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Avaliações Educacionais no Brasil

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5
INTRODUÇÃO
Até 1990 as políticas educacionais eram definidas e executadas sem devidas avaliações adequadas. Dessa forma não era possível entender se as formas educacionais eram adequadas ou não.
A qualidade de ensino do país necessita de constantes reciclagens para alcançar parâmetros cada vez melhores. Tendo como objetivo esse impacto, foi tema de várias discussões no meio da educação, visando planejar e replanejar novos procedimentos de ensino e aprendizagem.
Uma das formas encontradas e usadas são as PROVA BRASIL e SARESP, que têm o objetivo de avaliar a qualidade de ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômico. Seus resultados são usados no IDEB como fonte de resultados para melhorias e novos planejamentos. Podem ser acompanhados no meio pedagógico e pela sociedade.
Nesta pesquisa encontraremos os sistemas de avaliações educacionais no Brasil, seus resultados e objetivos a serem alcançados.
1. Prova Brasil- Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC)
1.1 Características 
 A Prova Brasil é uma avaliação nacional do rendimento escolar criada para estimar a qualidade do ensino nas escolas públicas. Ela é desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). A forma de avaliação desta prova é através de testes padronizados e questionários socioeconômicos. 
A Prova Brasil está vinculada com a Avaliação Nacional da educação Básica (Aneb) e com a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). As três avaliações compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que fornece os resultados que norteiam as ações do MEC e das secretarias estaduais e municipais de educação para o aperfeiçoamento da qualidade do ensino no país e a redução das desigualdades existentes. As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas. 
1.2 Aplicação 
Especificando mais o conteúdo desta avaliação, ela é aplicada para os quintos e nonos anos do ensino fundamental, e os estudantes respondem á questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas.
Os testes de Língua Portuguesa da Anresc (Prova Brasil) têm como objetivo verificar se os alunos são capazes de apreender o texto como construção de conhecimento em diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação. A alternativa por esse foco parte da proposição de que ser competente no uso da língua significa saber interagir, por meio de textos, nas mais diferentes situações de comunicação. É uma atividade complexa, que exige ao leitor demonstrar habilidades, como reconhecer, identificar, agrupar, associar, relacionar, generalizar, abstrair, comparar, deduzir, inferir, hierarquizar.
O conhecimento de Matemática na Anresc (Prova Brasil), são consideradas capacidades, como observação, estabelecimento de relações, comunicação (diferentes linguagens), argumentação e validação de processos, estimulando formas de raciocínio, como intuição, indução, dedução e estimativa. A matriz de Matemática foi estabelecida a partir do pressuposto de que o conhecimento matemático ganha significado quando os alunos têm situações desafiadoras para resolver e trabalham para desenvolver estratégias de resolução, o que não exclui totalmente a possibilidade da proposição de alguns itens com o objetivo de avaliar se o aluno tem domínio de determinadas técnicas.
Além do teste em larga escala a prova é composta pelo questionário socioeconômico, onde os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho. O preenchimento do questionário oferece informações para contextualizar o resultado dos testes em termos dos desafios enfrentados pela escola.
 1.3 Testes de Desempenho
Os testes de desempenho contidos na Prova Brasil são os de Língua Portuguesa e Matemática e são elaborados baseados nas matrizes de referência. Essa matriz auxilia na avaliação através do conhecimento e pelos processos cognitivos de cada disciplina e ano.
A Portaria Inep n° 304, de 24 de junho de 2013, que regulamentou a edição de 2013 do Saeb, incluiu a aplicação de testes de Ciências, em caráter experimental, para efeito de validação de matrizes e escalas. Estabeleceu-se que essa primeira avaliação deveria tornar-se um diagnóstico inicial, uma avaliação piloto para o 9° ano do ensino fundamental, a qual poderia contribuir para a implementação das políticas previstas no Saeb. Dessa forma, foram propostas pelo Inep matrizes de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, contendo três dimensões ou eixos estruturantes. Essas dimensões podem ser resumidamente descritas como: as diferentes situações/contextos que envolvem ciência, tecnologia e vida em sociedade (contexto); as possíveis ações/operações que devem ser efetivadas pelos aprendizes nessas situações (operações cognitivas); e os diferentes conhecimentos mobilizados para tal (objetos de conhecimento ou eixos temáticos).
