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Fashion Law Débora Portilho Lex (leis) Direitos Autorais: - Direito do Autor a) Obras artísticas b) Obras literárias c) Obras científicas - Direitos Conexos Proteção Sui Generis: - Proteção de Cultivares: lei n˚ 9.465/1997 Essa lei tem por objetivo fortalecer e padronizar os direitos de propriedade intelectual; onde cultivar seria a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal, que seja claramente distinguível de outras conhecidas por uma margem mínima de características descritas, pela denominação própria, homogeneidade, capacidade de se manter estável em gerações sucessivas, além de ser passível de utilização. Sua duração vigora por 15 anos, exceto para árvores frutíferas, árvores florestais e árvores ornamentais que possuem proteção de 18 anos. - Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial: Dec. n˚ 3.551/2000 - Topografia de Circuitos Integrados: lei n˚ 11.484/2007 - Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional Associado: lei n˚ 13.123/2015. - “Nova” Lei da Propriedade Industrial (Lei 9.279/1996); - LPI CPI – Antigo Código da Propriedade Industrial (Lei 5.7727 CPI 1) - LDA – Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610, de 18.02.19 LDA 98 ) - CUP – Convenção da União de Paris CUP (Decreto Nº 1.263/94 - Revisão de Estocolmo, 1967) - TRIPS – Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade TRIPS Intelectual relacionados ao Comércio (da OMC) (Agreement on Trade- Related Aspects of Intellectual Property Rights) - Convenção de Berna – (também denominada União Interna Convenção de Berna cional para a Proteção das Obras Literárias e Artísticas – Decreto nº 75.699, de 6 de maio de 1975) Os atos previstos na LPI podem ser praticados pelas partes ou por seus procuradores, devidamente qualificados. No caso de pessoa domiciliada no exterior, ela deverá constituir e manter procurador devidamente qualificado e domiciliado no Brasil, com poderes para representá-la administrativa e judicialmente, inclusive para receber citações • Invenção vs. Ideia “Invenção resulta dos atos do engenho humano”; para criar uma nova tecnologia, processo ou objeto, ou até mesmo transformar algo descoberto na natureza, de modo a gerar uma solução técnica que atenda um problema técnico próprio. Assim, a invenção ocorre quando uma ideia atende às necessidades e expectativas do mercado. TEM QUE TER EFEITO NO MERCADO. • Obra Derivada Pode ser definida como uma transformação criativa, dotada de originalidade relativa, que incorpora a obra preexistente e que, justamente por isso, depende de autorização do autor da obra originária; e, por ser considerada uma nova obra, goza de proteção tal qual a “original”. É importante observar que diferenciamos aqui as inspirações das releituras com base no seguinte critério: • se a obra de arte pode ser reconhecida na nova criação, então ela é mais do que uma simples inspiração: ou se trata de uma homenagem, ou de uma infração. No primeiro caso, não apenas o homenageado, mas o público em geral, deve tomar conhecimento de que a obra foi inspirada em trabalho alheio e, para que ela não constitua uma infração, é necessária a autorização do homenageado, ou seja, do autor da obra originária. Assim, é preciso ter em mente que a ninguém (nem aos muito famosos e prestigiados) é dado o direito de copiar, reler ou transformar obra alheia, ainda que a título de homenagem, sem a devida autorização do autor da obra originária!!!!!!!! Independentemente de como esse uso seja classificado no universo da moda – inspiração, releitura e/ou homenagem –, o importante é que, em termos jurídicos, ele pode ser considerado uma “obra derivada”, pois se trata de uma transformação criativa, autônoma e com individualidade, e incorpora a obra preexistente, sem, contudo, reproduzi-la. • Releitura/homenagem/tributo São inúmeras as homenagens dos estilistas às artes. O que difere o tipo de homenagem feito por YSL a diferentes pintores daquela feita por McQueen para Michael Jackson é que a primeira - a homenagem que parte de obras de arte para se transformar em roupas - é uma releitura, uma obra