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Aula41 - Custeio da Previd¬ncia Social Parte2

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Curso	Ênfase	©	2019
DIREITO	PREVIDENCIÁRIO	–	PHELIPE	CARDOSO
AULA41	-	CUSTEIO	DA	PREVIDÊNCIA	SOCIAL	PARTE2
1.	CONTRIBUIÇÕES	PREVIDENCIÁRIAS	EM	ESPÉCIE
Como	vimos,	são	contribuições	de	seguridade	social	com	algumas	características	especiais,
sendo	elas	as	dos	segurados	ou	trabalhadores,	bem	como	as	da	empresa	ou	dos	empregadores	e
equiparados	sobre	a	folha	de	pagamentos.	Há,	portanto,	duas	esferas,	ambas	conteúdo	da	Lei	nº
8.212/91.
Iniciaremos	o	estudo	com	as	contribuições	dos	trabalhadores,	as	quais	podem	ser	divididas
em	3	(três)	grupos:
a)	contribuição	dos	segurados	empregado,	doméstico	e	avulso;
b)	contribuição	dos	segurados	contribuinte	individual	e	facultativo;	e
c)	contribuição	dos	segurados	especiais.
Com	isso,	abarcamos	todas	as	categorias	dos	segurados	do	Regime	Geral	de	Previdência
Social.
1.1	CONTRIBUIÇÃO	DO	SEGURADO	EMPREGADO,	DOMÉSTICO	E	AVULSO
O	Plano	de	Custeio	estabelece	que,	no	caso	de	empregado	e	avulso	(art.	20,	c/c	art.	30,
I,	 'a'	e	 'b',	PCPS	[1]),	a	contribuição	corresponde	a	uma	alíquota	(progressiva)	de	8%,	9%	ou
11%	sobre	o	salário-de-contribuição	com	recolhimento	pela	empresa	ou	equiparado
(responsável	tributário)	até	o	dia	20	do	mês	seguinte	ao	da	competência.	Observa-se	que
a	contribuição	do	trabalhador	incide,	em	regra,	sobre	a	base	de	cálculo	salário-de-contribuição.
Em	 se	 tratando	 do	 trabalhador	doméstico	 (art.	 20	 c/c	 art.	 30,	 V,	 PCPS;	 art.	 35,	 LC
150/15	 [1]),	 a	 alíquota	 (progressiva)	 será	 de	 8%,	 9%	 ou	 11%	 sobre	 o	 salário-de-
contribuição,	 com	 recolhimento	 pelo	 empregador	 doméstico	 (responsável	 tributário),
até	o	dia	7	do	mês	seguinte	ao	da	competência,	no	âmbito	do	Simples	Doméstico.
1.2	CONTRIBUIÇÃO	DOS	SEGURADOS	CONTRIBUINTE	INDIVIDUAL	E	FACULTATIVO
Essa	contribuição	recebe	diferentes	disciplinas,	como	no	esquema:
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Em	 se	 tratando	 de	 contribuinte	 individual	 que	 trabalha	 por	 conta	 própria	 e	 de
segurado	facultativo,	 tem-se	a	ausência	de	 responsável	 tributário.	Nesses	casos,	a	alíquota
será	de	20%	sobre	o	salário-de-contribuição,	com	recolhimento	pelo	próprio	segurado,
até	o	dia	15	do	mês	seguinte	ao	da	competência	(art.	21,	c/c	art.	30,	II,	PCPS	[2]).
Por	outro	lado,	no	caso	do	contribuinte	individual	que	trabalha	para	uma	empresa
ou	equiparado,	 surge	 a	 figura	 do	 responsável	 tributário.	 Nessa	 hipótese,	 a	 lei	 estabelece	 a
alíquota	de	11%	sobre	o	salário-de-contribuição,	 com	recolhimento	pela	empresa	ou
equiparado	 (responsável	 tributário),	até	o	dia	20	do	mês	seguinte	ao	da	competência
(art.	30,	§§	4º	e	5º;	art.	4º,	caput	e	§	1º	da	Lei	nº	10.666/03	[3]).
