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Estudo dirigido contratos em espécie

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CONTRATOS EM ESPÉCIES- MATÉRIA DA AV.2
1- Contrato de permuta:
Conceito: Um negócio jurídico em que todas as partes se obrigam a entregar, reciprocamente coisas, que 
não sejam dinheiro. 
Palavras sinônimas: permutação, escambo, comutação, câmbio etc. 
Características: 
1- Quanto à natureza da obrigação: contrato bilateral, pois implica numa espécie em que as duas partes 
contratantes se obrigam nas prestações. Porém nada impede que seja plurilateral, caso mais de dois 
contratantes concorram em obrigações. 
2- É um contrato ONEROSO, embora não exista a entrega do R$, isso não o torna o contrato gratuito. A 
cada benefício recebido corresponde um sacrifício patrimonial. Use como exemplo as trocas de escambo na
antiguidade.
3- Contrato comutativo: aquele em que cada uma das partes fazem prestações equivalentes, e tem 
conhecimento destes atos.
4- Contrato consensual: . É aquele que se aperfeiçoa só com o consentimento das partes.
5- Contrato não-solene: a lei não estabelece uma forma para que o contrato seja realizado, não é 
fundamentando à sua forma. (exceção: solene, como previsto no artigo 108 CC, quando o valor da coisa 
ultrapassar o valor de trinta salários mínimos vigentes do país).
6- Contrato instantâneo, já que seus efeitos são produzidos de uma vez só.
7- Contrato típico, ou seja, aquele especificado em lei.
OBSERVAÇÕES:
Partes do contrato: permutantes ou tradentes ;
Objeto do contrato: No contrato de permuta, qualquer tipo de objeto pode ser permutado: coisas 
móveis, imóveis, corpóreas, etc. Resumindo, tudo que pode ser vendido, pode ser trocado; aqui é 
permutado COISA por outra COISA, não cabe coisa por prestação de serviço.
Exemplo de um contrato de permuta: a troca de uma casa por um apartamento; 
Possibilidade de permuta a "non domino" (permuta envolvendo bens futuros, isto quer dizer, que os 
permutantes, as partes contratantes, estabelecem um acordo que um do bens será entregue 
futuramente. Clássico exemplo de uma contrato de permuta envolvendo construtoras imobiliárias 
que somente depois de realizar as obras vão entregar o AP permutado com a outra parte;
Com efeito, para que haja um negócio justo se presume que os bens objetos tenham valores 
semelhantes, assim nenhuma das partes será prejudicada, isto deverá ser aplicado principalmente 
nos contratos de permuta realizado entre ascendentes e descendentes.
Este contrato esta estipulado no artigo 533 do CC, e é estabelecido a aplicar as mesmas 
disposições referentes ao contrato de compra e venda, salvo com as seguintes modificações:
 1. Salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com
o instrumento da troca; (como não tem propriamente, de forma isolada, um comprador e 
um devedor, mas sim, dois sujeitos que recebem e entregam prestações não pecuniárias,
uma solução sabia foi adotada para o estabelecimento de despesas do NJ);
https://www.google.com/search?q=possibilidade+de+permuta+a+non+domino+(permuta+envolvendo+bens+futuros&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwiU9uWTv8DpAhWWGrkGHYoHAdsQkeECKAB6BAgMECk
https://www.google.com/search?q=possibilidade+de+permuta+a+non+domino+(permuta+envolvendo+bens+futuros&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwiU9uWTv8DpAhWWGrkGHYoHAdsQkeECKAB6BAgMECk
CONTRATOS EM ESPÉCIES- MATÉRIA DA AV.2
 2. É anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento
dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. (Desta forma, por mais que os bens 
trocados tenham valores idênticos é recomendável que o contrato seja consentido pelos 
demais herdeiros, para que não gere dúvidas e discussões desnecessárias. De outro 
norte, sendo a permuta efetivada com patrimônio de valor desigual a anuência dos 
herdeiros é medida que se impõe, pois caso estes sejam lesados poderão ajuizar ação 
anulatória. O prazo para anular a troca é decadencial, contado a partir da celebração do 
negócio jurídico, de acordo com o art. 179, do Código Civil, que diz: Quando a lei 
dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a 
anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. Assim, para que 
não haja inconvenientes é necessário que os herdeiros assinem os contratos de permuta,
quando for realizada a troca de bens de valores diferentes, o que evitará futuras 
surpresas desagradáveis aos permutantes e herdeiros).
