Buscar

ANPP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ANPP "Acordo de não persecução penal" o que é? é ou não constitucional?
Acordo de não persecução penal
É negócio jurídico de natureza extrajudicial, feita entre o autor do fato delituoso e o Ministério Público (art 18 da resolução nº 181/17 CNPM), devendo ser assistido por seu defensor e homologado pelo juiz, aquele confessa formalmente e circunstanciadamente a pratica do delito, sujeitando-se a certas condições não privativas de liberdade, que em troca o Parquet promove o arquivamento do feito, caso venha a ser cumprido integralmente as condições, assim considerando, é todo o acordo sob a égide do princípio da oportunidade e intervenção mínima, ajudando na;
a- Resolução de conflitos alternativas e mais célere nos casos menos graves
b- Economia de gastos da máquina pública, priorizando gastar em casos mais graves
c- Diminuição dos reflexos de uma condenação ao acusado (social, moral)
d- Desafogamento do sistema carcerário
Podendo neste aspecto entender que o Ministério Público poderia ter uma grande arbitrariedade, por isso o arquivamento deve ser feito sobre as mesmas regras do art 28 para melhorar a distribuição de poderes, mesmo que o CPP não faz menção ao acordo de não persecução, o art 28 não traz os motivos para o promotor pedir o arquivamento.
Acordo tem limite o oferecimento da denuncia, podendo ser feito até mesmo na audiência de custodia (em ato diferente, mas em mesma oportunidade) para aproveitar a presença do sujeito e juiz, assim compatibilizando com o principio da economia processual, celeridade e razoável duração do processo, veja, o promotor que fará a proposta e o juiz que à homologará devem respectivamente naturais, para não ferir o art 5º LIII da Constituição Federal
Requisitos: resolução 183/2018 o acordo de não persecução esta condicionada a;
a- Penal inferior a 4 anos: lembrando que devem ser levada em considerações as causas de aumento elevados no máximo, e as de diminuição elevados no mínimo (art 18 § 13 resulução 181 CNPM)
b- Sem violência ou grave ameaça: não se pode cogitar, pois o bem jurídico já não se admitiria o acordo, mas, pode se pensar no caso de for vias de fato, ou algo do gênero a se analisar no caso concreto sobre a contravenção penal
c- Não ser caso de arquivamento investigatório: o acordo só se mostra viável, quando é possível a instauração do processo criminal, uma vez que se olhar para as causa que pode se ver as causas de absolvição sumaria, o promotor deve-se pedir o arquivamento, e não tentar fazer acordo de não persecução, tais como
Não será poderá o acordo de não persecução: nos casos de;
a- For cabível a transação penal: é antes da ação penal, não é a culpabilidade do agente, que nos casos de;
I- Ação penal privada, ou ação penal pública condicionada a representação do ofendido, o ofendido e ofensor fazem uma conciliação civil ou acordo civil, que este sendo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação (art 74 § único lei 9.099/95), não cabendo mais retratação
II- Ação penal pública incondicionada, o investigado aceita o acordo do MP (art 72 e 76 lei 9.099)
Em ambos os casos é em penas de crime de menor potencial ofensivo (pena não superior a 2 anos) cumulado ou não com multa, no caso do acordo do Ministério Público, o suspeito aceitando (na presença de seu defensor) será apreciado pelo juiz, de pena restritiva de direito tais como;
I- Prestação de serviço a comunidade
II- Pagamento de valor a instituição de caridade
III- Demais penas no mesmo sentido
Não poderá ter a transação penal nos casos de;
I- Ter sido condenado por sentença definitiva a pena privativa de liberdade
II- Circunstancias judiciais do art 59 CP não dão margem para a medida da transação
b- Dano causado pelo delito for superior a 20 salários mínimos: é o valor máximo, do prejuízo do crime, lembrando que de Estado para Estado pode se mudar o valor
c- Risco da prescrição da pretensão punitiva: é o caso do tempo de cumprimento do cumprimento do acordo demorar demais a ponto perder o direito de punir o individuo acarretando na prescrição, já que não existe dispositivo legal para suspender ou interromper a mesma como existe no caso da suspensão condicional
