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INCLUSAO DIGITAL NO EJA

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INCLUSÃO DIGITAL NO EJA
Ana Carolina Pires
Andreia das Graças Correia Lopes
Dyulia Miria Kohl
Juliana Bitencourt da Silveira
Professor-Tutor Externo
Paulo da Silva Ribeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em pedagogia (PED1624) – Prática Interdisciplinar VI
01/05/2019
	
RESUMO
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão produzindo transformações na vida social, econômica, e cultural em muitos países, e o Brasil está rapidamente se inserindo nesta dinâmica de mudança societária. Muito tem sido pesquisado, debatido e publicado sobre o modo democratizador dessas mudanças, em razão da disseminação das ferramentas digitais e também sobre os meios de uso das TIC que tem grande potencial de promover amplo acesso a condições de maior participação social, política e econômica. O estudo das Tecnologias da Informação e Comunicação com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um tema relativamente novo e pouquíssimo estudado; por isso a importância de novas pesquisas serem desenvolvidas nessa temática. Sem a intenção de varrer a amplitude e complexidade da questão, o presente artigo trata de apresentar uma sucinta revisão bibliográfica em que buscamos nos posicionar sobre as questões das tecnologias na Educação de Jovens e Adultos, destacando principalmente sua relação com a formação do sujeito cidadão, tendo em vista que o público alvo dessa modalidade abrange uma porção heterogênea da sociedade tanto em questões sociais, quanto etária e financeira. Além de uma síntese e contextualização teórica do que vem sendo pesquisado sobre essa temática em nosso País, apresentamos, a partir das análises de alguns artigos e livros, problemas, limites, possibilidades e perspectivas sobre essa importante temática. 
Palavras-chave: Tecnologias, educação de jovens e adultos, comunicação.
INTRODUÇÃO
Na sociedade contemporânea as mudanças ocorrem cada vez mais rapidamente de modo que as habilidades de aprender a aprender tornam-se uma das mais importantes para que uma pessoa obtenha sucesso pessoal e profissional. Essas mudanças relacionadas ao mundo do trabalho e do consumo a vida social e a politica a vida familiar a comunitária, as oportunidades de fazer, do lazer o desenvolvimento cultural estão entre os principais motivos do retorno a escola um grande numero de jovens e adultos que diante das dificuldades recorrente da baixa escolaridade de buscar por meio dos estudos adquirir maior capacitação e melhores condições de vida, uma disputa constante ao espaço no concorrido mercado de trabalho.
Baseado nesse processo iremos discorrer, sobre a educação e o trabalho no EJA, a inclusão digital e as avaliações, nesse processo de formação de seus alunos, mediando, ajudo dos seus alunos a construção do conhecimento e valores de cidadania e a se tornarem aptos a continuar seu aprendizado ao longo da vida.
1. MAS AFINAL, O QUE É O EJA
 
 EJA é uma modalidade de ensino criada pelo Governo Federal que se movimenta em todos os níveis da Educação Básica do país, destinada aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola convencional na idade apropriada. Permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo possibilitando sua qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho. 
 A educação para jovens e adultos é oferecida tanto no ensino presencial, como à distância (EAD), tendo como principal objetivo democratizar o ensino da rede pública no Brasil. Anteriormente, a EJA era conhecida como supletivo. Hoje, é o programa é dividido em etapas, com abrangência do ensino fundamental ao médio. 
EJA ensino fundamental: destinada a jovens a partir de 15 anos que não completaram a etapa entre o 1º e o 9° ano. Nessa etapa, os alunos imagem em novas formas de aprender e pensar. Tem duração média de 2 anos para a conclusão. 
EJA ensino médio: destinada a alunos maiores de 18 anos que não completaram o Ensino Médio, que completa a Educação Básica no Brasil. Ao concluir essa etapa, o aluno está preparado para realizar provas de vestibular e Enem, para ingressar em universidades. O tempo médio de conclusão é de 18 meses.
