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3° semestre

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE PEDAGOGIA 
Betânia da Slva Pimentel
Estela Lopes dos Santos de Oliveira
Girlane Lopes dos Santos Rocha
Jakeline dos Santos Lima Costa
Lucelia Batista de Lima
Marcia Inês Nascimento
Priscila de Souza
Relação de teoria e prática no cotidiano da sala de aula
SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO
2020
 Betânia da Slva Pimentel[Capture a atenção do leitor com uma ótima citação do documento ou use este espaço para enfatizar um ponto-chave. Para colocar essa caixa de texto em qualquer lugar na página, basta arrastá-la.]
Estela Lopes dos Santos de Oliveira
Girlane Lopes dos Santos Rocha
Jakeline dos Santos Lima Costa
Lucelia Batista de Lima
Marcia Inês Nascimento
Priscila de Souza
Relação de teoria e prática no cotidiano da sala de aula
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Avaliação na Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula. Tutora eletrônica: Lidiane Severino Santos.
SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO
2020
Sumário[Capture a atenção do leitor com uma ótima citação do documento ou use este espaço para enfatizar um ponto-chave. Para colocar essa caixa de texto em qualquer lugar na página, basta arrastá-la.]
Sumário	2
1.	Introdução	3
2. Tendências pedagógicas contemporâneas	3
3.	A aprendizagem na perspectiva de cada docente	6
4. A concepção de cada docente acerca da avaliação	7
Considerações finais	8
2
8
1. Introdução 
O trabalho pretende trazer a discussão e exposição a relação teoria e pratica no contexto da sala de aula. Para esse fim partimos de situação problema envolvendo dois alunos em período de estagio e suas respectivas experiencia com as professoras responsáveis pelos mesmos. Ao analisar o estudo de caso, percebemos que Carolina e Pedro, os dois estagiários, tivera, experiencias muitos distintas, isso devido a professora Lourdes, anfitriã de Carolina, que identificamos por sua postura em sala de aula ser praticante de uma pedagogia com tendência liberal, o que contrastou com a experiencia de Pedro, que foi recebida pela professora Melissa, esta teve uma postura que pode ser associada a pedagogia de postura progressista.
As diferenças entre as pedagogias praticadas pelas professoras ficaram evidentes na maneira como ambas se comportam na pratica docente em relação a exposição do conteúdo e do método de fixação deste conteúdo, a terminar com a participação ou não do aluno na interação com outros alunos e com o professor. Elas se diferenciam também, como podemos perceber nos textos abordados, em relação a forma de avaliação do aprendizado, enquanto Lourdes se utiliza de uma provas no fim de cada bimestre, Melissa se utiliza de um método (não ficou muito claro) mais dinâmico, embora afirme que a prova pode ser usada em momento conveniente.
2. Tendências pedagógicas contemporâneas
No que diz respeito as concepções e práticas pedagógicas, estão fundamentadas em determinadas tendências que são enriquecidas por ideologias presentes na sociedade, que por fim impactam na forma de ensinar. Segundo Luckezi (1994), estas concepções e práticas se acordam com três tendências, identificadas como de educação como redenção, educação como reprodução e educação como transformação da sociedade. De acordo com ele as pedagogias liberais se identificam com a perspectiva redentora, enquanto as pedagogias progressistas seguem à perspectiva transformadora. Nesse sentido, o professor irá então se identificar com a teoria que baseia uma dessas pedagogias, direcionando sua articulação e prática pedagógica, técnica e politicamente.
Seguindo tendências filosóficas especificas, a diferenciação entre ambas são acentuadas e determinam o papel social na pratica docente. Luckezi (1994) organiza em dois grupos: Pedagogia liberal e a Pedagogia progressista. Essas tendências influenciam a prática pedagógica, excluindo qualquer neutralidade, sendo percebida no fazer docente, nas estratégias e nos recursos auxiliares, utilizados na atuação pedagógica, seguindo sua concepção ideológica e política. As práticas docentes, tendo como base o exposto, podem estar associadas a uma dessas duas tendências, a saber, Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista.
