ISS com alíquota máxima de 3%.
As alíquotas para o ISS, de acordo com a LC nº 116 de 2003 varia de 2% a 5%, dependendo da lei do 
respectivo munícipio, e o Prestador do Serviço também terá que pagar o PIS (0,65%) e o Cofins (3%), 
portanto, a alternativa a) está incorreta.
b) ISS com alíquota de 5% e mais o PIS com alíquota de 0,65%.
A alíquota de 5% para o ISS está correta, porém, o Prestador do Serviço também terá que pagar a 
Cofins de 3% sobre os serviços prestados, além do PIS mencionado, a alternativa b) está incorreta.
c) Somente a Cofins de 3%.
As alíquotas para o ISS, de acordo com a LC nº 116 de 2003 varia de 2% a 5%, dependendo da lei do 
respectivo munícipio, e o Prestador do Serviço também terá que pagar o PIS (0,65%) e o Cofins (3%), 
portanto, a alternativa c) está incorreta.
d) PIS de 0,65%, Cofins de 3% e ISS de 5%.
Agora ficou fácil! Sem dúvidas que a alternativa d) está correta, uma vez que apresenta tantos os tributos 
cobrados sobre uma prestação de serviços quanto suas alíquotas, de acordo com a legislação vigente.
Mesmo que na questão 5 não tenha solicitado os lançamentos contábeis, entendemos que convém 
fazê-los, assim você terá mais essas informações para seus estudos.
Vamos apresentar todos os cálculos dos tributos (ISS, PIS e Cofins) para depois efetuar os lançamentos 
contábeis. Para tanto, repetiremos o enunciado:
A empresa de ar-condicionado “J.Silva Ltda” presta serviços de instalação e manutenção de 
ar-condicionado em residências e empresas. Considerando-se que a sede da empresa J.Silva é na cidade 
de São Paulo e durante o mês de março de 2018 prestou serviços a prazo (vencimento para abril de 
2018), todos também na mesma cidade no valor de R$ 38.400,00, pode-se afirmar que os tributos sobre 
os serviços prestados serão:
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
 Cálculo do ISS de 5%:
 R$38.400,00
 x 0,05
 R$ 1.920,00 → ISS
Cálculo do PIS de 0,65%:
 R$38.400,00
 x 0,0065
 R$ 249,60 → PIS
Cálculo da Cofins de 3%:
 R$38.400,00
 x 0,03
 R$ 1.152,00 → Cofins
Lançamento contábil sobre o serviço prestado, o qual foi a prazo, conforme consta no enunciado:
Débito: Clientes R$ 38.400,00
Crédito: Serviços Prestados R$ 38.400,00
Para melhor entendimento sobre o lançamento contábil referente aos serviços prestados, faremos 
um breve comentário sobre o mesmo.
A conta debitada com a nomenclatura de “Clientes” trata-se de uma conta patrimonial, ou seja, uma conta 
que representa um “direito” em receber o serviço prestado e, ainda, que deve ser registrada no Balanço Patrimonial, 
no grupo do Ativo, subgrupo do Ativo Circulante, por tratar-se de uma operação de curto prazo (conforme 
consta no enunciado, o serviço foi prestado no mês de março de 2018 com vencimento para abril de 2018).
Vale ressaltar que a conta “Clientes” poderá ser substituída por qualquer outra nomenclatura a critério 
da empresa e de acordo com o seu Plano de Contas, desde que represente um “direito”, exemplificando: 
Contas a Receber, Duplicatas a Receber, Serviços Prestados a Receber, entre outras.
Em relação à conta creditada como “Serviços Prestados” já nos indica uma receita, portanto, uma conta 
de resultado a qual fará parte da Demonstração do Resultado do Exercício, justamente por evidenciar a 
atividade empresarial da empresa mencionada no enunciado da questão, ou seja, o seu objeto social.
Lançamentos contábeis sobre os tributos (ISS, PIS e Cofins) relacionados ao serviço prestado, os quais 
deverão ser pagos no mês subsequente à data do serviço, gerando, portanto, uma obrigação com estes tributos: 
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Unidade III
Débito: ISS R$ 1.920,00
Crédito: ISS a Pagar R$ 1.920,00
Débito: PIS sobre Serviços R$ 249,60
Crédito: PIS a Pagar R$ 249,60
Débito: Cofins sobre Serviços R$ 1.152,00
Crédito: Cofins a Pagar R$ 1.152,00
Para melhor entendimento sobre os lançamentos contábeis referentes aos tributos sobre os serviços 
prestados, faremos um breve comentário sobre os mesmos e de forma conjunta.
