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Fashion Law

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Prévia do material em texto

Fashion	Law	
Débora	Portilho	
	
	
Lex (leis) 
	
Direitos	Autorais:	
- Direito	do	Autor	
a) Obras	artísticas	
b) Obras	literárias	
c) Obras	científicas	
- Direitos	Conexos	
	
Proteção	Sui	Generis:	
- Proteção	de	Cultivares:	lei	n˚	9.465/1997	
Essa	 lei	 tem	 por	 objetivo	 fortalecer	 e	 padronizar	 os	 direitos	 de	
propriedade	 intelectual;	 onde	 cultivar	 seria	 a	 variedade	 de	 qualquer	
gênero	 ou	 espécie	 vegetal,	 que	 seja	 claramente	 distinguível	 de	 outras	
conhecidas	 por	 uma	 margem	 mínima	 de	 características	 descritas,	 pela	
denominação	própria,	 homogeneidade,	 capacidade	de	 se	manter	 estável	
em	gerações	 sucessivas,	 além	de	 ser	 passível	 de	 utilização.	 Sua	duração	
vigora	 por	 15	 anos,	 exceto	 para	 árvores	 frutíferas,	 árvores	 florestais	 e	
árvores	ornamentais	que	possuem	proteção	de	18	anos.	
- Registro	de	Bens	Culturais	de	Natureza	Imaterial:	Dec.	n˚	3.551/2000	
- Topografia	de	Circuitos	Integrados:	lei	n˚	11.484/2007	
- Patrimônio	 Genético	 e	 Conhecimento	 Tradicional	 Associado:	 lei	 n˚	
13.123/2015.		
	
	
- “Nova”	Lei	da	Propriedade	Industrial	(Lei	9.279/1996);	
- 	LPI	CPI	–	Antigo	Código	da	Propriedade	Industrial	(Lei	5.7727	CPI	1)		
- LDA	–	Lei	de	Direitos	Autorais	(Lei	nº	9.610,	de	18.02.19	LDA	98	)		
- CUP	–	Convenção	da	União	de	Paris	CUP	(Decreto	Nº	1.263/94	-	Revisão	
de	Estocolmo,	1967)		
- TRIPS	 –	 Acordo	 sobre	 Aspectos	 dos	 Direitos	 de	 Propriedade	 TRIPS	
Intelectual	 relacionados	 ao	 Comércio	 (da	 OMC)	 (Agreement	 on	 Trade-
Related	Aspects	of	Intellectual	Property	Rights)		
- Convenção	de	Berna	–	(também	denominada	União	Interna	Convenção	de	
Berna	cional	para	a	Proteção	das	Obras	Literárias	e	Artísticas	–	Decreto	nº	
75.699,	de	6	de	maio	de	1975)	
	
	
Os	 atos	 previstos	 na	 LPI	 podem	 ser	 praticados	 pelas	 partes	 ou	 por	 seus	
procuradores,	 devidamente	 qualificados.	 No	 caso	 de	 pessoa	 domiciliada	 no	
exterior,	ela	deverá	constituir	e	manter	procurador	devidamente	qualificado	
e	domiciliado	no	Brasil,	 com	poderes	para	representá-la	administrativa	e	
judicialmente,	inclusive	para	receber	citações	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
•	Invenção	vs.	Ideia	
	
“Invenção	resulta	dos	atos	do	engenho	humano”;	para	criar	uma	nova	tecnologia,	
processo	ou	objeto,	ou	até	mesmo	transformar	algo	descoberto	na	natureza,	de	
modo	a	gerar	uma	solução	técnica	que	atenda	um	problema	técnico	próprio.	
Assim,	 	 a	 invenção	 ocorre	 quando	 uma	 ideia	 atende	 às	 necessidades	 e	
expectativas	do	mercado.	TEM		QUE	TER	EFEITO	NO	MERCADO.	
	
	
•	Obra	Derivada	
	Pode	 ser	 definida	 como	 uma	 transformação	 criativa,	 dotada	 de	 originalidade	
relativa,	que	incorpora	a	obra	preexistente	e	que,	 justamente	por	isso,	depende	
de	 autorização	 do	 autor	 da	 obra	 originária;	 e,	 por	 ser	 considerada	 uma	 nova	
obra,	goza	de	proteção	tal	qual	a	“original”.	
	
É	importante	observar	que	diferenciamos	aqui	as	inspirações	das	releituras	com	
base	 no	 seguinte	 critério:	 •	 se	 a	 obra	 de	 arte	 pode	 ser	 reconhecida	 na	 nova	
criação,	 então	 ela	 é	 mais	 do	 que	 uma	 simples	 inspiração:	 ou	 se	 trata	 de	 uma	
homenagem,	ou	de	uma	infração.	No	primeiro	caso,	não	apenas	o	homenageado,	
mas	o	público	em	geral,	deve	tomar	conhecimento	de	que	a	obra	foi	inspirada	em	
trabalho	 alheio	 e,	 para	 que	 ela	 não	 constitua	 uma	 infração,	 é	 necessária	 a	
autorização	do	homenageado,	ou	seja,	do	autor	da	obra	originária.	
	
Assim,	 é	 preciso	 ter	 em	 mente	 que	 a	 ninguém	 (nem	 aos	 muito	 famosos	 e	
prestigiados)	é	dado	o	direito	de	copiar,	reler	ou	transformar	obra	alheia,	ainda	
que	 a	 título	 de	 homenagem,	 sem	 a	 devida	 autorização	 do	 autor	 da	 obra	
originária!!!!!!!!	 Independentemente	 de	 como	 esse	 uso	 seja	 classificado	 no	
universo	da	moda	–	inspiração,	releitura	e/ou	homenagem	–,	o	importante	é	que,	
em	termos	jurídicos,	ele	pode	ser	considerado	uma	“obra	derivada”,	
pois	se	trata	de	uma	transformação	criativa,	autônoma	e	com	individualidade,	e	
incorpora	a	obra	preexistente,	sem,	contudo,	reproduzi-la.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
•	Releitura/homenagem/tributo	
	
São	 inúmeras	 as	 homenagens	 dos	 estilistas	 às	 artes.	 O	 que	 difere	 o	 tipo	 de	
homenagem	feito	por	YSL	a	diferentes	pintores	daquela	feita	por	McQueen	para	
Michael	Jackson	é	que	a	primeira	-	a	homenagem	que	parte	de	obras	de	arte	para	
se	 transformar	em	roupas	 -	 é	uma	releitura,	uma	obra	derivada,	 i.e.,	uma	nova	
forma	 de	 interpretação	 de	 uma	 obra	 de	 arte,	 enquanto	 a	 homenagem/tributo	
retrata	um	tipo	de	vestimenta	ou	característica	do	homenageado.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Aula	04.	
Rio	de	Janeiro,	15	de	ago.	de	17	
	
	
	
Semantica importa! 
	