Vale	 ressaltar	 que	 a	 alíquota	 é	 menor	 para	 esse	 caso,	 considerando	 a	 existência	 do
responsável	tributário,	o	qual	pagará	a	sua	própria	prestação	previdenciária	(cota	patronal).
De	 outro	modo,	 o	 contribuinte	 individual	 que	 trabalha	 por	 conta	 própria	 e	 o	 facultativo
podem	optar	pelo	regime	simplificado	de	contribuição,	 o	qual	 implica	em	contribuição
menor	 (alíquota	 e	 base	 de	 cálculo	 menor),	 bem	 como	 na	 exclusão	 do	 direito	 a	 ser
beneficiário	 da	Aposentadoria	 por	 Tempo	de	 Contribuição	 (APTC)	 e	 da	 contagem
recíproca	do	tempo	de	contribuição	(art.	21,	§§	2º	a	5º	do	PCPS	[4]).
Salienta-se	 que,	 se	 a	 qualquer	 tempo	 arrependerem-se	 dessa	 opção,	 é	 possível
complementar	a	diferença	do	que	não	 foi	pago,	voltando	a	 fazer	 jus	ao	benefício	da	APTC	e	à
contagem	recíproca.
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A	contribuição	dos	optantes	 possui	 alíquota	 de	11%	sobre	o	salário	mínimo,	com
recolhimento	 pelo	 próprio	 segurado,	 até	 o	 dia	 15	 do	 mês	 seguinte	 ao	 da
competência.
Ainda	 no	 âmbito	 de	 contribuintes	 optantes,	 há	 uma	 diferenciação,	 caso	 seja
microempreendedor	 individual	 ou	 facultativo	de	baixa	 renda,	 hipóteses	 em	 que	 a	 lei
dispõe	 contribuição	 ainda	 menor	 (alíquota	 de	 5%	 sobre	 o	 salário	 mínimo),	 considerando
normativo	constitucional	que	determina	que	o	legislador	crie	sistemas	de	inclusão	previdenciária.
Nesses	casos,	o	recolhimento	varia	conforme	o	MEI	preste	serviços	ou	não	(próprio	segurado)
para	uma	empresa	(responsável	tributário),	 sendo	certo	que	o	 facultativo	 sempre	 será
ele	mesmo	quem	recolherá	as	contribuições.	Outrossim,	o	prazo	para	recolhimento	é	até	o	dia
15	ou	20	do	mês	seguinte	ao	da	competência,	 conforme	 a	 contribuição	 seja	 paga	 pelo
segurado	ou	responsável	respectivamente.	 Vale	 lembrar	 que,	mais	 uma	 vez,	 o	 optante
pode	complementar	a	diferença	e	voltar	a	fazer	jus	ao	benefício	da	APTC	e	à	contagem	recíproca.
1.3	CONTRIBUIÇÃO	DOS	SEGURADOS	ESPECIAIS
Durante	 o	 curso,	 foi	 dito	 que	 o	 trabalhador	 contribui	 sobre	 a	 grandeza	 'salário-de-
contribuição',	contudo,	a	exceção	é	a	tratada	neste	caso,	do	segurado	especial,	o	qual	contribui
com	uma	alíquota	incidente	sobre	o	resultado	da	comercialização	da	sua	produção,	conforme	art.
195,	§	8º,	da	Constituição:
Art.	 195.	 (...)	 §	 8º	 O	 produtor,	 o	 parceiro,	 o	 meeiro	 e	 o	 arrendatário	 rurais	 e	 o
pescador	 artesanal,	 bem	 como	 os	 respectivos	 cônjuges,	 que	 exerçam	 suas
atividades	 em	 regime	 de	 economia	 familiar,	 sem	 empregados	 permanentes,
contribuirão	para	a	seguridade	social	mediante	a	aplicação	de	uma	alíquota	sobre	o
resultado	da	comercialização	da	produção	e	farão	jus	aos	benefícios	nos	termos	da
lei.				
