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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Programa de Pós-Graduação “Lato Sensu” Especialização em Nutrição Clínica
CARINA ALMEIDA PINA
JOANA PAULA DAMASCENO
CARACTERIZAÇÃO DAS DIETAS DE BAIXO CARBOIDRATRO
Piracicaba/SP
2017
CARINA ALMEIDA PINA
JOANA PAULA DAMASCENO
CARACTERIZAÇÃO DAS DIETAS DE BAIXO CARBOIDRATRO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para a obtenção do Diploma de Especialista em Nutrição Clínica pelo Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Metodista de Piracicaba.
Orientadora: Nailza Maestá
Piracicaba/SP
2017
CARINA ALMEIDA PINA
JOANA PAULA DAMASCENO
CARACTERIZAÇÃO DAS DIETAS DE BAIXO CARBOIDRATRO
Comissão julgadora do TCC para aprovação no Programa de Pós-Graduação “Lato Sensu” Especialização em Nutrição Clínica
da Universidade Metodista de Piracicaba
______________________________
Examinador(a)
______________________________
Orientador(a)
Piracicaba, _______/________/2017
CARACTERIZAÇÃO DAS DIETAS DE BAIXO CARBOIDRATRO
CARINA ALMEIDA PINA1
JOANA PAULA DAMASCENO1
NAILZA MAESTÁ2
1Aluno(a) do Programa de Pós-Graduação “Lato Sensu” Especialização em Nutrição Clínica da UNIMEP
2Docente do Programa de Pós-Graduação “Lato Sensu” Especialização em Nutrição Clínica UNIMEP
Revista para publicação: 
Endereço para correspondência:
Universidade Metodista de Piracicaba 
Faculdade de Ciências da Saúde 
Curso de Nutrição 
Rodovia do Açúcar, Km 156 
Piracicaba – SP 
CEP 13 400 – 901
Fone: (19) 31241503
E-mail: 
CARACTERIZAÇÃO DAS DIETAS DE BAIXO CARBOIDRATO
DESCRIPTION OF LOW CARBOHYDRATE DIETS 
RESUMO 
Objetivo
Conhecer as características dessa dieta, sua efetividade no controle de peso, bem como sua aplicação para melhora de vários marcadores metabólicos envolvidos no excesso de peso, suas complicações e pode ajudar muitos profissionais de saúde na hora de orientar e prescrever tal conduta em sua pratica clínica para possíveis pacientes que melhor responderiam a esta intervenção nutricional.
Metodologia
Trata-se de uma revisão da literatura científica de diversos periódicos científicos nacionais e internacionais.
Resultados
 A mudança do estilo de vida, adequados a uma dieta de baixo carboidrato é eficiente para melhorar a obesidade e o diabetes tipo 2, e por fim estabelecer um papel importante como uma reversão aos mesmos.
Conclusão
Após a revisão concluiu-se que a dieta de baixo carboidrato em curto prazo é eficaz na perda de peso, é eficaz em alguns parâmetros bioquímicos, mas precisa-se de mais estudos em longo prazo para avaliar se tais benefícios irão persistir ao longo dos anos.
Palavras-chave: dieta, carboidrato, low carb
 ABSTRACT
Objective
To know the characteristics of this diet, its effectiveness in weight control, as well as its application to improve several metabolic markers involved in overweight, its complications and can help many health professionals in guiding and prescribing such behavior in their clinical practice for possible patients who would respond better to this nutritional intervention.
Methodology
It is a review of the scientific literature of several national and international scientific journals.
Results
Lifestyle change, suited to a low-carbohydrate diet is effective in improving obesity and type 2 diabetes, and ultimately establishing an important role as a reversal to them.
Conclusion
After the review it was concluded that the short-term low-carbohydrate diet is effective in weight loss, it is effective in some biochemical parameters, but further studies are needed in the long run to assess whether such benefits will persist over the years.
Keywords: Diet, carbohydrate, low carb.