Cópia	reproduz.	
Imitação	 é	 similar,	 não	 é	 reprodução.	 Caso	 Dolce	 &	 Gabbanna(foi	 o	
Austera/Aurora?)	 vs.	 Adriana	 Duque.	 (Headphone).	 Seria	 releitura	 sem	
autorização,	pois	é	uma	obra	derivada.		
Congresso	IDPI?	
	
A	 proteção	 concedida	 ao	 Louboutin	 ou	 a	 Tiffany,	 é	 a	 proteção	 de	 Tradedress,	
identidade	visual.		
	
Questão	 Moschino:	 Havia	 autorização?	 Se	 foi	 Homenagem,	 não	 deveria	 haver	
uma	autorização	dado	que	havia	ganho	de	lucro?			
	
• Expressão	de	propaganda	não	pode	ser	registrado	como	marca.			
• Marcas	não	podem	ser	patenteadas.	Por	quê?	P.S.:	Patente	é	depositada.	
- Patente:	 proteção	 por	 20	 anos	 concedida	 pelo	 governo	 em	 troca	 da	
descrição	detalhada	da	invenção.	(direito	de	excluir	3˚s	por	20	anos	e	
então	 cai	 em	 domínio	 público)	 isso	 porque	 a	 tecnologia	 tem	 voltar	
para	 sociedade,	 para	 fomentar	 a	 evolução.	 Marca	 não	 fomenta	 o	
desenvolvimento	 tecnológico,	 sendo	 esse	 o	 primeiro	motivo.	 Precisa	
cair	 em	domínio	público	para	o	bem	da	 sociedade.	Você	descreve	os	
eventos	 e	 permite	 que	 seja	 reproduzido.	 Invenções	 patenteadas	 no	
mundo	 da	 moda:	 zíper,	 velcro,	 salto	 da	 “Tanya	 Heath”.	 Produto	 no	
brasil	pela	marca	Lizzy	Kahl.	A	Patente	só	pode	ser	registrada	onde	é	
novidade,	 é	 territorial.	Mas	 a	 busca	 é	 nível	mundial,	 não	 pode	 fazer	
parte	 do	 “estado	 da	 técnica”.	 A	 Tanya	 pode	 patentear	 no	Brasil?	 Ela	
pode	 buscar	 proteção	 caso	 alguém	 aqui	 no	 Brasil	 reproduza	 o	
produto?	The	 Ricky	 Bag	 –	 Ralph	 Lauren	há	um	pedido	de	patente	
MU	 202012019820-2,	 no	 Brasil,	 para	 uma	 bolsa	 com	 carregador	
dentro.	Quem	veio	primeiro	a	bolsa	brasileira	ou	a	bolsa	americana?	
Secret	 pulseira.	 Wearable	 technology.	 Dri-Fit,	 a	 proteção	 foi	 para	 a	
tecnologia	não	para	a	ideia.	 	Azul	Kein	e	YinMn	blue,	são	os	dois	tons	
de	azul	patenteado.	Patente	de	Invenção	(PI)	–	telefone,	e	Patente	
de	 modelo	 de	 utilidade,	 telefone	 com	 melhoria	 funcional,	
integração	do	transmissor	e	receptor	na	mesma	peça.	Na	moda,	o	
sutiã,	era	um	“breast-supporter”.	
- Requisitos	de	Patenteabilidade	(art.	8˚)	para	Patentes	de	Invenção:	
•	 Novidade	 (não	 compreendido	 no	 estado	 da	 técnica,	 em	 nível	
mundial);	 •	 Atividade	 inventiva	 (técnica	 que	 para	 aquele	 metiê	 que	
será	 inovação);	 e	 •	 Aplicação	 industrial	 (ser	 produzido	 em	 nível	
industrial).	Duração	da	proteção	de	20	anos.	(tem	que	contar	o	“pulo	
do	gato”).	Ou	•	insuficiência	descritiva	–	condição,	não	é	requisito	mas	
é	mister.	
- Vigência	 da	 Patente:	 art.	 40,	 pelo	 menos	 10	 anos.	 Então	 se	 foi	
depositada	em	2000	mas	o	INPI	concedeu	em	2012.	A	proteção		é	de	
no	máximo	20	anos,	então	iria	até	2020,	entretanto,	como	a	proteção	é	
de	pelo	menos	10	anos,	a	invenção	estará	protegida	até	2022		
- Suficiência	descritiva,	arts.	24	e	25.		
- Atribuição	 de	 titularidade:	 quem	 chegar	 primeiro,	 mundialmente.	 O	
direito	de	obter	a	patente	é	do	primeiro	a	depositar.	Art.	7˚.		
- Exceção:	Usuário	Anterior,	art.	45,	§2˚.	Chuteira	da	Nike	da	adidas,	a	
adidas	pode	continuar	a	produzir	ou	comercializar?	Período	de	graça,	
a	lei	brasileira	permite	que	vc	pode	divulgar,	pelo	período	de	um	ano	
para	 poder	 fazer	 o	 depósito,	 o	 problema	 é	 que	 alguns	 países	 nãoreconhecem	o	período	de	graça.	(falar	com	a	Carol	sobre	o	período	de	
graça).	No	caso	da	moda,	as	wearables	tecnologies	é	só	patente.	Como	
fica	 a	 chuteira	 da	Nike	 e	 da	 Adidas?	 Se	 fosse	marca,	 há	 o	 direito	 de	
precedência,	se	eu	estava	usando	há	mais	de	6	meses,	de	boa	fé	antes	
do	registro	no	INPI	por	outra	pessoa,	eu	posso	reivindicar	a	nulidade	
(caso	da	Alquimia???).	O	pedido	de	patente	tem	que	ser	solicitado	em	
todos	os	países	e	territórios	que	se	deseja	proteção.		
- Principio	da	Independência	das	Patentes	(slide)	
- Direitos	 do	 titular:	 impedir	 a	 utilização	 por	 terceiros	 e	 indenização	
pela	 exploração	 indevida	 art.44.	 A	 proteção	 retroage	 à	 data	 da	
utilização	indevida	que	ocorra	entre	a	data	de	publicação	e	concessão,	
caso	a	utilização	seja	anterior	à	data	de	publicação,	retroagirá	em	caso	
de	má-fé.		
- Art.	 10	 –	 ideias	 não	 são	 protegidas.	 Qualquer	 obra	 literárias,	
arquitetônica,	 artística	 e	 cientificas,	 tbm.	 No	 brasil,	 programa	 de	
computador	 é	 registrado	 porque	 a	 lei	 de	 direito	 autoral	 abrange.	
Apresentação	 de	 informação,	 técnicas,	 jogos,	 o	 que	 não	 há	 atividade	
inventiva,	o	que	é	invenção	mas	a	lei	veda.		
	
