Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* CONCEITOS Antibiótico: substância produzida naturalmente por microrganismos capaz de inibir ou destruir outros microrganismos. Antimicrobiano: substância (natural ou química) com ação inibitória contra bactérias. Quimioterápico: substância com ação inibitória contra microrganismos, vírus ou células neoplásicas. DOENÇAS HOSPEDEIRO FÁRMACOS AGENTE INVASOR EFEITOS ADVERSOS BIOTRANS- FORMAÇÃO REAÇÕES IMUNOLÓGICAS AÇÃO CIDA OU STÁTICA RESISTÊNCIA RELAÇÕES IMPORTANTES NA FARMACOTERAPIA ANTIMICROBIANA Alexander Fleming – Descoberta da Penicilina (1928) Streptomyces Bacillus Penicillium Cephalosporium Penicilina, Produção1940, Segunda Guerra Mundial My name´s RM NATUREZA DOS ANTIMICROBIANOS Naturais (antibióticos): produzidos a partir do metabolismo secundário de organismos vivos. Ex: Penicilina – Fungos filamentosos Bacitracina – bactérias * 2. Semi-sintéticos: derivados da manipulação molecular de antibióticos naturais Ex: Cefalosporinas 2a, 3a e 4a geração 3. Sintéticos (quimioterápicos): produzidos exclusivamente por síntese química Ex: Sulfonamidas * AGENTES MICROBIANOS Bacteriostático: Inibe o crescimento microbiano. Ação reversível. Bactericida: Mata microrganismos. Ação irreversível. * Organismo vivo DNA e processos bioquímicos Drogas eficazes contra os M.O sem afetar o hospedeiro Pesquisa Hospedeiro Microrganismo * ANTIMICROBIANOS: MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO Inibição da síntese da parede celular Inibição da síntese de proteínas Inibição da síntese de ácidos nucléicos Alteração da membrana Alteração de via metabólica MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS 1- Antibióticos que interferem na síntese ou ação do folato (PABA) Ex: 1- Sulfonamidas (sulfadiazina; sulfametoxazol; sulfasalazina) 2- Trimetroprima A sulfanilamida é análogo estrutural do ác p aminobenzóico (PABA); essencial para síntese do ác fólico nas bactérias * MECANISMO DE AÇÃO Ação bacteriostática As sulfonamidas competem com o PABA pela enzima diidropteroato sintetase OBS: estes antibiótiocs inibem o crescimento da bactéria e não elimina (mata) a bactéria * Mecanismo de ação citoplasma DNA flagelo cílios ribossomos membrana citoplasmática parede celular cápsula Inibidor enzimático* competitivo do PABA Bloqueio da síntese de folato e, conseqüentemente, do DNA, bloqueando todas as funções vitais da célula que são dependentes do DNA. EFEITO BACTERIOSTÁTICO ÁCIDO TETRAIDROFÓLICO TIMIDINA DNA RNA SÍNTESE PROTÉICA PABA sulfanilamida A INIBIÇÃO ENZIMÁTICA COMPETITIVA Similaridade estrutural SUBSTRATO / INIBIDOR competição pelo sítio ativo concentração-dependente BLOQUEIO DA LIGAÇÃO AO SUBSTRATO Inibição da Síntese da Parede Celular -lactâmicos Glicopeptídeos PENICILINAS CEFALOSPORINAS MONOBACTÂMICOS CARBAPENÊMICOS VANCOMICINA TEICOPLANINA www.warwick.ac.uk/.../H_StoryB/peptidoglycan.jpg N-Acetil-murâmico N-Acetil-glicosamina Ligações peptídicas Os b-lactâmicos se ligam às PBPs (“Proteínas Ligadoras de Penicilina”) impedindo as ligações cruzadas da parede celular. Inibição da Síntese da Parede Celular Penicilinas naturais - Penicilina G - Penicilina V Penicilinas semi-sintéticas 1. Resistentes à ação das -lactamases - Oxacilina - Meticilina 2. De amplo espectro - Ampicilina - Amoxicilina Associação de -lactâmico + inibidor da -lactamase - Amoxicilina/clavulanato (® Clavulin) - Amoxicilina/sulbactam (® Unasyn) - Piperacilina/tazobactam (® Tazocin) -lactâmicos PENICILINAS 1a Geração: - Cefalotina (® Keflin) - Cefalexina (® Keflex) 2a Geração: - Cefoxitina (® Mefoxin) - Cefuroxima (® Zinacef) CEFALOSPORINAS 3a Geração: - Cefotaxima (® Claforan) - Ceftriaxona (® Rocefin) - Ceftazidima (® Fortaz) 4a Geração: - Cefpirona (® Cefron) - Cefepima (® Maxcef) -lactâmicos MONOBACTÂMICOS - Aztreonam (® Azactam) CARBAPENÊMICOS - Imipenem (® Tienam) - Meropenem (® Meronem) - Ertapenem (® Invanz) -lactâmicos Resistência aos ß