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CIVIL IV - todos os casos de civil iv - CURTE AI

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Aula 1 
Caso Concreto: Jarbas adquiriu de Jerônimo em julho de 2012 um apartamento localizado na praia de 
Balneário Camboriu. Após cinco meses morando no imóvel Jarbas foi notificado pelo condomínio para que 
pagasse as taxas condominiais atrasadas referentes ao período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Jarbas 
contra-notificou o Condomínio afirmando que as taxas condominiais não lhe poderiam ser cobradas, uma 
vez que à época não era proprietário do imóvel. Pergunta -se: quem tem razão, o Co ndomínio ou Jarbas? 
Explique sua resposta e indique nela qual o prazo prescricional para a cobrança dessas taxas. 
Resposta: Conforme o caso Jarbas é o adquirente do imóvel (apart.) no qual responde pelos débitos do 
alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios, assim diz o art. 1.345 do CC. 
Segundo o art. 205CC. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
 
Aula 2 
Caso Concreto: João, José e Júlio são compossuidores de uma chácara indivisa localizada na Região 
Metropolitana de Curitiba. No entanto, em outubro de 2011 João, sem consultar os demais possuidores 
resolveu cercar uma fração ideal da propriedade, declarando a área como exclusivamente sua. José e Júlio 
insurgiram-se contra a turbação e solicitaram a retirada da cerca. 
a) Classifique a posse de João sobre a área cercada e explique as classificações escolhidas. 
Resposta: A posse é injusta levando-se em conta sendo os 3 copossuidores do terreno só caberia tal 
divisão de comum acordo entre todas as partes, sendo então injusta; e ainda de má-fé, já que João 
diferente do que versa o art. 1.201 do CC, que descreve um possuidor de boa fé, sabe ele no caso o vício 
de seu ato, perdendo esse caráter conforme o texto do art. 1202 do mesmo CC 
b) José e Júlio podem ser considerados compossuidores para fins de defesa da área comum pro indiviso? 
Justifique sua resposta. 
Resposta: Sim já que os 2 exercem posse indivisa a do bem, logo tanto um como o outro teriam direito de 
pleitear a defesa da área comum 
 
Aula 3 
Caso Concreto: Carla e Josefina tinham entre si um contrato de comodato verbal, pelo qual a primeira 
emprestou à segunda uma casa localizada na Rua da Paz, por prazo indeterminado. Após cinco anos de 
vigência do contrato, Josefina foi notificada para sua desocupação em trinta dias, Vencido o prazo a 
comodatária não deixou o imóvel alegando que: o comodato não aceita resilição unilateral e tem direito de 
retenção porque no imóvel construiu (antes mesmo da notificação para devolução) uma garagem e uma 
piscina para utilizar nos finais de semana e que ambos lhe geram também direito à indenização. Diante 
dessa situação pergunta-se: 
a) Pode o comodante pedir a restituição do bem concedendo prazo ao comodatário para sua desocupação? 
Explique sua resposta. 
Resposta: Art. 581 C.C – “Se o c omodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário 
para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida 
pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se 
determine pelo uso outorgado.” – O uso da coisa dada em comodato deverá ser temporário, podendo o 
prazo para a restituição ser determinado ou indeterminado, nesse caso o prazo será presumido, ou seja, 
será o tempo que for necessário pra o comodatário possa usufruir do bem para o fim que o destina. Como 
o c ontrato é por tempo indeterminado o comodante não pode solicitar a restituição bem, salvo 
necessidade imprevista e urgente reconhecida pelo juiz. 
b) Josefina tem direito à indenização e a retenção pelas obras realizadas? Justifique sua resposta. 
Resposta: Art. 1.219 C.C – “O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e 
úteis, bem c omo, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e 
úteis.” – Nesse caso haveria o direito a indenização pelas obras realizadas. 
 