As contas debitadas com as nomenclaturasde “ISS”, “PIS” e “Cofins” tratam-se de conta que nos 
indicam deduções de receitas, ou seja, despesas, portanto, contas de resultados as quais farão parte da 
Demonstração do Resultado do Exercício.
Em relação às contas creditadas como “ISS a Pagar”, “PIS a Pagar” e “Cofins a Pagar”, estas, por 
sua vez, indicam as obrigações tributárias que a empresa assumiu ao prestar os serviços, portanto, 
contas patrimoniais que farão parte do Balanço Patrimonial, no grupo do Passivo, subgrupo do Passivo 
Circulante, por tratar-se de uma dívida de curto prazo, ou seja, se o serviço foi prestado no mês de 
março de 2018, os tributos relacionados (ISS, PIS e Cofins) tem vencimento para o mês subsequente ao 
fato gerador, ou seja, vencerão no mês de abril de 2018.
Para que se tenha um melhor entendimento sobre as contabilizações relacionadas com os serviços 
prestados, você deve abrir os Razonetes e registrar os lançamentos contábeis e, assim, terá uma maior 
visão sobre as operações contábeis.
Embora não tenha sido solicitado no enunciado da questão que se elaborasse a DRE – Demonstração 
do Resultado Exercício, mesmo que de forma parcial, aqui está ela; assim, você terá um melhor 
entendimento sobre o valor da Receita Líquida dos Serviços Prestados:
Receita Brutas dos Serviços Prestados....... R$ 38.400,00
(-) Deduções sobre Vendas (*)
 ISS .............................................................(R$ 1.920,00)
 PIS sobre serviços.........................................(R$ 249,60)
 Cofins sobre serviços.................................... ..(R$ 1.152,00)
(=) Receita Líquida dos Serviços Prestados......R$ 35.078,40
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Questão 6. 
Sobre o ISS, sendo o Tomador do Serviço o Responsável pelo Recolhimento deste tributo:
A empresa “ J.Luz Ltda” prestou serviços de manutenção predial no “Condomínio Coruja Ltda”, 
no mês de janeiro de 2018, no valor total e à vista de R$ 27.130,00. Vale informar que as duas 
empresas se encontram em municípios diferentes e o ISS devido equivale a 4%. Sendo assim, é 
possível afirmar que:
a) O ISS será totalmente pago pela J.Luz Ltda no mês de fevereiro de 2018.
b) Sendo de munícipios diferentes, não há cobrança do ISS.
c) O ISS deverá ser pago aos cofres públicos pelo “Condomínio Coruja Ltda”.
d) A alíquota do ISS está indevida, a limite é de 3%.
Estratégias para responder à questão
•	 identificar se o serviço prestado está sendo na mesma cidade-sede da empresa, para saber se o ISS 
deverá ser pago por quem está prestando o serviço ou por quem está recebendo o serviço;
•	 identificar qual a alíquota do ISS a ser pago sobre o serviço prestado, sendo 2% como alíquota 
mínima e 5% como alíquota máxima;
•	 verificar se a operação relacionada com o serviço é à vista ou a prazo.
A Questão 6, diz que:
O serviço foi prestado em cidade diferente da sede da empresa, logo, o responsável pelo pagamento 
do ISS é o tomador do Serviço.
Apesar de não serem mencionadas as cidades (do prestador e tomador do serviço), é importante 
saber que a alíquota máxima, conforme determina a legislação (LC nº 116 de 2003), é de 5%.
A operação foi à vista.
Além do ISS, a empresa Prestadora do Serviço terá que pagar o PIS (0,65%) e Cofins (3%).
Para melhor entendimento, vamos analisar cada alternativa apresentada na questão 6, para 
identificarmos a resposta correta, assim, temos:
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Unidade III
a) O ISS será totalmente pago pela J.Luz Ltda no mês de fevereiro de 2018.
Sendo de munícipios diferentes, o responsável pelo pagamento do ISS será a empresa que recebeu 
os serviços, ou seja, o “Condomínio Coruja Ltda”, e deverá ser pago no mês subsequente ao serviço 
realizado, isto é, em fevereiro, portanto, a alternativa a) está incorreta.
b) Sendo de munícipios diferentes, não há cobrança do ISS.