Patente	 não	 “quebra”,	 isso	 é	 expressão	 para	 queda	 em	 domínio	 público	
(expiração	do	prazo	de	validade	da	proteção	–	20	anos	da	data	do	depósito)	ou	
por	 licenciamento	 compulsório	 pelo	 governo,	 a	 patente	 permanece,	 o	 direito	
permanece,	 mas	 há	 um	 licenciamento	 compulsório.	 Arts.	 68	 a	 74,	 LPI	 >	 há	 o	
pagamento	de	um	valor	pelo	 licenciamento.	Foi	o	 caso	do	antraz	no	USA,	onde	
havia	 apenas	 um	 remédio	 que	 combatia	 o	 antraz,	 e	 ai	 o	 governo	 americano	
cogitou	realizar	o	licenciamento	compulsório.	Latisse.		
	
Patente	segundo	uso,	pode?	Não	há	novidade,	você	já	conhecia	a	substancia.	A	lei	
não	proíbe	pq	não	há	proteção	para	as	pesquisas	de	segundo	uso	na	maioria	dos	
países	mesmo	sem	a	novidade.		
	
Passar	o	material:			leonardossadvogado@gmail.com	
	
Bolsaetc	–	aluguel	de	bolsa	/	BoBAGS.	
	
	
	
	
Aula	05	
Rio	de	Janeiro,	17	de	agosto	de	2017.	
	
	
Desenho Industrial vs. Design 
 
A	busca	é	mundial!!!!!	Se	foi	patenteado	em	qualquer	outro	lugar	do	mundo,	
perde-se	a	novidade	e	já	não	é	mais	passível	de	patente	aqui	no	Brasil	ou	em	
qualquer	outro	lugar	do	globo.		
	
A	principal	 diferença	 entre	Design	 e	Desenho	 Industrial,	 encontra-se	no	
seu	 conceito.	 O	 desenho	 industrial	 é	 o	 desenho	 da	 técnica,	 é	 a	 roupagem	 do	
design,	assim,	por	exemplo,	podemos	dizer	o	desenho	industrial	é	a	ficha	técnica	
do	produto	do	design.	A	 tecnologia	 do	produto	 será	 protegida	pela	 patente	 de	
tecnologia	ou	pela	patente	de	utilidade.	O	que	se	protege	no	 INPI	é	a	 “cara”	do	
produto.	Design	é	toda	a	cadeia	de	produção	do	produto,	desde	seu	“breathing”,	
passando	por	sua	criação,	protótipo	e	estudos	de	ergonomia,	por	sua	produção	
industrial	ou	artesanal,	até	o	seu	descarte.			
	
“Servir	de	tipo	de	produção	industrial”	–	O	registro	do	Desenho	Industrial	
protege	a	forma	externa	do	objeto	e	não	sua	função	prática,	pois	esta	só	pode	ser	
protegida	 por	 patente	 (PI	 ou	 MU[melhoria	 funcional]).	 FUNÇÃO	 É	 IGUAL	
PATENTE	 –	 DESENHO	 INDUSTRIAL	 É	 FORMA	 ORNAMENTAL(não	
necessariamente	útil)!!!			
	
Formas	de	proteção:	
1. Forma	plástica	=	tridimensional	
2. Conjunto	 ornamental	 de	 linhas	 e	 cores	 =	 forma	 bidimensional	
(estampa).	
	
Nos	EUA,	desenho	industrial	é	patente.		
	
A	Estampa:	pode	ser	protegida,	como	desenho	industrial,	direito	autoral	e	
marca.	 Se	 é	 uma	 estampa	 muito	 passageira,	 a	 proteção	 ideal	 é	 a	 de	
desenho	industrial,	se	for	à	longo	prazo,	a	proteção	por	direito	autoral	é	a	
melhor	 opção.	 O	 registro	 por	 direito	 autoral	 é	 declaratório	 de	 direito	 e	
não	 constitutivo	 de	 direito.	 Os	 trabalhos	 artísticos	 são	 registrados	 na	
escola	de	belas	artes	da	UFRJ.	Sempre	falar	com	o	designer	sobre	o	que	o	
levou,	qual	era	breathing	e	qual	foi	o	conceito	por	trás	da	criação.		
	
+	Lembrar	a	Débora	de	trazer	os	casos	de	Logo.		
+	 Quem	 é	 legitimado	 para	 realizar	 o	 registro	 na	 escola	 de	 belas	 artes,	
apenas	a	pessoa	física	(autor)???	
Marca	é	um	Signo!!!	
Rendas	 não	 podem	 ser	 registradas	 como	 desenho	 industrial	 se	 forem	
fabricadas	manualmente,	porque	é	pré-requisito	que	o	desenho	possa	ser	
reproduzido	industrialmente.		
	
“Lei	de	direitos	comuns	(#facepalm)”	
	
	
Vamos proteger!!! 
	
	
•	 Requisitos:	 Por	 não	 serem	 base	 de	 INDEFERIMENTO,	 ainda	 que	 o	
produto	 não	 tenha	 um	 dos	 requisitos	 se	 o	 produto	 não	 conter	 um	 dos	
elementos	de	base	de	indeferimento	(art.	100,	I	e	II),	o	INPI	é	OBRIGADO	à	
conceder	o	registro.	Contudo,	quando	não	há	um	dos	requisitos,	um	PAN	é	
instaurado	de	ofício	pelo	INPI.	Como	um	órgão	administrativo,	ele	só	pode	
fazer	o	que	está	descrito	na	lei.		
1. Novidade:	 art.	 96	 –	 se	 já	 existia	 no	 “Estado	 da	 Técnica”.	 Não	 é	
subjetiva.	Já	existe	ou	não.	É	um	fato,	tem	ou	não	tem.		
2. Originalidade:	 art.	 96	 –	 conceito	 subjetivo,	 quando	 configura	 uma	
distinção	visual	de	outros.	É	uma	questão	de	percepção.		
3. Fabricação	Industrial.	
	
•	Não	é	Registrável:	base	de	indeferimento	são	apenas	os	dois	seguintes.		
1. O	que	não	for	contra	à	moral	e	aos	bons	costumes	art.	100,	I.	
2. A	 forma	 necessária,	 comum	 ou	 vulgar	 do	 objeto	 ou,	 ainda,	 aquela	
determinada	 essencialmente	 por	 considerações	 técnicas	 ou	
funcionais.	Art.	100,	II.	
	