Aula 4 
Caso Concreto: Lucas preparando-se para uma viagem de um mês solicitou ao seu amigo José Carlos que 
guardasse durante esse período alguns pertences seus, a fim de evitar que fossem perdidos em eventual 
furto à sua residência. Entre os pertences entregues a José Carlos estavam: um automóvel, uma bicicleta, 
um computador e um tablet. José Carlos receberá pela guarda dos bens durante o mês da viagem o 
equivalente a R$ 200,00 (duzentos reais). Enquanto Lucas estava viajando sua irmã procurou José Carlos 
exigindo que lhe entregasse o computador, pois seria seu. José Carlos afirmou ser impossível a entrega, pois 
nada tinha lhe sido comunicado por Lucas. P riscila agrediu José Carlos física e verbalmente tentando fazer 
com que lhe entregasse o computador. Pergunta-se: pode José Carlos fazer uso da autodefesa dos bens? 
Explique sua resposta. 
Resposta: Sim, de acordo com o art. 1.210, CC inciso 1º ,José Carlos poderá fazer uso da auto defesa, 
contanto que o faça logo. 
 
Aula 5 
Caso Concreto: Afirmam Eroulths Cortiano Junior e Jussara Maria Leal de Meirelles (2007, p. 27) que “a 
propriedade não é, assim, uma qualidade do homem, mas uma necessidade! Ora, se todas as coisas são 
objeto de um direito de propriedade, todas as coisas têm um proprietário. E até mesmo as eventuais 
contradições do sistema são resolvidas de maneira simples”. Pergunta-se: 
a) Se todas as coisas têm dono, como explicar a “res nullius”. Explique sua resposta e nela conceitue “res 
nullius”. 
Resposta: "Res nullius" é uma expressão l atina, composta de "res + nullius", significando literalmente 
"coisa sem dono" ou "coisa de ninguém". 
b) O clássico conceito de propriedade atende a demandas modernas? Explique sua resposta. 
Resposta: O conceito clássico de propriedade é um poder que a pessoa exerce sobre a coisa. Para 
doutrina majoritária, porém, não existe rela ção entre pessoa e c oisa, razão pela qual o conceito cl ássico 
perdeu força nos últimos anos. 
c) A função social pode ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade? Justifique sua 
resposta. 
Resposta: A CF/88 quebra o paradigma patrimonialista em prol do existencialismo, deixando a 
propriedade de ser um direito absoluto. A leitura do direito de propriedade passa a ser realizada a partir 
da função social (direito fundamental garantido pela Constituição). 
 
 
 
Aula 6 
Caso Concreto: Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. 
Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural 
das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por n atureza, procura seu 
escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode 
incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta. 
Resposta: O Código Civil em seu Artigo 1252, diz que o Álv eo Abandonado pertencerá aos proprietários 
ribeirinhos das duas margens, sem a necessidade de indenizar o proprietário por onde passar o novo 
curso de água, porém, se tratando de obra pública, se a mudança d e curso se fezpor utilidade pública, 
deverá o proprietário do imóvel por onde passará o novo curso ser indenizado e o álveo que ser formou 
será de propriedade no agente público que realizou a obra, portanto no caso apresentado, o leito seco do 
rio pertencerá à prefeitura, pois esta que realizou a obra. 
 
Aula 7 
Caso Concreto: (MPE AL 2012 adaptada) Manoel casou-se com Joaquina no ano de 2004 e teve com ela 
dois filhos, Pedro e L uana. O casal adquiriu um pequeno imóvel no bairro de Pitanguinha na cidade de 
Maceió, com 200 metros de área construída e nele passaram a residir. Além do imóvel, o casal adquiriu dois 
veículos durante o trâmite da relação conjugal e ambos não possuem outros bens imóveis. Joaquina passou 
a manter um relacionamento extraconjugal com um companheiro de trabalho e abandonou o marido 
Manoel no início do ano de 2012, mudando-se para o bairro do Farol, em Maceió. M anoel passou, então, a 
exercer sem oposição a posse direta com exclusividade sobre o imóvel de propriedade do casal no bairro 
de Pitanguinha, utilizando-o para sua moradia, bem como de seus filhos Pedro e Luana. Pergunta-se: 
poderá Manoel adquirir o direito integral desse imóvel? Em caso afirmativo, por quanto tempo teria que 
exercer a posse sobre o bem? Explique suas respostas. 
 
