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docncia e metodologia do ensino superior aula 3


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Curso: Docência do Ensino Superior 
Disciplina: Docência e Metodologia para o Ensino Superior 
Apresentação 
 
A aprendizagem é um processo que acontece continuamente, durante toda a 
vida. É produto da interação do indivíduo com o meio e com outros indivíduos. 
Partindo dessas interações acontece a apropriação de conhecimentos, de valores, o 
desenvolvimento de habilidades. A aprendizagem é o objeto da prática docente, pois 
não há ensino sem aprendizagem. 
Como o foco da aprendizagem e do trabalho do professor é o sujeito que 
aprende, é essencial que ele conheça o processo de aprendizagem e estratégias 
que possam otimizar seu trabalho. Dessa forma, a proposta desta aula é 
compreender a especificidade do trabalho do professor do Ensino Superior e as 
estratégias pedagógicas nesse contexto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03: Estratégias pedagógicas no Ensino Superior 
 
3.1 FATORES DA APRENDIZAGEM 
 
 O processo de aprendizagem acontece com todas as pessoas, mas não 
acontece da mesma forma para todos. Cada pessoa vive em um ambiente, com 
interações diferentes. Mesmo os irmãos, criados em um ambiente comum, interagem 
de forma diferente com o meio e com outras pessoas. Isso determina diferentes 
formas de aprendizagem. Algumas pessoas aprendem melhor com estímulos 
visuais, enquanto outras têm mais facilidade quando estimuladas auditivamente. 
Algumas pessoas preferem atividades que envolvam a coordenação motora, 
enquanto outras dão preferência a atividades que envolvam a escrita, ou o cálculo. 
 Já se sabe que há vários fatores envolvidos na aprendizagem e que precisam 
ser considerados pelo professor. Alguns deles são apresentados a seguir. 
 Fatores emocionais: a ansiedade e a autoestima são fatores que influenciam 
a aprendizagem e com os quais o professor universitário precisa lidar, 
frequentemente. Temos um grupo heterogêneo de alunos, com adolescentes 
e idosos, por vezes, integrando uma mesma turma. É preciso, então, 
promover atividades diversificadas e que valorizem e estimulem todos os 
estudantes, o que contribui com a minimização da influência negativa dos 
fatores emocionais. 
 Fatores sociais: a origem social deixa marcas indeléveis no indivíduo, e tem 
grande influência nos alunos adultos que são o público do ensino superior. 
Cada vez mais o acesso ao ensino superior é democratizado, o que implica 
em um maior cuidado com o trato aos alunos. 
 Motivação: não há aprendizagem sem motivação. Por isso, o professor deve 
auxiliar. E isso pode acontecer através de ações simples, como uma atitude 
entusiasta do próprio docente e a diversificação do formato das aulas. 
 Hábitos de estudo: embora muito se fale sobre a importância da adoção de 
hábitos saudáveis e regulares de estudo, muitos alunos não dão atenção a 
esse aspecto e acabam por ter resultados negativos. O professor deve 
orientar seus alunos a planejar uma rotina de estudos, traçando objetivos 
realistas (conforme seu cotidiano), sendo organizado e pontual com as tarefas 
assumidas. São ações elementares, mas que têm relação direta com o 
rendimento (bom ou mau) do aluno. 
 O aluno do Ensino Superior já está familiarizado com a educação escolar e 
tem uma bagagem de informações e vivências acumuladas que precisam ser 
levadas em consideração. Apesar disso, ele ainda está em formação, uma vez que 
as pessoas aprendem durante toda a vida. Assim, é importante que o docente do 
ensino superior lance seu olhar ao aluno como um todo, a fim de lhe proporcionar 
uma formação integral. Mais do que formação acadêmica, é preciso oferecer ao 
aluno uma formação pessoal e acadêmica que lhe permita o pleno exercício da vida 
em sociedade. 
 No Ensino Superior muitos problemas acompanham os alunos e estão 
diretamente relacionados a seu rendimento acadêmico. Há, mesmo no Ensino 
Superior, alunos com dificuldades de aprendizagem (por vezes não percebidas ou 
relegadas a segundo plano até então), com dificuldades de leitura, de escrita, de 
concentração, de memorização. Alunos que, simplesmente, não sabem como 
estudar. Alunos fatigados, devido à jornada dupla ou tripla que assumem para 
(sobre)viver. Esses e outros problemas exigem que o professor busque formas de 
superá-los. 
 