2.1 Pedagogia Liberal
A Pedagogia Liberal se origina na teoria de que a escola prepara o aluno para a vida levando-o a vivenciar os princípios presentes na sociedade. Porém, ela ignora a desigualdade de classes, pois, embora conheça a teoria da igualdade, não leva tem em consideração as desigualdades sociais e econômicas. Para Saviani (1997), a mesma é pela construção de “uma força homogeneizadora que tem por função reforçar os laços sociais, promover a coesão e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social” (SAVIANI, 1997, p. 16). Assim, utiliza da teoria humanística e da cultura, na qual o educando deve ser construído como pessoa, com seu esforço. Os conteúdos e as práticas didáticas não possuem relação com o cotidiano, e menos ainda com as realidades sociais. Sobressai, dessa forma, o discurso do professor, regras preexistentes e a produção intelectual. Segundo Saviani (1997), a educação liberal é iniciada devido a Pedagogia Tradicional, ter fracassado no combate a ignorância, fazendo surgir à escola nova, na qual o aluno torna-se o centro do ensino, fortalecendo a burguesia.
Na defesa da escola nova, onde a educação é fundamental e necessária à experiência humana. Dessa forma, a escola nova impõe uma pratica pedagógica que prioriza a educação aluno – sujeito. No entanto escola nova é substituída pela Pedagogia Liberal, na qual se busca a preparação de mão-de-obra industrial, a educação voltada para a formação tecnológica. Segundo ele, a substituição se deve ao fato da mesma não combater a marginalidade, causada por sua rejeição e isolamento social. Na Pedagogia Liberal, principia que a realidade contém em si, leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las (LUCKESI, 1994). Nesta pedagógica a formação tecnológica, tem função importante, sendo vista como captação de renda. O aluno deixa de ser sujeito pensante para receber o enfoque da tecnologia educacional. A relação entre os agentes no ambiente escolar é estruturada com papéis definidos, o professor administra e transmite a matéria, e aluno aprende e fixa as informações. O professor atua como um elo entre a verdade científica e o aluno (LUCKEZI, 1994).
2.2 Pedagogia Progressista
Por sua vez a Pedagogia Progressista contrapõem-se a Pedagogia liberal, propondo uma análise das realidades sociais, e um condicionamento sócio-político na pedagogia. Ela surge como ferramenta dos docentes contra desigualdades sociais. Nela encontramos as tendências: a libertadora e a crítica dos conteúdos.
Com relação a pedagogia libertadora afirma-se ser uma atividade onde professores e alunos são mediatizados pela realidade. Luckezi (1994, p. 38) destaca que a realidade é o meio pelo qual professor e aluno apreendem e pela qual alcançam um nível de consciência conforme essa realidade e nela atuam para transformação social. Tanto a educação tradicional, quanto a educação nova são domesticadoras, pois não contribuem para diminuir a desigualdade social. Assim, a pedagogia libertadora traz um questionamento as relações do homem com a natureza e com os outros homens, objetivando a transformação da proposta pedagógica. Segundo Luckezi (1994) esta pedagogia faz com que a escola estabeleça na comunidade escolar, mecanismos institucionais de transformação, entre elas associações, eleições, assembleias, reuniões, conselhos, etc., aplicando na comunidade os conhecimentos revolucionários aprendidos na escola. Neste sentido percebemos que há uma expressãopolítica na ação educativa, quando coloca o indivíduo como ator social e que o desenvolvimento se concretiza na coletividade. 
A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos tem uma postura de tentativa em superar as pedagogias Tradicional e Renovada, promovendo ações pedagógicas com impactos na prática social. O ambiente escolar se estabelece como ponte entre o individual e o social, conduzindo conteúdos e promovendo a assimilação desses conteúdos pelos alunos, dessa forma, os esforços produzem como resultado o conhecimento cientificamente em novo contexto. (SAVIANI, 1997). Vale salientar que esses conteúdos não conteúdos abstratos, mas sólidos, que não deverão ser apartados dos seus contextos sociais. Nessa pedagogia a escola é valorizada como meio de assimilação do conhecimento e do conteúdo, transformando os alunos em agentes sociais que impactarão a coletividade, tendo em vista que ela coopera em extinguir a desigualdade tornando-a mais igualitária (LUCKEZI, 1997).