Resposta: O caso em questão refere-se a usucapião por abandono de lar de um dos cônjuges. O Art. 
1240-A do Código Civil de 2002, dá a possibilidade de o cônjuge que continuou no imóvel para moradia 
sua e da família, adquira a totalidade do domínio através da usucapião desde que o imóvel tenha no 
máximo 250 m2 em um prazo de 2 anos ininterruptos sem oposição. No caso apresentado estão 
presentes estes requisitos. Há também que se verificar se outras obrigações foram deixadas de serem 
cumpridas pelo cônjuge que abandonou o lar, como por exemplo, assistência material e sustento do lar 
entendimento este previsto no enunciado 499 do V Jornada de Direito Civil. Portanto se o cônjuge que 
sair de casa porém continuar contribuindo para o sustento dos familiares, não será considerado como 
abandono. 
 
Aula 8 
Caso Concreto: Mário, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Gol em fevereiro de 
2003, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, M ário vem utilizando contínua e ininterruptamente o 
veículo. No entanto, em maio de 2013 Mário foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo 
tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a 
propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por 
pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: O Código Civil entende no Art. 1 .262 CC, entende como possível a usucapião de coisa móvel 
que se tenha posse por 5 anos ininterruptos, espécie de usucapião extraordinário. Se tratando de coisa 
furtada, a l ei nada fala em relação a isso, a jurisprudência tem entendido, uma vez que o adquirente de 
boa-fé usucapir desde que não tenha relação com o furtador. Porém há decisões contrárias ao usucapião 
de automóveis no STJ, que entende não ser possível adquirir por usucapião veículo roubado.
Aula 6 
Caso Concreto: Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. 
Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural 
das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por n atureza, procura seu 
escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode 
incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta. 
Resposata: O Código Civil em seu Artigo 1252, diz que o Álveo Abandonado pertencerá aos proprietários 
ribeirinhos das duas margens, sem a necessidade de indenizar o proprietário por onde passar o novo 
cursode água, porém, se tratando de obra pública, se a mudança d e curso se fez por utilidade pública, 
deverá o proprietário do imóvel por onde passará o novo curso s er indenizado e o álveo que ser formou 
será de propriedade no agente público que realizou a obra, portanto no caso apresentado, o leito seco do 
rio pertencerá à prefeitura, pois esta que realizou a obra. 
 
Aula 7 
Caso Concreto: (MPE AL 2012 adaptada) Manoel casou-se com Joaquina no ano de 2004 e teve com ela 
dois filhos, Pedro e L uana. O casal adquiriu um pequeno imóvel no bairro de Pitanguinha na cidade de 
Maceió, com 200 metros de área construída e nele passaram a residir. Além do imóvel, o casal adquiriu dois 
veículos durante o trâmite da relação conjugal e ambos não possuem outros bens imóveis. Joaquina passou 
a manter um relacionamento extraconjugal com um companheiro de trabalho e abandonou o marido 
Manoel no início do ano de 2012, mudando-se para o bairro do Farol, em Maceió. M anoel passou, então, a 
exercer sem oposição a posse direta com exclusividade sobre o imóvel de propriedade do casal no bairro 
de Pitanguinha, utilizando-o para sua moradia, bem como de seus filhos Pedro e Luana. Pergunta-se: 
poderá Manoel adquirir o direito integral desse imóvel? Em caso afirmativo, por quanto tempo teria que 
exercer a posse sobre o bem? Explique suas respostas. 
 
Resposta: O caso em questão refere-se a usucapião por abandono de lar de um dos cônjuges. O Art. 
1240-A do Código Civil de 2002, dá a possibilidade de o cônjuge que continuou no imóvel para moradia 
sua e da família, adquira a totalidade do domínio através da usucapião desde que o imóvel tenha no 
máximo250 m2 em um prazo de 2 anos ininterruptos sem oposição. No caso apresentado estão 
presentes estes r equisitos. Há também que se verificar se outras obrigações foram deixadas de serem 
cumpridas pelo cônjuge que abandonou o lar, como por exemplo, assi stência m aterial e sustento do lar 
entendimento este previsto no enunciado 499 do V Jornada de Direito Civil. Portanto se o cônjuge que 
sair de casa porém continuar contribuindo para o sustento dos famili ares, não será c onsiderado como 
abandono. 
 