Saiba Mais 
Confira, no artigo, estratégias para incentivar o hábito da leitura nos alunos 
adultos: 
http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/como-formar-leitores-ja-sao-adultos-
580110.shtml 
 
 Pode-se perceber, então, que apesar do aparente status conferido pela 
docência no Ensino Superior, ela exige a mesma dedicação que o exercício da 
docência na educação básica. É preciso rever e reconsiderar conceitos, 
ressignificando a prática docente. Para tanto, é necessário que o professor do 
Ensino Superior considere as condições e os estilos de aprendizagem de seus 
alunos e supere a transmissão de conhecimentos, construindo uma estratégia de 
ensino que objetive, de fato, a aprendizagem do aluno numa perspectiva 
emancipatória. 
 Nesse sentido, é importante que o professor do Ensino Superior conheça 
como se dá a aprendizagem do aluno adulto (pois ele não aprende como a criança; 
assim, conhecimentos de andragogia são necessários). O aluno adulto é autônomo 
e o professor precisa saber estimular essa autonomia, utilizando estratégias que 
permitam a participação dos alunos. Além disso, o aluno adulto tem a necessidade 
de saber por que deve aprender algo, o conhecimento precisa estar relacionado ao 
seu cotidiano. Daí a importância de o professor considerar a bagagem de 
conhecimentos que o aluno já detém, buscando aproveitá-la orientando o aluno a 
utilizar adequadamente essa experiência, associada ao cabedal teórico do qual ele 
se apropria nos bancos da universidade. Assim, o professor estará contribuindo com 
a formação do aluno do ensino superior. 
Muitos docentes do Ensino Superior tem uma formação específica em outras 
áreas. E esses professores, por vezes, adotam as estratégias pedagógicas que 
conheceram como alunos, reproduzindo um pensamento já superado. Decorre daí a 
necessidade de organizar o trabalho docente com base na reflexão e no 
questionamento dos interesses do próprio professor e do aluno que pretende formar, 
programando situações de aprendizagem. E isso acontece através do planejamento. 
 Há vários níveis de planejamento, por exemplo: 
 Planejamento educacional (autoridades educacionais) 
 Planejamento institucional (IES) 
 Planejamento curricular (curso) 
 Planejamento do ensino 
 É necessário que o professor realize um criterioso planejamento de ensino. 
Um planejamento que contemple os objetivos, os conteúdos, as estratégias, os 
recursos e a avaliação. Que reflita um olhar ao grupo e a cada aluno, considerando 
a individualidade de cada um e promovendo uma formação integral. Um 
planejamento que anteveja as possíveis dificuldades, minimizando-as, e que 
promova uma relação de parceria entre professor e alunos. 
 Não é possível separar o que se ensina da maneira como é ensinado. Para 
que tenha sucesso do exercício da docência, então, é preciso realizar um bom 
planejamento, que sirva como um guia e oriente a prática. O planejamento é quando 
o professor aproveita seus conhecimentos e une a eles sua visão de mundo, 
traçando o roteiro de onde pretende chegar. É um momento muito importante e que 
merece ter essa importância reconhecida – o que nem sempre acontece. 
 
Um bom planejamento deve apresentar com clareza os objetivos – considerado a 
partir da realidade, ou seja, objetivos que possam ser atingidos e não objetivos 
utópicos. Deve descrever os conteúdos e a forma como serão trabalhados, 
prevendo ainda a forma como serão avaliados. Tudo com coerência e objetividade, 
aliando a teoria à prática e considerando o contexto de sua efetivação – a 
instituição. 
 