d- Presença das hipóteses art 76 § 2º da lei 9099/95: é os casos da lei dos juizados, que o investigado neste caso não pode ter sido condenado por sentença definitiva a pena privativa de liberdade e as circunstancias judiciais do art 59 CP não dão margem para a medida da transação
e- Crime hediondo ou equiparado: geralmente os crimes desta natureza são maiores que 4 anos, mas de toda forma não terá cabimento se de alguma forma o crime hediondo ficasse dentro do requisito pena máxima
f- Âmbito de violência domestica: quando a mulher for vitima de violência física, psicológica, sexual, patrimonial, moral e outras, não poderão ser feito o acordo de não persecução
g- Quando o acordo não atender o necessário para a reprovação e prevenção do crime: só se pode admitir quando os fins da pena em si não são cabíveis, e o acordo possa servir de penalidade suficiente para que o crime seja combatido, pois caso o acordo não seja suficiente para isso, deve-se impor as penalidades do ordenamento jurídico
h- Crime militar que afeta a hierarquia e a disciplina: são os crimes que afetam as bases estruturais dos militares, pois tais necessitam de uma reprimenda maior, já que sem a hierarquia e disciplina, seu meio não funcionaria tais como nos crimes de desrespeito a superior (art 160 CPM), abandono de posto (art 195 CPM)
Condições: a serem impostas ao investigado, que são cumulativas ou não de caráter não privativo de liberdade como;
a- Confessar formalmente e circunstanciadamente a prática do delito: ele sempre deve ser advertido sobre o princípio “nemo tenetur se detegere” que compatibiliza com o direito de permanecer calado não lhe sendo imputado culpa (art 5º LXIII), assim cabendo-lhe voluntariamente aceitar ou não o acordo de não persecução penal
b- Reparação do dano ou restituição da coisa à vitima: imposta esta condição quando a vitima sofrer danos, que por sua vez pode ser qualquer espécie de reparação de dano, seja ela material, moral, estético
c- Renuncia de bens e direitos, indicados pelo MP como instrumento/produto/proveito do crime: não é efeito da condenação, mas sim uma forma de retirar do investigado não ter mais aquees produtos que participaram do crime, equiparados ao confisco (art 91 II a e b CP) como;
I- O produto do crime seja como lá como for a relação como arma, moto
II- O proveito do crime, como o que comprou com o dinheiro do furto
d- Prestação de serviço: é trabalhar em serviço para a comunidade ou entidade pública que vai ser indicado pelo Ministério Público, por período equivalente a pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a 2/3
e- Pagamento de prestação pecuniária: é estipulado nos termos do art 45 do CP consistindo no pagamento em dinheiro não sendo inferior a 1 salário mínimo ou máximo de 360 salários mínimos, pagos a entidade pública ou privada com destinação social que tem função proteger bens jurídicos da mesma espécie ou semelhantes
f- Outras condições estipuladas: Outras condições adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado desde que não sejam vexatórias ou humilhantes
Obs1: se a pena for unicamente de multa, o juiz pode reduzi-la pela metade
Obs2: não pode usar o beneficio novamente nos próximos 5 anos
Obs3: não cabe nos casos de lei Maria da Penha, e justiça militar, mas nada impede que seja feito nos casos de crimes que não afetem a hierarquia e a disciplina
Obs4: não constara na folha de antecedentes criminais, nem gera reincidência (art 76 § 6º lei 9.099/95)
Obs5: caberá apelação da sentença do juiz, que será analisada por três Juízes de 1º grau, reunidos no juizado
Obs6: não é pena, pois falta o critério de imperatividade, já que o investigado aceita voluntariamente as condições do acordo, se cumpridas apenas se esvazia o interesse processual de mover a ação penal e promovendo o arquivamento do procedimento investigatório
Obs7: deve comunicar mudanças tais como de endereço,telefone, e-mail, comprovar mensalmente o cumprimento das condições independentemente de aviso, e apresentar sempre documentalmente e justificativa caso não venha alguma vez a cumpriu
Controle jurisdicional: há um controle judicial, pois o juiz deve homologar, se não aceitar o acordo o juiz vai encaminhar ao procurador geral que;
a- Oferecerá a denuncia ou remeterá a outro membro para este fazer
b- Complementará a investigação ou remeterá a outro membro para este fazer
c- Manterá o acordo de não persecução que vinculará toda a instituição
