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DEFESA PRÉVIA (LEI 11.343/06) E DEFESA PRELIMINAR
A defesa prévia e defesa preliminar são duas peças semelhantes, portanto serão abordadas ao mesmo tempo. A defesa prévia está prevista na Lei de Drogas, e a defesa preliminar, no rito dos crimes funcionais, ao mesmo tempo. 
Em ambas peças, temos a mesma situação: o Ministério Público ofereceu denúncia, mas o juiz ainda não a recebeu. Como ainda não houve o recebimento da petição inicial, as duas peças são da fase pré-processual.
2. FUNDAMENTO LEGAL
Defesa prévia: art. 55, caput, da Lei 11.343/06. 
Defesa preliminar do rito dos crimes funcionais está no art. 514, caput, do CPP.
3. IDENTIFICAÇÃO DAS PEÇAS
Em ambas, o MP terá oferecido denúncia contra o seu cliente, mas ainda não terá ocorrido o recebimento da inicial. Outra forma de identificar as peças é pelo crime praticado. 
Defesa prévia- Cabimento: A defesa prévia é peça cabível nos crimes previstos na Lei de Drogas (Lei 11.343/06). Você jamais a escolherá, por exemplo, para a defesa de alguém que tenha praticado um roubo. 
Defesa preliminar: Cabimento: A defesa preliminar será a peça cabível quando se tratar de crime praticado por funcionário público contra a administração pública – os chamados crimes funcionais (CP, arts. 312 a 326). 
Outra dica para a identificação das peças: o problema dirá que o cliente foi NOTIFICADO, e não CITADO. Só se fala em citação na fase processual, ou seja, após o recebimento da inicial. 
Na fase pré-processual, a comunicação da existência de peça inicial se dá pela notificação.
4. PRAZOS
A defesa prévia tem prazo de 10 dias. 
A defesa preliminar, 15 dias. 
Sobre a contagem, atenção: o prazo deve ser contado desde a notificação, e não desde a juntada do mandado aos autos. Ademais, como são prazos processuais, feriado e final de semana o prolongam ao primeiro dia útil seguinte. A FGV costuma pedir para que as peças sejam datadas no último dia de prazo. Caso isso ocorra, não tem segredo. Se a banca disser o dia da semana em que a notificação ocorreu, você terá de fazer a análise de final de semana ou feriado. Caso contrário, faça a contagem corrida. Exemplos:
“Fulano foi notificado na quarta-feira, 17”.
Se o prazo for de 10 dias, o prazo encerrará no dia 27, um sábado, devendo ser prorrogado para segunda, 29.
“Fulano foi notificado no dia 17”.
No segundo exemplo, o enunciado nada diz a respeito do dia da semana. Portanto, a contagem deve ignorar feriado ou final de semana. O prazo encerra no dia 27. Volto a dizer: só existe no mundo o que estiver no enunciado.
5. TESES DE DEFESA
O seu objetivo será convencer o juiz a não receber a denúncia oferecida, com fundamento no art. 395 do CPP. 
O dispositivo traz três causas de rejeição da inicial:
a) petição inicial inepta: a denúncia ou queixa é inepta quando, por estar incompreensível, for impossível que eventual condenação seja alcançada. Se for uma das teses, o enunciado falará em denúncia genérica, que não descreve com exatidão a conduta de cada um dos denunciados, no caso do concurso de pessoas, ou dirá que o MP foi incoerente ao desenvolver a peça. A ausência de pedido também é causa de rejeição da denúncia por inépcia;
b) falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal: será a tese quando a petição inicial estiver contaminada por algum vício que inviabilize a ação penal. Alguns exemplos: atipicidade (impossibilidade jurídica), extinção da punibilidade (prescrição, por exemplo), ilegitimidade de quem oferece a peça (ex.: MPE atuando em causa do MPF) ou incompetência do juízo;
Comentários a respeito da tese de incompetência: o art. 55, § 2º, da Lei 11.343/06, determina que as exceções devem ser oferecidas em apartado (em outra peça). Caso caia defesa prévia da Lei de Drogas, se houver tese de incompetência, alegue-a no corpo da peça, no “do direito”, como tese preliminar. Não faça duas peças – uma defesa e uma exceção. Faça apenas a defesa prévia. Embora a banca não possa pontuar a tese de incompetência em defesa prévia, caso isso ocorra, você estará resguardado ao alegá-la no corpo da peça.
c) falta de justa causa: das três hipóteses de rejeição, é a mais ampla. Isso porque você terá de fazer a análise do mérito da causa, como se buscasse a absolvição do denunciado. Alguns exemplos de teses de falta de justa causa: legítima defesa, estado de necessidade, erro de tipo essencial, erro de proibição inevitável, crime impossível, atipicidade do crime etc.