 Todas as disciplinas abordadas na educação de jovens e adultos estão em conformidade com a Base Nacional Comum Curricular, que são necessárias para o desenvolvimento do aluno na educação básica do pais podemos citar elas como:
Para o ensino fundamental:
- Língua portuguesa, ciências, matemática, inglês, artes, educação física, história, geografia.
 Para o ensino médio:
-História, sociologia, filosofia, língua portuguesa, inglês, artes, educação física, matemática, química e física.
 Apesar de o contexto histórico mostrar o progresso da Educação de Jovens e Adultos desde as primeiras iniciativas, observou que essa modalidade educativa ainda possui muitos desafios que estão relacionados com a grade curricular, inadequação de livros e metodologias, falta de capacitação de alguns professores para atender a esses alunos jovens ou adultos, a falta de demanda de alunos para a Educação de Jovens e Adultos, a falta de investimento do governo e a dificuldade de acesso, e principalmente, a inexistência do uso das novas tecnologias no contexto escolar em muitas escolas, questões essas que necessitam ser analisadas, para uma oferta de educação de qualidade para a Educação de Jovens e Adultos no Brasil.
Uma das primeiras característica comuns das iniciativas do EJA são o reconhecimento, o acolhimento e a valorização da diversidade dos educados, pois antes de serem alunos, esses jovens e adultos são portadores de identidades de classe, gênero, raça e geração. Suas trajetórias de vida são marcadas pela região de origem, pela vivência rural ou urbana, pela migração, pelo trabalho, pela família, pela religião e, em alguns casos, pela condição de portadores de necessidades especiais. 
1.2 O PAPEL DO EDUCADOR E SUA AVALIAÇÃO
 EJA é uma modalidade de ensino que requer atenção, para permitir um padrão de qualidade e respeito às experiências dos alunos. Nesse sentido o papel do professor é fundamental principalmente na alfabetização que é o inicio de jornada escolar. Educar para a cidadania, esse é um papel fundamental na formação dos alunos que ali chegam, mediar esse processo de formação utilizando estratégias de ensino, para a valorização dessa formação, diversificada que visam o desenvolvimento de todos, mostrar ao educando que não se deve ter vergonha e sim orgulho de voltar a estudar, ajuda-los a identificar o valor e a utilidade dos estudos, através das atividades ligadas ao cotidiano relacionar conteúdos atividades significativas elaborar aulas estimulantes e dinâmicas, utilizar a experiências da turma como base na elaboração das aulas e dos projetos ampliar os horizontes culturais dos alunos; criar um ambiente receptivo para esses educandos; ser receptivo para conversar, mostrar que o saber do professor não é mais importante que o deles que a aula é um momento para trocas de experiências, valorizar o conhecimento e as habilidades de cada aluno.
 O reconhecimento da existência de uma sabedoria no sujeito proveniente de sua experiência de vida de sua bagagem cultural de suas habilidades profissionais certamente contribui para que ele resgate uma auto imagem positiva, ampliando sua autoestima e fortalecendo sua autoconfiança. O bom acolhimento e a valorização do aluno. 
Souza Cassia Garcia E bom aprender. Edição renovada Alfabetização volume I EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS 1 ed. São Paulo 2013 Pg6.
1.2 EJA EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MÃO DADAS
 Quando se pensa em EJA, logo associamos a educação jovens e adultos. A EJA assumiu o aspecto de trabalhar para a construção da identidade dos sujeitos. Ela assume o papel de conceder o direito do cidadão e dever do Estado essa participação no processo e experiências de reintegração, através dos conhecimentos escolares orientados, para que se alcance a eficácia das capacidades individuais e coletivas dos sujeitos populares, a promoção e recriaçãode valores, a produção, apropriação e aplicação de conhecimentos que permitam o desenvolvimento de propostas que sejam capazes de colaborarem para a transformação da realidade natural e cultural dos sujeitos envolvidos.