Ademais,	a	lei	(art.	25,	c/c	art.	30,	III	e	XI,	PCPS	[5])	estabeleceu	que	a	contribuição	possui
alíquota	de	1,2%	sobre	a	receita	bruta	proveniente	da	comercialização	da	produção,
mais	 adicional	 de	 0,1%	 para	 financiamento	 das	 prestações	 por	 acidente	 do	 trabalho,	 com
recolhimento	(em	regra)	pelos	adquirentes	da	produção	do	segurado	especial,	até	o	dia
20	do	mês	seguinte	ao	da	produção	(competência).
ATENÇÃO!	A	alíquota	de	1,2%	do	segurado	especial	é	recentíssima,	objeto	de	alteração
pela	Lei	nº	13.606/18,	a	qual	reduziu	a	alíquota	que	antes	era	de	2%,	mais	adicional	de	0,1%.
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Segundo	o	art.	21,	da	Lei	de	Plano	de	Custeio	da	Previdência	Social,	o	segurado	especial,
além	da	sua	contribuição	própria,	também	pode	contribuir	facultativamente,	nos	termos	da
contribuição	 dos	 segurados	 contribuinte	 individual	 e	 facultativo	 (20%	 sobre	 o	 salário-de-
contribuição),	 situação	 na	 qual	 poderá	 usufruir	 de	 APTC,	 bem	 como,	 a	 depender	 do	 valor	 das
contribuições,	auferir	benefício	com	renda	superior	ao	salário	mínimo.
Em	síntese,	o	segurado	especial	possui	contribuição	própria	que	incide	sobre	o	resultado	da
produção,	 conforme	 previsto	 em	 lei.	 Contudo,	 por	 vezes,	 não	 exerce	 essa	 contribuição,	 pela
prática	de	agricultura	de	subsistência	ou	de	produção	não	comercializável.	Ainda	assim,	o	segurado
especial	não	fica	excluído	do	sistema,	fazendo	jus	a	alguns	benefícios	da	Previdência,	desde	que
comprove	que	trabalhou	na	condição	de	segurado	especial	pelo	período	equivalente	à	carência	do
benefício	almejado.	No	mesmo	sentido,	vale	lembrar	que	é	possível	contribuir	como	contribuinte
individual	e	facultativo,	nos	termos	da	lei.
Ademais,	a	legislação	autoriza	que	o	segurado	especial	exerça,	intercaladamente	ao	labor
principal	 (rural,	 pesqueiro	 ou	 extrativista),	 atividades	 de	 natureza	 diversa,	 normalmente	 em
período	de	entre	safra,	defeso,	etc.	(art.	12,	§§	10	e	14,	PCPS	[6]).
Segundo	a	lei,	o	exercício	da	atividade	intercalada	sujeita	o	segurado	especial,	sem	prejuízo
da	contribuição	que	lhe	é	própria,	ao	recolhimento,	nas	respectivas	competências,	de	contribuições
de	acordo	com	a	natureza	do	labor	desempenhado	(art.	12,	§	13,	PCPS	[7]).	Por	exemplo,	caso
exerça	 emprego	 por	 alguns	 meses	 na	 cidade,	 durante	 o	 período	 de	 entre	 safra,	 incidirá
contribuição	regular	como	trabalhador	segurado,	semprejuízo	da	condição	de	segurado	especial
quando	retornar	à	sua	atividade	(rural,	pesca	ou	extrativista).
1.4	CONTRIBUIÇÕES	DA	EMPRESA	OU	EQUIPARADO
De	 início,	 salienta-se	 que	 somente	 são	 contribuições	 previdenciárias	 aquelas	 incidentes
sobre	a	folha	de	pagamento	da	empresa	ou	equiparado.	Nesse	sentido,	empresa	seria,	segundo	o
diploma	legal	(art.	15,	I,	PCPS):
Art.	15.	Considera-se:
I	 -	 empresa	 -	 a	 firma	 individual	 ou	 sociedade	 que	 assume	 o	 risco	 de	 atividade
econômica	 urbana	 ou	 rural,	 com	 fins	 lucrativos	 ou	 não,	 bem	 como	 os	 órgãos	 e
entidades	da	administração	pública	direta,	indireta	e	fundacional;
Vê-se	que,	eventualmente,	órgão	da	administração	com	trabalhador	empregado	sujeito	ao
RGPS	é	considerado	empresa	para	a	lei.