Lactâmico 1- Produção ß Lactamases (Solução adicionar inibidor desta enzima – ác clavulônico) 2- Redução da permeabilidade da membrana externa * * 3- Antibióticos que afetam a síntese de proteínas Liga-se a subunidade 30S do ribossomo bacteriano: Ex: tetraciclina, gentamicina, estreptomicina Liga-se a subunidade 50S do ribossomo bacteriano : Ex: eritromicina, cloranfenicol, clindamicina * Inibição da Síntese de Proteínas Aminoglicosídeos Amicacina (®Amicacina) Arbecacina (®Harbekacin) - Gentamicina (®Gentamicina) - Netilmicina (®Netrocina) Macrolídeos - Eritromicina (®Pantomicina; Ilosone) - Claritromicina (® Klaricid) - Azitromicina (® Zitromax) Lincosaminas - Lincomicina (® Frademicina) - Clindamicina (® Dalacin C) Tetraciclinas - Doxiciclina (® Vibramicina) - Minociclina (® Minomax) Glicilciclinas - Tigeciclina (® Tigacyl) Cloranfenicol Oxazolidinonas - Linezolida (® Zivox) Inibição da Síntese de Ácidos Nucleicos Quinolonas - Ácido nalidíxico (®Wintomylon) - Ciprofloxacina (®Cipro) - Norfloxacina (®Floxacin) - Levofloxacina (®Levaquin) - Gatifloxacina (®Tequin) Rifampicina (®Rifaldin) Metronidazol (®Flagyl) Alteração de via metabólica Alteração da membrana externa Lipopeptídeos (ação contra Gram negativos) - Polimixina B - Colistina - Sulfametoxazol-trimetoprim (®Bactrim) Locais de ação dos diferentes antibacterianos Trimetoprima o a ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO Identidade do microrganismo Conhecimento da sua suscetibilidade Local de infecção Fatores do paciente Segurança do fármaco Custo do tratamento * DETERMINAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE ANTIMICROBIANA ANTIBIOGRAMA O antibiograma é um ensaio que mede a suscetibilidade/resistência de uma bactéria a um ou mais agentes antimicrobianos. Seu objetivo é tanto a análise do espectro de sensibilidade/resistência a drogas de uma bactéria quanto a determinação da concentração mínima inibitória. * * * Interpretação dos resultados Sensível: implica que a infecção devido ao agente isolado pode ser apropriadamente tratada com a dose recomendada do agente antimicrobiano. Resistente: o microrganismo resistente não será inibido pela concentração normalmente alcançada pelo agente microbiano com doses normais padronizadas, e a eficácia clínica não tem sido comprovada em estudos. * Comportamento dos microrganismos frente aos fármacos 1 dia antibiótico BACTERICIDA BACTERIOSTÁTICO RESISTÊNCIA cepa insensível cepa sensível com mutante resistente seleção * O QUE FAZER???? ISOLAR COMO NA IDADE MÉDIA? * Florence Nigthingale (1820-1910) * Entendendo a Dinâmica das Doenças Infecto Contagiosas * Fonte de infecção Hospedeiro susceptível Pacientes Funcionários Visitantes Objetos Pacientes Vulneráveis hospitalizados Meios de transmissão Contato Gotículas Aerossóis Veículos comuns Vetores O ambiente como fonte de transmissão de infecção X culturas positivas para VRE O AMBIENTE NA TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO: ● representa cultura + de MRSA Presentation from the AHRQ 2007 Annual Conference TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DE MICRORGANISMOS NAS SUPERFÍCIES Adapted from Hota B, et al. Clin Infect Dis 2004;39:1182-9.Kramer A, et al. BMC Infectious Diseases 2006;6:130 e McFarland L, et al. AJIC 2007. Microrganismo Tempo de Sobrevivência Acinetobacter spp. 3 dias a 11 meses Clostridium difficile (esporos) >5 meses 15 min – 3 hrs: forma vegetativa Enterococcus (incl. VRE) 5 dias > 46 meses Serratia marcescens 3 dias – 2 meses; Piso seco = 5 semanas Klebsiella spp. 2hrs a > 30 meses Pseudomonas aeruginosa 6 hrs a 16 meses Staphylococcus aureus (incl. MRSA) 7 dias > 7 meses Hepatitis B virus (HBV) > 1 semana Vírus da imunodeficiência humana (HIV) 3-4 dias Norovirus 8 hrs a mais de 2 semanas CAUSAS DA RESISTÊNCIA BACTERIANA HISTÓRICOAs bactérias surgiram na terra há cerca de 3,5 bilhões de anos, em ambiente hostil: temperaturas altíssimas, radiações