•	 Nulidade:	 pode	 ser	 requerida	 administrativamente	 (PAN),	 dentro	 do	
prazo	 de	 5	 anos	 da	 concessão	 ou	 judicialmente	 a	 qualquer	 tempo	 da	
vigência	da	patente.		
	
Desenho	Industrial	não	tem	oposição.	(seja	lá	o	que	isso	quer	dizer...)	
	
Período	Sigilo:	art.	106.		
Não	é	considerado	DI,	obras	puramente	artísticas,	partes	de	objetos	(alça	
da	 xícara),	 alterações	 de	 dimensões,	 aplicação	 de	 cores	 em	 objetos	 já	
conhecidos	(Louboutin),	configurações	internas.	
	
Patente	 de	 modelo	 de	 invenção(PI),20	 patente	 de	 modelo	 de	
utilidade(MU),	 15desenho	 indústria(DI)25l	 (registro)	 e	marca	 (registro)	
pra	sempre,	Software	PC	50,	autora	vida	+	70.	
	
Patente	de	Invenção	vs.	Patente	de	Utilidade		
	
“As	 Patentes	 de	 Invenção	 (PI)	 protegem	 os	 inventos	 que	 tenham	 um	 grau	 de	
inventividade	 notável,	 enquanto	 que	 as	 Patentes	 de	Modelo	 de	Utilidade	 (MU)	
protegem	os	objetos	de	uso	prático,	ou	parte	destes,	que	apresentem	uma	nova	
forma	 ou	 disposição,	 que	 resulte	 na	melhoria	 do	 uso	 desses	 objetos	 (melhoria	
funcional),	ou	que	facilite	a	sua	fabricação.”	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Segredo	de	Negócio:	
1. Segredo	industrial	
2. Segredo	comercial	
	
	
Rio	de	Janeiro,	24	de	agosto	de	17.	
Aula	06	
Christiane	cristiane.almeida@escritoriocultural.com.br		
	
Direito do autor 
	
Primeira	parte	(à	completar)	
www.partnouveau.com		
	
	
Divide-se	o	direito	do	autor	em	dois:	Patrimonial	e	Moral	
- Moral:	 inalienável	 e	 persiste	 no	 tempo,	 que	 na	 morte	 do	 autor	 é	
protegido	pelos	herdeiros.		
- Patrimonial:	 alienável	 e	 advindo	 a	 morte	 do	 autor,	 caduca	 após	 70	
anos.		
	
A	proteção	do	direito	autoral	não	dura	para	sempre:	perdura	por	toda	vida	e	é	
transmissível	 aos	 herdeiros.	 Contudo,	 a	 partir	 de	 1˚	 de	 janeiro	 do	 ano	
subsequente	 à	morte	 do	 autor	 conta-se	 70	 anos	 de	 proteção	 a	 qual	 caduca	 ao	
término	desse	prazo,	ou	seja,	ao	término	dos	70	anos,	a	obra	passa	a	ser	domínio	
público.		
	
•	Limitações	ao	direito	do	autor:	arts.	46	a	48	da	LDA.		
Qualquer	 uso	 não	 autorizado	 que	 venha	 a	 reduzir	 comprovadamente	 os	
benefícios	da	utilização	obra		
Ø Requisitos	da	limitação	à	utilização	(teste	dos	“Três	Passos”)		
1˚	 -	 Pequeno	Trecho	da	 obra:	 a	 legalidade	de	 uso	de	 obra	por	 terceiros	
deve	ser	analisada	casuisticamente.		
2˚	-	Há	exploração	da	obra???	
3˚	-			
	
Ø Requisitos	para	a	proteção:	
- Pertencer	ao	domínio	das	letras,	artes	ou	das	ciências	
- A	 obra	 deve	 ser	 original	 :	 “integrada	 de	 componentesindividualizadores”.	A	origem	da	obra	é	o	autor,	isso	não	significa	que	
essa	 obra	 não	 tenha	 similitudes	 à	 outras.	 Subjetivamente	 novo,	
original,	 também	 é	 aquilo	 ou	 aquele	 que	 é	 ignorado	 pelo	 autor	 no	
momento	da	criação.	Não	é	mister	a	originalidade	absoluta.			
- Exteriorizada	ou	materializada	através	de	qualquer	meio	
- Não	pode	estar	em	domínio	publico.		
	
A	 doutrina	 é	 divergente,	 há	 aqueles	 como	 Elaine	 V.	 Abrão	 que	 não	 há	 direito	
autoral	na	moda.	Contudo,	há	aqueles	que	defendem	que	é	possível	a	proteção	de	
obras	 do	 ramo	 da	moda	 que	 a	 partir	 da	 analise	 do	 caso,	 podem	 e	 devem	 ser	
protegidas	pelo	direito	do	autor,	como	por	exemplo,	as	estampas.	Monica	Rosina,	
por	exemplo,	diz	que	a	uma	camiseta	clássica	não	é	passível	de	proteção	autoral,	
entretanto,	 considera	 que	 uma	 estampa,	 como	 exemplificado	 acima,	 é	 passível		
de	proteção.			
Ø Como	proteger:	
Toda	 prova	 pode	 ser	 admitida	 em	 juízo	 para	 comprovar	 data	 de	 criação	 e	
originalidade.		
- documentar	tudo,	falar	e	marcar	que	é	confidencial.		
- registro	autoral	
- registro	 de	 declaração	 de	 autoria	 e	 data	 de	 criação	 no	 cartório	 de	
títulos	e	documentos.		
	
•	Decisão	da	24˚	Vara	Cível	de	São	Paulo,	Caso	Hermès.	
	
O	sistema	francês	tem	uma	lei	específica	para	proteção	de	produtos	e	obras	de	
moda.		
	
Rio	de	Janeiro,	29	de	agosto	de	2017.	
Aula	07	
	
Estou Protegido!!! 
	
Indicação	de	Proteção.		
Registro	de	Marca	no	INPI.		
	
Nos	USA,	você	precisa	estar	usando	a	marca	para	conseguir	o	registro	dela.	Ou	
seja,	o	uso	é	condição	para	o	registro.	A	localização	do	ícone	que	indica	o	registro	
®,	 ©	 e	 ™	 não	 tem	 posição	 obrigatória,	 fica	 à	 critério	 do	 cliente.	 Indicação	 de	
proteção.		
©	=	direito	autoral	(palavra	não	tem	copyright)	
™	=	Trade	Mark	
®	=	registro	da	marca		
	
	
Ø Note-se:	Da	inexistência	da	obrigatoriedade;	
Art.	5˚,	 ‘d’,	CUP	–	Para	o	 reconhecimento	do	direito	não	 será	exigido	no	
produto	qualquer	sinal	ou	menção	da	patente	do	modelo	de	utilidade,	ou	
do	 registro	 de	 marca	 de	 fábrica	 ou	 de	 comércio,	 ou	 de	 depósito	 do	
desenho	industrial.		
Então	porque	usar?	
Para	indicar	que	a	invenção	está	devidamente	protegida	por	uma	patente	
de	invenção	ou	por	um	modelo	de	utilidade	em	nome	daquela	empresa	
	
	
No	caso	do	“Forebrain”	o	“©”	é	ao	lado	do	desenho	e	o	“®”	ao	lado	palavra.		
	