 
É necessário lembrar que o planejamento, embora seja um guia que norteia o 
trabalho docente, precisaser flexível. Ele, ao mesmo tempo, orienta e é orientado 
pela prática. Planejar todo um período (bimestre, semestre, ano) em seu início é 
importante mas, no momento inicial, o professor não tem disponíveis todos os 
elementos necessários para a construção de um planejamento que possa ser 
seguido, letra a letra, até o final do período pois, durante sua efetivação, terá acesso 
a outros aspectos que precisarão ser considerados e que podem, inclusive, 
determinar uma mudança nos rumos do trabalho. O planejamento é um instrumento 
para otimizar o trabalho docente, e não uma armadura que impede o professor de 
tomar atitudes que contribuam para o aprimoramento de seu trabalho. 
Uma condição imprescindível à realização de um bom trabalho é, também, o 
conhecimento da legislação do ensino superior e dos documentos legais que regem 
a educação nacional, estadual e municipal, bem como da instituição à qual se está 
vinculado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LEI DE DIRETIRZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL 
(LDB) – LEI Nº 9394/96. 
 
 
A Lei nº 9394/96 trata da Educação Superior em seu Capítulo IV. O Artigo 43 explicita as 
finalidades da Educação Superior: 
 
Art. 43. A educação superior tem por finalidade: 
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento 
reflexivo; 
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em 
setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e 
colaborar na sua formação contínua; 
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, 
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; 
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações 
ou de outras formas de comunicação; 
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar 
a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa 
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; 
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os 
nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta 
uma relação de reciprocidade; 
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das 
conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica 
geradas na instituição. 
 
 
 A partir dessas finalidades, contempladas na Lei, as instituições e os 
professores devem planejar seu trabalho. Sabe-se que a realidade está muito 
distante do ideal e que, por vezes, parece impossível efetivar tudo o que a legislação 
determina. Mas é preciso empreender todos os esforços necessários para fazê-lo. 
 Diante de tantas questões, o professor pode ficar em dúvida sobre qual a 
metodologia ideal. No entanto, não há um modelo padrão; são várias as 
possibilidades e cada professor deve encontrar aquela que melhor articule teoria e 
prática e reflita suas próprias características, sempre tendo o conteúdo como cerne. 
É essencial que conteúdo e forma estejam em consonância. 
 A forma como o conteúdo é trabalhado é decisiva no resultado do processo 
de ensino e aprendizagem. Por mais interessante que um conteúdo seja, se 
abordado de maneira desinteressante, será apreendido superficialmente pelos 
alunos. Isso implica em que o professor escolha sua estratégia procurando, sempre, 
a melhor abordagem para a aprendizagem de seus alunos. Assim, o professor 
confere à sua disciplina a relevância que merece. 
 O professor está avaliando seus alunos durante todo o tempo, ao mesmo 
tempos em que é avaliado por eles. E os alunos valorizam as práticas docentes 
desafiadoras, que relacionam o conteúdo à prática social e, sobretudo, à prática 
profissional. É essa vinculação que os alunos esperam e cabe ao professor buscar o 
atendimento a essa expectativa. 
 Com esse fim, o professor planeja seu trabalho da melhor forma possível. 
Depara-se com uma infinidade de técnicas e dinâmicas que sugerem que, através 
delas, o ensino será eficiente e a aprendizagem será facilitada. Por vezes, também 
encontra um “pacote” de sugestões de sua instituição, que “deve” ser adotado. 
Quanto mais experiência tem o professor, mais facilidade em lidar com essas 
situações. Contudo, o professor novato tem imensa dificuldade em planejar seu 
trabalho, atendendo a tudo o que se espera dele. 
 Mais importante do que optar por uma técnica ou adotar uma estratégia é o 
professor não ficar refém dela. Para tanto, o professor pode diversificar as técnicas 
e, inclusive, desenvolver sua própria técnica com base nos objetivos, nos conteúdos 
e nas características de seus alunos. A fim de oferecer subsídios para essa tarefa, 
lista-se a seguir algumas técnicas bastante utilizadas por professores universitários, 
com o embasamento de Moreira (2003). 
 