Você já notou que essa alternativa também está incorreta, conforme foi respondida na alternativa a), 
ou seja, sendo de munícios diferentes, o responsável pelo pagamento do ISS será a empresa que recebeu 
os serviços, isto é, o “Condomínio Coruja Ltda”, portanto, a alternativa b) está incorreta.
c) O ISS deverá ser pago aos cofres públicos pelo “Condomínio Coruja Ltda”.
Agora ficou fácil! Realmente essa é a alternativa correta, uma vez que, sendo de munícios diferentes, 
o responsável pelo pagamento do ISS será a empresa que recebeu os serviços, ou seja, o “Condomínio 
Coruja Ltda”, e deverá ser pago no mês subsequente ao serviço realizado, isto é, em fevereiro, portanto, 
a alternativa c) está correta.
d) A alíquota do ISS está indevida, a limite é de 3%.
Já podemos deduzir que essa alternativa está incorreta. Então nos resta explicar o motivo, ou seja, as 
alíquotas para o ISS, de acordo com a LC nº 116 de 2003, varia de 2% a 5%, portanto, o seu limite não 
é de 3%, e sim de 5%, logo, a alternativa d) está incorreta.
Mesmo que a questão 6 não tenha solicitado os lançamentos contábeis, entendemos que convém 
fazê-los. Serão realizados a seguir tanto os lançamentos contábeis para a empresa que recebeu os 
serviços quanto para a empresa que prestou os serviços. Vamos lá!
A empresa que recebeu os serviços e responsável pelo pagamento do ISS foi: “Condomínio Coruja 
Ltda”. Vamos repetir o enunciado:
A empresa “J.Luz Ltda” prestou serviços de manutenção predial no “Condomínio Coruja Ltda”, no mês de 
janeiro de 2018, no valor total e à vista de R$ 27.130,00. Vale informar que as duas empresas encontram-se 
em municípios diferentes e o ISS devido equivale a 4%. Sendo assim, é possível afirmar que:
Cálculo do ISS de 4%:
 R$27.130,00
 x 0,04
 R$ 1.085,20 → ISS
Retenção do ISS será no mês de janeiro pelo “Condomínio Coruja Ltda”,
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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Débito: Despesas com Serviços de Terceiros R$ 27.130,00
Crédito: ISS a Pagar R$ 1.085,20
Crédito: Bancos R$ 26.044,80
Para melhor entendimento sobre o lançamento contábil referente aos serviços recebidos, faremos 
um breve comentário sobre o mesmo e, ainda, trata-se de um lançamento contábil múltiplo, onde há 
uma conta a débito e duas contas a credito, porém, fechando a “Partida Dobrada”, em que a soma dos 
débitos e créditos devem sempre ser a mesma, vamos às análises.
A conta debitada como “Despesas com Serviços de Terceiros” já nos indica uma despesa, portanto, 
uma conta de resultado a qual fará parte da Demonstração do Resultado do Exercício justamente por 
evidenciar a redução no resultado que essa empresa terá por ter necessitado dessa despesa.
A conta creditada com a nomenclatura de “ISS a Pagar” trata-se de uma conta patrimonial, ou seja, 
uma conta que representa uma “obrigação” a que a empresa tomadora do serviço assumiu em relação 
aos cofres públicos municipais e que deve ser registrada no Balanço Patrimonial do mês de janeiro, no 
grupo do Passivo (que representam as dívidas de uma empresa), subgrupo do Circulante, por tratar-se de 
uma operação a curto prazo (conforme consta no enunciado, o serviço foi prestado no mês de janeiro de 
2018, e como todo imposto vence no mês subsequente, será em fevereiro de 2018). Vale mencionar que 
também é válido utilizar a nomenclatura de “ISS a Recolher” em vez de “ISS a Pagar”, pois são sinônimos, 
ou seja, ambas representam uma dívida.