derivada, i.e., uma nova forma de interpretação de uma obra de arte, enquanto a homenagem/tributo retrata um tipo de vestimenta ou característica do homenageado. Aula 04. Rio de Janeiro, 15 de ago. de 17 Semantica importa! Cópia reproduz. Imitação é similar, não é reprodução. Caso Dolce & Gabbanna(foi o Austera/Aurora?) vs. Adriana Duque. (Headphone). Seria releitura sem autorização, pois é uma obra derivada. Congresso IDPI? A proteção concedida ao Louboutin ou a Tiffany, é a proteção de Tradedress, identidade visual. Questão Moschino: Havia autorização? Se foi Homenagem, não deveria haver uma autorização dado que havia ganho de lucro? • Expressão de propaganda não pode ser registrado como marca. • Marcas não podem ser patenteadas. Por quê? P.S.: Patente é depositada. - Patente: proteção por 20 anos concedida pelo governo em troca da descrição detalhada da invenção. (direito de excluir 3˚s por 20 anos e então cai em domínio público) isso porque a tecnologia tem voltar para sociedade, para fomentar a evolução. Marca não fomenta o desenvolvimento tecnológico, sendo esse o primeiro motivo. Precisa cair em domínio público para o bem da sociedade. Você descreve os eventos e permite que seja reproduzido. Invenções patenteadas no mundo da moda: zíper, velcro, salto da “Tanya Heath”. Produto no brasil pela marca Lizzy Kahl. A Patente só pode ser registrada onde é novidade, é territorial. Mas a busca é nível mundial, não pode fazer parte do “estado da técnica”. A Tanya pode patentear no Brasil? Ela pode buscar proteção caso alguém aqui no Brasil reproduza o produto? The Ricky Bag – Ralph Lauren há um pedido de patente MU 202012019820-2, no Brasil, para uma bolsa com carregador dentro. Quem veio primeiro a bolsa brasileira ou a bolsa americana? Secret pulseira. Wearable technology. Dri-Fit, a proteção foi para a tecnologia não para a ideia. Azul Kein e YinMn blue, são os dois tons de azul patenteado. Patente de Invenção (PI) – telefone, e Patente de modelo de utilidade, telefone com melhoria funcional, integração do transmissor e receptor na mesma peça. Na moda, o sutiã, era um “breast-supporter”. - Requisitos de Patenteabilidade (art. 8˚) para Patentes de Invenção: • Novidade (não compreendido no estado da técnica, em nível mundial); • Atividade inventiva (técnica que para aquele metiê que será inovação); e • Aplicação industrial (ser produzido em nível industrial). Duração da proteção de 20 anos. (tem que contar o “pulo do gato”). Ou • insuficiência descritiva – condição, não é requisito mas é mister. - Vigência da Patente: art. 40, pelo menos 10 anos. Então se foi depositada em 2000 mas o INPI concedeu em 2012. A proteção é de no máximo 20 anos, então iria até 2020, entretanto, como a proteção é de pelo menos 10 anos, a invenção estará protegida até 2022 - Suficiência descritiva, arts. 24 e 25. - Atribuição de titularidade: quem chegar primeiro, mundialmente. O direito de obter a patente é do primeiro a depositar. Art. 7˚. - Exceção: Usuário Anterior, art. 45, §2˚. Chuteira da Nike da adidas, a adidas pode continuar a produzir ou comercializar? Período de graça, a lei brasileira permite que vc pode divulgar, pelo período de um ano para poder fazer o depósito, o problema é que alguns países nãoreconhecem o período de graça. (falar com a Carol sobre o período de graça). No caso da moda, as wearables tecnologies é só patente. Como fica a chuteira da Nike e da Adidas? Se fosse marca, há o direito de precedência, se eu estava usando há mais de 6 meses, de boa fé antes do registro no INPI por outra pessoa, eu posso reivindicar a nulidade (caso da Alquimia???). O pedido de patente tem que ser solicitado em todos os países e territórios que se deseja proteção. - Principio da Independência das Patentes (slide) - Direitos do titular: impedir a utilização por terceiros e indenização pela exploração indevida art.44. A proteção retroage à data da utilização indevida que ocorra entre a data de publicação e concessão, caso a utilização seja anterior à data de publicação, retroagirá em caso de má-fé. - Art. 10 – ideias não são protegidas. Qualquer obra literárias, arquitetônica, artística e