Aula 8 
Caso Concreto: Mário, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Gol em fevereiro de 
2003, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, M ário vem utilizando contínua e ininterruptamente o 
veículo. No entanto, em maio de 2013 Mário foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo 
tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a 
propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por 
pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: O Código Civil entende no Art. 1 .262 CC, entende como possível a usucapião de coisa móvel 
que se tenha posse por 5 anos ininterruptos, espécie de usucapião extraordinário. Se tratando de coisa 
furtada, a l ei nada fala em relação a isso, a jurisprudência tem entendido, uma vez que o adquirente de 
boa-fé usucapir desde que não tenha relação com o furtador. Porém há decisões contrárias ao usucapião 
de automóveis no STJ, que entende não ser possível adquirir por usucapião veículo roubado. 
No caso concreto, o adquirente sabia da procedênci a do bem,já que é um contumaz receptador de 
veículos roubados e adulterou o mesmo afim de esconder sua verdadeira situação, dessa forma agiu de 
má fé e não poderia adquirir de forma ordinária o bem por usucapião. Portando mesmo com a 
jurisprudência entendendo que de boa fé seria possível a aquisição, devido a forma como foi adquirida o 
bem, nem assim seria possível a usucapião. 
 
Aula 9 
Caso Concreto: Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de iversas 
etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos 
produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua 
resposta. 
 
Resposta: Especificação é quando um trabalho executado s obre uma matéria-prima obtém espécie nova, 
a exemplo uma escultura feita em pedra. O fenômeno da adjunção dá -se na justa posição de uma coisa 
sobre a outra, que no caso concreto é o que ocorre, a etiqueta é colocada sobre as roupas da confecção. 
 
Aula 10 
Caso Concreto: Sônia e Heloisa são vizinhas há alguns anos. No entanto, Sônia tem reclamado 
constantemente à Heloisa de grimpas e galhos que caem da araucária localizada no terreno de Heloisa, em 
dias de chuvas ou vendavais. Sônia solicita a remoção da árvore, mas recebe de Heloisa a informação de 
que a árvore é protegida por lei municipal de Curitiba e que nada pode fazer a respeito. Sônia, 
inconformada com a resposta, acreditando estar havendo mau uso da propriedade, procura seu escritório e 
pergunta: quem tem razão? Explique sua resposta. 
 
Resposta: O caso em questão trata de árvores limítrofes. Heloisa, mesmo que não haja proibição de corte 
da árvore pela prefeitura, não é obrigada a cortar, porém, a parte da árvore que ultrapassa o limite de 
Heloisa e adentra no terreno de Sônia, a esta pertence e ela, mesmo sem consentimento da vizinha, 
poderá poda-la até p plano divisório de acordo com a Art. 1283 CC
Aula 9 
Caso Concreto: Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de iversas 
etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos 
produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua 
resposta. 
 
Resposta: Especificação é quando um trabalho executado s obre uma matéria-prima obtém espécie nova, 
a exemplo uma escultura feita em pedra. O fenômeno da adjunção dá -se na j usta posição de uma coisa 
sobre a outra, que no caso concreto é o que ocorre, a etiqueta é colocada sobre as roupas da confecção. 
 
Aula 10 
Caso Concreto: Sônia e Heloisa são vizinhas há alguns anos. No entanto, Sônia tem reclamado 
constantemente à Heloisa de grimpas e galhos que caem da araucária localizada no terreno de Heloisa, em 
dias de chuvas ou vendavais. Sônia solicita a remoção da árvore, mas recebe de Heloisa a informação de 
que a árvore é protegida por lei municipal de Curitiba e que nada pode fazer a respeito. Sônia, 
inconformada com a resposta, acreditando estar havendo mau uso da propriedade, procura seu escritório e 
pergunta: quem tem razão? Explique sua resposta. 
 
