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Documento 4 Povo Indigina e a realidade no Brasil 1


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ORDEM ECONOMICA, SOCIAL E INDIOS NO CONTESTO JURIDICO E NA REALIDADE BRASILEIRA 
 
 
É de conhecimento geral que, de acordo com a CF88, o direito à vida e à propriedade são tratados 
como direitos fundamentais. Por que, no entanto, esse artigo não é sempre aplicado aos povos 
indígenas? O Brasil possui um grande histórico de violência contra os nativos, principalmente 
relacionados à demarcação de terras para o uso dos índios. Mas, assim como no código de 
Hamurabi, são eleitos alguns ideais aristocráticos em meio às decisões acerca da demarcação. A 
grande elite latifundiária do país, é a maior causadora de conflitos contra a etnia. Dessa forma, urge, 
primeiramente, que seja decretada a assiduidade do cumprimento da constituição. Atualmente, 
observa-se que, durante os últimos 30 anos, ocorreu uma séria incidência de assassinatos contra os 
povos indígenas; no entanto, essa não é uma anomalia na situação, pois, historicamente, desde o 
período da colonização, são incontáveis os episódios de genocídio contra os nossos nativos. Esses 
atos, são, na maioria das vezes, contornados pelas autoridades do município, visto que essas 
atendem, quase que sempre, os interesses da aristocracia vigente naquela localidade. Frente a isso, 
é necessário que seja feita uma mudança na forma de fiscalização e garantia do direito a vida, visto 
que os indígenas tem esse direito assegurado por lei, mas não possuem o direito assegurado na 
prática. Finalmente,no que diz respeito à demarcação das terras indígenas, temos outro grande 
problema: o dinheiro. Com a ascensão do mercantilismo no século X, foi vista uma maior parcela de 
influência da burguesia na tomada de decisões dos estados. Essa burguesia é, no Brasil, 
representada pela elite latifundiária e pelos grandes produtores de soja, que fazem pressão frente 
ao judiciário a fim de conseguir o aval de plantação em terras destinada à demarcação. Esse desvio 
de terras para a oligarquias fere o direito à propriedade dos índios, os deixando, muitas vezes, sem a 
subsistência advinda da terra, para que sejam cumpridos os ideais capitalistas. Em virtude dos 
fatos mencionados, é necessário uma intervenção do estado e das ONG's de proteção ao índio, bem 
como da FUNAI, para que seja revisto um projeto investigativo de garantia e cumprimento absoluto 
do artigo 5, gerando penas mais severas para aqueles que venham a ferir os direitos fundamentais 
dos índios. Esse projeto poderia ser financiado através de um aumento sutil nos impostos cobrados 
às transnacionais e à elite latifundiária e da soja; dessa forma, a FUNAI poderia unir-se com os 
institutos de tecnologia, a fim de traçar uma nova estratégia de fiscalização em prol do cumprimento 
das garantias estabelecidas por lei aos índios. Ao analisar a relação do índio no Brasil, nota-se que 
cada vez mais esse vem perdendo seu espaço social. Isso acontece seja por um cultua apática social, 
seja pela ação governamental frente à problemática. Portanto, convém a análise dos fatores que 
contribuem para a a manutenção dessa realidade no país. É indubitável que a questão da 
indiferença cultural esteja entre as causas do problema. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, fato 
social é a maneira de agir e pensar coletivamente. Diante disso, observa-se que desde o período 
colonial o princípio de alteridade fora ferido, devido a aculturação dos índios pelos portugueses. 
Com isso, implica-se que a pouca ou não compreensão, aprendizagem e respeito às diferenças 
perante aos nativos, foram naturalizas e passado por gerações, mantendo esses pensamentos ainda 
nos dias atuais. Outrossim, destaca-se a questão política e constitucional como impulsionadora dos 
efeitos da questão supracitada. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo 
que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se 
que esta coesão vem sido refutada, haja vista que, embora as terras indígenas sejam protegidas 
constitucionalmente, com o avanço da fronteira agrícola, essas vem sido comprometidas e os 
direitos indígenas dilacerados. O fortalecimento destes pensamentos e ações alertam o perigo da 
extinção gradativa destes povos. Entende-se, portanto, que a questão indígena deve ser revisada. 