É importante que os cônjuges, aqui, faça a permuta somente de bens particulares e não de bens 
provenientes do casal. 
Por ter todas as aplicações destinadas ao contrato de compra e venda, aqui também caberá o a 
possibilidade de aplicação das regras previstas para os vícios redibitórios e evicção, porém 
ressalvando que por se tratar de um contrato em não há R$, pecúnia, o que deverá ser devolvido 
será a coisa, o objeto e não o dinheiro.
Permuta com valores desiguais: Trata-se da importância em R$ que será reposta por um dos 
permutantes ao outro. Visa a alcançar a equivalência no negócio jurídico e não se constitui em c/v. 
Se o saldo representar um mero complemento do valor da coisa caracterizada estará a permuta. 
2 - Contrato Estimatório: 
Conceito: Negócio jurídico por meio do qual uma das partes (consignante) transfere a outro (consignatário)
bens móveis, a fim de que os venda, segundo um preço previamente estipulado, ou simplesmente os 
restitua ao próprio consignante. Também chamado de contrato de venda por consignação. É um contrato 
tipicamente empresarial e relacionado à confiança e boa-fé objetiva. Previsão legal: Artigo 534 - 537 do 
Código Civil.
- Contrato real, já que necessita da entrega da coisa. Para que o contrato estimatório seja realizado a coisa 
tem que ser móvel e infungível.
Sujeitos: Consignante (aquele que autoriza q venda, titular do bem) e consignatário (responsável pela 
venda ou pela restituição da coisa)
Neste caso as partes tem que estar em comum acordo
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718996/artigo-179-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
CONTRATOS EM ESPÉCIES- MATÉRIA DA AV.2
• Características: nominado e típico (art. 534/537 cc); real (aperfeiçoamento com a entrega da coisa 
ao consignatário - elemento constitutivo do contrato); bilateral (direitos e deveres proporcionais); 
oneroso (sacrifício de vontade das partes); comutativo; de duração (prazo determinado ou não); 
paritário ou de adesão; informal ou não solene (prescindível a forma especifica); causal (vinculado a
causa que o determinou); de atividade (relacionado a utilidade econômica); principal; fiduciário. 
• Quanto a natureza da obrigação a doutrina majoritária e jurisprudência do STJ consideram que se 
tratam de obrigações alternativas, ou seja, se o consignatário não consegue vender o bem ele é 
dotado de duas alternativas: pode devolver o bem ao consignante ou pagar o preço devido da coisa 
e ficar com o bem. HÁ DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS. 
• O consignatário não pode ser cobrado se não vender o bem, não pode ser acusado de 
desinteresse. Aqui o consignante pode tão somente cobrar a devolução do bem ou o pagamento ao 
final do prazo 
• O consignatário é obrigado a pagar pelo preço do bem, ainda que a coisa perecer por caso fortuito 
ou força maior. O consignante entrega a coisa ao consignatário e este tem a posse do bem e 
responde por ela mesmo que não tenha culpa do seu perecimento ou deterioração(artigo 535 CC), 
a única exceção é se a coisa perecer por razões de ter vi cios redibitórios, porque aqui o 
consignatário recebei a coisa com defeito oculto. A finalidade é deevitar-se fraudes ou simulações 
danosas ao direito do consignante. 
• O contrato é entre o consignante e o consignatário, o terceiro que adquire o bem não tem nenhuma 
relação estabelecida no contrato estimatório.