Estudo exploratório de Ciências (Saeb 2013)
A Portaria Inep n° 304, de 24 de junho de 2013, que regulamentou a edição de 2013 do Saeb, incluiu a aplicação de testes de Ciências, em caráter experimental, para efeito de validação de matrizes e escalas. Estabeleceu-se que essa primeira avaliação deveria tornar-se um diagnóstico inicial, uma avaliação piloto para o 9° ano do ensino fundamental, a qual poderia contribuir para a implementação das políticas previstas no Saeb. Dessa forma, foram propostas pelo Inep matrizes de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, contendo três dimensões ou eixos estruturantes. Essas dimensões podem ser resumidamente descritas como: as diferentes situações/contextos que envolvem ciência, tecnologia e vida em sociedade (contexto); as possíveis ações/operações que devem ser efetivadas pelos aprendizes nessas situações (operações cognitivas); e os diferentes conhecimentos mobilizados para tal (objetos de conhecimento ou eixos temáticos).
1.4 Correção e Resultados 
Os resultados dos testes de desempenho das avaliações de larga escala desenvolvidas pelo Inep são produzidos mediante análises estatísticas baseadas nas respostas dos participantes aos itens do teste.
as análises são pautadas na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a qual permite comparar os resultados ao longo das edições, mesmo quando os alunos respondem a conjuntos de itens distintos. A TRI se baseia em modelos matemáticos que pressupõem que a probabilidade de resposta de um participante do teste é função da sua proficiência e dos parâmetros dos itens. Uma escala de proficiência construída com base na TRI atribui a cada item do teste uma posição que reflete o seu grau empírico de dificuldade, ou seja, o grau de dificuldade observado de acordo com o comportamento do item quando apresentado a participantes de diversos níveis de proficiência. 
Com base nos resultados dos estudantes nos testes de desempenho, é calculada a proficiência média, indicador que, combinado a outros indicadores de contexto, permite o acompanhamento do progresso dos sistemas educacionais, além do monitoramento de políticas públicas voltadas à educação.
2. SARESP- Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo 
2.1 Características 
Um dos grandes imperativos para alcançar uma educação de qualidade são as avaliações, praticamente um consenso entre educadores no Brasil desde 1990,quando foi lançado o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), atualmente composto pela Prova Brasil, Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). 
Na rede pública, os alunos são avaliados por meio do sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, o chamado Saresp.
As turmas do 3º, 5º, 7º, 9º anos do Ensino Fundamental e da 3º série do Ensino Médio fazem provas de Língua Portuguesa e Matemática.
O SARESP tem como finalidade fornecer os resultados de Língua Portuguesa e de Matemática,de cada escola estadual e municipal, para a composição do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP), como um dos critérios de acompanhamento das metas a serem atingidas pelas escolas. E transmitir publicamente os resultados da avaliação, informando os índices gerais de participação dos alunos e a média de proficiência do conjunto das redes municipais e escolas particulares integrantes da avaliação, acompanhados da distribuição dos alunos nos diferentes níveis de proficiência, considerando os anos/série e as disciplinas avaliadas.
2.2 Aplicações 
As provas são aplicadas nos 3º anos do ensino fundamental, por professores dos 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental, da própria escola, em turmas diversas daquelas nas quais lecionam e nos demais anos/séries do ensino fundamental e médio, por professores de outras escolas, observando o Plano de Aplicação das Provas, elaborado pelas Diretorias de Ensino.
Os professores aplicadores das redes estaduais e municipais serão convocados pelas respectivas autoridades educacionais de competência, mediante do ato de convocação que deverá conter a indicação da unidade escolar em que cada um irá atuar.
2.3 Correção e Resultados 
No presente relatório, o conjunto de escolas que integram a rede estadual de São Paulo é formado pelas unidades administradas pela Secretaria Estadual da Educação/SP e pelas Escolas Técnicas Estaduais – ETE. Para fins de apresentação dos resultados e análises subsequentes, as Escolas TO SARESP 2016 avaliou 19.451 alunos da 3ª série do Ensino Médio de 200 Escolas Técnicas Estaduais – ETE, vinculadas ao Centro Paula Souza, envolvendo 635 turmas. A participação dos alunos atingiu 85%. Para a avaliação dessas escolas, foram mobilizados diretores, aplicadores e fiscais. 