O	parágrafo	único,	do	mesmo	artigo,	ainda	estabelece	que:
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Parágrafo	único.	Equiparam-se	a	empresa,	para	os	efeitos	desta	Lei,	o	contribuinte
individual	 e	 a	 pessoa	 física	 na	 condição	 de	 proprietário	 ou	 dono	 de	 obra	 de
construção	 civil,	 em	 relação	 a	 segurado	 que	 lhe	 presta	 serviço,	 bem	 como	 a
cooperativa,	 a	 associação	 ou	 a	 entidade	 de	 qualquer	 natureza	 ou	 finalidade,	 a
missão	diplomática	e	a	repartição	consular	de	carreira	estrangeiras.
Desse	modo,	 todas	essas	entidades	que	empreguem	ou	 tomem	serviço	de	alguém	são
equiparadas	às	empresas,	sendo	assim	referidas	no	âmbito	do	Direito	Previdenciário.
As	 contribuições	previdenciárias	das	empresas	ou	equiparados	podem	ser	 agrupadas	da
seguinte	forma:
a)	Sobe	a	remuneração	dos	empregados,	avulsos	e	contribuintes	individuais;
b)	Sobre	a	remuneração	dos	empregados	domésticos;	e
c)	Contribuições	substitutivas	de	algumas	anteriores.
Em	regra,	há	as	contribuições	dos	dois	primeiros	itens.	Todavia,	em	hipóteses	específicas,	o
legislador	criou	contribuições	diferenciadas	que	substituem	as	duas	primeiras.
1.4.1	CONTRIBUIÇÃO	SOBRE	A	REMUNERAÇÃO	DOS	EMPREGADOS,	AVULSOS	E	CI
Nesta	 modalidade,	 há	 duas	 contribuições	 básicas,	 ainda	 com	 três	 adicionais	 à
primeira,	cuja	alíquota	de	20%	incide	sobre	o	total	das	remunerações	pagas,	devidas	ou
creditadas,	 no	 mês,	 aos	 empregados,	 avulsos	 e	 contribuintes	 individuais,	 com	 recolhimento
pela	própria	empresa	(contribuinte),	até	o	dia	20	do	mês	seguinte	ao	da	competência
(art.	22,	I	e	III,	PCPS	[8]).
Observe-se	que,	em	se	tratando	de	contribuição	da	empresa,	a	regra	é	a	incidência	sobre	a
folha	de	pagamentos,	ou	seja,	o	 total	das	 remunerações	pagas,	 sendo	excepcional	a	 incidência
sobre	 o	 salário-de-contribuição.	 Ademais,	 é	 a	 própria	 empresa	 quem	 recolhe	 sua	 contribuição,
inexistindo	 a	 figura	 do	 responsável	 tributário	 como	 nas	 contribuições	 dos	 trabalhadores	 (a
empresa	recolhe	sua	própria	contribuição	como	contribuinte	e	a	do	trabalhador	como	responsável
tributária).
A	 segunda	 contribuição	 básica	 é	 a	 do	 MEI,	 cuja	 alíquota	 é	 de	 3%	 sobre	 o	 salário-de-
contribuição	do	único	empregado	que	lhe	preste	serviços,	excepcionando-se	a	regra	da	incidência
sobre	a	folha	de	pagamentos	(art.	18-C,	§	1º,	III,	LC	nº	123/06	[9]).
