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POSITIVISMO JURIDICO

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CURSO DE DIREITO 
PROFESSOR. DR. ALOÍSIO BOLWERK 
NATHALY TAYRINE SANTOS GUIMARÃES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HERMENEUTICA JURIDICA ENTRE O POSITIVISMO E O PÓS-
POSITIVISMO 
Resumo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALMAS – TO 
 2020 
O século XIX foi marcado pelo surgimento do Positivismo, uma corrente filosófica que surgiu 
na França como uma forma prática e expressando-se por meio das normas válidas de um espaço 
e tempo que sugeria que somente os conhecimentos baseados em fatos observáveis poderiam 
ser considerados reais, onde rejeitava qualquer conhecimento abstrato. 
Para chegar a exatidão suas propostas se baseavam em encontrar as respostas para as causas 
dos fenômenos externos, centradas na investigação dos acontecimentos mais práticos e 
presentes na vida do homem por meio da observação e do raciocínio, ou seja, que não se 
baseasse na racionalidade, por meio de análises empíricas, buscava descobrir as leis gerais a 
reger os fenômenos onde um de seus maiores exemplos é o in precedendo advindo da 
metodologia dedutiva utilizada pelas ciências naturais. 
Augusto Conte é um dos autores que mais defende o positivismo, em que por sua influência 
seu ideal era a criação de uma ciência sobre a sociedade, onde seu objetivo é compreender os 
fenômenos sociais, em seu livro “Os Pensadores” diz: 
Baseado no conhecimento objetivo, o Positivismo defende uma 
educação científica que seja o alicerce para o desenvolvimento das 
ciências especializadas, a fim de garantir a previsão das necessidades 
humanas e a equivalência entre ciência e progresso. Nessa perspectiva, 
a ciência é vista como uma atividade conduzida por regras 
metodológicas e o método científico, por meio da lógica indutiva, capaz 
de superar os períodos de instabilidade no desenvolvimento da ciência 
(COMTE, 1978) 
O positivismo tem como pressuposto reducionista, pertencente ao mundo físico, que teve 
alcance, onde essa ideia se intensificou e ganhou força por sua simplificação, porém é 
importante destacar que o positivismo filosófico não tem forte relacionamento com a corrente 
de um positivismo jurídico mesmo que no século XIX tenha tido alguma ligação, o autor 
Norberto Bobbio fala em seu livro Positivismo Jurídico: lições de filosofia do direito “o 
positivismo jurídico é uma concepção do direito que nasce quando “direito positivo” e “direito 
natural” não mais são considerados direito no mesmo sentido, mas o direito positivo passa a ser 
considerado como direito em sentido próprio.”, onde o positivismo jurídico que tem como 
derivação o direito positivo, e é conhecido por ser metodológico onde esse pensamento 
contrariava a concepção do direito natural e do pacto social e as doutrinas sociológicas, além 
de preceituar o emprego de novos métodos no exame cientifico dos problemas sociais em 
detrimento ao estabelecido pela razão, teologia e metafísica. 
Isso tudo por que a ideia de positivar o direito, criando um juspositivismo que surgiu com 
objetivo de separa-lo do direito natural. O positivismo jurídico ganhou importância nas questões 
históricas das realidades jurídicas que vivenciou, se destaca o pós-positivismo ondo o mesmo 
tem como herança a metodologia do positivismo jurídico; é importante destacar os aspectos 
jurídicos históricos na qual o citado acima se relacionou, onde tal quebrou diversas concepções 
tradicionais do Direito, que passou a ser o direito positivo que advém do homem e que se 
materializou em textos que trouxe a legalidade como status. 
A corrente positivista teve que se sobrepor a modelos já existentes como o pensamento jurídico 
romano, onde se usava elementos que não proviam de uma normatividade, no período medieval 
era possível distinguir um certo raciocínio, porém se voltava mais para a interpretação de textos 
e por fim o pensamento jusracionalista da época moderna que preparou o momento para o 
positivismo jurídico, esse via o direito como uma construção dedutiva estruturada por uma 
racionalidade firmando imperativos. 
Seguindo essa trajetória o direito passou a se desvincular da filosofia prática e já sendo induzido 
da marca de criação humana e hegemonicamente positivado por meio de textos legais. Vários 
sistemas contribuíram para a formação deste, onde diversos fatores históricos, políticos, sociais 
e o pensamento iluminista possuem importância para o positivismo jurídico. 
O surgimento de codificações que levaram o Direito a legislação, influencias estas de diversas 
doutrinas como a Escola de Exegese na França e a Escola Histórica da Alemanha com ênfase 
na primeira onde a Escola da Exegese, que é considerada como a máxima expressão do 
positivismo, foi formada pelos intérpretes do Código Cível Francês, mais conhecido como 
Código de Napoleão (1804). Ela tinha como característica a interpretação minuciosa do texto 
da lei. O método literal-gramático foi adotado pela Escola. Na busca do significado da lei era 
somente considerado o que a gramática propunha, ou seja, aplicar estritamente o que dizia o 
texto sem obscuridade ou ambiguidade. Dessa forma, o juiz passou a ser somente um intérprete 
da lei e um funcionário do Estado. 