cientificas, tbm. No brasil, programa de computador é registrado porque a lei de direito autoral abrange. Apresentação de informação, técnicas, jogos, o que não há atividade inventiva, o que é invenção mas a lei veda. Patente não “quebra”, isso é expressão para queda em domínio público (expiração do prazo de validade da proteção – 20 anos da data do depósito) ou por licenciamento compulsório pelo governo, a patente permanece, o direito permanece, mas há um licenciamento compulsório. Arts. 68 a 74, LPI > há o pagamento de um valor pelo licenciamento. Foi o caso do antraz no USA, onde havia apenas um remédio que combatia o antraz, e ai o governo americano cogitou realizar o licenciamento compulsório. Latisse. Patente segundo uso, pode? Não há novidade, você já conhecia a substancia. A lei não proíbe pq não há proteção para as pesquisas de segundo uso na maioria dos países mesmo sem a novidade. Passar o material: leonardossadvogado@gmail.com Bolsaetc – aluguel de bolsa / BoBAGS. Aula 05 Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2017. Desenho Industrial vs. Design A busca é mundial!!!!! Se foi patenteado em qualquer outro lugar do mundo, perde-se a novidade e já não é mais passível de patente aqui no Brasil ou em qualquer outro lugar do globo. A principal diferença entre Design e Desenho Industrial, encontra-se no seu conceito. O desenho industrial é o desenho da técnica, é a roupagem do design, assim, por exemplo, podemos dizer o desenho industrial é a ficha técnica do produto do design. A tecnologia do produto será protegida pela patente de tecnologia ou pela patente de utilidade. O que se protege no INPI é a “cara” do produto. Design é toda a cadeia de produção do produto, desde seu “breathing”, passando por sua criação, protótipo e estudos de ergonomia, por sua produção industrial ou artesanal, até o seu descarte. “Servir de tipo de produção industrial” – O registro do Desenho Industrial protege a forma externa do objeto e não sua função prática, pois esta só pode ser protegida por patente (PI ou MU[melhoria funcional]). FUNÇÃO É IGUAL PATENTE – DESENHO INDUSTRIAL É FORMA ORNAMENTAL(não necessariamente útil)!!! Formas de proteção: 1. Forma plástica = tridimensional 2. Conjunto ornamental de linhas e cores = forma bidimensional (estampa). Nos EUA, desenho industrial é patente. A Estampa: pode ser protegida, como desenho industrial, direito autoral e marca. Se é uma estampa muito passageira, a proteção ideal é a de desenho industrial, se for à longo prazo, a proteção por direito autoral é a melhor opção. O registro por direito autoral é declaratório de direito e não constitutivo de direito. Os trabalhos artísticos são registrados na escola de belas artes da UFRJ. Sempre falar com o designer sobre o que o levou, qual era breathing e qual foi o conceito por trás da criação. + Lembrar a Débora de trazer os casos de Logo. + Quem é legitimado para realizar o registro na escola de belas artes, apenas a pessoa física (autor)??? Marca é um Signo!!! Rendas não podem ser registradas como desenho industrial se forem fabricadas manualmente, porque é pré-requisito que o desenho possa ser reproduzido industrialmente. “Lei de direitos comuns (#facepalm)” Vamos proteger!!! • Requisitos: Por não serem base de INDEFERIMENTO, ainda que o produto não tenha um dos requisitos se o produto não conter um dos elementos de base de indeferimento (art. 100, I e II), o INPI é OBRIGADO à conceder o registro. Contudo, quando não há um dos requisitos, um PAN é instaurado de ofício pelo INPI. Como um órgão administrativo, ele só pode fazer o que está descrito na lei. 1. Novidade: art. 96 – se já existia no “Estado da Técnica”. Não é subjetiva. Já existe ou não. É um fato, tem ou não tem. 2. Originalidade: art. 96 – conceito subjetivo, quando configura uma distinção visual de outros. É uma questão de percepção. 3. Fabricação Industrial. • Não é Registrável: base de indeferimento são apenas os dois seguintes. 