Ainda,	 existem	 três	 contribuições	 adicionais	 que	 se	 aplicam	 sobre	 a	 primeira	 (não	 a	 do
MEI):
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a)	Adicional	1:	sobre	a	folha	de	pagamentos	dos	bancos;
b)	Adicional	2:	para	custeio	da	aposentadoria	especial	e	de	benefícios	concedidos	em	razão
do	Grau	de	Incidência	de	Incapacidade	Laborativa	decorrente	de	Riscos	Ambientais	do	Trabalho	-
GIILRAT;	e
c)	Adicional	3:	para	custeio	da	aposentadoria	especial.
O	 Adicional	 2,	 chamado	 de	 adicional	 GIILRAT,	 serve	 basicamente	 para	 custeio	 da
aposentadoria	 especial	 e	 é	 devido	 em	 razão	 de	 uma	 situação	 laboral	 na	 empresa	 que	 enseje
eventos	de	acidentes	de	trabalho	(riscos	ambientais	de	trabalho).	O	Adicional	3	é	um	específico
para	a	aposentadoria	especial.
Vale	lembrar	que	nenhum	deles	incide	sobre	a	contribuição	do	MEI.
Notas:
[1]
Lei	nº	8.212/91	-	PCPS
Art.	 20.	 A	 contribuição	 do	 empregado,	 inclusive	 o	 doméstico,	 e	 a	 do	 trabalhador
avulso	 é	 calculada	mediante	 a	 aplicação	 da	 correspondente	 alíquota	 sobre	 o	 seu
salário-de-contribuição	mensal,	de	forma	não	cumulativa,	observado	o	disposto	no
art.	28,	de	acordo	com	a	seguinte	tabela:	
§	 1º	 Os	 valores	 do	 salário-de-contribuição	 serão	 reajustados,	 a	 partir	 da	 data	 de
entrada	em	vigor	desta	Lei,	na	mesma	época	e	com	os	mesmos	índices	que	os	do
reajustamento	dos	benefícios	de	prestação	continuada	da	Previdência	Social.	
§	 2º	 O	 disposto	 neste	 artigo	 aplica-se	 também	 aos	 segurados	 empregados	 e
trabalhadores	avulsos	que	prestem	serviços	a	microempresas.	
(...)
Art.	30.	A	arrecadação	e	o	recolhimento	das	contribuições	ou	de	outras	importâncias
devidas	à	Seguridade	Social	obedecem	às	seguintes	normas:
I	-	a	empresa	é	obrigada	a:
a)	arrecadar	as	contribuições	dos	segurados	empregados	e	trabalhadores	avulsos	a
seu	serviço,	descontando-as	da	respectiva	remuneração;
b)	recolher	os	valores	arrecadados	na	forma	da	alínea	a	deste	inciso,	a	contribuição
a	que	se	refere	o	inciso	IV	do	art.	22	desta	Lei,	assim	como	as	contribuições	a	seu
cargo	 incidentes	sobre	as	 remunerações	pagas,	devidas	ou	creditadas,	a	qualquer
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título,	aos	segurados	empregados,	trabalhadores	avulsos	e	contribuintes	individuais
a	seu	serviço	até	o	dia	20	(vinte)	do	mês	subsequente	ao	da	competência;		
(...)
V	-	o	empregador	doméstico	é	obrigado	a	arrecadar	e	a	recolher	a	contribuição	do
segurado	empregado	a	seu	serviço,	assim	como	a	parcela	a	seu	cargo,	até	o	dia	7
do	mês	seguinte	ao	da	competência;	
Lei	Complementar	nº	150/15Art.	35.	O	empregador	doméstico	é	obrigado	a	pagar	a
remuneração	 devida	 ao	 empregado	 doméstico	 e	 a	 arrecadar	 e	 a	 recolher	 a
contribuição	prevista	no	inciso	I	do	art.	34,	assim	como	a	arrecadar	e	a	recolher	as
contribuições,	os	depósitos	e	o	imposto	a	seu	cargo	discriminados	nos	incisos	II,	III,
IV,	V	e	VI	do	caput	do	art.	34,	até	o	dia	7	do	mês	seguinte	ao	da	competência.	