Em relação a outra conta creditada como “Bancos”, por tratar-se de uma operação à vista, a empresa 
está pagando no ato pelo serviços recebidos de manutenção, logo, está reduzindo o seu bem chamado 
de “dinheiro”, uma conta patrimonial que fica registrada também no Balanço Patrimonial, porém, no 
grupo do Ativo (que representam os bens e direitos), subgrupo do Circulante. Vale ressaltar que também 
poderia ter sido utilizada a conta “Caixa”; a escolha não é por acaso,vai depender da situação em que 
se encontra o dinheiro da empresa: em “Caixa”, ou seja, na própria empresa, ou em uma conta corrente 
bancária, isto é, na conta de “Bancos”. No caso do enunciado do exercício, embora não esteja informando 
onde está o dinheiro, subentende-se que seria muito arriscado, em termos de segurança, ter um valor 
considerável no “Caixa” da empresa, portanto, utilizaremos a conta de “Bancos”.
O pagamento em fevereiro do ISS retido será no mês de janeiro pelo “Condomínio Coruja Ltda”.
Débito: ISS a Pagar R$ 1.085,20
Crédito: Bancos R$ 1.085,20
Para melhor entendimento sobre o lançamento contábil referente ao pagamento do ISS, faremos 
um breve comentário sobre o mesmo, levando-se em consideração também a saída do dinheiro pelo 
pagamento da respectiva obrigação. Vamos às análises.
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Unidade III
A conta debitada com a nomenclatura de “ISS a Pagar” trata-se de uma conta patrimonial, ou seja, 
uma conta que representa uma “obrigação” a que a empresa tomadora do serviço assumiu em relação aos 
cofres públicos municipais e que estava registrada no Balanço Patrimonial do mês de janeiro, no grupo 
do Passivo (que representam as dívidas de uma empresa), subgrupo do Circulante, por tratar-se de uma 
operação a curto prazo e agora (no mês de fevereiro) está sendo paga, portanto, está sendo debitada.
Em relação à outra conta creditada como “Bancos”, está reduzindo o seu bem chamado de “dinheiro”, 
uma conta patrimonial que fica registrada também no Balanço Patrimonial, porém, no grupo do Ativo 
(que representam os bens e direitos), subgrupo do Circulante. Vale ressaltar que também poderia ter 
sido utilizada a conta “Caixa”; a escolha não é por acaso, vai depender da situação em que se encontra o 
dinheiro da empresa: em “Caixa”, ou seja, na própria empresa, ou em uma conta corrente bancária, isto 
é, na conta de “Bancos”. 
Para que se tenha um melhor entendimento sobre as contabilizações relacionadas à despesa 
relacionada com os Serviços de Terceiros e o ISS correspondente, você deve abrir os Razonetes e registrar 
os lançamentos contábeis e, assim, terá uma maior visão sobre as operações contábeis.
Agora, serão apresentados os lançamentos contábeis relacionados com a empresa que prestou o 
serviço, bem como os respectivos tributos envolvidos, ou seja, sobre a empresa “J.Luz Ltda”. Para tanto, 
vamos repetir o enunciado:
A empresa “ J.Luz Ltda” prestou serviços de manutenção predial no “Condomínio Coruja Ltda”, no 
mês de janeiro de 2018, no valor total e à vista de R$ 27.130,00. Vale informar que as duas empresas se 
encontram em municípios diferentes e o ISS devido equivale a 4%. Sendo assim, é possível afirmar que:
Cálculo do ISS de 4%:
 R$27.130,00
 x 0,04
 R$ 1.085,20 → ISS retido pela empresa tomadora do serviço: 
 “Condomínio Coruja Ltda”
Débito: Bancos R$ 26.044,80 
Débito: ISS R$ 1.085,20
Crédito: Serviços Prestados R$ 27.130,00 
Para melhor entendimento sobre o lançamento contábil referente aos serviços prestados, faremos 
um breve comentário sobre o mesmo e, ainda, se trata de um lançamento contábil múltiplo, em que há 
duas contas a débito e uma conta a credito, porém, fechando a “Partida Dobrada”, cuja soma dos débitos 
e créditos deve sempre ser a mesma. Vamos às análises.