1. O que não for contra à moral e aos bons costumes art. 100, I. 2. A forma necessária, comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. Art. 100, II. • Nulidade: pode ser requerida administrativamente (PAN), dentro do prazo de 5 anos da concessão ou judicialmente a qualquer tempo da vigência da patente. Desenho Industrial não tem oposição. (seja lá o que isso quer dizer...) Período Sigilo: art. 106. Não é considerado DI, obras puramente artísticas, partes de objetos (alça da xícara), alterações de dimensões, aplicação de cores em objetos já conhecidos (Louboutin), configurações internas. Patente de modelo de invenção(PI),20 patente de modelo de utilidade(MU), 15desenho indústria(DI)25l (registro) e marca (registro) pra sempre, Software PC 50, autora vida + 70. Patente de Invenção vs. Patente de Utilidade “As Patentes de Invenção (PI) protegem os inventos que tenham um grau de inventividade notável, enquanto que as Patentes de Modelo de Utilidade (MU) protegem os objetos de uso prático, ou parte destes, que apresentem uma nova forma ou disposição, que resulte na melhoria do uso desses objetos (melhoria funcional), ou que facilite a sua fabricação.” Segredo de Negócio: 1. Segredo industrial 2. Segredo comercial Rio de Janeiro, 24 de agosto de 17. Aula 06 Christiane cristiane.almeida@escritoriocultural.com.br Direito do autor Primeira parte (à completar) www.partnouveau.com Divide-se o direito do autor em dois: Patrimonial e Moral - Moral: inalienável e persiste no tempo, que na morte do autor é protegido pelos herdeiros. - Patrimonial: alienável e advindo a morte do autor, caduca após 70 anos. A proteção do direito autoral não dura para sempre: perdura por toda vida e é transmissível aos herdeiros. Contudo, a partir de 1˚ de janeiro do ano subsequente à morte do autor conta-se 70 anos de proteção a qual caduca ao término desse prazo, ou seja, ao término dos 70 anos, a obra passa a ser domínio público. • Limitações ao direito do autor: arts. 46 a 48 da LDA. Qualquer uso não autorizado que venha a reduzir comprovadamente os benefícios da utilização obra Ø Requisitos da limitação à utilização (teste dos “Três Passos”) 1˚ - Pequeno Trecho da obra: a legalidade de uso de obra por terceiros deve ser analisada casuisticamente. 2˚ - Há exploração da obra??? 3˚ - Ø Requisitos para a proteção: - Pertencer ao domínio das letras, artes ou das ciências - A obra deve ser original : “integrada de componentesindividualizadores”. A origem da obra é o autor, isso não significa que essa obra não tenha similitudes à outras. Subjetivamente novo, original, também é aquilo ou aquele que é ignorado pelo autor no momento da criação. Não é mister a originalidade absoluta. - Exteriorizada ou materializada através de qualquer meio - Não pode estar em domínio publico. A doutrina é divergente, há aqueles como Elaine V. Abrão que não há direito autoral na moda. Contudo, há aqueles que defendem que é possível a proteção de obras do ramo da moda que a partir da analise do caso, podem e devem ser protegidas pelo direito do autor, como por exemplo, as estampas. Monica Rosina, por exemplo, diz que a uma camiseta clássica não é passível de proteção autoral, entretanto, considera que uma estampa, como exemplificado acima, é passível de proteção. Ø Como proteger: Toda prova pode ser admitida em juízo para comprovar data de criação e originalidade. - documentar tudo, falar e marcar que é confidencial. - registro autoral - registro de declaração de autoria e data de criação no cartório de títulos e documentos. • Decisão da 24˚ Vara Cível de São Paulo, Caso Hermès. O sistema francês tem uma lei específica para proteção de produtos e obras de moda. Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2017. Aula 07 Estou Protegido!!! Indicação de Proteção. Registro de Marca no INPI. Nos USA, você precisa estar usando a marca para conseguir o registro dela. Ou seja, o uso é condição para o registro. A localização do ícone que indica o registro ®, © e ™ não tem posição obrigatória, fica à critério do cliente. Indicação de proteção. © = direito autoral (palavra não tem copyright) ™ = Trade Mark ® = registro da marca Ø Note-se: Da inexistência da obrigatoriedade; Art. 5˚, ‘d’, CUP – Para o reconhecimento do direito não será exigido no produto qualquer sinal ou menção da patente do modelo de