§	1º	Os	valores	previstos	nos	incisos	I,	II,	III	e	VI	do	caput	do	art.	34	não	recolhidos
até	a	data	de	vencimento	sujeitar-se-ão	à	 incidência	de	encargos	 legais	na	 forma
prevista	na	legislação	do	imposto	sobre	a	renda.	
§	2º	Os	valores	previstos	nos	incisos	IV	e	V,	referentes	ao	FGTS,	não	recolhidos	até	a
data	 de	 vencimento	 serão	 corrigidos	 e	 terão	 a	 incidência	 da	 respectiva	 multa,
conforme	a	Lei	no	8.036,	de	11	de	maio	de	1990.		
[2]
Lei	nº	8.212/91
Art.	21.	A	alíquota	de	contribuição	dos	segurados	contribuinte	individual	e	facultativo
será	de	vinte	por	cento	sobre	o	respectivo	salário-de-contribuição.		
(...)
Art.	30.	(...)	II	-	os	segurados	contribuinte	individual	e	facultativo	estão	obrigados	a
recolher	sua	contribuição	por	iniciativa	própria,	até	o	dia	quinze	do	mês	seguinte	ao
da	competência;			
[3]
Lei	nº	8.212/91
Art.	30.	(...)	§	4º	Na	hipótese	de	o	contribuinte	individual	prestar	serviço	a	uma	ou
mais	empresas,	poderá	deduzir,	da	sua	contribuição	mensal,	quarenta	e	cinco	por
cento	da	contribuição	da	empresa,	efetivamente	 recolhida	ou	declarada,	 incidente
sobre	a	remuneração	que	esta	 lhe	tenha	pago	ou	creditado,	 limitada	a	dedução	a
nove	por	cento	do	respectivo	salário-de-contribuição.			
§	5º	Aplica-se	o	disposto	no	§	4o	ao	cooperado	que	prestar	serviço	a	empresa	por
intermédio	de	cooperativa	de	trabalho.	
Lei	nº	10.666/03
Art.	4º	Fica	a	empresa	obrigada	a	arrecadar	a	contribuição	do	segurado	contribuinte
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individual	a	seu	serviço,	descontando-a	da	respectiva	remuneração,	e	a	recolher	o
valor	arrecadado	juntamente	com	a	contribuição	a	seu	cargo	até	o	dia	20(vinte)	do
mês	seguinte	ao	da	competência,	ou	até	o	dia	útil	 imediatamente	anterior	se	não
houver	expediente	bancário	naquele	dia.		
§	 1º	 As	 cooperativas	 de	 trabalho	 arrecadarão	 a	 contribuição	 social	 dos	 seus
associados	como	contribuinte	individual	e	recolherão	o	valor	arrecadado	até	o	dia	20
(vinte)	do	mês	subsequente	ao	de	competência	a	que	se	 referir,	ou	até	o	dia	útil
imediatamente	anterior	se	não	houver	expediente	bancário	naquele	dia.		
[4]
Lei	nº	8.212/91
Art.	21.	A	alíquota	de	contribuição	dos	segurados	contribuinte	individual	e	facultativo
será	de	vinte	por	cento	sobre	o	respectivo	salário-de-contribuição.		
(...)	
§	2º	No	caso	de	opção	pela	exclusão	do	direito	ao	benefício	de	aposentadoria	por
tempo	de	 contribuição,	 a	 alíquota	 de	 contribuição	 incidente	 sobre	 o	 limite	mínimo
mensal	do	salário	de	contribuição	será	de:	
I	-	11%	(onze	por	cento),	no	caso	do	segurado	contribuinte	individual,	ressalvado	o
disposto	no	 inciso	 II,	que	trabalhe	por	conta	própria,	sem	relação	de	trabalho	com
empresa	ou	equiparado	e	do	segurado	facultativo,	observado	o	disposto	na	alínea	b
do	inciso	II	deste	parágrafo;		
II	-	5%	(cinco	por	cento):	
a)	 no	 caso	 do	 microempreendedor	 individual,	 de	 que	 trata	 o	 art.	 18-A	 da	 Lei
Complementar	no	123,	de	14	de	dezembro	de	2006;	e	
b)	 do	 segurado	 facultativo	 sem	 renda	 própria	 que	 se	 dedique	 exclusivamente	 ao
trabalho	doméstico	no	âmbito	de	sua	residência,	desde	que	pertencente	a	família	de
baixa	renda.			