Consignante Consignatário Terceiro O bem quando vendido a terceiro faz 
parte de outro tipo de contrato
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• O consignante transfere apenas a posse para o consignatário,ou seja, ele continua sendo dono da 
coisa, portanto o consignatário por não é o proprietário da coisa, logo este bem não pode ser objeto 
de penhora ou sequestro pelos credores do consignatários (artigo 536 CC).
• Uma aplicação especifica da boa fé objetiva, como previsto no artigo 537 do CC, o consignatário ao 
tentar vender o bem, é muito provável que ele faça algum tipo de investimento para isso, como por 
exemplo anuncio em jornais etc, logo seria injusto se o consignante vendesse a coisa enquanto este
estivera com o consignatário.
 
3- Contrato de Empréstimo:
Conceito: Negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-
se esta a devolver a coisa emprestada ou outra de mesma espécie e quantidade. O Código Civil tipifica 
duas modalidades de contratos de empréstimo: o comodato (infungível) e o mútuo (fungível). Trata-se de 
um contrato unilateral e gratuito.
COMODATO: ou empréstimo de uso 
Artigo: 579 a 585 do Código Civil 
Conceito: Negócio jurídico unilateral e gratuito, por meio do qual uma das partes (comodante) transfere a 
outra (comodatário) a posse de um determinado bem móvel ou imóvel, com a obrigação de restituir. 
Características:
1- É um contrato unilateral, forma livre,real e gratuito;
2- Sujeitos: comodante (aquele que empresta o bem) e comodatário (aquele que recebe o bem)
3- Tem por objeto uma coisa, bem INFUNGÍVEL, ou seja, não substituível e inconsumível, o que significa 
que o comodatário tem que devolver o mesmo bem que recebeu do comodante. Pode ser coisa móvel, 
imóvel ou semovente, a única regra aqui é que seja um bem infungível. Só fique ligado: que a doutrina 
admite comodato que tenha como objeto coisa fungível por natureza, mas tornado infungível por vontade 
das partes- denominado de comodato “ad pompam vel ostentationem”. Por exemplo: Hugo irá fazer um 
churrasco em sua casa e decide pegar emprestado de seu vizinho 10 garrafas de uísque, só para “enfeitar” 
em sua casa, logo após que o churrasco acabar ele devolve as garrafas. Percebe-se então que a bebida é 
um bem fungível, mas diante as circunstancias do caso se tornou um bem infungível. 
4- O comodatário tem por obrigação cuidar da coisa como se sua fosse, não podendo usá-la senão de 
acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. Estipulado no artigo 
582 do CC, possuem logo, duas obrigações: a de fazer que é guardar e conservar a coisa, e a de não fazer 
que é: não desviar o uso da coisa. 
- Caso o comodatário não restitua o comodante, dentro do prazo estabelecido, este decairá em posse 
precária, uma modalidade da posse injusta,para a retomada do bem, em qualquer hipótese, o comodante 
poderá ingressar com ação de reintegração de posse, o comodatário ficará em mora, neste caso o 
comodante estabelecerá um valor que deverá ser pago sob o emprestemo da coisa alugada, porém caso 
este valor seja excessivo o juiz poderá corrigir. (Enunciado 180 CFJ)
5- Fundamentado no artigo 583 do CC, diz que: “Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com 
outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo
dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior”, ou seja, se estiver em uma 
Terceiro e consignante não 
tem quaisquer relação 
CONTRATOS EM ESPÉCIES- MATÉRIA DA AV.2
situação de risco o comodatário deverá salvar a coisa do comodante e não a coisa própria, mesmo se a 
situação decorrer de caso fortuito ou força maior. 