2.3 As tendências pedagógicas na experiência particular de Carolina (Lourdes) e Pedro (Melissa) 
A experiencia de estágio de Carolina com a professora Lourdes revela que essa docente pratica uma pedagogia baseada na tendência Liberal, tendo em vista que características dessa Pedagogia podem ser encontradas no relato de sua experiência. Vejamos por exemplo que a professora inibe a participação dos alunos, dando preferência a transmissão do conteúdo direto da lousa, com alguma explicação, mas sem interrupções ou questionamentos. O Professor e somente ele é o elo entre o conteúdo e o aluno. Ao que parece o estágio não foi enriquecedor para Carolina, devido a mesma ter se sentido desconexa com os alunos, com a professora e com a própria experiencia de lecionar.
Já na experiencia de Pedro com a professora Melissa, encontramos indícios de que essa exerce uma pedagogia mais identificada com a tendência Progressista. A mesma organiza a sala de aula de uma forma mais envolvente, permitindo duplas e grupos de mais componentes, permitindo o envolvimento e o conhecimento mutuo doas alunos. Ainda interage com essas equipes incentivado pesquisas relacionadas aos temas estudados. Essa disposição dos alunos em conjunto com a participação efetiva dos alunos no processo de transmissão, busca e pesquisa estabelece um relacionamento entre os atores, professor, alunos e sociedade, tornando-os sensíveis a condição social de cada um. É o que diz Libaneo (1983).
A atuação da escola consiste na preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade. O compromisso da escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade. O caminho cultural em direção ao saber é o mesmo para todos os alunos, desde que se esforcem. Assim, os menos capazes devem lutar para superar suas dificuldades e conquistar seu lugar junto aos mais capazes. Caso não consigam, devem procurar o ensino mais profissionalizante. (LIBANEO, 1983, p. 3)
3 A aprendizagem na perspectiva de cada docente
O professor tem um papel importante como mediador da aprendizagem do aluno. Portanto essa mediação deve ser exercida com muita dedicação e senso de responsabilidade, pois da forma com que essa mediação é exercida depende o futuro e avanço dos alunos individualmente e de sua formação como cidadão.
No caso da professora Lourdes, a mesma pede aos alunos que memorizem os conteúdos, faz isso como sinônimo de aprendizagem. A mesma aplica exercícios individuais para que através deles possa averiguar a aprendizagem dos seus alunos. Como não há interação entre os alunos, os mesmos ficam impedidos de trocarem seus conhecimentos e compactuarem suas realidades sociais. Essa postura pedagógica é típica da tendência liberal.
São as informações, princípios científicos, leis etc., estabelecidos e ordenados numa sequência lógica e psicológica por especialistas. É matéria de ensino apenas o que é redutível ao conhecimento observável e mensurável; os conteúdos decorrem, assim, da ciência objetiva, eliminando-se qualquer sinal de subjetividade. O material instrucional encontra-se sistematizado nos manuais, nos livros didáticos, nos módulos de ensino, nos dispositivos audiovisuais etc.” (LIBANEO, 1983, p. 7)
Já a professora Melissa tem o interesse de conhecer como cada aluno compreende os conteúdos transmitidos de forma dinâmica em sala, iniciando sempre a aula partindo de conteúdos já assimilados por seus alunos e associando a realidade social deles. Ela se utiliza da pesquisa em grupo a fim de envolverem os alunos no conteúdo e possibilitar que esse conteúdo seja assimilado por todos. Dessa forma encontramos em Libaneo:
...cada grupo envolvido na ação pedagógica dispõe em si próprios, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários dos quais se parte. O importante não é a transmissão de conteúdo específicos, mas despertar uma nova forma da relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados a partir de fora é considerada como "invasão cultural" ou "depósito de informação", porque não emerge do saber popular. Se forem necessários textos de leitura; estes deverão ser redigidos pelos próprios educandos com a orientação do educador. (LIBANEO, 1983, p. 11)
4. A concepção de cada docente acerca da avaliação
As ferramentas de avaliação são utilizadas para constatar a profundidade de assimilação dos conteúdos transmitidos aos alunos pelo professor, estando consciente de que existem inúmeras ferramentas de avaliação para realizar essa averiguação, dentre essas ferramentas está a Prova. Lembrando que todas possuem aspectos positivos e negativos, restando ao professor encontrar a melhor maneira de utiliza-las.
