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Relatório - Gêneros evoluem? Podemos dizer que sim?

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LETRAS – BACHARELADO PORTUGUÊS / INGLÊS
CAMPUS: VERGUEIRO
COVID 19 – ATIVIDADE EXTRACLASSE
TURMA: LB4P02 / LB5P02/ LL4P02 / LL5P02
DISCIPLINA: Letras Integrada 
PROFESSOR: Deborah Gomes de Paula
DATA DA ENTREGA: na data da prova NP1
INFORMAÇÕES: Dando andamento ao conteúdo proposto, elaborar um Relatório de leitura do Capítulo Gêneros evoluem? Deveríamos dizer que sim? De Carolyn Miller
RESPOSTA
Tudo está em movimento, não é possível banhar-se duas vezes no mesmo rio.
Segundo Miller, tem sido menos difícil para nós, atualmente, aceitar que tudo está em fluxo constante, do que era para os filósofos romanos. Entretanto, ainda possuímos dificuldades para entender estabilidade e mudança. O estudo dos gêneros fazem parte dessa dificuldade.
Novas formas e capacidades se desenvolvem todos os dias, dizendo que são “novos gêneros”.
Para entender melhor esse processo, passamos a nos apoiar no conceito de evolução. Não encontramos outra linguagem para descrever como os gêneros mudam com o tempo, que induz mudanças sincrônicas e diacrônicas. 
Se pesquisarmos essas ideias, podemos ver evolução não só como uma metáfora para expressar as mudanças do gênero, mas um conjunto de ideias central.
É possível examinar as ideias de Darwin sobre o surgimento das espécies e relacionar com estudos sobre a diversidade linguística e literária. 
Um ótimo exemplo é, também, Lineu. Ao desenvolver seu trabalho sobre “A grande cadeia de seres”, percebeu que a natureza não poderia ser representada por um sistema linear, que as espécies eram mutáveis e que eram relacionadas entre si (Hibridismo). O mesmo podemos relacionar a linguagem, literatura e a questão dos gêneros e sua evolução.
O pensamento evolucionista foi também identificado até mesmo no Romantismo Europeu, que desafiava o poder das classificações estáveis e das relações hierárquicas, oferecendo no lugar visões desenvolventes da história. Além disso, a analogia entre o pensamento humano e o mundo orgânico se tornou uma forte característica do movimento, tomando forma em discussões históricas da linguagem e da literatura.
August Schleider desenvolveu uma visão científica da língua, argumentando que as línguas podem ser classificadas em gênero, espécie e subespécie, termos usados na classificação de Lineu. August descreveu o desenvolvimento linguístico como um processo evolucionário.
Na literatura, também, a evidência de diversas mudanças é notável. O romance não se encaixava na tríade essencialista do épico, lírico e drama. A poética neoclassicista, com sua obsessão à regras e ordens, trouxe seu sistema de gêneros que serviu para múltiplas necessidades sociais. Um sistema familiar e com estruturas de reconhecimento.
Influenciados por pensamentos de estudiosos da evolução orgânica, trazemos duas visões na hora de reconhecer um gênero:
· Essencialismo: baseia sua definição em uma essência posta;
· Populacionismo: busca de similaridades de aspectos sociais e/ou linguísticos.
Em 1990, Swales apresentou uma definição de gênero que oferecia o “propósito comunicativo”. Ele reconheceu, também, algumas complicações dessa abordagem, já que o propósito nem sempre é legível a partir de um evento comunicativo, e que o propósito pode ser múltiplo, contraditório, facetado, implícito.
 	Podemos dizer que o propósito é o aspecto da comunicação que direciona para um objetivo próprio além do evento comunicativo. Dessa forma, o propósito pode ser interpretado como motivação, ou seja, aquilo que move o gênero. Ao relacionarmos isso à questão evolucionária do gênero, vemos que suas mudanças decorrem de uma adaptação para as diferenças das entidades replicantes – uma espécie de sobrevivência textual.