utilidade, ou do registro de marca de fábrica ou de comércio, ou de depósito do desenho industrial. Então porque usar? Para indicar que a invenção está devidamente protegida por uma patente de invenção ou por um modelo de utilidade em nome daquela empresa No caso do “Forebrain” o “©” é ao lado do desenho e o “®” ao lado palavra. Indicações ≠ de marca • Indicação Geográfica não se cria, se reconhece. Tem duas espécies: - Denominação/Indicação de Procedência: ocorre por acaso. Não está relacionada ao ambiente. Tem relação com “reconhecimento” do lugar pela produção de um produto específico. Ex.: Nova Friburgo pra lingerie. - Denominação/indicação de Origem: tem ligação direta com o arredor, com o clima, com ambiente. Aqui, as qualidades e características estão diretamente relacionadas com o lugar. Contudo, há um problema no regulamento do INPI, que tem a tendência de não seguir essa lógica. Note-se, não há hierarquia entre denominação de origem e denominação de procedência, ainda que denominação de origem seja mais importante, entretanto, é ainda que o produto tenha características de denominação de origem, é possível, antes obter a denominação de procedência. Em principio, seriam distintos, entretanto, pelo INPI, é possível solicitar a indicação de procedência antes. Isso ocorre em decorrência da inexperiência do INPI, no inicio, frente a questão da indicação geográfica. Arts. 180, 181 – nome geográfico que não detêm indicação geográfica. Como funciona a marca “Casa da Suíça”? O fato de estar localizado dentro região geográfica, não garante o selo de indicação geográfica, tem que seguir um padrão de qualidade de produção. Assim como ter um alto padrão de produção não possibilita a utilização da indicação geográfica caso não esteja localizado dentro a região geográfica. Indicação Geográfica não é marca, de forma que não é disponível, ou seja, não é possível sua alienação ou concessão. É inegociável. • NÃO HÁ HIERARQUIA NA LEI, SÃO ESPÉCIES DO GÊNERO INDICAÇÃO GEOGRÁFICA. CONTUDO, O INPI, FAZ DISTINÇÃO E CONCEDE “HIERARQUIA”. CONCEDE A PROTEÇÃO VERTICALMENTE. • A Cachaça, foi reconhecida como indicação de geográfica nacional por Decreto n˚ 4.062/01(qualquer agua ardente fabricada dentro do território brasileiro, é cachaça. Se for fabricada fora do Brasil, não é cachaça), porque quando era exportado tinha que ser classificado como rum. Contudo, o rum custava 20 centavos de dólar, o a Cachaça custa 9 euros. Quanto a caipirinha, essa pode ser feita fora do país, mas é mister que seja produzida com cachaça, se for com qualquer outra bebida alcoólica, como Vodka, ou com uma água-ardente que não fabricado no Brasil e assim não podendo ser cachaça, não será caipirinha. • Kashimir Pashimina O reconhecimento é feita por tratado ou por pedido de proteção, lá. Na UE, a proteção por indicação geográfica tem, diferentemente do Brasil, 3 espécies: - DOP / PDO – indicação de origem - IGP / PGI - indicação de procedências - ETG / TSG - para receitas (não há similar no Brasil) garantia para especialidades tradicionais especificas. • Ter “especificidade”, distinguir claramente o produto • Ser “tradicional”, período de pelo menos 30 anos de modo a permitir a transmissão entre gerações. Marcas coletivas ≠ marcas de certificação. • Registro e Proteção de Marcas Por que? Garantia da utilização exclusiva em todo o território nacional. Principio da Especialidade das Marcas: ela só precisa ser nova no segmento dela. Classificação de produtos e serviços para fins de registro de marcas, no INPI. Atualmente, há duas classificações em vigor: - CL (classificação nacional - classe) - NCL (“Nice Classification”) classificação internacional de produtos e serviços. Adotada no Brasil a partir da sétima edição, ano 2000. Atualmente já estamos na 11˚. São 34 classes de produtos e 11 classes de serviços, organizados por lista alfabética. Um registro para cada classe para cada marca. Busca de marca e analise de registrabilidade. O primeiro, é simples, o segundo é complicado. - Classificação de Viena, para marca figurativa (“CFE”). 