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1 Curso Ênfase © 2019 DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PHELIPE CARDOSO AULA41 - CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL PARTE2 1. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS EM ESPÉCIE Como vimos, são contribuições de seguridade social com algumas características especiais, sendo elas as dos segurados ou trabalhadores, bem como as da empresa ou dos empregadores e equiparados sobre a folha de pagamentos. Há, portanto, duas esferas, ambas conteúdo da Lei nº 8.212/91. Iniciaremos o estudo com as contribuições dos trabalhadores, as quais podem ser divididas em 3 (três) grupos: a) contribuição dos segurados empregado, doméstico e avulso; b) contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo; e c) contribuição dos segurados especiais. Com isso, abarcamos todas as categorias dos segurados do Regime Geral de Previdência Social. 1.1 CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO EMPREGADO, DOMÉSTICO E AVULSO O Plano de Custeio estabelece que, no caso de empregado e avulso (art. 20, c/c art. 30, I, 'a' e 'b', PCPS [1]), a contribuição corresponde a uma alíquota (progressiva) de 8%, 9% ou 11% sobre o salário-de-contribuição com recolhimento pela empresa ou equiparado (responsável tributário) até o dia 20 do mês seguinte ao da competência. Observa-se que a contribuição do trabalhador incide, em regra, sobre a base de cálculo salário-de-contribuição. Em se tratando do trabalhador doméstico (art. 20 c/c art. 30, V, PCPS; art. 35, LC 150/15 [1]), a alíquota (progressiva) será de 8%, 9% ou 11% sobre o salário-de- contribuição, com recolhimento pelo empregador doméstico (responsável tributário), até o dia 7 do mês seguinte ao da competência, no âmbito do Simples Doméstico. 1.2 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO Essa contribuição recebe diferentes disciplinas, como no esquema: Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 2 Curso Ênfase © 2019 Em se tratando de contribuinte individual que trabalha por conta própria e de segurado facultativo, tem-se a ausência de responsável tributário. Nesses casos, a alíquota será de 20% sobre o salário-de-contribuição, com recolhimento pelo próprio segurado, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência (art. 21, c/c art. 30, II, PCPS [2]). Por outro lado, no caso do contribuinte individual que trabalha para uma empresa ou equiparado, surge a figura do responsável tributário. Nessa hipótese, a lei estabelece a alíquota de 11% sobre o salário-de-contribuição, com recolhimento pela empresa ou equiparado (responsável tributário), até o dia 20 do mês seguinte ao da competência (art. 30, §§ 4º e 5º; art. 4º, caput e § 1º da Lei nº 10.666/03 [3]). Vale ressaltar que a alíquota é menor para esse caso, considerando a existência do responsável tributário, o qual pagará a sua própria prestação previdenciária (cota patronal). De outro modo, o contribuinte individual que trabalha por conta própria e o facultativo podem optar pelo regime simplificado de contribuição, o qual implica em contribuição menor (alíquota e base de cálculo menor), bem como na exclusão do direito a ser beneficiário da Aposentadoria por Tempo de Contribuição (APTC) e da contagem recíproca do tempo de contribuição (art. 21, §§ 2º a 5º do PCPS [4]). Salienta-se que, se a qualquer tempo arrependerem-se dessa opção, é possível complementar a diferença do que não foi pago, voltando a fazer jus ao benefício da APTC e à contagem recíproca. Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 3 Curso Ênfase © 2019 A contribuição dos optantes possui alíquota de 11% sobre o salário mínimo, com recolhimento pelo próprio segurado, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência. Ainda no âmbito de contribuintes optantes, há uma diferenciação, caso seja microempreendedor individual ou facultativo de baixa renda, hipóteses em que a lei dispõe contribuição ainda menor (alíquota de 5% sobre o salário mínimo), considerando normativo constitucional que determina que o legislador crie sistemas de inclusão previdenciária. Nesses casos, o recolhimento varia conforme o MEI preste serviços ou não (próprio segurado) para uma empresa (responsável tributário), sendo certo que o facultativo sempre será ele mesmo quem recolherá as contribuições. Outrossim, o prazo para recolhimento é até o dia 15 ou 20 do mês seguinte ao da competência, conforme a contribuição seja paga pelo segurado ou responsável respectivamente. Vale lembrar que, mais uma vez, o optante pode complementar a diferença e voltar a fazer jus ao benefício da APTC e à contagem recíproca. 1.3 CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS ESPECIAIS Durante o curso, foi dito que o trabalhador contribui sobre a grandeza 'salário-de- contribuição', contudo, a exceção é a tratada neste caso, do segurado especial, o qual contribui com uma alíquota incidente sobre o resultado da comercialização da sua produção, conforme art. 195, § 8º, da Constituição: Art. 195. (...) § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. Ademais, a lei (art. 25, c/c art. 30, III e XI, PCPS [5]) estabeleceu que a contribuição possui alíquota de 1,2% sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção, mais adicional de 0,1% para financiamento das prestações por acidente do trabalho, com recolhimento (em regra) pelos adquirentes da produção do segurado especial, até o dia 20 do mês seguinte ao da produção (competência). ATENÇÃO! A alíquota de 1,2% do segurado especial é recentíssima, objeto de alteração pela Lei nº 13.606/18, a qual reduziu a alíquota que antes era de 2%, mais adicional de 0,1%. Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 4 Curso Ênfase © 2019 Segundo o art. 21, da Lei de Plano de Custeio da Previdência Social, o segurado especial, além da sua contribuição própria, também pode contribuir facultativamente, nos termos da contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo (20% sobre o salário-de- contribuição), situação na qual poderá usufruir de APTC, bem como, a depender do valor das contribuições, auferir benefício com renda superior ao salário mínimo. Em síntese, o segurado especial possui contribuição própria que incide sobre o resultado da produção, conforme previsto em lei. Contudo, por vezes, não exerce essa contribuição, pela prática de agricultura de subsistência ou de produção não comercializável. Ainda assim, o segurado especial não fica excluído do sistema, fazendo jus a alguns benefícios da Previdência, desde que comprove que trabalhou na condição de segurado especial pelo período equivalente à carência do benefício almejado. No mesmo sentido, vale lembrar que é possível contribuir como contribuinte individual e facultativo, nos termos da lei. Ademais, a legislação autoriza que o segurado especial exerça, intercaladamente ao labor principal (rural, pesqueiro ou extrativista), atividades de natureza diversa, normalmente em período de entre safra, defeso, etc. (art. 12, §§ 10 e 14, PCPS [6]). Segundo a lei, o exercício da atividade intercalada sujeita o segurado especial, sem prejuízo da contribuição que lhe é própria, ao recolhimento, nas respectivas competências, de contribuições de acordo com a natureza do labor desempenhado (art. 12, § 13, PCPS [7]). Por exemplo, caso exerça emprego por alguns meses na cidade, durante o período de entre safra, incidirá contribuição regular como trabalhador segurado, semprejuízo da condição de segurado especial quando retornar à sua atividade (rural, pesca ou extrativista). 1.4 CONTRIBUIÇÕES DA EMPRESA OU EQUIPARADO De início, salienta-se que somente são contribuições previdenciárias aquelas incidentes sobre a folha de pagamento da empresa ou equiparado. Nesse sentido, empresa seria, segundo o diploma legal (art. 15, I, PCPS): Art. 15. Considera-se: I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; Vê-se que, eventualmente, órgão da administração com trabalhador empregado sujeito ao RGPS é considerado empresa para a lei. O parágrafo único, do mesmo artigo, ainda estabelece que: Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 5 Curso Ênfase © 2019 Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. Desse modo, todas essas entidades que empreguem ou tomem serviço de alguém são equiparadas às empresas, sendo assim referidas no âmbito do Direito Previdenciário. As contribuições previdenciárias das empresas ou equiparados podem ser agrupadas da seguinte forma: a) Sobe a remuneração dos empregados, avulsos e contribuintes individuais; b) Sobre a remuneração dos empregados domésticos; e c) Contribuições substitutivas de algumas anteriores. Em regra, há as contribuições dos dois primeiros itens. Todavia, em hipóteses específicas, o legislador criou contribuições diferenciadas que substituem as duas primeiras. 1.4.1 CONTRIBUIÇÃO SOBRE A REMUNERAÇÃO DOS EMPREGADOS, AVULSOS E CI Nesta modalidade, há duas contribuições básicas, ainda com três adicionais à primeira, cuja alíquota de 20% incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, no mês, aos empregados, avulsos e contribuintes individuais, com recolhimento pela própria empresa (contribuinte), até o dia 20 do mês seguinte ao da competência (art. 22, I e III, PCPS [8]). Observe-se que, em se tratando de contribuição da empresa, a regra é a incidência sobre a folha de pagamentos, ou seja, o total das remunerações pagas, sendo excepcional a incidência sobre o salário-de-contribuição. Ademais, é a própria empresa quem recolhe sua contribuição, inexistindo a figura do responsável tributário como nas contribuições dos trabalhadores (a empresa recolhe sua própria contribuição como contribuinte e a do trabalhador como responsável tributária). A segunda contribuição básica é a do MEI, cuja alíquota é de 3% sobre o salário-de- contribuição do único empregado que lhe preste serviços, excepcionando-se a regra da incidência sobre a folha de pagamentos (art. 18-C, § 1º, III, LC nº 123/06 [9]). Ainda, existem três contribuições adicionais que se aplicam sobre a primeira (não a do MEI): Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 6 Curso Ênfase © 2019 a) Adicional 1: sobre a folha de pagamentos dos bancos; b) Adicional 2: para custeio da aposentadoria especial e de benefícios concedidos em razão do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente de Riscos Ambientais do Trabalho - GIILRAT; e c) Adicional 3: para custeio da aposentadoria especial. O Adicional 2, chamado de adicional GIILRAT, serve basicamente para custeio da aposentadoria especial e é devido em razão de uma situação laboral na empresa que enseje eventos de acidentes de trabalho (riscos ambientais de trabalho). O Adicional 3 é um específico para a aposentadoria especial. Vale lembrar que nenhum deles incide sobre a contribuição do MEI. Notas: [1] Lei nº 8.212/91 - PCPS Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte tabela: § 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social. § 2º O disposto neste artigo aplica-se também aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que prestem serviços a microempresas. (...) Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: I - a empresa é obrigada a: a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 7 Curso Ênfase © 2019 título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; (...) V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; Lei Complementar nº 150/15Art. 35. O empregador doméstico é obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico e a arrecadar e a recolher a contribuição prevista no inciso I do art. 34, assim como a arrecadar e a recolher as contribuições, os depósitos e o imposto a seu cargo discriminados nos incisos II, III, IV, V e VI do caput do art. 34, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. § 1º Os valores previstos nos incisos I, II, III e VI do caput do art. 34 não recolhidos até a data de vencimento sujeitar-se-ão à incidência de encargos legais na forma prevista na legislação do imposto sobre a renda. § 2º Os valores previstos nos incisos IV e V, referentes ao FGTS, não recolhidos até a data de vencimento serão corrigidos e terão a incidência da respectiva multa, conforme a Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990. [2] Lei nº 8.212/91 Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. (...) Art. 30. (...) II - os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência; [3] Lei nº 8.212/91 Art. 30. (...) § 4º Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição. § 5º Aplica-se o disposto no § 4o ao cooperado que prestar serviço a empresa por intermédio de cooperativa de trabalho. Lei nº 10.666/03 Art. 4º Fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 8 Curso Ênfase © 2019 individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20(vinte) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. § 1º As cooperativas de trabalho arrecadarão a contribuição social dos seus associados como contribuinte individual e recolherão o valor arrecadado até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao de competência a que se referir, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. [4] Lei nº 8.212/91 Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. (...) § 2º No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste parágrafo; II - 5% (cinco por cento): a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; e b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. § 3º O segurado que tenha contribuído na forma do § 2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996. § 4º Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea b do inciso II do § 2º deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos. Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 9 Curso Ênfase © 2019 § 5º A contribuição complementar a que se refere o § 3º deste artigo será exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício. [5] Lei nº 8.212/91 Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: I - 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; (...) Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (...) III - a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a contribuição de que trata o art. 25 até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da operação de venda ou consignação da produção, independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física, na forma estabelecida em regulamento; (...) XI - aplica-se o disposto nos incisos III e IV deste artigo à pessoa física não produtor rural que adquire produção para venda no varejo a consumidor pessoa física. [6] Lei nº 8.212/91 Art. 12. (...) § 10. Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: (...) III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 deste artigo; (...) § 14. A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma do inciso VII do caput e do § 1º, Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 10 Curso Ênfase © 2019 a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. [7] Lei nº 8.212/91 Art. 12. (...) § 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 e no § 14 deste artigo não dispensa o recolhimento da contribuição devida em relação ao exercício das atividades de que tratam os referidos dispositivos. [8] Lei nº 8.212/91 Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (...) III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; [9] Lei Complementar nº 123/06 Art. 18-C. Observado o disposto no caput e nos §§ 1o a 25 do art. 18-A desta Lei Complementar, poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que possua um único empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. § 1º Na hipótese referida no caput, o MEI: (...) III - está sujeito ao recolhimento da contribuição de que trata o inciso VI do caput do art. 13, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição Direito Previdenciário – Phelipe Cardoso Aula41 - Custeio da Previdência Social Parte2 11 Curso Ênfase © 2019 previsto no caput, na forma e prazos estabelecidos pelo CGSN.
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