Indicações	≠	de	marca	
•	Indicação	Geográfica	não	se	cria,	se	reconhece.	Tem	duas	espécies:	
- Denominação/Indicação	 de	 Procedência:	 ocorre	 por	 acaso.	 Não	 está	
relacionada	ao	ambiente.	Tem	relação	com	“reconhecimento”	do	lugar	
pela	 produção	 de	 um	 produto	 específico.	 Ex.:	 Nova	 Friburgo	 pra	
lingerie.	
- Denominação/indicação	de	Origem:	tem	ligação	direta	com	o	arredor,	
com	o	clima,	com	ambiente.	Aqui,	as	qualidades	e	características	estão	
diretamente	relacionadas	com	o	lugar.		
	
Contudo,	há	um	problema	no	regulamento	do	INPI,	que	tem	a	tendência	de	não	
seguir	 essa	 lógica.	 Note-se,	 não	 há	 hierarquia	 entre	 denominação	 de	 origem	 e	
denominação	 de	 procedência,	 ainda	 que	 denominação	 de	 origem	 seja	 mais	
importante,	 entretanto,	 é	 ainda	 que	 o	 produto	 tenha	 características	 de	
denominação	de	origem,	é	possível,	antes	obter	a	denominação	de	procedência.		
Em	 principio,	 seriam	 distintos,	 entretanto,	 pelo	 INPI,	 é	 possível	 solicitar	 a	
indicação	de	procedência	antes.	Isso	ocorre	em	decorrência	da	inexperiência	do	
INPI,	no	 inicio,	 frente	a	questão	da	 indicação	geográfica.	Arts.	180,	181	–	nome	
geográfico	que	não	detêm	indicação	geográfica.	Como	funciona	a	marca	“Casa	da	
Suíça”?	O	fato	de	estar	localizado	dentro	região	geográfica,	não	garante	o	selo	de	
indicação	 geográfica,	 tem	 que	 seguir	 um	 padrão	 de	 qualidade	 de	 produção.	
Assim	 como	 ter	 um	 alto	 padrão	 de	 produção	 não	 possibilita	 a	 utilização	 da	
indicação	 geográfica	 caso	 não	 esteja	 localizado	 dentro	 a	 região	 geográfica.	
Indicação	Geográfica	não	é	marca,	de	forma	que	não	é	disponível,	ou	seja,	não	é	
possível	sua	alienação	ou	concessão.		É	inegociável.		
	
• NÃO	 HÁ	 HIERARQUIA	 NA	 LEI,	 SÃO	 ESPÉCIES	 DO	 GÊNERO	 INDICAÇÃO	
GEOGRÁFICA.	 CONTUDO,	 O	 INPI,	 FAZ	 DISTINÇÃO	 E	 CONCEDE	
“HIERARQUIA”.	CONCEDE	A	PROTEÇÃO	VERTICALMENTE.		
• A	 Cachaça,	 foi	 reconhecida	 como	 indicação	 de	 geográfica	 nacional	 por	
Decreto	n˚	4.062/01(qualquer	agua	ardente	fabricada	dentro	do	território	
brasileiro,	 é	 cachaça.	 Se	 for	 fabricada	 fora	 do	 Brasil,	 não	 é	 cachaça),	
porque	 quando	 era	 exportado	 tinha	 que	 ser	 classificado	 como	 rum.	
Contudo,	o	rum	custava	20	centavos	de	dólar,	o	a	Cachaça	custa	9	euros.	
Quanto	a	caipirinha,	essa	pode	ser	feita	fora	do	país,	mas	é	mister	que	seja	
produzida	com	cachaça,	se	for	com	qualquer	outra	bebida	alcoólica,	como	
Vodka,	ou	com	uma	água-ardente	que	não	fabricado	no	Brasil	e	assim	não	
podendo	ser	cachaça,	não	será	caipirinha.			
• Kashimir	Pashimina		
	
O	reconhecimento	é	feita	por	tratado	ou	por	pedido	de	proteção,	lá.		
Na	 UE,	 a	 proteção	 por	 indicação	 geográfica	 tem,	 diferentemente	 do	 Brasil,	 3	
espécies:			
- DOP	/	PDO	–	indicação	de	origem	
- IGP	/	PGI	-		indicação	de	procedências	
- ETG	 /	 TSG	 -	 	 para	 receitas	 (não	 há	 similar	 no	 Brasil)	 garantia	 para	
especialidades	tradicionais	especificas.		
	•	Ter	“especificidade”,	distinguir	claramente	o	produto	
•	 Ser	 “tradicional”,	 período	 de	 pelo	 menos	 30	 anos	 de	 modo	 a	
permitir	a	transmissão	entre	gerações.		
	
Marcas	coletivas	≠	marcas	de	certificação.		
	
•	Registro	e	Proteção	de	Marcas	
Por	que?	Garantia	da	utilização	exclusiva	em	todo	o	território	nacional.		
Principio	da	Especialidade	das	Marcas:	ela	só	precisa	ser	nova	no	segmento	dela.		
Classificação	de	produtos	e	serviços	para	fins	de	registro	de	marcas,	no	INPI.		
Atualmente,	há	duas	classificações	em	vigor:	
- CL	(classificação	nacional	-	classe)	
- NCL	 (“Nice	 Classification”)	 classificação	 internacional	 de	 produtos	 e	
serviços.	 Adotada	 no	 Brasil	 a	 partir	 da	 sétima	 edição,	 ano	 2000.	
Atualmente	já	estamos	na	11˚.	São	34	classes	de	produtos	e	11	classes	
de	 serviços,	 organizados	 por	 lista	 alfabética.	 Um	 registro	 para	 cada	
classe	para	cada	marca.		
Busca	de	marca	e	analise	de	registrabilidade.	O	primeiro,	é	simples,	o	segundo	é	
complicado.		
- Classificação	de	Viena,	para	marca	figurativa	(“CFE”).	29	categorias		
	