Quando falamos em inclusão digital na modalidade EJA, entramos em um campo pouco conhecido e desenvolvido. É comum ouvirmos falar sobre o analfabetismo (leitura e escrita), visando à questão do processo de ensino jovem e adulto que visa à diminuição de problemas educacional do país. No entanto muito pouco se ouve falar sobre a irradiação do analfabetismo digital.
O professor do EJA precisa estar preparado para os desafios das novas tecnologias, abandonando velhos hábitos de livros didáticos e utilizando outros meios midiáticos como apoio pedagógico, realizando um trabalho interativo com as diversas mídias que nos cercam na atualidade. Constantemente podemos identificar a dificuldade encontrada no docente com relação às novas tecnologias. Falta de preparo técnico também pode ser observada como um problema para ensinar com ajuda de ferramentas tecnológicas e sem uma metodologia apropriada para essa modalidade. O educando com tantas dificuldades acaba tornando-se excluído digitalmente. 
Analisamos nascer uma necessidade do educador da EJA trabalhar com técnicas diferenciadas e inovadoras, fazendo links dos conteúdos que possam ser aplicados no dia a dia, partindo do conhecimento prévio que já existe em cada aluno, desta maneira o estudo demonstra uma maior atratividade. Todo conhecimento prévio do aluno mesmo que informal torna-se valido desde que bem aproveitado. O ensino e a aprendizado têm que ser mútuos, entre professores com o conhecimento teórico, e alunos com o prático. O conhecimento do aluno deve ser priorizado, o professor assume o papel de mediador e facilitador do conhecimento, levando os alunos a uma reflexão e descoberta, agindo como um pesquisador do ambiente. Vivemos na era da informação e da comunicação onde todo momento estamos conectados com o mundo todo em tempo real. É lamentável que na “era digital” em que o saber é circulante e que o professor não é mais o detentor do conhecimento, ainda existam praticas educacionais autoritárias e hierárquicas que acabem por concentrar todo conhecimento no professor. 
Estamos em tempos difíceis em que os recursos tecnológicos falam por si só, e são capazes de participarem diretamente da formação dos estudantes e prepará-los devidamente para atividades que iram desenvolver no mercado de trabalho. Neste contexto as diferenças na evolução das novas tecnologias e dos métodos pedagógicos que são encontrados diariamente nas escolas. Sabe-se que a educação encontra-se como informação na sociedade e que a juventude abre uma vantagem significativa na aquisição de novos conhecimentos dentro e fora da escola, devido à auto integração e fácil compreensão das novas tecnologias a disposição. Cabe ao EJA saber utilizar e reforçar a importância do uso destes instrumentos tecnológicos nas práticas pedagógicas de suas instituições. Os professores têm a missão de estimular e auxiliar no decorrer das aulas as possibilidades de busca do conhecimento na educação jovens e adultos. 
 Fala-se muito sobre inclusão digital em nossa atualidade, mas precisamos estar atentos aos elementos necessários para inclusão de fatos acontecer. Ela não pode ser resumida apenas em acesso físico a infraestrutura e a conexão de redes e computadores, mas principalmente a capacitação das tecnologias para utilizar estes meios de comunicação da informação e, sobretudo, para criar a “possibilidade de uma inclusão ativa no processo todo de produção, compartilhamento e criação cultural”, os chamados “conteúdos”. Fazer uso da internet para resolução de tarefas do cotidiano é uma das sugestões apostadas por Paulo Freire. Este sujeito que adentra o mundo virtual tem voz ativa, produz autonomia para pesquisar e escolher nas suas leituras o que pretende aprender saindo das barreiras de sala de aula com uso das TCS. 
 O EJA passa a ter como objetivo preparar esses alunos para a cidadania e também de qualificá-los ao mercado de trabalho, é imprescindível que tenham acesso às tecnologias que compõem esse mercado de trabalho.