 
 
 
 
 
3.1.1 AULA EXPOSITIVA 
 
 
Fonte: http://www.sequencialctp.com.br/img/site/unidades/unid1-foto1.jpg 
 
A aula expositiva é o método mais antigo de aula. Talvez por isso seja visto 
como uma técnica ultrapassada, que denota autoritarismo do professor e não 
estimula a relação crítica do aluno com o conhecimento. É aquela aula em que o 
professor disserta, auxiliado por alguns recursos. 
 As críticas à aula expositiva baseiam-se no fato em que, por vezes, é 
realizada sem auxílio de recursos (ou com poucos e desinteressantes recursos), o 
conteúdo é exposto desconsiderando o aluno e o professor acaba por realizar um 
monólogo. É a prática da educação bancária, termo cunhado por Paulo Freire para 
definir uma prática pedagógica na qual o professor “deposita” conteúdos sobre seus 
alunos para que sejam reproduzidos por eles, sem reflexão. Mas, para ser utilizada 
ainda hoje – e quando bem realizada, com sucesso – é porque, certamente, 
apresenta diversos pontos positivos. 
 A aula expositiva pode ser realizada com facilidade, permite sua adaptação 
aos mais diversos públicos, conteúdos e recursos e, por isso, pode e deve ser 
utilizada. Para superar aquelas características que a desabonam, o professor 
precisa atuar com entusiasmo e estabelecer uma relação harmônica e de parceria 
com os alunos. Nesse aspecto, o contato visual que estabelece com seus alunos 
merece atenção. 
Importante 
 
É importante que o professor utilize a expressão corporal e a entonação da voz a 
seu favor, quebrando a monotonia da aula. Uma boa utilização da voz, atentando à 
respiração, intensidade, dicção, velocidade e ritmo é primordial. É possível superar 
essas dificuldades com o apoio e a orientação de um profissional em 
Fonoaudiologia. 
 
 
 
A utilização de recursos visuais pode tornar a aula mais dinâmica e 
interessante, estimulando a atenção dos alunos. Realmente, é difícil manter a 
concentração na fala de uma única pessoa durante um longo tempo. Isso só é 
possível quando recursos diferenciados são utilizados e o professor precisa ser 
espontâneo e variar sua aula expositiva. 
Evidentemente, para uma boa aula expositiva o professor precisa dominar o 
conteúdo e prepará-la cuidadosamente, considerando vários pontos de vista acerca 
de uma mesma questão e apresentando exemplos que sejam significativos, 
vinculando o conteúdo apresentado à prática pessoal e profissional dos alunos. 
Em qualquer que seja a técnica, o feedback dos alunos tem relevância. O 
professor deve estar atento à reação dos alunos para que possa atender suas 
expectativas, primando sempre por sua aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.2 DISCUSSÕES EM CLASSE 
 
 
 Fonte: http://www.aconteceporaqui.portalgens.com.br/wp-content/uploads/2012/11/verdao3.jpeg 
 