1. Introdução 
A preocupação com o crescente estado nutricional de pessoas com excesso de peso e/ou obesas no mundo todo é uma realidade, pois inúmeras são as pesquisas cientificas que relacionam tal condição nutricional como um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma série de doenças crônicas não transmissíveis. No cenário mundial, a obesidade já é apontada como um dos maiores problemas de saúde pública e tem sua projeção para 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e, mais de 700 milhões obesos (ABESO). 
A obesidade pode ser definida como o excesso de gordura corporal ou o acumulo de gordura corporal e tem seu diagnostico baseado principalmente no uso do Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona em sua equação dados de massa corporal e altura dos indivíduos de ambos os sexos. Resultados de IMC maiores que 25 kg/m2 são classificados como indivíduos portadores de sobrepeso e maiores ou iguais a 30 kg/m2 obesos, sendo estes ainda subdivididos em diferentes graus de obesidade, a depender de quanto mais alto for esse valor.
No Brasil, os números estatísticos da população com sobrepeso vêm crescendo cada vez mais. Segundo dados do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, o excesso de peso aumenta com a idade, e de modo mais rápido para os homens, que na faixa etária de 25 a 29 anos chega a 50,4%. Contudo, nas mulheres, a partir da faixa etária de 35 a 44 anos a prevalência do excesso de peso (63,6%) ultrapassa a dos homens (62,3%), chegando a mais de 70,0% na faixa de 55 a 64 anos. 
Já a obesidade, um em cada cinco brasileiros de 18 anos ou mais (20,8%) estão obesos, sendo que o percentual é mais alto entre as mulheres (24,4% contra 16,8% dos homens). Além disso, o acúmulo de gordura abdominal também foi mais frequente no sexo feminino, atingindo 52,1% das mulheres e 21,8% dos homens. Tais resultados demonstram a urgência de se pensar políticas públicas adequadas à prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade, considerando suas inúmeras consequências para a saúde comprometendo a qualidade de vida dos afetados (PEREIRA, FRANSISCHI, LANCHA, 2003).
Diante do cenário apresentado, a vária estratégia de intervenção nutricional tem sido propostas por diversos autores para a prevenção e tratamento da obesidade (ALMEIDA, RODRIGUES, SILVA, AZEVEDO, 2009) e dentre elas encontra-se as dietas restritas em carboidratos que vem se destacando como os mais populares atualmente (RAPOSO, BASSO, BERNARDI, 2006), no entanto, ainda não é estabelecida a composição ideal de macronutrientes da dieta para a perda e manutenção de peso, sendo a influência da composição da dieta no tratamento da obesidade bastante discutível (BORGES, BORGES, SANTOS, 2006). 
Ainda assim, várias pesquisas têm demonstrado resultados positivos da utilização da dieta restrita em carboidratos em vários marcadores da síndrome metabólica e diabetes, além da perda de peso em curto prazo, o que tem atraído muitos adeptos a essa dieta. Portanto, o objetivo do estudo é conhecer as características dessa dieta, sua efetividade no controle de peso, bem como sua aplicação para melhora de vários marcadores metabólicos envolvidos no excesso de peso, suas complicações e pode ajudar muitos profissionais de saúde na hora de orientar e prescrever tal conduta em sua pratica clínica para possíveis pacientes que melhor responderiam a esta intervenção nutricional. 
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão da literatura científica de diversos periódicos científicos nacionais e internacionais, nos bancos de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PUBMED (Public Medline) e Google Acadêmico, que permitem o acesso a artigos publicados em periódicos de alta qualidade. As seguintes palavras chave utilizadas foram: Carbohydrate; Low-Carbohydrate; Weight loss; Dieta; Diabetes; Glicemia
3. DISCUSSÃO
3.1. REFERENCIAL TEÓRICO
Dietas low carb e perda de peso
Podemos mencionar a dieta do Dr. Atkins, uma das mais famosas e populares dietas que tem como principal proposta a redução na ingestão de carboidratos como forma preventiva para a obesidade e varias doenças. As mulheres com excesso de peso são as que mais buscam esse tipo de dieta (Feinnan et al, 2007). Segundo um estudo publicado em 2006 sobre um grupo online de suporte para dietas low carb com mais de 86 mil membros, mais de 1400 pessoasperderam mais de 30kg e mantiveram essa perda por mais de 1 ano com métodos low carb. Em termos de alimentos consumidos, a percepção de mais da metade dos entrevistados foi que eles comeram menos do que antes da dieta e que as fontes de alto teor proteico e alto teor de gordura substituíram carboidratos até certo ponto, a grande mudança indicada pelos pesquisadores é um grande aumento Vegetais verdes e uma grande diminuição na ingestão de frutas.
