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UNIP - EMBARGOS A EXECUÇÃO

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
EMBARGOS A EXECUÇÃO
PREVISÃO LEGAL: Arts. 884 a 886 CLT
SEÇÃO III
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO E DA SUA IMPUGNAÇÃO
Art. 884 CLT - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.  
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida.
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.                      (Incluído pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)
§ 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário.                       (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 2000)
§ 5o  Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal.                     (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
§ 6o  A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições.                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 885 CLT - Não tendo sido arroladas testemunhas na defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos, proferirá sua decisão, dentro de 5 (cinco) dias, julgando subsistente ou insubsistente a penhora.
Art. 886 CLT - Se tiverem sido arroladas testemunhas, finda a sua inquirição em audiência, o escrivão ou secretário fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente, que proferirá sua decisão, na forma prevista no artigo anterior.                   (Vide Leis nºs 409, de 1943 e 6.563, de 1978)
§ 1º - Proferida a decisão, serão da mesma notificadas as partes interessadas, em registrado postal, com franquia.
§ 2º - Julgada subsistente a penhora, o juiz, ou presidente, mandará proceder logo à avaliação dos bens penhorados.
CONCEITO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO – “Medida judicial autônoma, incidental ao processo de execução, destinada a desconstituir o título executivo judicial ou extrajudicial, no que diz respeito à sua existência, liquidez ou exigibilidade.” (JOSÉ CAIRO JR.).
NATUREZA JURÍDICA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO – É uma ação (de conhecimento) do devedor em face do credor, de natureza Constitutiva-negativa. O executado se transforma em embargante (autor) e o exequente se transforma em embargado (réu). Os embargos podem tentar desconstituir: a) O título executivo; b) os atos executivos que foram praticados, como por exemplo, a penhora de bens.
REQUISITOS DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
1) SEGURANÇA DO JUÍZO
Ao contrário do previsto no CPC, na execução trabalhista os Embargos à execução só podem ser interpostos após a garantia integral do juízo (art. 884, caput, CLT).
A segurança do juízo ocorre:
a) Com o depósito da quantia devida, devidamente corrigida e com atualização monetária, até a data do depósito;
b) Com a penhora de bens suficientes para satisfação integral do valor devido.
Na hipótese de os embargos serem interpostos antes da garantia do juízo, serão rejeitados liminarmente.
Neste sentido:
EMBARGOS PREMATUROS – EXECUÇÃO NÃO GARANTIDA –“Não se conhece dos Embargos opostos à execução em face de sua prematuridade, quando a penhora for insuficiente à garantia do juízo.” (TRT, 5ª.R. Ap. 00154-2004-015-05-00-5, 5ª. T, Relatora Desembargadora Maria Adna Aguiar, j. 06.03.2007)
EXCEÇÃO – Não se exige a garantia do juízo para a interposição dos Embargos:
Art. 884, par. 6º. CLT - A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições.                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
2) PRAZO – Os embargos deverão ser interpostos no prazo de 5 dias.
Para a Fazenda pública, o prazo é de 30 dias, conforme art. 1º.-B, Lei 9.494/97. (OBS- Existem arguições de inconstitucionalidade deste dispositivo, aguardando manifestação do STF)
“Art. 1o-B.  O prazo a que se refere o caput dos arts. 730 do Código de Processo Civil, e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a ser de trinta dias (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)”
ATENÇÃO – O prazo de 5 dias para embargos à execução inicia-se da data em que o executado foi intimado da penhora ou da data em que fez o depósito para garantia do juízo, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do final. Ainda, o prazo será contado somente em dias úteis (art. 775 CLT).
Para a Fazenda Pública, o prazo para embargar a execução inicia-se com a citação na execução, já que não existe penhora sobre bens públicos.
3) PETIÇÃO INICIAL – Aplicam-se o art. 840, par.1º. da CLT e artigos 319 e 320 do CPC.
LETIGIMAÇÃO PARA INTERPOSIÇÃO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO-
É legitimado para interpor os embargos à execução o executado, mesmo que alegue não ser o responsável pela dívida (por exemplo, sócio da empresa que embarga afirmando que a dívida é da pessoa jurídica empregadora e não a ele).
Os legitimados passivos da execução (art.779 CPC, com as adaptações necessárias ao processo do trabalho) também podem apresentar embargos, como por exemplo, os sucessores do devedor falecido.