29 categorias Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2017. Aula 08 Marcas * Indicação de Procedência não tem validade. Indicações de Procedência na Moda - Divina Pastora – renda irlandesa, apenas na região Sergipe. Região demarcada e apenas as rendeiras daquela região podem fazer esse tipo de renda. - Capim Dourado - Algodão Colorido da Paraíba - Calçados de franca – indicação de procedência mesmo - Couro do Vale dos Sinos - Opala de Pedro II no Piauí Quais as principais funções da Marca para a PI? A marca tem muitas funções. Contudo, na PI, tem por função distinguir o produto e garantir o direito ao uso exclusivo em todo o território nacional.. Ex.: a faixada da Farm enquanto marca. só é registrável como marca o que os signos que sejam visualmente perceptíveis. Ou seja, uma marca olfativa, é marca mas, de acordo com a LPI, não pode ser registrada. O perfume da farm, ou o som de “plim plim” da globo, são marcas não tradicionais, mas não podem ser registradas como marca decorrente da restrição quanto a necessidade de ser visualmente perceptível. - marca de produto: identifica um produto - marca de serviço: identifica um serviço - marcas coletivas: é de uma coletividade de pessoas ou produtores que se unem e utilizam uma mesma marca. A ABIC, o selo dela, não é uma marca de certificação porque não é possível se auto certificar, é preciso ser isento, ser um órgão isento para certificar. Assim, o selo da ABIC é uma marca coletiva. - Marca de certificação: tem que submeter oproduto a uma empresa externa que certifica. - House Mark ou marca institucional ou corporativa: Unilever. Entretanto, no brasil, não há essa classificação, e por ter a necessidade de ser depositada no INPI, é classificada como marca de produto. Esse também é o caso das marcas farmacêuticas, como a Medley, a Bayer ou Pfyser, que também são marcas corporativas ou house marks, mas que no Brasil, são classificadas como marcas de produto. - Nominativas: nomes - Figurativa: desenhos, figuras. - Mista: nomes e figuras, juntos. - Tridimensionais: é aquela que tem 3 dimensões. Forma plástica não remete ao material, mas sim a plasticidade artística dela, dissociado do “efeito técnico” (o propósito da forma, como argolas ou bola). - Marca Tátil: também não existente no Brasil, mas é possível ser registrada como figurativa, se for visualmente perceptível. - Marcas fluidas: - Color trademark - Marca de posição CONAR sobre Tradedress Rio de Janeiro, 5 de setembro de 2017. Aula 09 Bruna Rego Lins Contratos e Redes Sociais • contratos licença • contratos franquia • contratos de autorização de uso de imagem • contratos de licença de uso de direitos autorais • redes sociais A relação entre direito e moda, no tocante ao mercado, encontra-se na questão da proteção do investimento despendido na área da moda. Protege-se, assim, por meio dos contratos. + Elementos necessários em um contrato de fashion law - Objeto: bem definido, como chegaram aquela relação - Parte: capazes; olhar se quem está assinando possui prerrogativa, de fato, para exercer aquele direito. Ex.: Seaworld e marca da Shamu. - Território: limitação; território custa dinheiro. - Remuneração: percentual - Exclusividade - absoluta: nem mesmo o próprio titular se reserva o direito de usar a marca - Relativa: O titular se reserva o direito de usar a marca - Não exclusiva: o titular se reserva o direito de autorizar outros titulares naqueles território. - Prazo: - Determinado: tem uma data certa para o seu término - Indeterminado: Não tem uma data certa para o seu término - Indeterminado é diferente de eterno!!! Apelação n˚ 9247214-69.2008.8.26.0000 (TJSP) A lucratividade da alta costura é baixa, contudo, serve como estímulo para dar nome, “peso” à marca. O que faz com que a marca tenha um appeal é questão da exclusividade, do luxo. A rentabilidade da marca vem, hoje em dia, não das coleções de alta costura mas sim das coleções “prêt-à-porter”, e de coleções de acessórios, como óculos e perfumes. O que dá dinheiro, então, é a marca! Ou seja, sobrevivem da licença de uso de marca. + Licença de uso de marca a) Vantagens: - expansão controlada - expansão em parceria com quem conhece o mercado - sem necessidade investimento - aumenta