 Muitas vezes a propostade discussões em classe nos remete à ideia de 
discordância, de brigas. Mas não é o caso. As discussões em classe são muito 
adequadas ao ensino universitário – embora não se apliquem a todas as turmas e 
situações. Assim como todas as técnicas, exige preparação do professor para sua 
realização. 
 A discussão em grupos estimula a reflexão, oportuniza a (re)formulação dos 
conteúdos pelos alunos, facilita a coexistência de diferentes pontos de vista, 
estimula as relações interpessoais e o pensamento crítico. O desenvolvimento de 
competências como a comunicação e a resolução de conflitos também é possível 
com a utilização dessa técnica. 
 Pode-se iniciar uma discussão a partir de uma experiência comum, o que 
envolve o grupo e mantém o foco. Utilizar perguntas para iniciar uma discussão é 
outra possibilidade, bem como a formulação de problemas. 
 Esteja atento para que todos participem. Para tanto, o professor precisa 
enfatizar a importância da discussão e estimular a participação. Dispor o grupo em 
círculo ou semicírculo favorece a participação, assim como a garantia de um tempo 
suficiente para que todos possam se manifestar. Saber ouvir e respeitar as opiniões 
são hábitos a serem desenvolvidos. 
 Tão importante quanto iniciar bem uma discussão é concluí-la da mesma 
forma. Assim, a discussão deve ser encerrada quando ainda não tiver se esgotado, 
“amarrando” as ideias discutidas. É bom que se vá indicando que a discussão está 
chegando ao fim, para que não seja finalizada abruptamente. 
 Há várias técnicas para discussão em pequenos grupos, como o grupo de 
cochicho e o G.V.G.O. (grupo de verbalização e grupo de observação) e tantas 
outras, apresentadas por Gil (2011), que podem tornar as aulas mais dinâmicas e 
atrativas. 
 
3.1.3 SEMINÁRIO 
 
 
Fonte: http://rehagronoticia.w3erp.com.br/w3dados/publicidade_2009/portal/imagens/foto03.jpg 
 
Um bom planejamento deve apresentar com clareza os objetivos – 
considerado a partir da realidade, ou seja, objetivos que possam ser atingidos e não 
objetivos utópicos. Deve descrever os conteúdos e a forma como serão trabalhados, 
prevendo ainda a forma como serão avaliados. Tudo com coerência e objetividade, 
aliando a teoria à prática e considerando o contexto de sua efetivação. 
 O seminário promove a participação através da pesquisa e da discussão de 
um tema específico. Para não se tornar maçante, deve ser adotado com parcimônia: 
o professor precisa estar atento para não delegar a tarefa de dar aulas aos alunos 
em seu lugar. 
 
3.1.4 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS 
 
 
Fonte: http://www.famema.br/fotos/aahsjdess.JPG 
 
 É uma técnica mais centrada no aluno, tendo o professor como facilitador. 
Grupos de alunos são coordenados pelo professor para buscar a solução para 
determinado problema. 
 Essa técnica exige, além da preparação do professor, estruturação da 
disciplina (por vezes do curso) para sua efetividade. 
 As estratégias mais utilizadas são o estudo de caso e a simulação. 
 Essas são apenas algumas das técnicas que podem ser aproveitadas pelo 
professor do ensino superior, tais como: portfólio, mapa conceitual, dramatização, 
júri simulado, simpósio, fórum, oficina. As atividades extraclasse também são 
importantes. 
 
 
 
Saiba Mais 
O Horizon Report: 2014 Higher Education Edition é um estudo desenvolvido pelo 
New Media Consortium (NMC), que relata as principais tendências na área da 
Educação. 
Veja as previsões apontadas para o Ensino Superior no Brasil e no mundo: 
http://noticias.terra.com.br/educacao/ensino-superior-insere-metodos-
alternativos-em-aula,a16acbf0f3f25410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese da Aula 
 
A maneira como o professor organiza seu trabalho influencia a aprendizagem 
e, por isso, é importante conhecer e adotar diferentes estratégias didáticas. Para 
atingir seu objetivo, ou seja, alcançar a aprendizagem, o professor pode utilizar 
diferentes estratégias para desenvolver suas aulas no Ensino Superior, de forma a 
atrair a atenção e incentivar a participação dos alunos, tais como a aula expositiva, 
discussões em classe, seminário e a aprendizagem baseada em problemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 26 
ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003. 
GIL, A. C. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2011. 
MOREIRA, D. Didática do Ensino Superior: técnicas e tendências. São Paulo: 
Pioneira, 2003.