ultravioleta e cósmicas, tempestades e falta de nutrientes. Elas superaram tudo e evoluíram para ocupar hoje todos os habitats, até aqueles de condições mais extremas. * * Escassez de novos fármacos Mais microrganismos resistentes Queda no interesse em pesquisa (poucos alvos, tratamentos agudos...) Aumento das exigências regulatórias Penicilina Meticilina Por que são necessários novos antimicrobianos? Staphylococcus resistentes a penicilina Staphylococcus resistentes a meticilina Chart5 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Year Registrations 2 6 31 96 88 78 30 1 Sheet1 1930 2 1940 6 1950 31 1960 96 1970 88 1980 78 1990 30 2000 1 1930 0 1940 1 1950 5 1960 40 1970 60 5 1980 80 15 1990 95 30 2000 95 60 Sheet1 Year Registrations Sheet2 Year Resistant isolates (%) Sheet3 Chart6 1930 1930 1940 1940 1950 1950 1960 1960 1970 1970 1980 1980 1990 1990 2000 2000 Year Resistant isolates (%) 0 1 5 40 60 5 80 15 95 30 95 60 Sheet1 1930 2 1940 6 1950 31 1960 96 1970 88 1980 78 1990 30 2000 1 1930 0 1940 1 1950 5 1960 40 1970 60 5 1980 80 15 1990 95 30 2000 95 60 Sheet1 Year Registrations Sheet2 Year Resistant isolates (%) Sheet3 Archibald. Antimicrobial resistance in isolates from inpatients and outpatients in the United States: increasing importance of the intensive care units. Clin Infect Dis 1997;24(2):211-5 COMUNIDADE HOSPITAL HOSPITAL Disseminação de bactérias multiresistentes COMUNIDADE Taxas elevadas de IH e resistência bacteriana UTI A dinâmica da resistência bacteriana no ambiente hospitalar – possíveis determinantes da disseminação da resistência Microrganismo Mecanismo de resistência Facilidade de transferência do gene de resistência Virulência Fatores relacionados ao paciente Inóculo Presença de corpos estranhos Defesas/sistema imune Vacinação Flora normal, comensal Uso de antimicrobianos Dose Número de drogas Duração do tratamento Espectro de atividade Concentrações teciduais Fatores ambientais Transmissão cruzada Medidas de controle Detecção laboratorial ISOLAMENTO DA BACTÉRIA RESISTENTE Polk. In: Wenzel. Prevention and control of nosocomial infections, 2003, 4th ed. chapter 13:153 Harbarth. Emerg Infect Dis 2005;11(6):794-801 Políticas de saúde Atividades promocionais pela indústria farmacêutica Desenvolvi/o de novas tecnologias Racional para concentrar esforços na prevenção e controle de bactérias resistentes Emergência destas bactérias como importantes agentes de IH Opções terapêuticas limitadas resultando em alta morbi-mortalidade Resistência antimicrobiana Soluções possíveis Intervenções Pacientes Médicos Profissionais de saúde Instituição Comissão de Epidemiologia Hospitalar Diretoria Clínica Racionalização de Antimicrobianos Controle de Infecção Hospitalar Vigilância Epidemiológica Médico do paciente prescreve um antimicrobiano de uso restrito Preenchimento da ficha de solicitação Digita no computador Enfermeira Envia à farmácia Farmácia libera as doses p/as 24 horas iniciais Concorda digita a solicitação no computador Não concorda discute com o médico do paciente Infectologistas avaliam as solicitações Exemplos de cartazes educativos dirigidos a pacientes contra o uso abusivo de antimicrobianos O que nos resta???? LIMPAR, LIMPAR, LIMPAR, LIMPAR, LIMPAR, LIMPAR, LIMPAR, LIMPAR................ QUAL A ATEENÇÃO DAMOS À LIMPEZA NOS NOSSOS SERVIÇOS??????????????????? * Principais armas contra a infecção hospitalar: LAVAGEM (CORRETA) DAS MÃOS USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS * * Trabalhar sim, adoecer não! A Organização Mundial da Saúde – OMS define a saúde como um estado de bem estar total, envolvendo o físico, o psicológico e o social. “NINGUÉM É TÃO GRANDE QUE NÃO POSSA APRENDER, NEM TÃO PEQUENO QUE NÃO POSSA ENSINAR” ESOPO N H 2 S O 2 N H 2 N H 2 C O O H 0 20 40 60 80 100 120 19301940195019601970198019902000 Year Registrations 0 20 40 60 80 100 19301940195019601970198019902000 Year Resistant isolates (%)
Compartilhar