Para isso, as escolas devem introduzir a literatura indígena nas aulas de ensino fundamental e 
médio, a fim que o estudo da história e costumes destes povos seja maior democratizada, sua 
cultura maior difundida e o princípio de alteridade acordado. A União, conjuntamente com o Poder 
Judiciário, devem garantir que a constituição seja seguida quanto o conflito entre terras indígenas e 
avanço do agronegócio, e àqueles que tentarem burlar as demarcações sejam punidos de maneira 
correta e eficiente. Evasão, dificuldade e descaso são aspectos que caracterizam a educação 
indígena no Brasil. No documentário "Escola d' água" da Netflix, mostram diferentes comunidades 
étnico-culturais que têm acesso ao ensino educacional. Em contexto nacional, essa ação não é 
recorrente uma vez que os povos indígenas não possuem acesso igualitário à educação, o que pode 
acarretar a exclusão desse grupo na sociedade brasileira. Vale ressaltar, a princípio, que a 
Constituição Federal garante direitos básicos aos povos indígenas, como a educação, todavia é 
possível perceber que essa medida não é efetivada. Em conformidade com tal prerrogativa, a falta 
de professores especializados e a ausência de matérias didáticos voltados para a realidade indígena 
são as principais causas que inibem a plena execução desse direito. Além disso, a dificuldade de 
incluir o índio na rede pública de ensino reforça o quadro de cerca de 75% dos indígenas estarem 
nas universidades privadas, segundo o Inep.Dessa forma, perceber-se que associação de tais fatores 
reforçam o preconceito e a marginalização no Brasil. Ademais, pode-se inferir que essa problemática 
é reflexo de um cenário desigual e injusto. De acordo com o Contrato social de Rosseau, todos os 
indivíduos devem possuir equidade social, independente de raça, etnia e cultura. Em contrapartida, 
no Brasil, a ausência de políticas públicas que visam a integração de crianças e adolescentes 
indígenas ao sistema educacional impossibilitam o estabelecimento da igualdade na sociedade. Fica 
evidente, portanto, que medidas são necessárias para sanar essa problemática no Brasil. Em 
primeiro plano, é imperativo que o MEC crie um projeto eficaz para ser implantado em todas aldeias 
indígenas, o qual promova a criação de materiais didáticos especializados e o investimento na 
capacitação de professores. Isso será possível, a partir do remanejamento de verbas públicas para 
políticas altruístas que tem o objetivo de promover a inserção de todos à sociedade. Destarte, o 
panorama de evasão, dificuldade e descaso será resolvido no país. O artigo 6º ,da Constituição 
Federal, de 1988, garante a todos os indivíduos o direito igualitário a segurança, assistência e ao 
bem estar social. No entanto, a população indígena tem obtido dificuldades frequentes com tais 
benefícios, não sendo cumpridos com êxtase por parte do Ministério público, impossibilitando 
assim, que, essa parcela da população desfrute dos direitos mencionados. Nessa perspectiva, esses 
desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade democrática não seja driblada. 