 A inclusão digital é uma forma de humanizar a tecnologia, incentivar o raciocínio, aproximar as pessoas, criar comunidades, sistematizar informações, eternizar conhecimentos, potencializar o trabalho.
2. TECNOLOGIAS 
Aspectos tecnológicos é o fator que mais vem afetando, nos tempos atuais, os alunos dentro do EJA, sendo o principal motivo a, os fazerem retornar à sala de aula; probalizando assim, seus procuradores, na melhoria empregacional, para aqueles que querem melhorar de alguma forma o seu currículo dentro do ambiente de trabalho.
A ferramenta citada a cima, acaba por ocasionar diversas mudanças na vida de seus contribuintes, estabelecendo então, um novo paradigma, no qual são utilizados recursos como: TV, computadores ( uso da internet), recursos como estes, são utilizados para repasse de informações, e assim, tornar as aulas, mais atrativas.
A inclusão tecnológica em sala, poderá modificar a maneira de ensino e aprendizagem; mas por sua vez, sabemos que a realidade não cabe a tal, sendo que por muitas de suas vezes, as salas utilizadas pelos mesmos, são as mesmas, utilizadas no ensino regular, não atendendo as expectativas físicas, que os mesmos necessitam; Por este fato, o índice de evasão escolar, vem sido recorrente, desde pedidos de transferência, alteração de horário de trabalho, dificuldades de aprendizagem e insatisfação por parte, dos educandos, pelo não respaldo de expectativas, também, pelo não preparo profissional do professores, para trabalhar na modalidade.
Atualmente, este assunto, frequentemente entra em pauta, caracterizando-se como a democratização de acesso tecnológicos informativos. Conforme demonstra Lara (2010), os pilares da inclusão digital são o computador, o acesso à rede e o domínio das ferramentas utilizadas na rede mundial de computadores.
Mas cabe, salientar, que tais recursos nem sempre estão disponíveis para os sujeitos da EJA; deixando o dito somente no papel, não o pondo em pratica, agindo de forma facilitadora, diante os mesmos.
Podemos pensar, em vista desses aspectos, que a inclusão digital vai estar ligada ao pensamento de Paulo Freire, que entrou como referencial, usando o pilar tecnológico da internet, para resolver tarefas cotidianas, aproximando, na dimensão, as pessoas marginalizadas socioeconomicamente (maioria) das pessoas mais favorecidas (minorias). O processo de inclusão vincula-se às condições de acesso à internet, ou seja, a exclusão digital amplia ainda mais a exclusão social.
 No método freiriano, Paulo, os tratava como adultos que são, os preparando para a vida do trabalho mercacional, partindo naquilo que realmente os era de interesse.
Os professores na modalidade EJA, necessitam estarem em continuada formação para trabalharem em tal, pois o ensino do EJA não e completamente enquadrante no ensino regular, com os avanços da tecnologia no âmbito escolar, vimos a necessidade da inclusão de todos os professores nesse novo mundo digitalizado, o professor deve estar imerso em um continuo processo de alfabetização tecnológica, que lhe permita fazer uma leitura crítica de cada mídia, permitindo ao aluno também fazer o mesmo.
2.1O MÉTODO DE PAULO FREIRE
Para Freire, a educação deveria corresponder a formação plena do ser humano, o preparando o que pode vir a sua frente dentro da vida adulta, cotidiana e empregacional, com formação de valores, atrelados a uma proposta política de uma pedagogia libertadora, fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
O autor tinha por preocupação a formação crítica de seus educandos, seu método era a base dialogal, o Mobral (precedentes ao EJA) usava cartazes, fichas, família silábica, porém não baseava-se no diálogo; tratando então, seus educandos como seres sem opiniões e preceitos definidos; não atendendo assim, suas reaisnecessidades: A da vida cotidiana. 
