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EXCELENTISSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 6ª VARA CIVIL DA COMARCA DE OSASCO – SÃO PAULO Processo nº 0000000-00.2010.8.26.0405 (Réu) ..., já qualificado nos autos, inconformado com a ré sentença. ..., vem, com fundamento no art. 1.009 do Código de Processo Civil, vem por meio do seu advogado interpor: RECURSO DE APELAÇÃO Em face de (autor)..., também já qualificada, conforme razões anexas. Em atenção ao art. 1.010, § 1º do CPC, requer a intimação do apelado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. Por oportuno, nos termos do art. 332, §3 do CPC, requer a Vossa Excelência a retratação da sentença proferida, com a sua anulação e regular prosseguimento do feito. No entanto, caso não ocorra a retratação, requer a remessa necessária dos autos ao Tribunal de Justiça. Termos em que, Pede deferimento. Local e data... ADVOGADO... OAB... RAZÕES DE APELAÇÃO AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Apelante: ..., Apelado: ..., Processo nº 0000000-00.2010.8.26.0405 Origem: Comarca de Osasco Colenda Câmara, Nobres julgadores I. BREVE SÍNTESE DOS FATOS DO PROCESSO O autor ajuizou a presente ação contra ré, pretendendo a condenação de indenização por danos materiais no valor de R$ 30.550,56 e condenação por danos morais. Em sua tese, alegou que sofreu acidente com o veículo adquirido em uma das concessionárias da apelante. Na peça processual, o autor esclareceu que a causa do acidente seria a ausência de funcionamento do sistema de freios. Afirmou que o veículo foi guinchado e levado para a concessionária ITAVOX em São Paulo. O prazo de entrega do orçamento realizado no veículo era 03/04/2009, no entanto, a efetiva entrega só foi realizada em 18/08/2009. Requereu lucros cessantes em razão do tempo que o veículo ficou parado, danos emergentes e danos morais com base em valores estimados. Citada, a ré, ora apelante, contestou o feito alegando inaplicabilidade do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, já que o veículo foi adquirido para atividade remunerada/laboral. Alegou inexistência de defeito de fabricação. Inexistência de provas acerca dos lucros cessantes. Afirmou a necessidade de realização de prova pericial e litigância de má-fé. De todo modo, decidiu o respeitável juízo pela condenação da ré ao pagamento a titulo de indenização por danos morais no montante de R$ 10.000,00 e ao ressarcimento no montante de R$ 27.510,56 e, por fim, condenou a ré ao pagamento no valor de R$ 10.0000,00 a título de danos morais e ao pagamento de custas e despesas processuais além dos honorários advocatícios fixados em R$ 2.000,00. II. CABIMENTO Considerando que foi proferida decisão (sentença) que colocou fim ao processo de conhecimento ou extinguiu a execução (art. 203, § 1°, do CPC), cabível, portanto, recurso de apelação, nos termos do art.994, I e 1.009, do CPC. O referido recurso é tempestivo, uma vez que interposto no prazo de 15 dias, nos termos do art. 1.003, § 5 do CPC. Por sua vez, nos termos do art. 1.007, do CPC, a Apelante comprova o recolhimento do preparo conforme comprovante de custas devidamente quitado. Assim, por estarem presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, desde logo, requer que o recurso seja conhecido. III. RAZÕES DA REFORMA A sentença (fls. 133/138), proferida pelo Magistrado, julgou parcialmente procedente a presente ação de indenização por danos matérias e morais, ajuizada por ..., em face de ..., para: 1) A ressarcir o valor com a locação de veículo, correspondente a R$ 27.510,56, devidamente atualizado pelos índices da Tabela Prática do Tribunal de Justiça de São Paulo e acrescido de juros moratórios, estes à razão de 1% ao mês contados da citação; 2) A pagar o valor de R$ 10.000,00 título de danos morais com acréscimo de correção monetária a partir do ajuizamento da ação, com juros legais de mora de 12% ao mês, a partir da citação. 3) Em razão da sucumbência majoritária, caberá à ré suportar as custas e despesas processuais além dos os honorários advocatícios, que fixo em R$ 2.000,00. Inconformado, apela o réu com vistas a reformar a respeitosa sentença. A. RELAÇÃO DE CONSUMO INEXISTENTE O Código de Defesa do Consumidor é tácito ao determinar em seu artigo 2º que a personalidade do consumidor é aquela pessoa física ou jurídica que utiliza o bem ou serviço como consumidor final. Verifica-se desvio de finalidade no caso apelado, dado que o carro era utilizado para fins laborais. É o que leciona Jose Roberto de Castro Neves: “Para a teoria finalista, “destinatário final é apenas quem retira o produto do mercado para seu uso (próprio ou de sua família) e não profissional. Se o produto retornar ao mercado de alguma forma, não haverá relação de consumo” (NEVES, 2006, p.103) Deste modo não há o que se falar em relação consumerista no presente caso. B. DA INEXISTENCIA DE DANO MORAL POR ESTIMATIVA Excelência, o ordenamento jurídico brasileiro adota o sistema de dano moral comprovado, neste sentido, só quando comprovadamente a parte sofreu decréscimo em seu patrimônio é que então cabe tal sanção jurídica, o que não se verifica no caso. No caso em tela, o douto juízo desobrigou o autor a apresentação e comprovação da locação, no entanto, a prova documental não foi apresentada para comprovação dos gastos, tão menos para cálculo do valor a ser pago; o que se demonstra descabido. C. PEDIDOS E REQUERIMENTOS Em face do exposto, é a presente para requerer: a) O conhecimento do recurso no efeito suspensivo e devolutivo; b) Requer o provimento do recurso para o fim de reformar a decisão recorrida para julgar improcedente o pedido de dano material formulado pelo autor, uma vez que, não comprovou o dano material suportado. c) Por fim, requer a inversão do ônus sucumbenciais e a majoração dos honorários advocatícios nos termos do art. 85, § 11 do CPC. Termos em que, Pede deferimento. Local e data... ADVOGADO... OAB...
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