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Atividade_-_Resposta_Alzheimer e Esquizofrenia

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Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
Departamento de Farmácia
Disciplina: Atenção Farmacêutica
Acadêmicos: Maria De Fatima D. Cardoso Reghin, Thiago Cardoso Reghin
Professora: Sarah Vignoto Vry
Saúde Mental
MÓDULO SAÚDE MENTAL (DOENÇA DE ALZHEIMER E ESQUIZOFRENIA)
VERDADEIRO OU FALSO, SE FALSO, JUSTIFICAR:
Sobre a Doença de Alzheimer:
1)( V )  Estima-se que 40 milhões de pessoas no mundo, a maioria com mais de 60 anos, têm demência, sendo a doença de Alzheimer (DA) o tipo mais prevalente. O principal mecanismo fisiopatológico da DA é o acúmulo do peptídio β-amiloide e proteína tau devido à falha de depuração destas substâncias no interstício cerebral.
R: A Doença de Alzheimer é caracterizada por uma série de alterações neuropatológicas que incluem: atrofia cerebral, placas cerebrais senis que contêm depósitos extracelulares de peptídeo β-amiloide, emaranhados neurofibrilares intracelulares que contêm proteína tau hiperfosforilada e perda de células neurais.
2)( V ) A DA é uma doença neurodegenerativa.
R: A Doença de Alzheimer (DA), caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos.
3)( F ) O processo de perda neuronal na DA é reversível e tratável.
R: Infelizmente ainda não existe cura para a Doença de Alzheimer, e o processo de perda neuronal é irreversível. O processo de tratamento é diminuir a evolução da doença. 
4)( V )  A DA surge dentre tantos fatores pelos erros nos dobramentos proteicos, chamados Misfolding.
R: Na doença de Alzheimer, a Abeta com problema de dobramento é depositada principalmente nas chamadas placas amilóides, enquanto na Angiopatia Beta-amilóide Cerebral a proteína Abeta gruda nas paredes dos vasos sanguíneos, interferindo com a sua função e, em alguns casos, fazendo com que se rompam, causando hemorragia intra-cerebral. Em medicina, proteopatia designa uma classe de doenças na qual determinadas proteínas se tornam estruturalmente anormais, interferindo assim com a função das células, tecidos e órgãos do organismo.[1][2] Muitas vezes as proteínas não se enovelam na sua configuração normal, podendo neste caso tornar-se de alguma forma tóxicas ou perder as suas funções normais.[3] Entre as proteopatias mais comuns estão a doença de Alzheimer, doença de Parkinson, diabetes mellitus tipo 2, amiloidose, para além de um vasto conjunto de outros transtornos.
5)( F )  A DA surge em sua maioria em pacientes adolescentes.
R: A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
6)( V )  O comprometimento nas sinapses é uma justificativa para o colapso na memória.
R: A doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por perda de sinapses, que são as conexões entre neurônios no cérebro,  e progressivo declínio de funções cognitivas, dentre as quais a perda de memória.
7)( F )  No curso da doença, cérebro não sofre alterações no seu tamanho.
R: A Doença do Alzheimer faz com que regiões do cérebro sofram atrofias durante a evolução do curso da patologia, podendo ser detectada as alterações no tamanho com o exame de imagem de ressonância magnética volumétrica. 
8)( V )  Atualmente a etiologia é desconhecida, apesar de a ciência considerar algumas hipóteses.
R: Parece claro que a doença de Alzheimer (DA) não tem uma única causa, sendo provavelmente decorrente de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, mas sem uma etiologia definida.
9)( F ) No estágio avançado, a pessoa parece confusa e esquecida, as palavras e pensamentos são inacabados e esquecem fatos recentes;
R: No estágio inicial a pessoa com a doença de Alzheimer parece um pouco confusa e esquecida. Ela pode não encontrar palavras para se comunicar direito, pode deixar pensamentos inacabados, pode esquecer com frequência fatos e conversas recentes.
10)( V ) Existem tratamentos que focam nas hipóteses colinérgica e glutamatérgica, tais como: memantina e donepezila, respectivamente.
R: “Quando o glutamato alcança os receptores do tipo NMDA nas células de superfície, o cálcio flui livremente para dentro da célula, o que pode levar à degeneração celular. A memantina tem a capacidade de evitar esta sequência destrutiva. Por muitos anos, a memantina esteve disponível em alguns países europeus, e está disponível nos EUA desde outubro de 2003.” “Existem hoje quatro medicamentos pertencentes a esta classe, aprovados pela Administração Federal de Alimentos e Medicamentos americana (FDA - do inglês, Food and Drug Administration ): tacrina, donepezila, rivastigmina e galantamina. Esses tratamentos foram liberados para sintomas leves a moderados de DA e, dentre eles, somente a donepezila foi aprovada para o tratamento de sintomas severos, em 2006.” 
Sobre a Esquizofrenia
1)( V ) A esquizofrenia é um transtorno psicótico, ou seja, um distúrbio no qual a pessoa perde sua conexão com a realidade, seja na forma de alterações em pensamentos, percepções ou no seu comportamento visível.