3. IDEB- Índice de desenvolvimento da Educação Básica
3.1 Características 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) FOI CRIADO EM 2007.
Através de uma pesquisa realizada com a Fundação Victor Civita ,constatou que 47% dos coordenadores pedagógicos de escolas, não sabem o que representa esse número para a educação .
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é uma iniciativa brasileira que foi criada como primeiro passo, para aferir como está a qualidade de aprendizado no país e determinar os próximos passos para as melhorias nas políticas educacionais.
Criado em 2007 pelo Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira (INEP), é um órgão de poder absoluto do Ministério da Educação(MEC).
O IDEB tem uma variável em escala de zero a dez e com seus resultados aponta a qualidade de ensino e seu monitoramento também pode ser acompanhado pela população. É um meio confiável e absoluto, no qual a comunidade pode se mobilizar em busca de melhores resultados na qualidade de ensino.
O IDEB é calculado por dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo INEP. Através do Censo Escolar, que se realiza anualmente, é encontrado o índice de aprovação e as médias de desempenho que constam no cálculo são da PROVA BRASIL,para as escolas e municípios, e do Sistema e Avaliação da Educação Básica (SAEB), para estados e o País,realizados a cada dois anos.
A fórmula de cálculo utilizada são as notas da língua portuguesa e matemática que tem como padrão uma escala de zero a dez. Em seguida, essa nota é multiplicada pela taxa de aprovação, que vai de 0% a 100%.
Fórmula do IDEB:
EXEMPLO:
7X70%=7X0,7=4,9
O IDEBpossui metas que foram definidas para o alcance das melhorias na Educação. Tem como base:
Se o país tem estudantes com notas consideradas boas e o índice de aprovados maior nas escolas,é um grande apontador de que as melhorias estão sendo alcançadas no aprendizado e nas políticas educacionais.Para todas as escolas, municípios,estados e federação foi criado metas pelo MEC.
O grande objetivo do IDEB, estabelecido pelo MEC, visa para o Brasil como meta para até 2022,ano bicentenário da Independência do Brasil,uma conquista de 6 pontos no IDEB da primeira etapa no Ensino Fundamental,tendo isso como principal objetivo. Usando como base a média dos estudantes dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A nota do Brasil para essa etapa de ensino era 3,8 em 2005,foi o primeiro dado disponível (antes da criação do IDEB, em 2007). As metas são diferenciadas para cada rede e escola.
Para que a meta de 6 seja alcançada dependerá do grau de envolvimento de todos. Estados, Municípios e escolas deverão melhorar seus índices e contribuir de forma conjunta, para que a meta seja alcançada. Aqueles que já têm um índice bom devem continuar sua evolução. As escolas e redes com dificuldades, as metas estabelecem em esforço concentrado, para que a reação seja rápida, aconteça a evolução e,assim, diminua a desigualdade na educação.
IDEB - Resultados e Metas
Parte superior do formulário
IDEB 2005, 2007, 2009, 2011, 2013, 2015 e Projeções para o BRASIL
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
	
	
	IDEB Observado
	Metas
	
	2005
	2007
	2009
	2011
	2013
	2015
	2007
	2009
	2011
	2013
	2015
	2021
	Total
	3.8
	4.2
	4.6
	5.0
	5.2
	5.5
	3.9
	4.2
	4.6
	4.9
	5.2
	6.0
	Dependência Administrativa
	Estadual
	3.9
	4.3
	4.9
	5.1
	5.4
	5.8
	4.0
	4.3
	4.7
	5.0
	5.3
	6.1
	Municipal
	3.4
	4.0
	4.4
	4.7
	4.9
	5.3
	3.5
	3.8
	4.2
	4.5
	4.8
	5.7