6. PEDIDOS
Por ser uma peça pré-processual, não há como pedir a absolvição do denunciado. 
O seu pedido será a rejeição da denúncia, com fundamento no art. 395 do CPP. É bem provável que a FGV peça mais de uma causa de rejeição. 
Caso isso ocorra, faça pedidos de rejeição distintos. Ex.: “requer a rejeição da denúncia, com fundamento no art. 395, I, do CPP, por falta de justa causa, e com base no art. 395, I, do CPP, por inépcia da petição inicial”.
 Defesa Preliminar
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .....VARA CRIMINAL DA COMARCA DE .................................... - ............. 
Processo nº ...................... 
 “A” , qualificação, nos autos do processo em epígrafe, que lhe move o Ministério Público ................, vem, à presença de Vossa Excelência, através de seu defensor ao final firmado, nos termos do (art 514. do Código de Processo Penal / art 55 da Lei 11.343/06) para apresentar 
 DEFESA PRELIMINAR, 
com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
1. PRELIMINARES (se constar alguma no problema)
 Nulidades: Artigo 564 do CPP 
 Extinção de punibilidade: Art. 107 do CP 
 Argüir exceções
2. DOS FATOS 
- Relatar os fatos;
3. DO DIREITO: (AQUI VOCÊ DEVE RELATAR AS TESES DE DEFESA) 
Com o efeito, a acusação é totalmente improcedente...........
- Apresentar a motivação; o porquê
- citar a fundamentação jurídica
 Portanto, a denúncia não deve ser recebida.
3. DO PEDIDO. 
a) Se for defesa preliminar do funcionário público
 Ante o exposto, requer seja rejeitada a denúncia oferecida pelo Digno Representante do Ministério Público, por ser da mais pura justiça. 
b) Se for defesa preliminar na Lei de Entorpecentes.
 Ante o exposto, apresenta, nesta oportunidade seu rol de testemunhas, as quais deverão ser notificadas no endereço abaixo fornecido. Requer ainda, seja rejeitada a denúncia oferecida pelo Digno Representante do Ministério Público, por ser da mais pura justiça. 
 Termos em que
 Pede deferimento.
 Local e Data
 
 Nome do Advogado
 OAB/SP nº .................
ROL DE TESTEMUNHAS
1) Nome, RG e endereço
2) Nome, RG e endereço
3) Nome, RG e endereço
CASOS PRÁTICOS:
1) José, funcionário público federal, exerce cargo de diretor numa repartição, tendo como função fiscalizar a atuação dos subordinados. No dia 20 de maio de 2018, Rubens, funcionário público colega e subordinado de José, cometeu infração administrativa, ou seja, não fez relatório exigido para um determinado caso concreto. Não houve responsabilização administrativa de Rubens, pois José não sabia da infração. Diante da omissão de José, foi oferecida a denúncia, com base no artigo 320 do CP. A denúncia foi autuada e o juiz notificou o acusado para respondê-la no dia 2 de setembro de 2019. Como advogado (a) de José, tome a medida cabível. 
2) Luciano foi preso em flagrante sob a acusação de ter infringido o artigo 33 da lei 11.343/06. Os fatos se deram porque Lucianofoi encontrado em posse de 10 papelotes de cocaína, contendo, em média 0,7 gramas em cada papelote. O laudo de constatação foi efetuado, sendo positivo para cocaína. Luciano alega que o entorpecente é para seu uso e que não tinha destinação para venda. O Douto Delegado, por sua vez, justifica na peça flagrancional que resolveu tipificar o delito no tráfico por causa da quantidade apreendida, bem como por ter o acusado sido em encontrado com 5 notas de R$ 10,00, o que por certo era proveniente da venda dos papelotes já efetuada. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, mas você já conseguiu que Luciano respondesse o processo em liberdade. O acusado foi notificado, recebendo cópia da denúncia. A família de Luciano contratou você como advogado (a). Intente a medida cabível para efetuar a defesa de Luciano.

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