A professora Lourdes tenta garantir a fixação dos conteúdos através da aplicação de exercícios ao final de cada aula, realizando a aferição do aprendizado com a aplicação de uma prova ao final de cada bimestre, muito embora não esteja revelado no relato, como a professora se comporta estando em posse dos resultados. Nesse sentido Vidigal e Zambon (2013) afirmam:
Embora a prova seja um instrumento avaliativo de grande importância para o processo de ensino e aprendizagem, os docentes precisam ter a consciência de que o que irá conduzir a sua prática é a concepção que têm do que venha a ser a avaliação da aprendizagem, pois segundo Méndez (2002), muitas vezes a avaliação é vista como uma ferramenta para colher informações sobre o desempenho do educando, quanto à quantidade de conteúdo trabalhado apenas. Deste modo, a avaliação não é vista como possibilidade de avanço ou base para reflexão e realização de futuras ações que visem a melhoria do conhecimento dos educandos. (VIDIGAL e ZAMBON, 2013, pag. 110).
Pedro em seu relato afirma que não presenciou nenhuma aplicação de prova pela professora Melissa, ao que a mesma justificou que avaliação é realizada através de um processo contínuo (não ficando claro a forma como acontece), visando averiguar o aprendizado, mas que se utiliza da prova em outros momentos. É função do professor e da escola criar condições que estimulem o aluno no processo de aprendizagem, podendo para isso utilizar de todos os meios para alcançar esse objetivo. Essas alternativas servirão para desenvolver o potencial do aluno, seu crescimento pessoal, bem como preparo para a vida social, indo além da avaliação somente. Vejamos:
Pode-se compreender que a relevância está na efetivação de uma concepção avaliativa que decorra na ampliação da aprendizagem pelos alunos. Nesta perspectiva, cabe chamar a atenção para a necessidade de se construir uma concepção formativa de avaliação, posto que, para além de observar os resultados obtidos, por meio do instrumento avaliativo aplicado, o docente deve se utilizar destas informações para que haja melhorias no processo de aprendizagem de seus alunos. (VIDIGAL E ZAMBON, 2013, pag. 110).
5. Considerações finais
Precisamos nos situar como futuros professores, com as tendências atuais para pratica pedagógica, levando em consideração o que recebemos de teoria durante o curso e as experiências a serem vividas noestágio. O que percebemos no trabalho em fim, foi que encontramos duas professoras em ambiente de transferência de conteúdos e responsabilidades com o aprendizado, no entanto, faltou verificar características particulares dos grupos distintos de alunos. Acreditamos que a pratica pedagógica deve partir de uma postura preconcebida, mas deverá se contextualizar à medida que se percebe certas particularidades no contato com os alunos.
Se o ensino deve ser centrado no professor ou no aluno, é uma discussão, mas tudo deve estar bem contextualizado e analisado em sua contribuição para o aprendizado e desenvolvimento dos alunos. O ambiente escolar e pratica de transmissão de conteúdo e o próprio conteúdo em si, não deve estar desassociado da cultura e realidade social do grupo de alunos e do aluno individualmente, afim de que haja uma intervenção do professor produzindo crescimento e desenvolvimento, contribuindo para percepção de si mesmo e do meio que vive.
Referências Bibliográficas
BRUNO, Ana. Educação formal, não formal e informal: da trilogia aos cruzamentos, dos hibridismos a outros contributos. Medi@ções, v. 2, n. 2, 2014.
LIBANEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. Revista da Associação Nacional de Educação–ANDE, v. 3, 1983.
LUCKEZI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
TENREIRO, Maria Odete Vieira; BRANDALISE, Mary Ângela Teixeira. Avaliação da aprendizagem e currículo: algumas reflexões. Olhar de professor, v. 5, n. 1, 2009.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras aproximações. 6. ed. São Paulo: Autores Associados, 1997.
VIDIGAL, L.; ZAMBON, A. Concepções avaliativas: reflexos na prática docente. II Jornada de Didática e I Seminário de Pesquisa do CEMAD. Anais [...] Set. 2013. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/II%20 Jornada%20de%20Didatica%20e%20I%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD%20-20Docencia%20na%20educacao%20Superior%20caminhos%20para %20uma%20praxis%20transformadora/CONCEPCOES%20AVALIATIVAS%20REFLEXOS%20NA%20PRATICA%20DOCENTE.pdf. Acesso em: 07maio2020.

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