	Privada
	5.9
	6.0
	6.4
	6.5
	6.7
	6.8
	6.0
	6.3
	6.6
	6.8
	7.0
	7.5
	Pública
	3.6
	4.0
	4.4
	4.7
	4.9
	5.3
	3.6
	4.0
	4.4
	4.7
	5.0
	5.8
Anos Finais do Ensino Fundamental
	
	
	IDEB Observado
	Metas
	
	2005
	2007
	2009
	2011
	2013
	2015
	2007
	2009
	2011
	2013
	2015
	2021
	Total
	3.5
	3.8
	4.0
	4.1
	4.2
	4.5
	3.5
	3.7
	3.9
	4.4
	4.7
	5.5
	Dependência Administrativa
	Estadual
	3.3
	3.6
	3.8
	3.9
	4.0
	4.2
	3.3
	3.5
	3.8
	4.2
	4.5
	5.3
	Municipal
	3.1
	3.4
	3.6
	3.8
	3.8
	4.1
	3.1
	3.3
	3.5
	3.9
	4.3
	5.1
	Privada
	5.8
	5.8
	5.9
	6.0
	5.9
	6.1
	5.8
	6.0
	6.2
	6.5
	6.8
	7.3
	Pública
	3.2
	3.5
	3.7
	3.9
	4.0
	4.2
	3.3
	3.4
	3.7
	4.1
	4.5
	5.2
Ensino Médio
	
	
	IDEB Observado
	Metas
	
	
	
	
	2005
	2007
	2009
	2011
	2013
	2015
	2007
	2009
	2011
	2013
	2015
	2021
	Total
	3.4
	3.5
	3.6
	3.7
	3.7
	3.7
	3.4
	3.5
	3.7
	3.9
	4.3
	5.2
	Dependência Administrativa
	Estadual
	3.0
	3.2
	3.4
	3.4
	3.4
	3.5
	3.1
	3.2
	3.3
	3.6
	3.9
	4.9
	Privada
	5.6
	5.6
	5.6
	5.7
	5.4
	5.3
	5.6
	5.7
	5.8
	6.0
	6.3
	7.0
	Pública
	3.1
	3.2
	3.4
	3.4
	3.4
	3.5
	3.1
	3.2
	3.4
	3.6
	4.0
	4.9
Os resultados marcados em verde referem-se ao Ideb que atingiu a meta.
Fonte: Saeb e Censo Escolar.
Atualizado em 05/09/2016
 
 3.2 Opiniões de Educadores sobre o IDEB 
 3.2.1 Segundo Beatriz Rey 
Para Beatriz Rey, jornalista e doutoranda em ciência política na Universidade de Syracuse (NY), apesar da necessidade de melhorias tanto na forma de divulgação quanto no próprio instrumento, o IDEB cumpre um papel muito importante na avaliação da qualidade ao sintetizar a proficiência em leitura e matemática dos estudantes, medida na Prova Brasil, e a taxa de aprovação. “Por meio dele conseguimos saber que em 2016 o abismo entre as escolas públicas e particulares é menor do que nunca porque a educação privada piorou”, exemplifica. O IDEB do ensino médio nas redes estaduais foi de 3,4, em 2013, para 3,5, em 2015. Nas escolas particulares o índice caiu de 5,4 para 5,3, o fosso entre escolas públicas e privadas caiu de 59% para 51%. Mesmo assim, nenhuma das redes bateu a meta, que é 4 para as estaduais e 6,3 para privadas.
“Ainda que seja parcial, por não incorporar à métrica os indicadores extraescolares como nível socioeconômico, há maneiras de discutirmos o Ideb sem desconstruí-lo”, propõe Beatriz. Na análise da cientista política, desde que o Brasil universalizou a matrícula no começo da década de 1990 e cada vez mais crianças foram para a escola, a existência de um mecanismo de checagem para saber se o direito a aprendizagem é ou não alcançado se tornou imprescindível. “O discurso de que o Ideb é insuficiente me incomoda, porque precisamos identificaro problema da qualidade na ponta”, afirma.
 3.2.2 Segundo Antonio Augusto Batista 
Na avaliação de Antonio Augusto Batista, coordenador de Pesquisa do Cenpec e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o caso do Ceará deve ser pensado como resultado de uma política de longo prazo, que começou nos anos 1990, com a municipalização do ensino fundamental e da educação infantil.
Um estudo publicado pelo Cenpec em 2013, do qual Batista participou, já destacava que o Ideb das escolas, municípios e Centros Regionais de Desenvolvimento do Ceará (Credes) vinha crescendo desde 2005, com aumento de equidade nos anos iniciais, ou seja, o aprendizado das crianças mais pobres seguia uma tendência de se aproximar ao aprendizado das crianças mais ricas – exceto em Fortaleza, onde o peso do nível socioeconômico e a segregação espacial se mostram maiores.