Rio	de	Janeiro,	31	de	agosto	de	2017.	
Aula	08	
	
Marcas 
	
	
*	Indicação	de	Procedência	não	tem	validade.		
Indicações	de	Procedência	na	Moda	
- Divina	 Pastora	 –	 renda	 irlandesa,	 apenas	 na	 região	 Sergipe.	 Região	
demarcada	 e	 apenas	 as	 rendeiras	 daquela	 região	 podem	 fazer	 esse	
tipo	de	renda.		
- Capim	Dourado	
- Algodão	Colorido	da	Paraíba		
- Calçados	de	franca		–	indicação	de	procedência	mesmo	
- Couro	do	Vale	dos	Sinos	
- Opala	de	Pedro	II	no	Piauí		
	
Quais	as	principais	funções	da	Marca	para	a	PI?	
A	marca	tem	muitas	funções.	Contudo,	na	PI,	tem	por	função	distinguir	o	produto	
e	garantir	o	direito	ao	uso	exclusivo	em	todo	o	território	nacional..	Ex.:	a	faixada	
da	Farm	enquanto	marca.	só	é	registrável	como	marca	o	que	os	signos	que	sejam	
visualmente	perceptíveis.	Ou	 seja,	uma	marca	olfativa,	 é	marca	mas,	de	acordo	
com	a	LPI,	não	pode	ser	registrada.	O	perfume	da	farm,	ou	o	som	de	“plim	plim”	
da	 globo,	 são	 marcas	 não	 tradicionais,	 mas	 não	 podem	 ser	 registradas	 como	
marca	 decorrente	 da	 restrição	 quanto	 a	 necessidade	 de	 ser	 visualmente	
perceptível.		
- marca	de	produto:	identifica	um	produto	
- marca	de	serviço:	identifica	um	serviço	
- marcas	coletivas:	é	de	uma	coletividade	de	pessoas	ou	produtores	que	
se	unem	e	utilizam	uma	mesma	marca.	A	ABIC,	o	selo	dela,	não	é	uma	
marca	 de	 certificação	 porque	 não	 é	 possível	 se	 auto	 certificar,	 é	
preciso	ser	isento,	ser	um	órgão	isento	para	certificar.	Assim,	o	selo	da	
ABIC	é	uma	marca	coletiva.		
- Marca	 de	 certificação:	 tem	 que	 submeter	 oproduto	 a	 uma	 empresa	
externa	que	certifica.		
- House	 Mark	 ou	 marca	 institucional	 ou	 corporativa:	 Unilever.	
Entretanto,	no	brasil,	não	há	essa	classificação,	e	por	ter	a	necessidade	
de	ser	depositada	no	INPI,	é	classificada	como	marca	de	produto.	Esse	
também	é	o	caso	das	marcas	farmacêuticas,	como	a	Medley,	a	Bayer	ou	
Pfyser,	que	também	são	marcas	corporativas	ou	house	marks,	mas	que	
no	Brasil,	são	classificadas	como	marcas	de	produto.		
- Nominativas:	nomes	
- Figurativa:	desenhos,	figuras.	
- Mista:	nomes	e	figuras,	juntos.	
- Tridimensionais:	 é	 aquela	 que	 tem	3	 dimensões.	 Forma	plástica	 não	
remete	 ao	material,	mas	 sim	 a	 plasticidade	 artística	 dela,	 dissociado	
do	“efeito	técnico”	(o	propósito	da	forma,	como	argolas	ou	bola).		
- Marca	 Tátil:	 também	 não	 existente	 no	 Brasil,	 mas	 é	 possível	 ser	
registrada	como	figurativa,	se	for	visualmente	perceptível.		
- Marcas	fluidas:		
- Color	trademark		
- Marca	de	posição	
	
CONAR	sobre	Tradedress		
	
	
Rio	de	Janeiro,	5	de	setembro	de	2017.	
Aula	09	
Bruna	Rego	Lins	
 
Contratos e Redes Sociais 
	
•	contratos	licença	
•	contratos	franquia	
•	contratos	de	autorização	de	uso	de	imagem	
•	contratos	de	licença	de	uso	de	direitos	autorais	
•	redes	sociais		
	
A	relação	entre	direito	e	moda,	no	tocante	ao	mercado,	encontra-se	na	questão	
da	proteção	do	investimento	despendido	na	área	da	moda.	Protege-se,	assim,	por	
meio	dos	contratos.		
	
+	Elementos	necessários	em	um	contrato	de	fashion	law		
- Objeto:	bem	definido,	como	chegaram	aquela	relação	
- Parte:	capazes;	olhar	se	quem	está	assinando	possui	prerrogativa,	de	
fato,	para	exercer	aquele	direito.	Ex.:	Seaworld	e	marca	da	Shamu.		
- Território:	limitação;	território	custa	dinheiro.		
- Remuneração:	percentual		
- Exclusividade		
-	 absoluta:	nem	mesmo	o	próprio	titular	se	reserva	o	direito	de	usar	
a	marca	
-	 Relativa:	O	titular	se	reserva	o	direito	de	usar	a	marca	
-	 Não	 exclusiva:	 o	 titular	 se	 reserva	 o	 direito	 de	 autorizar	 outros	
titulares	naqueles	território.	
- Prazo:		
-	 Determinado:	tem	uma	data	certa	para	o	seu	término	
-	 Indeterminado:	Não	tem	uma	data	certa	para	o	seu	término		
-	 Indeterminado	é	diferente	de	eterno!!!		
	
Apelação	n˚	9247214-69.2008.8.26.0000	(TJSP)		
	
A	 lucratividade	da	alta	 costura	é	baixa,	 contudo,	 serve	como	estímulo	para	dar	
nome,	“peso”	à	marca.	O	que	faz	com	que	a	marca	tenha	um	appeal	é	questão	da	
exclusividade,	 do	 luxo.	 A	 rentabilidade	 da	 marca	 vem,	 hoje	 em	 dia,	 não	 das	
coleções	de	alta	costura	mas	sim	das	coleções	“prêt-à-porter”,	e	de	coleções	de	
acessórios,	como	óculos	e	perfumes.	O	que	dá	dinheiro,	então,	é	a	marca!	Ou	seja,	
sobrevivem	da	licença	de	uso	de	marca.		
	
+	Licença	de	uso	de	marca	
a)	Vantagens:	
- expansão	controlada	
- expansão	em	parceria	com	quem	conhece	o	mercado		
- sem	necessidade	investimento	
- aumenta	penetração	no	mercado	
b)	Desvantagens:	
- Redução	da	exclusividade	
- Se	não	mantiver	o	controle	a	marca	pode	se	depreciar	
- Acabar	licenciando	o	seu	mercado	mais	lucrativo	,	isso	porque	a	venda	
de	roupa	não	é	a	parte	mais	lucrativa	das	marcas	de	alta	costura,	mas	
sim	a	venda	de	acessórios.		
	
