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1. INTRODUÇÃO As folhas dos vegetais contêm vários pigmentos, em particular: clorofilas, xantofilas e carotenos. Como apresentam estruturas diferentes, diferem em suas características de solubilidade e, portanto, podem ser extraídos, simultaneamente, por uma mistura de solventes e posteriormente separados entre si mediante a utilização de solventes seletivos. As clorofilas são os pigmentos naturais mais abundantes nas plantas e ocorrem nos cloroplastos das folhas e em outros tecidos vegetais. Possuem vários benefícios à saúde, pois são ricas em antioxidantes, ajudam na circulação sanguínea, no controle da diabetes, regulam o intestino e têm ação antibacteriana (DELGADO-VARGAS et al., 2000; ALKEMA et al., 1982; VON ELBE, 2000). Os pigmentos fotossintéticos e a sua abundância variam de acordo com a espécie. A clorofila a está presente em todos os organismos que realizam fotossíntese oxigênica. Ela é o pigmento responsável por realizar o primeiro estágio do processo fotossintético, enquanto que os demais auxiliam na absorção de luz e na transferência da energia radiante (pigmentos acessórios). Os principais pigmentos acessórios incluem outros tipos de clorofilas: clorofila b, presente em vegetais superiores, algas verdes e algumas bactérias; clorofila c, em feófitas e diatomáceas; e clorofila d, em algas vermelhas (TAIZ et al., 2004). Os pigmentos amarelos (carotenóides) são raras vezes visíveis, exceto naquelas folhas em que a clorofila não se desenvolve ou foi destruída devido à senescência ou outras alterações fisiológicas das folhas. As plantas de milho que se desenvolvem no escuro a partir de sementes, por exemplo, não sintetizam clorofila e apresentam geralmente uma coloração amarelada devido a presença de pigmentos amarelos. Parece que todos estes pigmentos existem apenas nos gramados cloroplastídeos. As clorofilas e os carotenóides são muitas vezes designados pigmentos dos cloroplastídeos. Os compostos químicos mais importantes na conversão da energia luminosa em energia química são os pigmentos que se encontram nos cloroplastos das plantas. É por intermédio deles que a luz inicia o processo da fotossíntese. As clorofilas são os pigmentos fotossínteticos mais importantes das plantas. As clorofilas a e b são as mais conhecidas e as mais abundantes e se encontram em todos os organismos autotróficos, exceto nas bactérias pigmentadas. A diferença entre a clorofila a e b se encontra no átomo C3. A clorofila a tem um grupo metil unido a este carbono e na clorofila b encontra-se um grupo aldeído. Suas proporções são geralmente de 3a:1b. A fórmula molecular da clorofila é C55H-2O5N4MG. Os carotenóides constituídos exclusivamente por C-H chamam-se carotenos e aqueles que contêm oxigênio são as xantofilas. As xantofilas são mais abundantes na natureza que os carotenos e podem chegar a uma proporção de 2:1. As principais xantofilas encontradas nas folhas verdes são: luteína (a caroteno), violanxantina, zeaxantina (b caroteno). Além das clorofilas e carotenóides, que são lipossolúveis, as plantas possuem outros pigmentos, que são hidrossolúveis (solúveis em água). Os flavonóides, sendo as antocianinas os mais conhecidos, encontram-se dissolvidos no suco celular, no interior do vacúolo, tanto de raízes, como de flores e frutos, conferindo a estes suas cores características. O acúmulo de antocianinas é estimulado por altos níveis de luz, por deficiência de certos nutrientes como N, P, S, etc, e por baixas temperaturas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Antocianina 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Extração da clorofila, da xantofila e dos carotenos das folhas do espinafre, através do método líquido–líquido. 2.2. Objetivos Específicos Realizar purificação de produtos e reagentes; Ensinar as técnicas necessárias para um estudante pode trabalhar com compostos orgânicos; Aprender a manusear os equipamentos básicos para uma pesquisa laboratorial; Conhecer as técnicas para sintetizar, separar e purificar compostos orgânicos. 