Batista explica que, independentemente da gestão, o estado se mostrou mobilizado para as causas educacionais desde que os municípios optaram por municipalizar primeiro o ensino fundamental 1 e depois o ensino fundamental 2. “A pesquisa que fizemos mostra que não ocorreu descontinuidade das políticas, apesar de o estado ter passado por governos de diferentes partidos”, aponta. Segundo o pesquisador, o que se mantém é uma política de ganhos por acumulação: “primeiro a municipalização, depois a universalização da matrícula e depois a melhoria de qualidade”.
O professor destaca que, no caso do Ceará, municipalizar o ensino fundamental não significou o abandono do estado como formulador e coordenador de políticas. “O estado assumiu um papel de indutor da melhoria em regime de colaboração com municípios, formulando as políticas em forma de pacto, com as Credes acompanhando os municípios de gestão em gestão, estabelecendo metas de aprendizado, discutindo o plano pedagógico com os gestores municipais”, afirma.
Ele também destaca que no Ceará todos os professores, diretores e prefeitos são cobrados para que todos os alunos, independentemente da origem social, aprendam. “Um dos pontos polêmicos no Ceará é que há uma redução das funções da escola, com grande foco em leitura e matemática no 4º e no 5º anos, quando outras áreas do conhecimento, como estudos sociais, tendem a desaparecer”, pondera.
Segundo Batista, outras políticas polêmicas no estado são a bonificação e a responsabilização. As escolas que atingem melhores pontuações recebem mais recursos financeiros. “Nossa pesquisa mostra que essa característica, no entanto, não acirra uma competição entre as escolas de lá; o prestígio conta mais do que o prêmio”, analisa. Ainda no que diz respeito ao professor, o pesquisador avalia que com o tempo os docentes ganharam mais liberdade para escolher os materiais, antes muito homogêneos. Já em termos de responsabilização, os prefeitos que não atingem as metas deixam de receber recursos, “o que por um lado é positivo porque responsabiliza o gestor, mas por outro lado afeta a ponta, pois quem deixa de receber o recurso é o município”, destaca.
 4. ANA- Avaliação Nacional de Alfabetização
 4.1 Características 
A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) tem como finalidade avaliar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática, dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental I. 
Na Língua Portuguesa, são avaliadas habilidades de escrita convencional e produção de texto, capacidade de gerar o conteúdo textual de acordo com o gênero solicitado e de organizar tal conteúdo, respeitando os aspectos ortográficos e gramaticais de acordo com o esperado para faixa etária.
Em Matemática, são avaliados o contexto numérico, álgebra, geometria, capacidade de compreender e relacionar medidas e grandezas, entre outras.
A ANA também avalia o nível socioeconômico dos alunos, os professores e gestores das Intuições de Ensino que atendem ao Ciclo de Alfabetização, a fim de aferir informações sobre as condições de infraestrutura; formação de professores; gestão da unidade escolar; organização do trabalho pedagógico, entre outras. Considera-se que estes fatores, influenciam de forma positiva e ou negativa no processo educacional. 
Os resultados obtidos através das avaliações da ANA, contribuem para melhoria e aperfeiçoamento no processo de alfabetização.
A ANA é realizado anualmente em todas as escolas públicas urbanas e rurais, e a aplicação juntamente com a correção, são feitas pelo INEP. 
Tem como principais objetivos:
· - Avaliar o nível de alfabetização dos educandos no 3º ano do ensino fundamental;
· - Produzir indicadores sobre as condições de oferta de ensino;
· - Concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e redução das desigualdades, em consenso com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional.
4.2 Testes de Desempenho 
A ANA avalia o começo do aprendizado, da norma ortográfica e o domínio progressivo da escrita, para isso os testes destinados a avaliar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e em Matemática são compostos por 20 (vinte) itens. Em Língua Portuguesa, o teste é composto por 17 (dezessete) itens objetivos de múltipla escolha e 3 (três) itens de produção escrita. Em Matemática, serão aplicados aos estudantes, 20 (vinte) itens objetivos de múltipla escolha. 
Os testes são realizados na própria escola do aluno, por pessoas capacitadas, a fim de garantir a coleta de dados de modo padronizado.