6- Prazo: poderá ser um prazo determinado, em que as partes estabelecem prazo certo. Se não houver 
prazo definido presume-se que a coisa foi emprestada pelo prazo razoavelmente necessário para que o 
comodatário atinja a finalidade pretendida com o empréstimo, neste caso o comandante deverá,depois do 
uso necessário, notificar o comodatário estabelecendo o prazo. De qualquer maneira o comodante é 
obrigado a respeitar o prazo do comodato, ele não poderá pedir a coisa de volta antes do prazo, salvo em 
caso de urgência (artigo 581 do CC)
7- Se o comodatário tiver alguma despesa com o uso da coisa ele não pode pedir a restituição do 
comodante, por determinação legal exemplo artigo 584 do CC. Exemplo: João empresta o carro para Luana,
esta usa o carro e enche o tanque de gasolina gastando cem reais, ao devolver o carro a João, Luana cobra
esses R$100,00 que gastou: ISSO NÃO PODE OCORRER!! Mas o comodatário vai poder cobrar ao 
comodante as despesas não relacionados a fruição do bem, exemplo as despesas extraordinárias e 
necessárias feitas em casa de urgência. O comodatário poderá, ainda, reter a coisa emprestada até receber
o pagamento dessas despesas, por ser possuidor de boa-fé.
8- Os tutores, curadores em geral todos os administradores de bens alheios não poderá emprestar a coisa 
sem antes prévia autorização judicial (inclusive sendo ouvido o MP) ou especial,
9- Se duas ou mais pessoas forem comodatárias haverá a solidariedade nas responsabilidades para com o 
comodante. (artigo 585 CC)
MÚTUO: Ou empréstimo de consumo 
Artigos: 586 a 592 do Código Civil.
Conceito: O mútuo é o empréstimo de coisas FUNGÍVEIS. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o 
que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. (Artigo 586 CC)
Características: 
1- Partes: Mutuante (dono que empresta a coisa fungível) e o mutuário (aquele que recebe a coisa 
emprestada e tem a obrigação de devolver outra do mesmo gênero, qualidade e quantidade).
2- Neste caso o mutuante não transmite apenas a posse do bem, mas sim a propriedade visto que uma vez 
que o mutuário recebe o bem fungível ele irá gozar, usar, fruir daquele e não devolverá o mesmo bem em 
que lhe foi enregue, mas sim outro bem do mesmo gênero, quantidade e qualidade. Como o mutuário 
recebe a propriedade da coisa, é ele que responde pelos riscos, se a coisa perecer ou se deteriorar em 
quanto estiver em sua posse é ele quem sofre o prejuízo e continua sendo obrigado a devolver a coisa do 
mesmo gênero{…} Art. 587 CC.
3- O ideal é que as partes estabeleçam prazo no contrato mútuo, mas caso não há um estipulado o código 
cria algumas regras supletivas elencadas no artigo 592, que diz: não se tendo convencionado 
expressamente, o prazo do mútuo será:
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como para 
semeadura;
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro; 
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.
4- Uma regra importante: empréstimo ao incapaz, ao emprestar coisa fungível ao menor, mesmo que ele 
apresente fiadores, mas o contrato for celebrado sem participação do representante legal do menor ou 
daquele que tiver sua guarda, o mutuante não poderá cobrar a devolução nem do menor, nem dos fiadores 
do menor. O negócio é ineficaz, não pode ser exigida judicialmente (ARTIGO 585), porém essa regra tem 
algumas exceções disposta no artigo 586 
CONTRATOS EM ESPÉCIES- MATÉRIA DA AV.2
5- Imagine que tenha emprestado a um amigo R$10.000,00 e ele o devolverá essa quantia num prazo de 6 
meses, porém logo em seguida seu amigo ficou desempregado, pra evitar que você tenha prejuízo o artigo 
590 do CC, autoriza que o mutuante exija uma garantia que pode ser real ou pessoal. Se o mutuante não 
der essa garantia, ocorrerá o vencimento antecipado da dívida. Este artigo caberá somente a empréstimo 
relacionado a R$. 
6- O mútuo pode ser ONEROSO, chamado também de mútuo feneratício ou ainda Mútuo destinado a a fins 
econômicos. É basicamente o empréstimo de dinheiro com a incidência de juros remuneratórios. O mutuário
terá que devolver ao mutuante o valor que lhe foi emprestado mais os juros relativos a duração do 
empréstimo, veja que a taxa de juros não pode ser arbitrária. (Artigo 591) a taxa de juros no mútuo oneroso 
não pode passar de 1% ao mês, mas fique atento que esse limite não se aplica em instituições bancárias, 
os bancos são livres para estipularema taxa de juros que quiserem, desde que não exceda a média do 
mercado. 