3. METODOLOGIA Triturou-se aproximadamente 8 folhas de espinafre em um almoxafariz e transferiu-se para um erlenmeyer de 125 mL com o auxílio de uma mistura de 45 mL de éter de petróleo, 5 mL de éter etílico e 15 mL de metanol, previamente preparada, deixar em repouso por 15 minutos e em seguida filtrar lavando-se o resíduo com um pouco da mistura extratora. Transferir o filtrado para um funil de separação e lavar com água e deixar em repouso para que haja separação. Retira-se 10 mL da solução do extrato e adiciona-se 5 mL de uma solução a 10% de hidróxido de potássio em metanol previamente preparada, e observar a formação de uma camada escura, em seguida adiciona-se 10 mL de água e agitar a mistura e anotar as cores da camada metanol-água, separar a camada orgânica superior e lavar com 10 mL de água e em seguida com 10 mL de uma solução saturada de cloreto de sódio. Depois extrair a xantofila, adicionando à fase orgânica com um volume igual de metanol a 92%. Separar a fase metanólica e repetir uma vez mais a extração com metanol a 92%. Na fase orgânica precipitam os carotenos. Observar as cores de cada um dos extratos. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Por meio do método de extração líquido - líquido, que consiste na separação da fase orgânica e fase aquosa de uma solução, sendo essas, duas fases imiscíveis. A extração depende da afinidade do soluto pelo solvente utilizado para extração, da razão das fases e do número de extrações (QUEIROZ, 2001). Inicialmente foi feita a extração com a mistura de éter etílico, éter de petróleo e metanol, onde a clorofila foi retirada de dentro dos cloroplastos, pela maceração e adição do solvente orgânico, no entanto esse método não é muito recomendado, pois a clorofila possui ligações fracas entre si, rompendo-se com facilidade. Os solventes orgânicos polares possuem maior caráter de extração da clorofila (STREIT, 2005), isso se dá, pois, a maior porção da molécula de clorofila é polar. Com o filtrado no funil de separação, observa-se a formação de duas fases sendo a primeira apolar de cor verde escura e a segunda polar de cor amarela onde nela encontramos os carotenos. Em um momento do experimento, onde foi adicionado 5 mL de solução a 10% de hidróxido de potássio formou-se uma camada escura que fica melhor visível com a adição de 10 mL de água, isso se deve pela saponificação da clorofila, que ocorre de vido o contato da parte apolar da molécula da clorofila, o fitol, com a solução alcalina do hidróxido de potássio. Com o que sobrou da primeira fase foi adicionado 10 mL de água e 10 mL de cloreto de sódio e faz-se a extração de xantofila adicionando 20 mL de metanol 92%, como não houve separação não foi possível fazer uma segunda lavagem. Provas coloridas Xantonila: ao adicionar 2 mL de ácido clorídrico em 4 mL da solução metanólica, observa-se a mudança de cor de verde para azulado e não chega a incolor. Carotenos: foi extraído 2 mL do extrato e adicionado 2 mL do éter de petróleo a uma mistura de 3 mL do ácido sulfúrico e 0,1g de nitrito de sódio e pode ser observado a mudança de cor para amarelo claro. 5. CONCLUSÕES A separação dos pigmentos clorofilados e carotenóides se devem a sua composição química, sendo estes polares ou apolares. O experimento possibilitou a extração da clorofila, da xantofila e carotenos das folhas do espinafre, através do método líquido–líquido, baseado na separação de fases imiscíveis presentes na amostra. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PINHEIRO, AMANDA NEGREIROS. A Química dos Pigmentos. Disponivel em: < http://gpquae.iqm.unicamp.br/textos/T10.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2020. SILVA, A. R. D; SILVA, A. R. D; OLIVEIRA, J. M. D; SILVA, L. M. D; RIBEIROS, N. R; MEIRA, R. R. Extração de pigmentosfotossintéticos em folhas das espécies de café (coffea arábica), acálifa (acalypha hispida) e urucm (bixa orellana) por meio de cromatografia em papel. Disponível em: <http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio8/34.pdf. > Acesso em: 04 abr. 2020. SIMIONI, A. R; TEIXEIRA, D. P; COUCEIRO, G. C; CARVALHO, J. A; JUNIOR, M. B; SANTOS, P. M. D; BUSTAMANTE, Y. B. Extração e Quantificação da Clorofilas a e b nas folhas da Xanthosoma sagittifolium. Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0524_0720_01. pdf.>. Acesso em: 04 abr. 2020. OLIVEIRA, Luiz Edson Mota de. Pigmentos Vegetais: Separação e Identificação dos Pigmentos dos Cloroplastídeos por Cromatografia de Papel. Disponível em: <http://www.ledson.ufla.br/praticas-laboratoriais-em- fisiologia-vegetal/pigmentos/>. Acesso em: 04 abr. 2020. http://gpquae.iqm.unicamp.br/textos/T10.pdf http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio8/34.pdf http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0524_0720_01.pdf http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0524_0720_01.pdf http://www.ledson.ufla.br/ http://www.ledson.ufla.br/praticas-laboratoriais-em-fisiologia-vegetal/pigmentos/ http://www.ledson.ufla.br/praticas-laboratoriais-em-fisiologia-vegetal/pigmentos/
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