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Em relação à conta debitada como “Bancos”, por tratar-se de uma operação à vista, a empresa está 
recebendo no ato pelos serviços prestados de manutenção, porém, pelo valor líquido do ISS, uma vez 
que a empresa tomadora do serviço tem a obrigação legal de reter esse tributo e recolhê-lo aos cofres 
públicos municipais. Assim, o valor recebido pelo serviço prestado está aumentando o seu bem chamado 
de “dinheiro”, uma conta patrimonial que fica registrada também no Balanço Patrimonial, porém, no 
grupo do Ativo (que representam os bens e direitos), subgrupo do Circulante. Vale ressaltar que também 
poderia ter sido utilizada a conta “Caixa”; a escolha não é por acaso, vai depender da situação em que 
se encontra o dinheiro da empresa: em “Caixa”, ou seja, na própria empresa, ou em uma conta corrente 
bancária, isto é, na conta de “Bancos”. No caso do enunciado do exercício, embora não esteja informando 
onde está o dinheiro, subentende-se que seria muito arriscado, em termos de segurança, ter um valor 
considerável no “Caixa” da empresa, portanto, utilizaremos a conta de “Bancos”.
A outra conta debitada como “ISS” já nos indica uma despesa, portanto, uma conta de resultado 
a qual fará parte da Demonstração do Resultado do Exercício justamente por evidenciar a redução no 
resultado que essa empresa terá por ter necessitado dessa despesa.
A conta creditada com a nomenclatura de “Serviços Prestados” trata-se de uma conta de resultado, 
ou seja, uma conta de receita que contribuirá com a formação do resultado, o qual poderá ser um lucro 
ou prejuízo, dependerá de todas as operações relacionadas com as despesas e/ou outras receitas do 
mesmo período. Lembrando que o valor da receita a ser registrado deve ser pelo valor bruto da operação.
Vale mencionar que, além do ISS devido sobre os Serviços Prestados, a empresa “J.Luz Ltda” terá que 
pagar o PIS e a Cofins para depois efetuar os lançamentos contábeis, todos com vencimento no mês 
subsequente ao fato gerador.
Cálculo do PIS de 0,65%:
 R$ 27.130,00
x 0,0065
R$ 176,35 → PIS
Cálculo do Cofins de 3%:
R$ 27.130,00
x 0,03
R$ 813,90 → Cofins
Lançamentos contábeis sobre os tributos PIS e Cofins relacionados ao serviço prestado, os quais 
deverão ser pagos no mês subsequente à data do serviço, gerando, portanto, uma obrigação com 
estes tributos: 
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Débito: PIS sobre Serviços R$ 176,35
Crédito: PIS a Pagar R$ 176,35
Débito: Cofins sobre Serviços R$ 813,90
Crédito: Cofins a Pagar R$ 813,90
Para melhor entendimento sobre lançamentos contábeis referentes aos tributos sobre os serviços 
prestados, faremos um breve comentário sobre os mesmos e de forma conjunta.
As contas debitadas com as nomenclaturas de “PIS” e “Cofins” tratam-se de contas que nos 
indicam deduções de receitas, ou seja, despesas, portanto, contas de resultados as quais farão parte da 
Demonstração do Resultado do Exercício.
Em relação às contas creditadas como “PIS a Pagar” e “Cofins a Pagar”, estas, por sua vez, indicam as 
obrigações tributárias que a empresa assumiu ao prestar os serviços, portanto, contas patrimoniais que 
farão parte do Balanço Patrimonial, no grupo do Passivo, subgrupo do Passivo Circulante, por tratar-se 
de uma dívida de curto prazo, ou seja, se o serviço foi prestado no mês de janeiro de 2018, os tributos 
relacionados (PIS e Cofins) têm vencimento para o mês subsequente ao fato gerador, ou seja, vencerão 
no mês de fevereiro de 2018.
Para que se tenha um melhor entendimento sobre as contabilizações relacionadas com os serviços 
prestados, você deve abrir os Razonetes e registrar os lançamentos contábeis e, assim, terá uma maior 
visão sobre as operações contábeis.
Embora não tenha sido solicitado no enunciado da questão que se elaborasse a DRE – Demonstração 
do Resultado Exercício, mesmo que de forma parcial, aqui está ela. Assim, você terá um melhor 
entendimento sobre o valor da Receita Líquida dos Serviços Prestados.
Receita Brutas dos Serviços Prestados....... R$ 27.130,00
(-) Deduções sobre Vendas (*)
 ISS ........................................................... ....(R$ 1.085,20)
 PIS sobre serviços..........................................(R$ 176,35)
 Cofins sobre serviços................................... ..(R$ 813,90)
(=) Receita Líquida dos Serviços Prestados.... R$ 25.054,55
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