4- Contrato de depósito:
Conceito: Consiste no negócio jurídico por meio do qual uma pessoa, chamada depositário, recebe de 
outrem, o depositante, bem móvel para ser guardado até o momento aprazado, ou até que o depositante o 
reclame. Por outras palavras, pelo contrato de depósito, o depositante transfere a posse do bem para o 
depositário, o qual assume os deveres de custódia, guarda e conservação, devendo praticar atos de 
conservação da coisa. Artigo 627 do CC. é um contrato baseado na confiança e boa-fé objetiva.
Exemplos: seu vizinho vai viajar e pede para você ligar o carro dele toda semana para não arriar a bateria, 
ou deixa com você a chave do apartamento para molhar as plantas; outro ex: você vai viajar e deixa seu 
cachorro no veterinário; mais um ex: deixar a bagagem nos maleiros do aeroporto enquanto aguarda o vôo, 
etc. Também se considera depósito o carro que deixamos estacionado no shopping/supermercado enquanto
fazemos compras
Previsão Legal: Artigo 627 a 652 do CC
Características do depósito: é contrato unilateral e gratuito (ex: favor de amigo, como o depósito do vizinho 
que pede para ligar o carro/molhar as plantas), ou bilateral e oneroso (depósito de carro no shopping, do 
cachorro no veterinário, da bagagem no aeroporto, 628) é real (só se perfaz com a entrega da coisa), 
personalíssimo(confia-se no depositário), instantâneo (pode durar minutos enquanto fazemos compras) ou 
duradouro(pode durar anos como na alienação fiduciária), solene (o depósito exige forma escrita, 646) ou 
informal (a doutrina admite prova do depósito por testemunhas ou pelo ticket do estacionamento).
Características: 
1- Partes: constituem-se do depositante (proprietário ou detentor da posse da coisa) e o depositário (a 
pessoa a quem se transfere a coisa para a guarda): incumbe guardar, conservar e devolver a coisa 
depositada 
- No art. 629 CC, diz que o depositário deverá devolver ao depositante o bem que lhe pertence e restitui ló 
com todos os frutos e acrescidos, exemplo clássico: A cadela deixada no veterinário deu cria durante o 
depósito.
2- O regular deste contrato é se tratando de coisa infungível, porém pode ocorrer de a coisa ser um bem 
fungível (irregular), sendo assim o depositário deverá devolver a coisa ao depositante de mesmo gênero, 
quantidade e qualidade (artigo 645); 
- Import.: poderá o depósito ter por objeto bens fungíveis e consumíveis? A resposta é afirmativa. Trata-se 
do denominado depósito irregular, que tem como exemplo mais comum e difundido, o depósito de dinheiro 
(bancário). (Art. 645 CC)
3- O contrato de depósito em regra é unilateral e gratuito, porém cabe as suas exceções quando se tratar de
um contrato bilateral e oneroso, se for resultante de atividade negocial ou se o depositário o praticar por 
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profissão. Se o depósito for oneroso e a retribuição do depositário não constar de lei,nem resultar de ajuste,
será determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento (Artigo 628 do CC) 
4- Não se confunde com o contrato de comodatário! 
5- O contrato de depósitos podem ser de acordo com a manifestação da vontade: voluntário ou contratual 
627 a 646 do CC (resulta da vontade das partes); necessário artigos 647 a 652 do CC(ou obrigatório). O 
necessário subdivide-se, ainda, em: legal: resulta da lei ou o miserável: resulta de uma calamidade pública.
Questões:
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/d6a5eb91-1e (contrato permuta)
https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=394 (contrato estimatório)
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes/4d2bd1ac-d5
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes/4d2bd1ac-d5
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/d6a5eb91-1e
https://www.jurisway.org.br/provasOAB/oab2afase.asp?id_questao=394

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