MATÉRIAS QUE PODEM SER ALEGADAS NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
1) As matérias alegáveis nos embargos à execução não se limitam àquelas previstas no art. 884, par. 1º. CLT (“A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida”).
2) Pode o embargante também alegar as matérias previstas no art. 525, par. 1º. CPC:
“Na impugnação, o executado poderá alegar: 
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; 
II - ilegitimidade de parte; 
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.”
	3) Também pode o embargante impugnar a decisão de liquidação de sentença, que fixou o valor do débito:
	Art. 884, § 3º, CLT - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.  (Incluído pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)
	4) Finalmente, toda matéria de ordem pública, que se referir às CONDIÇÕES DA AÇÃO (legitimidade de parte e interesse de agir) e aos PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, pode ser alegada pelo embargante, sendo matérias, inclusive, que o Juiz está obrigado a conhecer “de ofício”.
	EMBARGOS NA EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
	Na execução por título extrajudicial, como não houve prévio processo de conhecimento e nem a fase de liquidação de sentença, as matérias arguíveis nos Embargos à execução são mais amplas que nos Embargos à execução por título judicial. Além de poder alegar matérias de ordem pública e aquelas previstas no art. 884, par. 1º. da CLT, ainda se aplica o art. 917 do CPC:
“Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: 
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
II - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa; 
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VI - qualquer matéria que lheseria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.” 
PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
- EFEITO SUSPENSIVO – A interposição dos Embargos à execução, desde que admitidos, suspende o andamento da execução.
Sendo a execução por título judicial, os Embargos serão processados no interior do processo principal (não se aplica o art. 914, par. 1º. CPC, que determina autuação em apartado dos Embargos à execução no processo civil).
Se os requisitos de admissibilidade estiverem presentes (garantia do juízo, tempestividade e petição inicial que não seja inepta), o Juiz intima o embargado para impugnar os embargos, no prazo de 5 dias.
Após, se houver necessidade de colheita de prova oral para apurar fato controvertido (o que é raro nos embargos à execução), o Juiz designará audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada em 5 dias (art. 884, par. 2º. CLT).
Não sendo o caso de designar audiência de instrução, o art. 885 da CLT determina que o Juiz profira sentença em 5 dias.
Em uma só sentença o Juiz:
A) Julga as questões postas nos Embargos, inclusive aquelas relativas à penhora;
B) Eventual impugnação à sentença de liquidação apresentada pelo credor, inclusive o previdenciário.
C) No caso de Embargos manifestamente protelatórios, serão considerados ato atentatório à dignidade da justiça (art. 918, par. único CPC) e sujeitos à multa de até 20% do valor da causa (art. 77, par. 2º. CPC).
- Da sentença que julgou os Embargos à execução, caberá AGRAVO DE PETIÇÃO (art. 897, “a”, CLT), no prazo de 8 dias. O Recurso é interposto perante o Juiz da Vara do Trabalho (1º. Grau) e se for admitido, será encaminhado ao TRT (2ª. grau) para julgamento.
EMBARGOS À EXECUÇÃO POR CARTA
Quando os bens se situarem em comarca diferente daquela por onde se processa a execução ou o próprio devedor se mudou para outra cidade, é muito provável que alguns atos processuais (como por exemplo, a intimação da penhora), tenham de ser feitos por meio de carta-precatória.
Neste caso, qual o juízo competente para julgar os Embargos? O juízo deprecante (origem) ou o deprecado (destino) ?
A solução está no art. 914, par. 2º. CPC:
“Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.”
- PEDIDO DE PARCELAMENTO DO DÉBITO NO PRAZO PARA EMBARGAR A EXECUÇÃO.
Previsto no art. 916, pars. 1º. ao 7º. do CPC:
Pode o executado, ao invés de embargar a execução, optar em fazer o pagamento parcelado do débito.
O pedido de pagamento parcelado implica em preclusão lógica do direito de embargar a execução (art. 916, par. 6º. CPC).
 “No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. 
§ 1º O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos pressupostos do caput , e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias. 
§ 2º Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. 
§ 3º Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos. 
§ 4º Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será convertido em penhora. 
§ 5º O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: 
I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; 
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas. 
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos 
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença. (NÃO SE APLICA AO PROCESSO DO TRABALHO, EM QUE SE ADMITE ESTE PARCELAMENTO TANTO NA EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL COMO NA EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL)

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