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EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS nutrição

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Profa.
Erika Maria Monteiro
Santos
Modulo 3 – Nutrição no Paciente com Câncer
EMERGÊNCIAS
ONCOLÓGICAS,
PSICONCOLOGIA
E NUTRIÇÃO NO
PACIENTE
COM CÂNCER
ASPECTOS NUTRICIONAIS
A Nutrição tem um aspecto importante na Oncologia, desde a prevenção
até o tratamento.
A desnutrição provoca diversas consequências: aumento no risco de
complicações no pós-operatório; aumento da morbidade e da
mortalidade; aumento na hospitalização e custos; redução na
PÓS-GRADUAÇÃO USCS
É reconhecido o papel da dieta como um fator de risco para o
desenvolvimento do câncer. O consumo de gordura animal em
quantidades elevadas está associado com desenvolvimento de
câncer colorretal, mama, próstata, endométrio. Já o consumo em
quantidades elevadas de alimentos defumados, em conserva e
salgados está associado aos tumores de esôfago e estômago.
O consumo de carne vermelha e carnes processadas está associado a
um maior risco de câncer colorretal.
É reconhecida a importância da Nutrição no tratamento do paciente
com câncer. Durante o tratamento é importante recuperar ou manter
o estado nutricional para reduzir o número de complicações ligadas
ao tratamento e prevenir a interrupção do tratamento.
Entre 40% até 80% dos pacientes são desnutridos, e a desnutrição tem
múltiplas causas:
• Ingestão insuficiente e má absorção de nutrientes.
• Alterações metabólicas.
• Consumo crônico de álcool e fumo.
• Processo neoplásico maligno: local do tumor, estádio, órgãos envolvidos.
A Figura 1 apresenta as causas da desnutrição do paciente com câncer.
Para o manejo adequado do paciente oncológico, o passo inicial é a
avaliação.
Ela é composta de anamnese e exame físico.
A anamnese é composta pela história médica e nutricional. Ela tem
por objetivo identificar os fatores de risco para alteração nutricional,
e fatores culturais que possam interferiam na ingesta.
A história médica e nutricional inclui:
• História da doença atual.
• Medicamentos utilizados.
• Sintomas gastrintestinais.
• Doenças crônicas associadas.
• Cirurgias realizadas.
• Intolerância alimentar.
• Etilismo e tabagismo.
Na avaliação da história médica e nutricional, são considerados
pacientes de risco:
• Jejum > 60 horas em desnutrição.
• Jejum > 96 horas em eutrofia.
• Úlceras de pressão.
• Internação >5 dias.
• IMC < 18 ou 23 ou > 30.
• Internados em UTI ou submetidos a TMO.
• Terapia nutricional domiciliar.
• Criança < 12 anos
• Paciente com perda ponderal.
• Disfagia a sólidos/ pastosos.
• Rebaixamento do nível de consciência.
• Ventilação mecânica.
• Acamado.
• Anorexia/ diarreia/vômitos.
• Edema ou ascite.
• Hipoalbuminemia < 3,0g/dL.
resposta ao tratamento e adesão ao tratamento; e redução na qualidade
de vida.
PÓS-GRADUAÇÃO USCS
O exame físico nutricional inclui:
• Peso e altura.
• Peso ideal, peso habitual, peso atual.
• Dentição.
• Unhas.
• Depleção Muscular.
• Edemas.
• Pele.
• Ascite.
3.1. ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL
Durante a quimioterapia ou radioterapia, a alimentação deve ser adaptada
aos efeitos colaterais.
As interrupções prolongadas devem ser evitadas, pois aumentam os
efeitos colaterais e a desnutrição.
O objetivo é a manutenção do peso durante o tratamento e reduzir o
risco de infecção.
Durante a quimioterapia e radioterapia, diversos efeitos colaterais
podem afetar o estado nutricional, dentre eles temos:
• Náusea e vômitos.
• Mucosite.
• Alterações no paladar.
• Diarreia.
• Constipação.
Ações nas Náuseas e Vômitos
• Utilizar antieméticos corretamente e assegurar antes das refeições.
• Realizar refeições fracionadas, em pequenas porções.
• Evitar frituras e alimentos gordurosos.
• Evitar bebidas alcoólicas, cafeína, condimentos fortes e fumo.
• Não deitar logo após as refeições.
• Afastar-se do ambiente de preparo.
• Realizar higiene oral frequente.
Ações na Mucosite
• Gelatina com xilocaína antes das refeições.
• Evitar alimentos irritantes e ácidos.
• Evitar bebidas alcoólicas e gasosas.
• Evitar extremos de temperatura.
• Dar preferência a alimentos pastosos.
• Complemento nutricional.
• Nutrição enteral.
Ações nas Alterações do Paladar
• Enxaguar a boca antes das refeições.
• Usar temperos mais fortes nas preparações.
• Usar balas azedas ou mentoladas.
• Pingar gotas de laranja ou limão.
• Evitar alimentos com muita gordura
Ações na Diarreia
• Reidratação (VO e EV).
• Antidiarreicos.
• Fracionar as refeições.
• Beber líquidos em temperatura ambiente, entre as refeições.
• Evitar consumo de alimentos laxativos.
• Consumir alimentos obstipantes.
Ações na Constipação
• Aumentar a ingestão hídrica.
• Aumentar o consumo de alimentos laxativos.
• Evitar alimentos obstipantes.
• Praticar atividade física leve, sempre que possível.
PÓS-GRADUAÇÃO USCS
Ações na Prevenção de Infecções
• Evitar o consumo em locais quando não se há conhecimento das condições sanitárias locais.
• Higienização dos vegetais e frutas.
• Evitar vegetais e frutas cruas durante o NADIR.
PAPEL DO ENFERMEIRO
O enfermeiro é um elemento chave na equipe multidisciplinar, pois participa como um elemento integrador. Realiza o reforço das orientações nutricionais.
O enfermeiro também é importante na avaliação dos efeitos colaterais que interferem no estado nutricional, pois realiza a avaliação das respostas às
intervenções, propõe as intervenções de enfermagem em conjunto com os membros da equipe, e favorece a reabilitação.
É importante que estabeleça um plano de acordo com as preferências, capacidades e habilidades do paciente e família.

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