Resposta: O caso em questão trata de árvores limítrofes. Heloisa, mesmo que não haja proibição de corte 
da árvore pela prefeitura, não é obrigada a cortar, porém, a parte da árvore que ultrapassa o limite de 
Heloisa e adentra no terreno de Sônia, a esta pertence e ela, mesmo sem consentimento da v izinha, 
poderá poda-la até p plano divisório de acordo com a Art. 1283 CC.
Aula 11 
Caso Concreto: (MPE AL 2012 adapt ada) Ricardo, Pedro, José, Maurício e Do uglas são proprietários de um 
imóvel residencial indivisível, situado em bairro nobre de São Paulo, avaliado em aproximadamente R$ 
2.000.000,00. Ricardo e P edro querem vender o imóvel e desfazer o condomínio. Thalula , empresária, se 
interessa pelo imóvel e oferece aos condôminos a quantia de R$ 2 .100.000,00. Co ntudo, José, Maurício e 
Douglas pretendem exercer o direito de preferência assegurado por lei, igualando a o ferta de Thalula. 
Neste caso, entre estes condôminos, a preferência para aquisição do imóvel será primeiramente 
conferida quem? Explique sua resposta. 
 
Resposta: No condomínio Indiviso o direito de preferência será sempre dos condôminos, por tanto no 
caso concreto José, Maurício e Douglas tem preferência na aquisição da parte dos c ondôminos que 
querem vender, conforme o Art. 504 CC
Aula 12 
Caso Concreto: (OAB V 2011 adaptada) Durante assembleia realizada em condomínio edilício residencial, 
que co nta com um apartamento po r andar, Giovana, nova proprietár ia do apartamento situado no andar 
térreo, solicitou explicações sobre a cobrança condominial, por ter verificado que o valor dela cobrado era 
superior àquele exigido dos demais condôminos. O síndico prontamente esclareceu que a cobrança a ela 
dirigida é realmente superior à cobrança das demais unidades, tendo em vista que o apartamento de 
Giovana tem acesso exclusivo, por meio de uma porta situada em sua área de serviço, a um pequeno pátio 
localizado nos fundos do condomínio, conforme consta nas configuraçõ es originais do edifício devidamente 
registradas. Desse modo, segundo afirmado pelo síndico, podendo Giovana usar o pátio com exclusividade, 
apesar de constituir área comum do condomínio, caberia a ela arcar com as respectivas despesas de 
manutenção. Em relação à situação apresentada está correta a cobrança apresentada à Giovana? Justifique 
sua resposta. 
 
Resposta: No caso em questão, por ser uma área de uso exclusivo da moradora, o condomínio poderá 
cobrar um valor maior a moradora pela manutenção do pátio independente da frequência do uso. 
 
Aula 13 
Caso Concreto: (OAB 2011 adaptada) Noêmia, proprietária de uma casa litorânea, regularmente constituiu 
usufruto sobre o aludido imóvel em favor de Luísa, mantendo, contudo, a sua propriedade. 
Inesperadamente, sobreveio uma severa ressaca marítima, que destruiu por completo o imóvel. Ciente do 
ocorrido, Noêmia decidiu reconstruir integralmente a casa às suas expensas, tendo em v ista que o imóvel 
não se encontrava segurado. Noêmia poderá cobrar as benfeitorias de Luísa? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: De acordo com o Art.. 1.408 do CC, no caso de destruição do imóvel sem culpa do usufrutuário, 
este não estará obrigado a indenizar o proprietário, também estará extinto o usufruto uma vez que 
proprietário reconstruiu o prédio sem a utilização de indenização de seguro previamente contratado
Aula 14 
Caso Concreto: (Analista de Promotoria VUNESP 2010 adaptada) João, pretendo alienar seu imóvel rural a 
seu vizinho José, firma contrato de compromisso de compra e venda com este. P or ocasião da transmissão 
da posse, José exige de João, além da entrega relacionada ao imóvel, um trator e equipamentos de 
utilização na lavoura, que João mantinha no local. D iante dos fatos narrados, deverá João realizar a 
entrega? Fundamente sua resposta. 
 
Resposta: No caso exposto de acordo com o Art. 93 do CC, o trator e os equipamentos de serviço na 
lavoura, são pertenças, estas não acompanham o bem principal c omo exposto no Art. 94 do mesmo 
diploma, portanto, João não terá que entregar caso não tenha havido previsão expressa

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