Obs1: se o Ministério Público se recusa e não quer fazer o acordo e o investigado quer, o juiz pode remeter os autos ao procurador geral ou a câmara de coordenação e revisão, nos casos em que já ocorre na recusa injustificada da transação penal/suspensão condicional do processo (súmula 696 STF)
Descumprimento injustificado das obrigações: o Ministério Público vai oferecer a denuncia, usará as provas colhidas como o caso da confissão, e ainda poderá não dar o livramento condicional do processo, já que as condições são parecidas, e ele não o fez quando tinha benefícios maiores
Cumprimento integral do acordo: o Ministério Público promoverá o arquivamento da investigação que será apresentado ao juiz nos moldes do art 28
(in) constitucionalidade do acordo de não persecução penal
a- Posição de ser Inconstitucional: compete a União legislar sobre o direito processual penal art 22 I CF, e por uma resolução não poderia se “legislar” mesmo que em via administrativa sobre tal matéria processual, ainda mais que o art 129 I CF, determina que o Ministério Público tem entre suas função promover a ação penal (na forma da lei) e não forma de resolução, especificando que se pode criar exceções ao princípio da obrigatoriedade do art 24 CPP, haja vista que existem procedimentos mas em lei, que respeita o processo legislativo, a exemplo;
I- Transação penal (art 76 lei 9.099/95)
II- Acordo de leniência (art 86 e 87 lei 12.529/11)
III- Termo de ajustamento de conduta (art 5º § 6º lei 7.347/85)
IV- Parcelamento de débitos tributários (art 83 § 2º lei 9.430/96 e 12.382/11)
V- Colaboração premiada (art 4º e 7º lei 12.850/13)
b- Posição de ser Constitucional: o STF tem entendimento que os poderes que vem da Constituição Federal para expedir resoluções ostentam caráter normativo primário, haja vista que o CNJ e o CNPM tem legitimados poderes para expedir tais regulamentos (art 103-B § 4º I e art 130-A § 2º I da Constituição Federal), busca-se assim com a resolução nº 181/17 CNPM apenas concretizar os princípios constitucionais tais como;
I- Eficiência (art 17 CF)
II- Proporcionalidade (art 5º LIV CF)
III- Razoável duração do processo (art 5º LXXVIII)
IV- Sistema acusatório (art 129 I)
Podendo também ser visto que não fere o caráter legislativo de matéria competente da União uma vez que não se trata de natureza processual, mas sim de natureza administrativa em que há apenas uma pretensão punitiva por meio da denuncia não havendo ainda propriamente partes, assim ainda não tendo necessidade da função jurisdicional, contraditório e ampla defesa, uma vez que em mesmo sentido o Brasil já tem como em tratados e convenções internacionais firmados sobre a não persecução penal a titulo de exemplo
I- Convenção americana de direitos humanos (art 7º § 5º)
II- Regras de Tóquio aprovada em assembleia na ONU
Quando tal for adequado e compatível com o sistema jurídico do país em causa, a polícia, o Ministério Público ou outros serviços encarregados da justiça penal devem dispor de competência para arquivar os processos instaurados contra o delinquente se considerarem que não é necessário prosseguir com o caso para efeitos de proteção da sociedade, prevenção do crime ou promoção do respeito pela lei ou pelos direitos das vítimas. Para decidir sobre a adequação do arquivamento ou decisão do processo, será estabelecido um conjunto de critérios em cada sistema jurídico. No caso de infracções menores, o Ministério Público pode impor, sendo caso disso, medidas não privativas de liberdade adequadas. (Resolução 45/110 item 5.1)
Outro fator deliberante que ainda se pode alegar que tenha que ser por via de lei, o art 28 CPP não tem um rol para especificar os motivos para o Ministério Público querer o arquivamento, o que nesta linha a o cumprimento das condições, seria suficiente para que o promotor requeresse o arquivamento, uma vez que passa por crivo do judiciário, uma vez que o CPC no seu art 6º versa sobre o princípio da cooperação, para que obtenha em tempo razoável decisão de mérito justa e efetiva assim como na transação penal (art 76 lei 9.099/95), acordo de leniência (art 86 e 87 lei 12.529/11), termo de ajustamento de conduta (art 5º § 6º lei 7.347/85) parcelamento de débitos tributários (art 83 § 2º lei 9.430/96 e 12.382/11) e a nova lei de organizações criminosa sobre a colaboração premiada (art 4º e 7º lei 12.850/13)

Continue navegando

Outros materiais