penetração no mercado b) Desvantagens: - Redução da exclusividade - Se não mantiver o controle a marca pode se depreciar - Acabar licenciando o seu mercado mais lucrativo , isso porque a venda de roupa não é a parte mais lucrativa das marcas de alta costura, mas sim a venda de acessórios. Existe, sim, clausula para determinar o padrão de qualidade do produto (cláusula de padrão de qualidade) mas não há transferência de “know-how”. Além disso, o licenciado tem total autonomia em termos de gestão. Ou seja, liberdade de gestão. Pode se determinar, também, onde o produto pode ser ofertado. Grupo AMC têxtil – licenciada para a utilização da marca Coca-Cola. + Autorização de uso da imagem Direito de imagem é um direito constitucional do brasileiro. Contudo, o grau de proteção garantida por esse direito varia de acordo com o grau de expectativa de privacidade e da utilização de sua imagem, como por exemplo a imagem de um politico ou de um famoso. Assim, expressa-se essa diferença pelo montante à ser pago a titulo de danos morais e patrimoniais. Ou seja, o tamanho do véu de proteção garantido pelo direito de imagem varia, caso à caso, sempre considerando a expectativa de privacidade e a publicidade da pessoa. Na moda, o contrato de autorização de uso da imagem, geralmente é celebrado entre modelos e empresas. Nesses contratos deve conter: - tempo de duração da sessão de fotos; - direitos das partes caso não aprovem as fotos; - forma de utilização do material; - indenização em caso de não comparecimento; e - prazo para o uso da imagem. Súmula 403 do STJ: independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais. Qual o prazo de validade da imagem da pessoa? Após a morte, os herdeiros herdam o direito de imagem, mas até quando? Qual o grau da linha de sucessão? • Direitos autorais dos fotógrafos: o direito que eles possuem é o direito de autor que também se dividem entre morais e patrimoniais; ressalta-se: direito moral é inalienável!!! + Estampas Aqui também envolve direitos autorais. Nenhum autor pode ser pessoa jurídica. Nunca, a titularidade inicial é de uma pessoa jurídica. A criação nasce sempre de uma pessoa física. Qual a diferença entre licença e cessão? A licença, equipara-se ao aluguel; a cessão equipara à uma compra e venda. Ou seja o objeto de licença não deixa a esfera patrimonial do licenciante, enquanto na cessão, por sua vez, o objeto deixa a esfera patrimonial do cedente e passa para a esfera patrimonial da cessionária. Quanto as tecnologias exigem que o contrato de cessão ou autorização, sejam celebrados cada vez que uma tecnologia nova surja, ou seja, se a cessão foi a para DVD, é preciso uma cessão para streaming. Atentar, também, para questões de alterações, adaptações ou transformações precisarão de autorização do autor! Deve constar no contrato! + Franquia (Lei 8.955/94) Ao contrario da licença de marca, há a transferência do know-how. Essa transferência implica em aprovar onde ficará o ponto, quantos funcionários, determinação de sistema financeiro, organização estética, uniforme dos funcionários. Ou seja, é colocar aquela empresa dentro da cadeia de produção do franqueador. Art. 2˚, Lei n˚ 8.955/941. - Uso de marca - Know-How - Franqueado deve obedecer o padrão da rede - Obrigatoriedade de contrato escrito - Obrigatoriedade de apresentação de COF (Circular de Oferta de Franquia); junto com a COF tem que ir um contrato de confidencialidade. Da nulidade do contrato de franquia: quando isso ocorre, há o retorno ao status quo ante, ou seja, a devolução de todo o dinheiro do investimento. A COF deve ser entregue 10 dias antes de qualquer pagamento relacionado à operação ou a assinatura do contrato. Da clausula de não concorrência: tem como finalidade a proteção contra a concorrência abusiva, dado que o franqueado vai aprender o segredo de negócio e após alguns anos de formar o fundo de comércio, se resolver abrir um segmento concorrente, é sim, concorrência abusiva. Normalmente não se limita a empresa, mas também aos sócios daquela empresa. Pra ela ser valida, o ideal é que ela determine um prazo e um território. Não se aplica o CDC, franqueado não é consumidor! Necessidade de averbação no INPI - royalts pro exterior - dedutibilidade fiscal, quando feito entre nacionais não é necessário. - Possibilidade de fazer valer seu direitos perante terceiros. Cuidados: Fotos: são direitos autorais, obter autorização do fotografo e da pessoa fotografada. Sempre citar fonte, principalmente se estiver retirando o conteúdo de outros sites/fontes. Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2017. Aula 11. 1 Art. 2º Franquia empresarial é o sistema peloqual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi- exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. Alcance da Prot. das Marcas Estilização da marca. Devemos sempre utilizar a marca da forma como ela foi depositada. Registrabilidade. Classificação da marca: (evocativas ou sugestivas – por associação de ideias - * teste abercrombie * ) 1. Fantasiosas. É aquela que não existe, ela é criada, ela não significa nada, o importante é que a palavra sozinha te diz o que é o serviço, como “vidrex”, “casa do pão de queijo”, que te diz pra que veio, não é fantasiosa. A fantasiosa, não te diz nada. 2. Arbitrárias: é aquela que foi escolhida arbitrariamente, a palavra existe mas identifica algo completamente diferente do produto ou serviço ofertado. Ou seja, apesar da palavra existir e ter um significado, esse é distinto do 3. Evocativas ou sugestivas: (i)por associação de ideias, ou (ii) formadas a partir de termos de uso comum. O INPI não faz distinção. É uma categoria que abarca muito tipo de marca que na verdade, da pra dividir em duas. Tem um parecer do Koni, publicado na ABPI – da Debora. Exemplo, temos evocativas que formadas a partir de termos/radicais de uso comum no segmento; ex.: “dressto”, “botanopé”, “scarf me”, essas são um pouco mais fracas que “forever 21” ou a “bumbum Ipanema”. 4. Descritivas: ela efetivamente descreve a finalidade ou a característica do produto ou serviço; ex.: “só socks”, “só a rigor”. 5. Termos Genéricos e Técnicos: é o mais literal possível, a diferença é mínima, “H2O”, “casas das cuecas”, “engraxataria”. Certificado de registro com ou sem ressalva sobre a exclusividade de utilização. Ex.: “Koni Store” – sem uso exclusivo de “Store”. (Apostilamento) Caso: “Agência de Viagens Decolar”. O INPI deu uso exclusivo de “Decolar”? Sim. O que é necessário saber, é o que é uso comum da categoria. Agência de Viagem, não decola; “decolar” não é de uso direto, não descreve e não é genérico pra agências de viagens, ele evoca. Agora, não há mais o apostilamento, por isso, é de altíssima importância que o advogado saiba identificar os elementos. Resolução INPI n˚ 166, 30 de maio de 2016, alterou a forma de apostilamento dos registros de marca, entre outras razões, para dar maior celeridade ao processo. Por que a ressalva é tão importante? Porque a ressalva é o que todo mundo pode ter naquela classe. Ainda, no momento que o termo em análise é propriedade de alguém, não pode ser objeto de ressalva, assim, não poderia ser concedido, por exemplo, “Bailinho da Coca-Cola” por conta da marca “Coca-Cola”. Sistema de registro de marcas. Atributivo x Declarativo Ø Atributivo de Direito: “first to file system”, direito adquirido por depósito anterioridade; Ø Direito de Prioridade: prioridade unionista art. 127; a data retroage até a data do depósito da prioridade, contando que os depósitos subsequentes sejam feitos dentro do prazo de meses nos países signatários da CUP. Ø Direito de Precedência ao Registro; art. 129, §1˚: mínimo de 6 meses antes do depósito, pode-se requerer a precedência ao registro. Se não tiver oposição, o PAN com base no direito de precedência não é aceito pelo INPI. Não há nada escrito sobre isso, ainda, entretanto, questiona-se qual seria o posicionamento do judiciário sobre a matéria em tela. Nota-se, a lei diz que o direito pode ser exercido a qualquer momento antes ao registro. Na opinião da Débora, ter apenas 60 dias, tempo para exercício da oposição, iria contra o ratio legis da LPI, onde essa garantiria o exercício desse direito a qualquer tempo antes da concessão do registro.
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