O dialogo no Mobral, diferenciava-se do método de Paulo Freire, ao mesmo tempo que, ficava limitada a formação crítica do aluno, que aprendia a ler e escrever destituído de uma visão de mundo crítica e interventora, sua pretensão era portanto, formar sujeitos aptos a consumir e adaptados as novas formas de produção.
 Freire, como precursor da educação de jovens e adultos, defendia que o conhecimento através da educação serviria de instrumento do homem sobre o mundo, toda essa ação produz mudança, tornando-se então, não é um ato neutro, mas um ato um ato político!
 Na década de 1960 Paulo Freire coordenou os projetos de alfabetização de jovens e adultos. Foi no Rio grande do Norte que ele em 45 dias alfabetizou 300 trabalhadores, em seu método Freire recomenda que não basta ler e escrever mas dar continuidade aos estudos, havendo interação entre educador e educando, tomando como base o contexto social e cultural do aluno, sua realidade de vida, o ato educativo não pode ser um ato passivo, o que era definido por Freire como “educação bancária “, onde o aluno somente recebe; Defendia a tese do quão importando é o ponto de vista de uma educação libertadora, e não “bancária”, e que, em qualquer dos casos, os homens possam sentir-se a vontade, em expressar seus pensamentos, ideias, e assim, possam discutir o mesmo, expor sua própria visão de mundo, e assim, debate-las , abrindo abertura, para sugestões de seus companheiros, baseados em fatos similares vivenciados pelos mesmos.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
	No tema fornecido e pelas pesquisas realizadas, chega-se à conclusão que, além de respeitar as diferentes formas de aprendizagem e propiciar aulas que fujam da mesmice, criar conceitos em que o aprendizado seja consistente, e que de mesmo modo, o jovem, e ou , adulto durante a execução do mesmo, sinta-se atraído e motivado pelo feito, não vendo-o como apenas uma atividade metodológica diária, mas como algo, que o posso usar em sua vida cotidiana, possibilitando assim, suas vivencias, e o oportunidades empregacionais.
 Segundo Cury: O conhecimento sem rosto não educa a emoção nem estimula a arte de pensar. 
Por isso sou crítico dos materiais didáticos que frequentemente observo. Nada prejudica mais o desenvolvimento da inteligência dos alunos do que transmitir o conhecimento pronto, frio, sem rosto, sem história, sem vida. Os alunos não amam o conhecimento porque ele é transmitido sem tempero, sem emoção. (Cury, 2007, pag.66).
	Ressalta a importância, de lidar com pessoas, de diferentes idades, mas porem, com objetivos unanimes; Ter o trato humanizado de entender, que os mesmos, lá estão por livre espontânea vontade, e com objetivos em comum! 
 Na pratica de tal modalidade, precisamos mais que nunca, valorizar a atitude da procura, dos mesmos, e mostrar-lhes, que tal esforço será recompensado, e beneficamente atingi-los!
 Os alunos só se apaixonarão pelo conteúdo, se o espelho a frente der reflexo do mesmo sentimento. Temos que: Mostrar que acreditamos no tal, que ali estamos nos propusemos, mostrar-lhes o quão capazes são de alcançar tudo o que quiserem, e tiverem vontade!
 Passando tal confiança, o mesmo sentimento será refletido á frente, dando assim, o despertar de curiosidade para quem nos escuta, e satisfação para nós mesmos, como educadores.
Imagem 01.
Imagem livro “Treinando a emoção para ser feliz”
Fonte: Cury (2007).
	O livro a cima, resulta em uma leitura, para sabermos de alguma forma lidar, e ou, entender um pouco dos milhares sentimentos que em nossa sala de aula circularão; E assim de alguma forma sabermos dirigi-los da melhor forma possível, procurando manter o equilíbrio profissional, e mesmo assim, a cima de tudo humano! 