Existe,	sim,	clausula	para	determinar	o	padrão	de	qualidade	do	produto	(cláusula	
de	padrão	de	qualidade)	mas	não	há	transferência	de	“know-how”.	Além	disso,	o	
licenciado	 tem	 total	 autonomia	 em	 termos	 de	 gestão.	 Ou	 seja,	 liberdade	 de	
gestão.		
Pode	se	determinar,	também,	onde	o	produto	pode	ser	ofertado.		
	
Grupo	AMC	têxtil	–	licenciada	para	a	utilização	da	marca	Coca-Cola.		
	
+	Autorização	de	uso	da	imagem	
Direito	de	imagem	é	um	direito	constitucional	do	brasileiro.	Contudo,	o	grau	de	
proteção	garantida	por	esse	direito	varia	de	acordo	com	o	grau	de	expectativa	de	
privacidade	e	da	utilização	de	sua	imagem,	como	por	exemplo	a	imagem	de	um	
politico	ou	de	um	famoso.	Assim,	expressa-se	essa	diferença	pelo	montante	à	ser	
pago	 a	 titulo	 de	 danos	 morais	 e	 patrimoniais.	 Ou	 seja,	 o	 tamanho	 do	 véu	 de	
proteção	 garantido	 pelo	 direito	 de	 imagem	 varia,	 caso	 à	 caso,	 sempre	
considerando	a	expectativa	de	privacidade	e	a	publicidade	da	pessoa.		
	
Na	moda,	o	contrato	de	autorização	de	uso	da	 imagem,	geralmente	é	celebrado	
entre	modelos	e	empresas.	Nesses	contratos	deve	conter:		
- tempo	de	duração	da	sessão	de	fotos;	
- direitos	das	partes	caso	não	aprovem	as	fotos;	
- forma	de	utilização	do	material;		
- indenização	em	caso	de	não	comparecimento;	e	
- prazo	para	o	uso	da	imagem.	
	
Súmula	 403	 do	 STJ:	 independe	 de	 prova	 do	 prejuízo	 a	 indenização	 pela	
publicação	 não	 autorizada	 da	 imagem	 de	 pessoa	 com	 fins	 econômicos	 ou	
comerciais.		
	
Qual	 o	 prazo	 de	 validade	 da	 imagem	 da	 pessoa?	 Após	 a	 morte,	 os	 herdeiros	
herdam	o	direito	de	imagem,	mas	até	quando?	Qual	o	grau	da	linha	de	sucessão?		
	
•	Direitos	autorais	dos	fotógrafos:		
o	 direito	 que	 eles	 possuem	é	 o	 direito	 de	 autor	 que	 também	 se	 dividem	 entre	
morais	e	patrimoniais;	ressalta-se:	direito	moral	é	inalienável!!!		
	
+	Estampas	
Aqui	também	envolve	direitos	autorais.		
Nenhum	autor	 pode	 ser	 pessoa	 jurídica.	Nunca,	 a	 titularidade	 inicial	 é	 de	 uma	
pessoa	jurídica.	A	criação	nasce	sempre	de	uma	pessoa	física.		
	
Qual	 a	 diferença	 entre	 licença	 e	 cessão?	 A	 licença,	 equipara-se	 ao	 aluguel;	 a	
cessão	equipara	à	uma	compra	e	venda.	Ou	seja	o	objeto	de	licença	não	deixa	a	
esfera	patrimonial	do	licenciante,	enquanto	na	cessão,	por	sua	vez,	o	objeto	deixa	
a	esfera	patrimonial	do	cedente	e	passa	para	a	esfera	patrimonial	da	cessionária.		
	
Quanto	 as	 tecnologias	 exigem	 que	 o	 contrato	 de	 cessão	 ou	 autorização,	 sejam	
celebrados	cada	vez	que	uma	tecnologia	nova	surja,	ou	seja,	se	a	cessão	foi	a	para	
DVD,	é	preciso	uma	cessão	para	streaming.		
	
Atentar,	 também,	 para	 questões	 de	 alterações,	 adaptações	 ou	 transformações	
precisarão	de	autorização	do	autor!	Deve	constar	no	contrato!		
	
+	Franquia	(Lei	8.955/94)	
Ao	 contrario	 da	 licença	 de	 marca,	 há	 a	 transferência	 do	 know-how.	 Essa	
transferência	 implica	 em	 aprovar	 onde	 ficará	 o	 ponto,	 quantos	 funcionários,	
determinação	 de	 sistema	 financeiro,	 organização	 estética,	 uniforme	 dos	
funcionários.	Ou	seja,	é	colocar	aquela	empresa	dentro	da	cadeia	de	produção	do	
franqueador.	Art.	2˚,	Lei	n˚	8.955/941.	
	
- Uso	de	marca	
- Know-How	
- Franqueado	deve	obedecer	o	padrão	da	rede		
- Obrigatoriedade	de	contrato	escrito	
- Obrigatoriedade	 de	 apresentação	 de	 COF	 (Circular	 de	 Oferta	 de	
Franquia);	 junto	 com	 a	 COF	 tem	 que	 ir	 um	 contrato	 de	
confidencialidade.		
	
Da	nulidade	do	contrato	de	franquia:	quando	isso	ocorre,	há	o	retorno	ao	status	
quo	ante,	ou	seja,	a	devolução	de	 todo	o	dinheiro	do	 investimento.	A	COF	deve	
ser	entregue	10	dias	antes	de	qualquer	pagamento	relacionado	à	operação	ou	a	
assinatura	do	contrato.		
	
Da	 clausula	 de	 não	 concorrência:	 tem	 como	 finalidade	 a	 proteção	 contra	 a	
concorrência	abusiva,	dado	que	o	franqueado	vai	aprender	o	segredo	de	negócio	
e	 após	 alguns	 anos	 de	 formar	 o	 fundo	 de	 comércio,	 se	 resolver	 abrir	 um	
segmento	concorrente,	é	sim,	concorrência	abusiva.	Normalmente	não	se	limita	a	
empresa,	mas	também	aos	sócios	daquela	empresa.	Pra	ela	ser	valida,	o	 ideal	é	
que	ela	determine	um	prazo	e	um	território.		
	
Não	se	aplica	o	CDC,	franqueado	não	é	consumidor!		
	
Necessidade	de	averbação	no	INPI	
- royalts	pro	exterior		
- dedutibilidade	fiscal,	quando	feito	entre	nacionais	não	é	necessário.		
- Possibilidade	de	fazer	valer	seu	direitos	perante	terceiros.		
	