 4.3 Inclusão 
Segundo o Censo da Educação Básica, cerca de seis mil alunos têm necessidades especiais. Diante dessa informação, a ANA inovou a partir de 2016, com um método avaliativo para alunos com deficiência. Estes, são atendidos em ambientes apropriados, contam com provas mais ampliadas e em braile, além de provas traduzidas para vídeolibras, novo recurso adotado pelo Inep. 
De acordo com a diretora de gestão e planejamento, Eunice Santos: “A ANA é um dos mais importantes instrumentos para a gestão das políticas de educação no Brasil”, diz. “Precisamos garantir que nossas crianças aprendam a ler e a escrever na idade adequada.” Portanto, esse esforço à inclusão, é fundamental para garantir o diagnóstico da alfabetização brasileira.
 4.4 Resultados 
Os resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), são	informados por Instituição de Ensino, Município e Unidade Federativa, e podem ser analisados pela gestão e ou equipes pedagógicas das instituições de ensino. Esses resultados podem ser questionados e se necessário, revisados até quinze dias após a divulgação.
Além do Boletim Escolar, em 2014 foi inaugurado o Painel Educacional, disponibilizado pelo Inep, a fim de apresentar informações do contexto educacional e colaborar para o monitoramento do direito à educação.
Segundo Renato Janine Ribeiro, ministro da Educação, “Esses dados, uma vez entregues a cada rede de educação e a cada escola, vão indicar muito bem aos responsáveis onde deve ser a intervenção pedagógica principal”
A ANA, assim como a Prova Brasil, é elaborada a partir de matrizes de referências. Os conteúdos relacionados às competências e habilidades esperadas pela faixa etária e disciplina, foram subdivididos em partes menores, especificando os itens a serem medidos na prova.
Como demonstram seguintes tabelas:
Os resultados da avaliação de Matemática e Língua Portuguesa, são organizados em uma escala numérica de proficiência, que vai de 0 a 500.
Para melhor compreensão da tabela, é necessária uma interpretação pedagógica dos resultados por meioda descrição em cada nível.
 4.5 Demonstrativos de Resultados- ANA
De acordo com os resultados das Avalições referente a alfabetização, percebe-se uma defasagem na educação às crianças brasileiras. 
Conforme demonstra tabelas abaixo:
Diante do baixo nível de alfabetização, apontado pela ANA, mais de 50% das crianças possuem níveis insuficientes referente a alfabetização, o MEC implantou a Política Nacional de Alfabetização, um conjunto de iniciativas que envolvea Base Nacional Comum Curricular, formação de professores, o protagonismo das redes, o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) com o objetivo de combater e reverter essa situação nas escolas brasileiras.
A alfabetização é a porta de entrada para o conhecimento, importante instrumento na formação de um cidadão e ferramenta essencial para o desenvolvimento de uma nação.
 5. Conclusão
As avaliações Educacionais têm sido reflexivas e essenciais para o progresso da Educação. Conclui-se, que o objetivo de tais avaliações não se restringe apenas em medir o conhecimento, mas ampliar as visões dos processos educacionais e minimizar a desigualdade na educação.
Os critérios utilizados nas avaliações, exige que as instituições de ensino se dediquem e trabalhem com propósitos concretos, visando aprimorar os métodos aplicados e identificar áreas que necessitam maior atenção e empenho.
As avaliações aplicadas aos alunos e escolas, não é um processo individual, mas um conjunto de informações que são agrupadas, a fim de proporcionar dados estatísticos que contribuirão para uma visão ampla do Sistema Educacional. Esses dados estatísticos, são desmembrados aos Estados, e consequentemente Municípios, cujos serão analisados pelo órgão competente, que visará as melhorias necessárias e ou reorganização do processo.
Diante das pesquisas realizadas para este trabalho, aprimoramos e enriquecemos o conhecimento sobre as políticas educacionais. Pode-se dizer que a melhor compreensão do conteúdo, nos permite analisar de uma forma técnica o contexto educacional, os avanços e os esforços destinados à esta.
Oferecer um ensino de qualidade. Visando não somente o conhecimento, mas também o desenvolvimento social da criança, respeitando suas limitações em um contexto geral, são objetivos para alcançar a excelência na educação. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/17208/perguntas-e-respostas-o-que-e-o-ideb-e-para-que-ele-serve/
Fonte: http://ideb.inep.gov.br/resultado/resultado/resultadoBrasil.seam?cid=2922507
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