Outro aspecto desta é a estatalidade, ou seja, todo o poder de competência do legislador deixa 
o Direito em absoluto de forma estatizada. As influências do positivismo legal da Exegese 
firmaram a base teórica do racionalismo jurídico ocidental moderno. A lei positiva será, 
portanto, a fonte única e exclusiva do direito, representando mesmo o direito natural, perpétuo 
e imutável deduzido pela razão. O positivismo de quase todo o século XIX tentou fazer da 
ciência do direito e da interpretação uma tarefa mecânica de hermenêutica exegética, já que o 
código não deixaria nada ao arbítrio do intérprete, o qual não teria por missão criar o direito, 
uma vez que todo o direito já estava feito. Ele elevou o ser individualista que criava uma ordem 
onde suas coordenadas se dirigiam a racionalidade, nesses contextos se estabeleceu uma 
legalidade estatal, onde o fenômeno jurídico se tornou um fator importante do positivismo 
jurídico. 
Contextos sociais e políticos favoreceram a legislação onde a hermenêutica se desenvolvia 
seguindo princípios das ciências exatas, junto da isenção e previsibilidade, com essa corrente 
ganhando força, acabou se expandindo e pensamentos começaram a surgir como o positivismo 
legalista e o juspositivismo cientifico tal qual o mesmo se caracteriza pelo Direito, a partir de 
uma dedução vinda de um sistema, o modelo hermenêutico do positivismo cientifico teve 
grande repercussão onde o modus operandi dos juízes é um de seus princípios. O Juspositivismo 
no Direito procurava neutralidade axiológica, já o Direito estatal estava ligado a manifestação 
exclusiva de todo o direito, dado vários fatos tanto o direito jurisprudencial como o 
consuetudinário não eram considerados como fontes legitimas do direito. 
O positivismo jurídico possui características impares como a aproximação entre Direito e 
norma; a crença na completude do ordenamento jurídico; a justificação procedimental da 
validade da norma, chamada “formalismo jurídico”, entre outros. A dificuldade presente nessa 
hermenêutica de interpretação e aplicação do Direito baseia-se em atingir uma neutralidade, 
que se torna impossível e que termina se relacionando no ideológico. Na teoria pós-positivista, 
esta não se estrutura numa revisão dos elementos constantes de positivismo, o pós-positivismo 
jurídico está relacionado em estudos da corrente anterior e que tem como objetivo 
interpretações e diálogos entre princípios e regras. 
 É possível ver uma melhora na hermenêutica, tornando-se de uma tentativa de superação do 
legalismo, onde não a intenção de negar o texto legal no que tange sua validade e legitimidade, 
pode-se afirmar é que o pós-positivismo é uma vertente do Direito mostra problemas sobre 
temas do positivismo jurídico, onde um de seus objetivos é promover umanova leitura e 
interpretação, por isso estuda e analisa os conceitos desse pensamento. Por seu eixo de 
investigação ser zetético e que faz da positividade do Direito, traz como tema de discussão a 
normatividade inerente, que mostra a divisão o mundo do “ser” e do “dever ser”, se 
relacionando à teoria da norma jurídica usada pelo positivismo jurídico e cuja mudança é 
proposta pelo pós-positivismo. 
No pós-positivismo a formação da norma se dá com a junção da norma diante de casos 
concretos, a positividade acaba sendo imperativo do Estado de Direito e respeitando-a como 
limite é nesse momento que a atuação do positivismo se dá , na realização pratica do Direito, 
ou seja, pela concretização das normas e não apenas por sua interpretação (papel desempenhado 
pelo positivismo) sua concretização também está presente no pós-positivismo pois esse visa a 
objetividade, mediante adequação entre a norma jurídica e situação respeitando o Estado 
Democrático de Direito, busca uma pluralidade nos textos normativos e não unilateral. 
É importante destacar a origem e contextos da hermenêutica, onde sua finalidade, enquanto 
domínio teórico, é proporcionar bases racionais e seguras para uma interpretação dos 
enunciados normativos. Etimologicamente, o vocábulo hermenêutico é oriundo de Hermes 
(sendo representado como um deus na Grécia antiga, ele tinha a capacidade de compreender e 
intermediar as mensagens dos deuses do olimpo para os humanos), enquanto problema teórico 
autônomo, é algo que se põe no contexto do renascimento e ganha reconhecimento com a 
reforma protestante e a questão da recepção do direito romano, a hermenêutica se distingue 
entre uma hermenêutica sacra, uma hermenêutica juris (que cuida da arte de interpretar 
corretamente os textos jurídicos), e uma hermenêutica profana. 
No texto a hermenêutica aparece juntamente com as correntes positivista e Pós-positivista e 
onde sua análise leva a apresentar como resultado o método jurídico axiológico enquanto nova 
forma de conhecimento onde tais pensamentos contribuíram para o pensamento jurídico. Onde 
no pensamento positivista, ganhou reconhecimento pela simplificação que promoveu ao 
Direito, e também a corrente pós-positivista, ligada as interpretações que transformaram a 
hermenêutica em uma teoria sobre ideias de justiça baseadas na racionalidade e normas postas, 
concluindo assim que o positivismo possui um legado que é inquestionável e influenciou 
diversos movimentos posteriores, deixando assim sua marca.

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