Cuidados:	
Fotos:	 são	 direitos	 autorais,	 obter	 autorização	 do	 fotografo	 e	 da	 pessoa	
fotografada.		
Sempre	 citar	 fonte,	 principalmente	 se	 estiver	 retirando	 o	 conteúdo	 de	 outros	
sites/fontes.		
	
	
Rio	de	Janeiro,	19	de	setembro	de	2017.		
Aula	11.	
																																																								
1	Art.	 2º	 Franquia	 empresarial	 é	 o	 sistema	 peloqual	 um	 franqueador	 cede	 ao	 franqueado	 o	
direito	 de	 uso	 de	 marca	 ou	 patente,	 associado	 ao	 direito	 de	 distribuição	 exclusiva	 ou	 semi-
exclusiva	de	produtos	ou	serviços	e,	eventualmente,	também	ao	direito	de	uso	de	tecnologia	de	
implantação	e	administração	de	negócio	ou	sistema	operacional	desenvolvidos	ou	detidos	pelo	
franqueador,	mediante	remuneração	direta	ou	indireta,	sem	que,	no	entanto,	fique	caracterizado	
vínculo	empregatício.	
	
	
	
Alcance da Prot. das Marcas 
	
Estilização	 da	marca.	 Devemos	 sempre	 utilizar	 a	marca	 da	 forma	 como	 ela	 foi	
depositada.		
	
Registrabilidade.	
Classificação	da	marca:	
(evocativas	ou	sugestivas	–	por	associação	de	ideias	-	*	teste	abercrombie	*	)	
	
1. Fantasiosas.	É	aquela	que	não	existe,	ela	é	criada,	ela	não	significa	nada,	o	
importante	é	que	a	palavra	sozinha	te	diz	o	que	é	o	serviço,	como	“vidrex”,	
“casa	 do	 pão	 de	 queijo”,	 que	 te	 diz	 pra	 que	 veio,	 não	 é	 fantasiosa.	 A	
fantasiosa,	não	te	diz	nada.		
2. Arbitrárias:	 é	 aquela	 que	 foi	 escolhida	 arbitrariamente,	 a	 palavra	 existe	
mas	 identifica	 algo	 completamente	 diferente	 do	 produto	 ou	 serviço	
ofertado.	 Ou	 seja,	 apesar	 da	 palavra	 existir	 e	 ter	 um	 significado,	 esse	 é	
distinto	do		
3. Evocativas	ou	 sugestivas:	 (i)por	 associação	de	 ideias,	 ou	 (ii)	 formadas	a	
partir	de	termos	de	uso	comum.	O	INPI	não	faz	distinção.	É	uma	categoria	
que	abarca	muito	tipo	de	marca	que	na	verdade,	da	pra	dividir	em	duas.	
Tem	um	parecer	do	Koni,	publicado	na	ABPI	–	da	Debora.	Exemplo,	temos	
evocativas	 que	 formadas	 a	 partir	 de	 termos/radicais	 de	 uso	 comum	no	
segmento;	ex.:	“dressto”,	“botanopé”,	“scarf	me”,	essas	são	um	pouco	mais	
fracas	que	“forever	21”	ou	a	“bumbum	Ipanema”.		
4. Descritivas:	ela	efetivamente	descreve	a	finalidade	ou	a	característica	do	
produto	ou	serviço;	ex.:	“só	socks”,	“só	a	rigor”.	
5. Termos	 Genéricos	 e	 Técnicos:	 é	 o	 mais	 literal	 possível,	 a	 diferença	 é	
mínima,	“H2O”,	“casas	das	cuecas”,	“engraxataria”.		
	
Certificado	de	registro	com	ou	sem	ressalva	sobre	a	exclusividade	de	utilização.	
Ex.:	“Koni	Store”	–	sem	uso	exclusivo	de	“Store”.	(Apostilamento)	
	
Caso:	“Agência	de	Viagens	Decolar”.	O	INPI	deu	uso	exclusivo	de	“Decolar”?	Sim.	
O	que	é	necessário	saber,	é	o	que	é	uso	comum	da	categoria.	Agência	de	Viagem,	
não	 decola;	 “decolar”	 não	 é	 de	 uso	 direto,	 não	 descreve	 e	 não	 é	 genérico	 pra	
agências	de	viagens,	ele	evoca.		
	
	Agora,	não	há	mais	o	apostilamento,	por	isso,	é	de	altíssima	importância	que	o	
advogado	saiba	identificar	os	elementos.		
	
Resolução	 INPI	n˚	166,	30	de	maio	de	2016,	alterou	a	forma	de	apostilamento	
dos	 registros	 de	 marca,	 entre	 outras	 razões,	 para	 dar	 maior	 celeridade	 ao	
processo.		
	
Por	que	a	ressalva	é	tão	importante?	Porque	a	ressalva	é	o	que	todo	mundo	pode	
ter	naquela	classe.	Ainda,	no	momento	que	o	termo	em	análise	é	propriedade	de	
alguém,	não	pode	ser	objeto	de	ressalva,	assim,	não	poderia	ser	concedido,	por	
exemplo,	“Bailinho	da	Coca-Cola”	por	conta	da	marca	“Coca-Cola”.		
	
Sistema	de	registro	de	marcas.	
Atributivo	x	Declarativo		
Ø Atributivo	de	Direito:	“first	to	file	system”,	direito	adquirido	por	depósito	
anterioridade;	
Ø Direito	de	Prioridade:	prioridade	unionista	art.	127;	a	data	retroage	até	a	
data	do	depósito	da	prioridade,	contando	que	os	depósitos	subsequentes	
sejam	feitos	dentro	do	prazo	de		meses	nos	países	signatários	da	CUP.		
Ø Direito	de	Precedência	ao	Registro;	art.	129,	§1˚:	mínimo	de	6	meses	antes	
do	 depósito,	 pode-se	 requerer	 a	 precedência	 ao	 registro.	 Se	 não	 tiver	
oposição,	 o	 PAN	 com	 base	 no	 direito	 de	 precedência	 não	 é	 aceito	 pelo	
INPI.	Não	há	nada	escrito	sobre	isso,	ainda,	entretanto,	questiona-se	qual	
seria	o	posicionamento	do	 judiciário	sobre	a	matéria	em	tela.	Nota-se,	a	
lei	 diz	 que	 o	 direito	 pode	 ser	 exercido	 a	 qualquer	 momento	 antes	 ao	
registro.		Na	opinião	da	Débora,	ter	apenas	60	dias,	tempo	para	exercício	
da	 oposição,	 iria	 contra	 o	 ratio	 legis	 da	 LPI,	 onde	 essa	 garantiria	 o	
exercício	desse	direito	a	qualquer	tempo	antes	da	concessão	do	registro.

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