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Fga. Paola Pucci 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Alteração transitória ou definitiva de 
uma área cerebral. É uma isquemia ou 
um sangramento causado por um 
processo vascular. Por isso, o nome 
“acidente vascular”. 
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
AVE 
AVEi 
trombótico 
embólico 
AVEh 
intraparen-
quimatoso 
hemorragia 
subaracnóide 
simples 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
AVEi trombótico: Oclusão da artéria por placa de ateroma que 
se forma no local (HAS, arteriosclerose). 
 
AVEi embólico: Oclusão da artéria por gordura ou coágulo, que 
é lançado à distância (às vezes pode vir do coração), gerando 
uma transformação hemorrágica. O que isso significa? Isso quer 
dizer que ele é comprimido e depois explode a artéria e tem 
essa transformação hemorrágica. 
 
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
AVEi EIT 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
• Causado por 
oclusão/infarto na 
artéria; 
• Pode deixar sequelas. 
AVEi 
• Episódio isquêmico 
transitório; 
• Dura menos de 24h; 
• Não deixa sequelas. 
EIT 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
AVEh intraparenquimatoso: Ruptura de uma pequena artéria, formando um 
coágulo no interior de um tecido cerebral (hematoma). 
 
AVEh por hemorragia subaracnóide (HSA): Ruptura de aneurisma cerebral 
com extravasamento de sangue ao redor do cérebro, no espaço subaracnóide. 
 
AVEh simples: Pode ter grandes complicações, como ressangramento nas 
primeiras 24 horas, mesmo após ser drenado; vasoespasmo, que acontece a 
partir de 72 horas e pode levar a um infarto cerebral; e hidrocefalia, por 
excesso de líquido que se espalha na área cerebral. 
 
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Fatores de Risco 
Hipertensão 
Arterial Sistêmica 
(HAS); 
- Diabetes; 
- Doenças 
cardíacas; 
- Alcoolismo; 
-Anticoncepcional; 
- Tabagismo; 
- Hiperlipidemia; 
- Vasculites do 
sistema nervoso 
central (SNC); 
- Arterites 
(infecciosas ou 
por uso de 
drogas). 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
O quadro clínico vai sempre depender do local da 
lesão, mas poderemos encontrar: 
 
- Hemiparesia: metade do corpo fica com baixa sensibilidade, movimentação e 
força reduzidas; 
- Hemiplegia: paralisia de metade do corpo (o mais comum é a hemiparesia, 
que é reversível); 
- Hipoestesia: diminuição da sensibilidade; 
- Hemianopsia: dificuldade em perceber um lado do próprio corpo ou as coisas 
que se situam daquele lado; 
- Afasia: dificuldade de comunicação; 
- Alterações do nível de consciência; 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
O quadro clínico vai sempre depender do local da 
lesão, mas poderemos encontrar: 
 
- Ataxia cerebelar: quando a lesão é próxima ao tronco encefálico, ao cerebelo, 
pode acontecer uma condição de movimentação involuntária, imprecisa e não-
programada, já que o cerebelo cuida da coordenação motora fina; 
- Disartria: alteração na fala; 
- Disfagia: alteração da deglutição; 
- Alteração de motricidade ocular: pacientes podem apresentar dificuldade em 
buscar coisas à esquerda ou à direita e isso costuma aparecer no teste de 
leitura; 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
O quadro clínico vai sempre depender do local da 
lesão, mas poderemos encontrar: 
 
- Agnosia: pode ser visual, auditiva ou tátil. Apesar de o paciente manter a 
função sensorial intacta, a agnosia impede que ele reconheça ou identifique 
objetos, pessoas e formas; 
- Apraxia: desprogramação motora da fala; 
- Alterações de memória e atenção. 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Caso Clínico 
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Paciente: TFH 
Sexo: Masculino 
Idade: 66 anos 
 
Antecedente pessoal de HAS, Ca de próstata, Bexiga Hiperativa, 
etilismo e AVCi. Internado desde o dia 31/07, por confusão 
mental, disartria e rebaixamento do nível de consciência. 
Evoluiu com pneumonia nosocomial, em programação de 
término da antibioticoterapia em 09/08. Evolui estável 
hemodinamicamente, afebril, eupneico em ar ambiente, 
aceitando dieta via oral (disfágico IV) e em reabilitação 
fisioterápica. 
 
Diagnóstico CID: 164 – Acidente vascular cerebral, não 
especificado como hemorrágico ou isquêmico. 
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Antecedentes: 
 
HAS: Sim 
DM: Não 
AVC: Sim 
DPOC: Não 
Asma: Não 
Doença coronariana: Não 
Insuficiência cardíaca: Não 
Insuficiência renal: Não 
Demência: Não 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Condições clínicas: 
 
Acamado: Não 
IRC em diálise: Não 
Úlcera por pressão: Não 
Dependência O2: Não 
Dieta enteral: Não 
Traqueostomia: Não Cirurgias: Não Infecções/ ATB recentes: Não 
Neoplasia maligna: Não 
 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Motivo da internação: AVCi; Pneumonia nosocomial. 
 
Diagnóstico médico/ Resumo da internação: 
AP: HAS, Ca de próstata, Bexiga Hiperativa, Etilismo, 
Tabagista – TAB; acompanhamento com PQ há cerca 
de 14 anos – múltiplas internações; AVCi. 
 
HD: 
- Pneumonia nosocomial; 
- Em uso de Tazocin (DI: 04/08) 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Há 40 dias da admissão internando em clínica de reabilitação por 
dependência química. Dia 30/07 apresentou hipotensão, 
rebaixamento do nível de consciência com liberação esfincteriana, 
sendo avaliado na Santa Casa de Cabreuva e encaminhado a este 
serviço. Admito com quadro de confusão mental, pouco 
colaborativo, algo disártrico. Submetido a TC e angio TC de crânio, 
sem sinais de sangramento ativo ou alterações isquêmicas agudas; 
sinais de isquemia temporal antiga e espessamento difuso de 
carótidas, sem estenoses luminais significativas. Apresentou como 
intercorrência durante a internação pneumonia nosocomial. 
Evoluiu estável hemodinamicamente, afebril, sem intercorrências e 
com melhora clínica e laboratorial. Assintomático no momento. 
Recebe hoje, portanto, alta hospitalar com as devidas orientações 
de retorno ao serviço de emergência caso necessário, bem como 
de manter uso adequado das medicações prescritas e 
acompanhamento ambulatorial regular com a Neurologia. 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
Exames: 
 
Angio-TC Crânio (31/07): AVE antigo temporal à esquerda, sem 
lesões agudas. Espessamento difuso de carótidas, sem estenoses 
luminais significativas. 
TC Tórax (04/08): Consolidação LSD, enfisema parasseptal bilateral. 
TC Crânio (06/08): Hipoatenuação da substância branca 
supratentorial predominando junto aos cornos anteriores e regiões 
peritrigonais, onde assume aspecto mais confluente com extensão 
às coroas radiadas, inespecíficos, podendo corresponder à gliose 
decorrente de microangiopatia. Área de gliose/encefalomalácia no 
lobo temporal esquerdo, provavelmente relacionada à sequela de 
insulto vascular isquêmico prévio. Redução volumétrica encefálica 
difusa caracterizada pela acentuação dos sulcos entre os giros 
corticais, fissuras cerebrais e folias cerebelares, com ectasia. 
OBRIGADA! 
Acidente Vascular Encefálico (AVE) 
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