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ORDEM ECONOMICA, SOCIAL E INDIOS NO CONTESTO JURIDICO E NA REALIDADE BRASILEIRA É de conhecimento geral que, de acordo com a CF88, o direito à vida e à propriedade são tratados como direitos fundamentais. Por que, no entanto, esse artigo não é sempre aplicado aos povos indígenas? O Brasil possui um grande histórico de violência contra os nativos, principalmente relacionados à demarcação de terras para o uso dos índios. Mas, assim como no código de Hamurabi, são eleitos alguns ideais aristocráticos em meio às decisões acerca da demarcação. A grande elite latifundiária do país, é a maior causadora de conflitos contra a etnia. Dessa forma, urge, primeiramente, que seja decretada a assiduidade do cumprimento da constituição. Atualmente, observa-se que, durante os últimos 30 anos, ocorreu uma séria incidência de assassinatos contra os povos indígenas; no entanto, essa não é uma anomalia na situação, pois, historicamente, desde o período da colonização, são incontáveis os episódios de genocídio contra os nossos nativos. Esses atos, são, na maioria das vezes, contornados pelas autoridades do município, visto que essas atendem, quase que sempre, os interesses da aristocracia vigente naquela localidade. Frente a isso, é necessário que seja feita uma mudança na forma de fiscalização e garantia do direito a vida, visto que os indígenas tem esse direito assegurado por lei, mas não possuem o direito assegurado na prática. Finalmente,no que diz respeito à demarcação das terras indígenas, temos outro grande problema: o dinheiro. Com a ascensão do mercantilismo no século X, foi vista uma maior parcela de influência da burguesia na tomada de decisões dos estados. Essa burguesia é, no Brasil, representada pela elite latifundiária e pelos grandes produtores de soja, que fazem pressão frente ao judiciário a fim de conseguir o aval de plantação em terras destinada à demarcação. Esse desvio de terras para a oligarquias fere o direito à propriedade dos índios, os deixando, muitas vezes, sem a subsistência advinda da terra, para que sejam cumpridos os ideais capitalistas. Em virtude dos fatos mencionados, é necessário uma intervenção do estado e das ONG's de proteção ao índio, bem como da FUNAI, para que seja revisto um projeto investigativo de garantia e cumprimento absoluto do artigo 5, gerando penas mais severas para aqueles que venham a ferir os direitos fundamentais dos índios. Esse projeto poderia ser financiado através de um aumento sutil nos impostos cobrados às transnacionais e à elite latifundiária e da soja; dessa forma, a FUNAI poderia unir-se com os institutos de tecnologia, a fim de traçar uma nova estratégia de fiscalização em prol do cumprimento das garantias estabelecidas por lei aos índios. Ao analisar a relação do índio no Brasil, nota-se que cada vez mais esse vem perdendo seu espaço social. Isso acontece seja por um cultua apática social, seja pela ação governamental frente à problemática. Portanto, convém a análise dos fatores que contribuem para a a manutenção dessa realidade no país. É indubitável que a questão da indiferença cultural esteja entre as causas do problema. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, fato social é a maneira de agir e pensar coletivamente. Diante disso, observa-se que desde o período colonial o princípio de alteridade fora ferido, devido a aculturação dos índios pelos portugueses. Com isso, implica-se que a pouca ou não compreensão, aprendizagem e respeito às diferenças perante aos nativos, foram naturalizas e passado por gerações, mantendo esses pensamentos ainda nos dias atuais. Outrossim, destaca-se a questão política e constitucional como impulsionadora dos efeitos da questão supracitada. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que esta coesão vem sido refutada, haja vista que, embora as terras indígenas sejam protegidas constitucionalmente, com o avanço da fronteira agrícola, essas vem sido comprometidas e os direitos indígenas dilacerados. O fortalecimento destes pensamentos e ações alertam o perigo da extinção gradativa destes povos. Entende-se, portanto, que a questão indígena deve ser revisada. Para isso, as escolas devem introduzir a literatura indígena nas aulas de ensino fundamental e médio, a fim que o estudo da história e costumes destes povos seja maior democratizada, sua cultura maior difundida e o princípio de alteridade acordado. A União, conjuntamente com o Poder Judiciário, devem garantir que a constituição seja seguida quanto o conflito entre terras indígenas e avanço do agronegócio, e àqueles que tentarem burlar as demarcações sejam punidos de maneira correta e eficiente. Evasão, dificuldade e descaso são aspectos que caracterizam a educação indígena no Brasil. No documentário "Escola d' água" da Netflix, mostram diferentes comunidades étnico-culturais que têm acesso ao ensino educacional. Em contexto nacional, essa ação não é recorrente uma vez que os povos indígenas não possuem acesso igualitário à educação, o que pode acarretar a exclusão desse grupo na sociedade brasileira. Vale ressaltar, a princípio, que a Constituição Federal garante direitos básicos aos povos indígenas, como a educação, todavia é possível perceber que essa medida não é efetivada. Em conformidade com tal prerrogativa, a falta de professores especializados e a ausência de matérias didáticos voltados para a realidade indígena são as principais causas que inibem a plena execução desse direito. Além disso, a dificuldade de incluir o índio na rede pública de ensino reforça o quadro de cerca de 75% dos indígenas estarem nas universidades privadas, segundo o Inep.Dessa forma, perceber-se que associação de tais fatores reforçam o preconceito e a marginalização no Brasil. Ademais, pode-se inferir que essa problemática é reflexo de um cenário desigual e injusto. De acordo com o Contrato social de Rosseau, todos os indivíduos devem possuir equidade social, independente de raça, etnia e cultura. Em contrapartida, no Brasil, a ausência de políticas públicas que visam a integração de crianças e adolescentes indígenas ao sistema educacional impossibilitam o estabelecimento da igualdade na sociedade. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para sanar essa problemática no Brasil. Em primeiro plano, é imperativo que o MEC crie um projeto eficaz para ser implantado em todas aldeias indígenas, o qual promova a criação de materiais didáticos especializados e o investimento na capacitação de professores. Isso será possível, a partir do remanejamento de verbas públicas para políticas altruístas que tem o objetivo de promover a inserção de todos à sociedade. Destarte, o panorama de evasão, dificuldade e descaso será resolvido no país. O artigo 6º ,da Constituição Federal, de 1988, garante a todos os indivíduos o direito igualitário a segurança, assistência e ao bem estar social. No entanto, a população indígena tem obtido dificuldades frequentes com tais benefícios, não sendo cumpridos com êxtase por parte do Ministério público, impossibilitando assim, que, essa parcela da população desfrute dos direitos mencionados. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade democrática não seja driblada. Primeiramente, faz-se notório parafrasear, que um governo justo e eficiente é primordial na construção de um país. Contribuindo assim, para a gestão dos serviços públicos oferecidos de uma forma igualitária para toda a sociedade. Contudo, a realidade no Brasil é justamente o oposto e o contraste refletido desse resultado é a quantidade absurda de assassinatos de indígenas nos últimos anos. De acordo com o site CIMI (Conselho Indígena Missionário), mais de cem mil índios foram mortos no Brasil há três décadas atrás. Diante do exposto, é inaceitávelque tal cenário caótico referente aos perigos enfrentados pelo povo indígena se perpetue. Dessa forma, faz-se mister, ainda, salientar a falta de empatia por parte de outras classes da sociedade com a população de índios. Sendo essa, uma das múltiplas patologias que crescem frequentemnte ao longo dos anos .De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais é uma das características da "modernidade líquida" vivenciada no século XXI. Diante de tal contexto, a sociedade torna-se fria e preconceituosa provocando a falta de laços harmoniosos entre as partes em um todo. Portanto, medidas devem ser tomadas para que tal problemática não prossiga em nossa geração. Em primeiro lugar, cabe ao Ministério da Justiça e de Segurança Pública combater tais atos criminosos fiscalizando fortemente as condições em que vivem e aumentando a punição dos agressores e assassinos. Ademais, a mídia, com o seu papel socializador, em parceria com ONGS , deve proporcionar ações educativas e de conscientização a todas as mazelas por meio de campanhas, cartazes e vídeos divulgados nas redes sociais. A fim de, contribuir para uma comunidade melhor, mais justa, igualitária e respeitosa. O artigo 231 da Constituição Federal de 1988, diz que as terras indígenas são territórios brasileiros habitados por índios, relacionando seus costumes e cultura. Como efeito, nota-se que a questão de terras indígenas no Brasil precisa ser debatida. Assim, cabe a análise acerca de causas, consequências e uma possível solução dessa problemática. Em primeiro plano, percebe-se que a terra indígena não é propriedade daqueles que habitam, mas que constituem em patrimônio da União, ou seja, é um bem público. Sendo assim, como os índios não posuem propriedade privada, o Governo obtém o poder de delimitar terras para esse povo, que tem o direiro de usufluir e presevar as riquezas naturais da terra. Além disso, é considerado evidenciar os efeitos desse fenômeno. De acordo, com a notícia publicada no portal G1 a demarcação de terras indigenas são necessárias para cuidar e guardar a cultura e também o simples modo de vida das 305 etnias indígenas. Esses fatores, atuam em um fluxo contínuo que fazem parte da identidade cultural do Brasil. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal continuar promovendo as terras que estão em desuso ou em propriedade dos latifundiários, por meio de leis que normatizam suas terras diante ao Estado, para que elas nao sejam roubas pela elite agrária. Espera-se, com isso, que questão indígena no Brasil seja resolvida. A questão indígena no Brasil não é um assunto fácil de ser tratado. Apesar de existirem direitos garantidos ao índio na constituição, eles ainda sofrem preconceito e possuem problemas para se inserir na sociedade. Isso não é recente. No período do Brasil colonial os índios sofreram um processo de aculturação por meio da postura etnocêntrica dos portugueses, que impuseram sua religião e cultura aos nativos. Os portugueses consideravam os povos nativos como selvagens e além disso preguiçosos, pois não rendiam tanto quanto um escravo africano. Ademais, dizimaram milhares de indígenas, sendo reduzidos a um número tão pequeno como hoje. Assim, são necessárias medidas urgentes para que o índio ganhe espaço na sociedade brasileira. O preconceito com os indígenas pode ser observado no cotidiano. Até os dias de hoje as pessoas têm a visão de que os índios são preguiçosos e selvagens, não necessitando das tecnologias e suporte que o homem "civilizado" possui. Dessa forma, o índio acaba sem os recursos básicos como saúde e educação, além de possuir dificuldades no mercado de trabalho. Antes de olhar os nativos com preconceito, deve-se ler mais sobre o assunto. Como diria o antropólogo Darcy Ribeiro: " Viva aceso, olhando e conhecendo o mundo que o rodeia, aprendendo como um índio, seja um índio na sabedoria" . Ademais, as terras indígenas são alvo da extração ilegal de recursos e invasão territorial, embora tenham as terras garantidas por lei. No Parque Xingu, ao longo dos anos se formou um cinturão de fazendas de soja em seu entorno , transformando o parque indígena em uma " ilha verde de floresta ". Isso causa perdas gigantescas aos índios, que precisam do território para sobreviver. Desse modo, os nativos acabam sem ter onde plantar e morar, passando fome.