É que se torna possível identificar uma dieta que é usada por muitas pessoas onde o princípio principal é a substituição de amido e alimentos contendo açúcar com vegetais não amiláceos, com pouca adição de gordura ou proteína.
Consideramos que atualmente a obesidade já é conhecida como um problema de saúde pública, pois se atribui ao fato de que com o acúmulo significativo do ganho de peso corporal, surgem inúmeras patologias, podendo de forma progressiva causar comprometimento a qualidade de vida dos indivíduos, como por exemplo, o diabetes, a hipertensão artérias, dislipidemia, resistência a insulina entre outras.
Tomando em conta, no que se refere a uma dieta baixa em carboidratos para os pacientes com diabetes mellitus tipo 2, por exemplo, os estudos mostram que, apresentam um conteúdo dietético absorvido principalmente na forma de triglicerídeos e proteínas, fazendo com que um dos principais fatores como o da absorção da glicose seja satisfatório para pacientes que apresentem a doença.
Alguns também mostraram que em pacientes submetidos a uma dieta de baixo carboidrato, foi possível notar que, houve redução ou até mesmo eliminação da medicação. Portanto a mudança do estilo de vida, adequados a uma dieta de baixo carboidrato é eficiente para melhorar a obesidade e o diabetes tipo 2, e por fim estabelecer um papel importante como uma reversão aos mesmos. (WESTMAN et al, 2008)
4. REFERÊNCIAS 
ABESO – Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – Quase 60% dos brasileiros estão acima do peso, revela IBGE.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Pense 2009: 23,2% dos estudantes pesquisados estão acima do peso adequado.
PEREIRA, FRANSISCHI, LANCHA, 2003 – Obesidade: Hábitos Nutricionais, Sedentarismo e Resistência à Insulina. 
ALMEIDA, RODRIGUES, SILVA, AZEVEDO, 2009 – Revisão sistemática de dietas de emagrecimento: papel dos componentes dietéticos.
RAPOSO, H, F; BASSO, L, S, de; BERNARDI, J, L, D. Restrição Alimentar de Carboidratos no Tratamento da Obesidade. Campinas-SP, 2006.
Richard D Feinman, Mary C Vernon and Eric C Westman3 – Low carbohydrate diets in family practice: what can we learn from an internet-based support group
BORGES, C, B, N; BORGES, R, M; SANTOS, J, E, dos. – Tratamento Clínico da Obesidade. Ribeirão Preto/SP, 2006.
BJ Lamont, MF Waters and S Andrikopoulos - A low-carbohydrate high-fat diet increases weight gain and does not improve glucose tolerance, insulin secretion or β-cell mass in NZO mice
CHANG, C, K; BORER, K; LIN, P, J – Low Carbohydrate – High – Fat Diet: Can it Help Exercise Performance?
WESTMAN, E, C; YANCY, JR, W, S, Y; MAVROPOULOS, M, M; MCDUFFIE, J, R – The effects of a low carbohydrate, ketogenic diet versus a low glycemic idex diet on glycemic control in type 2 diabetes mellitus. 
GÖKSEN, D; ALTINOK, Y, A; ÖZEN, S; DEMIR, G; DARCAN, S - Effects of Carbohydrate Counting Method on Metabolic Control in Children with Type 1 Diabetes Mellitus.
Rodriguez OC, et al. Cell Cycle 2012 - A low-carb diet kills tumor cells with a mutant p53 tumor suppressor gene: The Atkins diet suppresses tumor growth.

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