Primeiramente, faz-se notório parafrasear, que um governo justo e eficiente é primordial na 
construção de um país. Contribuindo assim, para a gestão dos serviços públicos oferecidos de uma 
forma igualitária para toda a sociedade. Contudo, a realidade no Brasil é justamente o oposto e o 
contraste refletido desse resultado é a quantidade absurda de assassinatos de indígenas nos últimos 
anos. De acordo com o site CIMI (Conselho Indígena Missionário), mais de cem mil índios foram 
mortos no Brasil há três décadas atrás. Diante do exposto, é inaceitávelque tal cenário caótico 
referente aos perigos enfrentados pelo povo indígena se perpetue. Dessa forma, faz-se mister, 
ainda, salientar a falta de empatia por parte de outras classes da sociedade com a população de 
índios. Sendo essa, uma das múltiplas patologias que crescem frequentemnte ao longo dos anos .De 
acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais é uma das 
características da "modernidade líquida" vivenciada no século XXI. Diante de tal contexto, a 
sociedade torna-se fria e preconceituosa provocando a falta de laços harmoniosos entre as partes 
em um todo. Portanto, medidas devem ser tomadas para que tal problemática não prossiga em 
nossa geração. Em primeiro lugar, cabe ao Ministério da Justiça e de Segurança Pública combater 
tais atos criminosos fiscalizando fortemente as condições em que vivem e aumentando a punição 
dos agressores e assassinos. Ademais, a mídia, com o seu papel socializador, em parceria com ONGS 
, deve proporcionar ações educativas e de conscientização a todas as mazelas por meio de 
campanhas, cartazes e vídeos divulgados nas redes sociais. A fim de, contribuir para uma 
comunidade melhor, mais justa, igualitária e respeitosa. O artigo 231 da Constituição Federal de 
1988, diz que as terras indígenas são territórios brasileiros habitados por índios, relacionando seus 
costumes e cultura. Como efeito, nota-se que a questão de terras indígenas no Brasil precisa ser 
debatida. Assim, cabe a análise acerca de causas, consequências e uma possível solução dessa 
problemática. Em primeiro plano, percebe-se que a terra indígena não é propriedade daqueles que 
habitam, mas que constituem em patrimônio da União, ou seja, é um bem público. Sendo assim, 
como os índios não posuem propriedade privada, o Governo obtém o poder de delimitar terras para 
esse povo, que tem o direiro de usufluir e presevar as riquezas naturais da terra. Além disso, é 
considerado evidenciar os efeitos desse fenômeno. De acordo, com a notícia publicada no portal G1 
a demarcação de terras indigenas são necessárias para cuidar e guardar a cultura e também o 
simples modo de vida das 305 etnias indígenas. Esses fatores, atuam em um fluxo contínuo que 
fazem parte da identidade cultural do Brasil. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para 
resolver o impasse. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal continuar promovendo as terras que 
estão em desuso ou em propriedade dos latifundiários, por meio de leis que normatizam suas terras 
diante ao Estado, para que elas nao sejam roubas pela elite agrária. Espera-se, com isso, que 
questão indígena no Brasil seja resolvida. A questão indígena no Brasil não é um assunto fácil de ser 
tratado. Apesar de existirem direitos garantidos ao índio na constituição, eles ainda sofrem 
preconceito e possuem problemas para se inserir na sociedade. Isso não é recente. No período do 
Brasil colonial os índios sofreram um processo de aculturação por meio da postura etnocêntrica dos 
portugueses, que impuseram sua religião e cultura aos nativos. Os portugueses consideravam os 
povos nativos como selvagens e além disso preguiçosos, pois não rendiam tanto quanto um escravo 
africano. Ademais, dizimaram milhares de indígenas, sendo reduzidos a um número tão pequeno 
como hoje. Assim, são necessárias medidas urgentes para que o índio ganhe espaço na sociedade 
brasileira. O preconceito com os indígenas pode ser observado no cotidiano. Até os dias de hoje 
as pessoas têm a visão de que os índios são preguiçosos e selvagens, não necessitando das 
tecnologias e suporte que o homem "civilizado" possui. Dessa forma, o índio acaba sem os recursos 
básicos como saúde e educação, além de possuir dificuldades no mercado de trabalho. Antes de 
olhar os nativos com preconceito, deve-se ler mais sobre o assunto. Como diria o antropólogo Darcy 
Ribeiro: " Viva aceso, olhando e conhecendo o mundo que o rodeia, aprendendo como um índio, 
seja um índio na sabedoria" . Ademais, as terras indígenas são alvo da extração ilegal de recursos 
e invasão territorial, embora tenham as terras garantidas por lei. No Parque Xingu, ao longo dos 
anos se formou um cinturão de fazendas de soja em seu entorno , transformando o parque indígena 
em uma " ilha verde de floresta ". Isso causa perdas gigantescas aos índios, que precisam do 
território para sobreviver. Desse modo, os nativos acabam sem ter onde plantar e morar, passando 
fome.

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