5. RESULTADOS E DISCUSSAO
Os resultados encontrados através de nossas pesquisas, são que, todos as crianças passem por etapas de conhecer e praticar a todas as diferentes linguagens em todas as escolas que passarem. Nós como educandos temos que criar métodos e atividades para que eles aprendam uma de cada vez e cada um no seu tempo são elas: a brincadeira, teatro, música, historias, dança, escrita e a oral não esquecendo que cada criança da melhor forma que achar. A educação vem avançando e superando desafios no que tange o trabalho com as múltiplas linguagens presentes na educação das crianças. Esperamos num tempo não muito distante uma pedagogia que trabalhe no cotidiano das crianças por meio das brincadeiras e das interações possíveis: musical, plástica, corporal, dramática, oral, proporcionando as crianças à construção de suas identidades da forma mais rica possível. Tornando o espaço escolar um lugar de vivências sociocultural.
6. CONCLUSÕES
	O uso das tecnologias na Educação de Jovens e Adultos é temática pouco pesquisada em educação. Quando se fala do uso das tecnologias na EJA, percebemos que os desafios ainda são grandes e muito difíceis. Em nosso País, em que a erradicação do analfabetismo ainda não é visível, o alfabetismo digital e o uso das tecnologias nas práticas de ensino ainda são distantes. Assim, considerando-se a mudança de perfil da população a ser atendida pela Educação de Jovens e Adultos, é imprescindível repensar e replanejar essa modalidade de ensino e o que poderá ser oferecido aos que a ela recorrem. É importante levar em consideração os objetivos desses alunos ao procurarem a escola. 
 Por esse motivo, urge uma reestruturação da EJA, com consideráveis alterações em seus objetivos, na metodologia de trabalho, nos conteúdos abordados e no tipo de avaliação a ser realizada, ofertando uma educação de qualidade para todos, na perspectiva de se educar na e para a diversidade. É importante que a escola e o currículo considerem os nossos alunos da EJA como sujeitos trabalhadores que estudam, havendo uma necessidade imperiosa de sua inclusão digital, para que possam exercer plenamente o direito à cidadania. Existe uma forte relação entre o currículo, a sociedade e o trabalho. O currículo não deve apenas ser uma lista de conteúdos; ele deve cumprir a função valorizar o contexto, os conhecimentos e as experiências dos jovens e adultos, nos quais a inclusão digital se faz necessária na conexão entre educação e trabalho. É justamente nas tecnologias, por intermédio de sua utilização pelos professores, que pode estar um dos subsídios para o combate do analfabetismo, tanto escrito quanto digital, em nosso País. A utilização de ferramentas como a televisão, o computador, a internet e o celular, pode trazer mudanças significativas nos processos de ensino e aprendizagem; são recursos que podem auxiliar não só os jovens e adultos a saírem das condições de “analfabetos” nos pontos de vista de escrita, de leitura e digital. A sociedade em que vivemos é informatizada, e a EJA, mais do que nunca, necessita de um currículo integrado que não afaste a Educação Básica da Educação Profissional; somente dessa forma o ensino profissional e as suas tecnologias seriam abordados e debatidos no currículo de ensino.
 Dessa maneira, o aluno tornar-se-ia capaz de conviver e conseguiria transformar a si próprio e a sociedade na qual está inserido. Faz-se urgente, por conseguinte, a necessidade de 40643 um programa de ensino que contemple a educação e a tecnologia, para que ambas consigam atuar como facilitadoras para esse momento, que nós, professores, tanto esperamos, aconteça – que nossos alunos transformem a sociedade.
	
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
ACKER, T. V.; RABIA, S.; PASSARELLI, B. Inclusão digital e empregabilidade. São Paulo: Editora Senac, 2009.
CURY, Augusto Jorge; Treinando a emoção para ser feliz, Dezembro 2007.
SOUZA, Cassia Garcia. E bom aprender. Edição renovada Alfabetização volume I EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS 1 ed. São Paulo 2013 
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