R: A esquizofrenia, ou distúrbio da mente dividida, é marcada por surtos em que o mundo real acaba substituído por delírios e alucinações. Geralmente a esquizofrenia se inicia com uma simples apatia no final da adolescência e no começo da vida adulta, na faixa dos 18 aos 30 anos. Aos poucos, o indivíduo abandona as atividades rotineiras e se isola. Suas reações ficam estranhas e desajustadas – ele não esboça os sentimentos esperados diante de fatos tristes ou felizes, perdendo a sua conexão com a realidade, seja na forma de alterações em pensamentos, percepções.
2)( V ) As causas são pouco claras, mas se acredita que tenha relação com o código genético predisponente mais exposição ambiental.
R: As causas da esquizofrenia são ainda desconhecidas. Porém, há consenso em atribuir a desorganização da personalidade, verificada na esquizofrenia, à interação de variáveis culturais, psicológicas e biológicas, entre as quais código genético predisponente, exposição ambiental, tendência hereditária forte, porém incomplete.
3)( F )  A doença usualmente aparece durante a velhice.
R: A esquizofrenia é uma doença mental crônica e incapacitante, que geralmente se manifesta na adolescência ou início da idade adulta, entre 20 e 30 anos de idade. Sua frequência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas.
4)( V ) Existe o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) - ficam de portas abertas por 24h para acolher os pacientes, possuem veículo para buscar pacientes em situação de crise; é um local de referência para tratar doentes mentais; em casos mais graves o farmacêutico pode dispensar medicamentos para 30 dias.
R: Uma excelente estrutura que o SUS proporciona.
5)( V ) O consumo de Cannabis fumada (maconha) pode levar ao desenvolvimento/ agravamento da doença.
R: Diversas evidências sugerem que o consumo de cannabis de alta potência (mais de 10% de THC) é fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicóticos como a esquizofrenia, além de estar mais relacionado com dependência e déficits cognitivos e educacionais. Os usuários frequentes de cannabis de alta potência têm um risco 5 vezes maior de desenvolver transtornos psicóticos comparado com não usuários. Em pacientes já diagnosticados com esquizofrenia, o consumo pode piorar os sintomas da doença.
6)( V ) É uma doença neurodegenerativa.
R: O diagnóstico das doenças mentais como a esquizofrenia, é difícil e discutível. Como a patologia só pode ser confirmada a partir do exame do cérebro pós-morte, os profissionais de saúde mental dependem da avaliação psicológica e sintomática para diagnosticar os pacientes. Os estudos de microRNAs (miRNAs) têm sido amplamente utilizados nos estudos de distúrbios das doenças neurodegenerativas e psiquiátricas, incluindo esquizofrenia.
7)( V ) Os sintomas positivos incluem delírios, alucinações, catatonia, já os negativos, afastamento social, anedonia, relutância emrealizar atividades da rotina.
R: Sim os sintomas são estes para a caracterização clínica da doença Esquizofrenia.
8)( V )  A hipótese mais aceita da doença, é a dopaminérgica; e os principais neurotransmissores envolvidos são a dopamina e o glutamato.
R: A hipótese dopaminérgica é a mais citada como associada aos sintomas de esquizofrenia. A dopamina é um neurotransmissor central liberado em vesículas nas sinapses do Sistema Nervoso Central; na esquizofrenia, estariam envolvidos os sistemas mesolímbico e mesocortical. A teoria dopaminérgica baseia-se no fato de que a mediação antipsicótica bloqueia os receptores pós-sinápticos da dopamina do subtipo D2, ocorrendo com isso melhora da sintomatologia. Por outro lado, a administração de agonistas da dopamina piora a sintomatologia da esquizofrenia. Com o surgimento dos antipsicóticos “de segunda geração” (atípicos), que têm um perfil mais amplo, além do bloqueio dos receptores da dopamina, há o bloqueio dos receptores da serotonina do tipo 2 (5-HT2), sugerindo um papel para a serotonina na fisiopatologia da esquizofrenia. Outro neurotransmissor, o glutamato, também está relacionado ao desenvolvimento da esquizofrenia. Segundo a hipótese glutamatérgica, quantidades excessivas desse neurotransmissor são liberadas e exercem um efeito neurotóxico que desencadeia os sintomas da esquizofrenia.
9)( V )  Boa parte dos medicamentos utilizados na doença fazem parte do componente especializado da assistência farmacêutica, como a quetiapina e a olanzapina.
R: Caso haja intolerância a clozapina por agranulocitose, após sua indicação por refratariedade, a troca poderá ser por olanzapina, quetiapina, risperidona ou ziprasidona, preferencialmente as que não foram utilizadas nos dois tratamentos iniciais, todos medicamentos que fazem parte do componente especializado da assistência farmacêutica. Segundo Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas de Esquizofrenia.
10)( F )  haloperidol, carbamazepina, biperideno, clorpromazina - são antipsicóticos utilizados para tratar esquizofrenia além do transtorno afetivo bipolar.
R: (Antipsicóticos) de primeira geração: Clorpromazina, Haloperidol. 
Já cloridrato de biperideno é indicado para síndrome parkinsoniana, especialmente para controlar sintomas de rigidez e tremor, (anticolinérgico de ação central).
Carbamazepina (anticonvulsivante) é indicada para o tratamento de crises convulsivas, doenças neurológicas como a neuralgia do trigêmeo e para o tratamento do humor bipolar e da depressão, em adultos e crianças.

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