§	3º	O	segurado	que	tenha	contribuído	na	 forma	do	§	2o	deste	artigo	e	pretenda
contar	 o	 tempo	 de	 contribuição	 correspondente	 para	 fins	 de	 obtenção	 da
aposentadoria	por	 tempo	de	contribuição	ou	da	contagem	recíproca	do	 tempo	de
contribuição	 a	 que	 se	 refere	 o	 art.	 94	 da	 Lei	 no	 8.213,	 de	 24	 de	 julho	 de	 1991,
deverá	complementar	a	contribuição	mensal	mediante	recolhimento,	sobre	o	valor
correspondente	 ao	 limite	 mínimo	 mensal	 do	 salário-de-contribuição	 em	 vigor	 na
competência	 a	 ser	 complementada,	 da	 diferença	 entre	 o	 percentual	 pago	e	 o	 de
20%	(vinte	por	cento),	acrescido	dos	juros	moratórios	de	que	trata	o	§	3º	do	art.	5o
da	Lei	no	9.430,	de	27	de	dezembro	de	1996.
§	4º	Considera-se	de	baixa	renda,	para	os	fins	do	disposto	na	alínea	b	do	inciso	II	do
§	2º	deste	artigo,	a	 família	 inscrita	no	Cadastro	Único	para	Programas	Sociais	do
Governo	Federal	-	CadÚnico	cuja	renda	mensal	seja	de	até	2	(dois)	salários	mínimos.
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Aula41	-	Custeio	da	Previdência	Social	Parte2
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§	5º	A	contribuição	complementar	a	que	se	refere	o	§	3º	deste	artigo	será	exigida	a
qualquer	tempo,	sob	pena	de	indeferimento	do	benefício.
[5]
Lei	nº	8.212/91
Art.	 25.	 A	 contribuição	 do	 empregador	 rural	 pessoa	 física,	 em	 substituição	 à
contribuição	 de	 que	 tratam	os	 incisos	 I	 e	 II	 do	 art.	 22,	 e	 a	 do	 segurado	 especial,
referidos,	respectivamente,	na	alínea	a	do	inciso	V	e	no	inciso	VII	do	art.	12	desta
Lei,	destinada	à	Seguridade	Social,	é	de:		
I	 -	 1,2%	 (um	 inteiro	 e	 dois	 décimos	 por	 cento)	 da	 receita	 bruta	 proveniente	 da
comercialização	da	sua	produção;				
(...)
Art.	30.	A	arrecadação	e	o	recolhimento	das	contribuições	ou	de	outras	importâncias
devidas	à	Seguridade	Social	obedecem	às	seguintes	normas:	
(...)
III	 -	 a	 empresa	 adquirente,	 consumidora	 ou	 consignatária	 ou	 a	 cooperativa	 são
obrigadas	a	recolher	a	contribuição	de	que	trata	o	art.	25	até	o	dia	20	(vinte)	do	mês
subsequente	 ao	 da	 operação	 de	 venda	 ou	 consignação	 da	 produção,
independentemente	de	essas	operações	terem	sido	realizadas	diretamente	com	o
produtor	 ou	 com	 intermediário	 pessoa	 física,	 na	 forma	 estabelecida	 em
regulamento;	
(...)
XI	-	aplica-se	o	disposto	nos	incisos	III	e	IV	deste	artigo	à	pessoa	física	não	produtor
rural	que	adquire	produção	para	venda	no	varejo	a	consumidor	pessoa	física.				
[6]
Lei	nº	8.212/91
Art.	12.	(...)	§	10.	Não	é	segurado	especial	o	membro	de	grupo	familiar	que	possuir
outra	fonte	de	rendimento,	exceto	se	decorrente	de:	(...)	III	-	exercício	de	atividade
remunerada	 em	 período	 não	 superior	 a	 120	 (cento	 e	 vinte)	 dias,	 corridos	 ou
intercalados,	no	ano	civil,	observado	o	disposto	no	§	13	deste	artigo;	
(...)
§	14.	A	participação	do	segurado	especial	em	sociedade	empresária,	em	sociedade
simples,	 como	 empresário	 individual	 ou	 como	 titular	 de	 empresa	 individual	 de
responsabilidade	 limitada	 de	 objeto	 ou	 âmbito	 agrícola,	 agroindustrial	 ou
agroturístico,	considerada	microempresa	nos	termos	da	Lei	Complementar	no	123,
de	14	de	dezembro	de	2006,	não	o	exclui	de	tal	categoria	previdenciária,	desde	que,
mantido	o	exercício	da	sua	atividade	rural	na	forma	do	inciso	VII	do	caput	e	do	§	1º,
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a	pessoa	jurídica	componha-se	apenas	de	segurados	de	igual	natureza	e	sedie-se	no
mesmo	Município	ou	em	Município	limítrofe	àquele	em	que	eles	desenvolvam	suas
atividades.		
[7]
Lei	nº	8.212/91
Art.	12.	(...)	§	13.	O	disposto	nos	incisos	III	e	V	do	§	10	e	no	§	14	deste	artigo	não
dispensa	 o	 recolhimento	 da	 contribuição	 devida	 em	 relação	 ao	 exercício	 das
atividades	de	que	tratam	os	referidos	dispositivos.			
[8]
Lei	nº	8.212/91
Art.	22.	A	contribuição	a	cargo	da	empresa,	destinada	à	Seguridade	Social,	além	do
disposto	no	art.	23,	é	de:	
I	-	vinte	por	cento	sobre	o	total	das	remunerações	pagas,	devidas	ou	creditadas	a
qualquer	título,	durante	o	mês,	aos	segurados	empregados	e	trabalhadores	avulsos
que	lhe	prestem	serviços,	destinadas	a	retribuir	o	trabalho,	qualquer	que	seja	a	sua
forma,	 inclusive	 as	 gorjetas,	 os	 ganhos	 habituais	 sob	 a	 forma	 de	 utilidades	 e	 os
adiantamentos	 decorrentes	 de	 reajuste	 salarial,	 quer	 pelos	 serviços	 efetivamente
prestados,	quer	pelo	 tempo	à	disposição	do	empregador	ou	 tomador	de	serviços,
nos	 termos	 da	 lei	 ou	 do	 contrato	 ou,	 ainda,	 de	 convenção	 ou	 acordo	 coletivo	 de
trabalho	ou	sentença	normativa.
(...)
III	-	vinte	por	cento	sobre	o	total	das	remunerações	pagas	ou	creditadas	a	qualquer
título,	no	decorrer	do	mês,	aos	segurados	contribuintes	individuais	que	lhe	prestem
serviços;					
[9]
Lei	Complementar	nº	123/06
Art.	18-C.	Observado	o	disposto	no	caput	e	nos	§§	1o	a	25	do	art.	18-A	desta	Lei
Complementar,	 poderá	 enquadrar-se	 como	 MEI	 o	 empresário	 individual	 ou	 o
empreendedor	 que	 exerça	 as	 atividades	 de	 industrialização,	 comercialização	 e
prestação	de	serviços	no	âmbito	rural	que	possua	um	único	empregado	que	receba
exclusivamente	um	salário	mínimo	ou	o	piso	salarial	da	categoria	profissional.		
§	1º	Na	hipótese	referida	no	caput,	o	MEI:	
(...)
III	-	está	sujeito	ao	recolhimento	da	contribuição	de	que	trata	o	inciso	VI	do	caput	do
art.	13,	calculada	à	alíquota	de	3%	(três	por	cento)	sobre	o	salário	de	contribuição
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previsto	no	caput,	na	forma	e	prazos	estabelecidos	pelo	CGSN.

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