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MÓDULO II_GESTÃO_ADMINISTRATIVA_FINANCEIRA (1)

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MÓDULO II – GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA NO CONTEXTO 
ESCOLAR 
 
 
OBJETIVOS: 
 Reconhecer o trabalho da gestão administrativa e financeira da escola 
para a organização escolar e para o gerenciamento dos seus recursos 
físicos, materiais e financeiros; 
 
 Compreender o Censo Escolar enquanto instrumento de registro das 
informações escolares às quais subsidiam o planejamento, a execução e 
o acompanhamento das políticas públicas voltadas para a educação. 
 
 Compreender o SIAEP como um importante instrumento de gestão das 
informações escolares no que tange ao trabalho pedagógico 
desenvolvido da instituição. 
 
 Conhecer os procedimentos necessários às etapas de Planejamento, 
Execução e Prestação de Contas dos Recursos Financeiros da escola. 
 
 
 
 
ABORDAGEM: 
UNIDADE I: Gestão Administrativa: Documentação escolar, Censo Escolar da 
Educação e Sistema Integrado de Administração das Escolas Públicas - 
SIAEP; 
 
UNIDADE II: Gestão Financeira: Caixa Escolar como unidade executora, 
Planejamento, Execução e Prestação de Contas dos Recursos Financeiros, 
Fundo Estadual da Educação - FEE, Programa Dinheiro Direto na Escola - 
PDDE e Programa Nacional de Alimentação Escolar- PNAE. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A necessidade de uma gestão democrática no ensino está expressa 
na Constituição de 1988 e consolidada na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, Lei nº 9.324/96, no Artigo 14, que explicita a Gestão 
Democrática, deixando claro que todos os segmentos da comunidade escolar 
devem estar envolvidos nas decisões e nas atividades de gestão escolar. 
 
 
Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão 
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com 
as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I 
participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e 
local em conselhos escolares ou equivalentes. 
Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares 
públicas de educação básica que os integram progressivos graus de 
autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, 
observadas as normas gerais de direito financeiro público. (BRASIL, 
1996). 
 
A concepção de gestão democrática da educação está 
indissociavelmente vinculada ao estabelecimento de mecanismos legais e 
institucionais de participação política e à organização de ações voltadas para a 
participação social. Trata-se de uma concepção segundo a qual a atuação 
política da população tem papel fundamental na formulação das políticas 
educacionais, em seu planejamento, na tomada de decisões e na definição de 
onde, quando e como utilizar os recursos públicos. 
Neste sentido, a gestão administrativa e financeira da escola 
configura-se em um conjunto de ações e procedimentos administrativos, que 
envolvem as seguintes etapas: planejamento, transferências, execução e 
prestação de contas. Nessa perspectiva, é essencial para o desenvolvimento 
das ações da escola, que o planejamento financeiro seja vinculado ao projeto 
político pedagógico. E que a gestão da escola execute a aplicação dos 
recursos financeiros em conjunto com sua equipe e Colegiado Escolar, 
compartilhando as decisões e incentivando a participação ativa da comunidade 
escolar. 
 
UNIDADE I - GESTÃO ADMINISTRATIVA 
 
As diversas atividades desenvolvidas cotidianamente na 
administração da escola são agrupadas em atividades meio, que tratam 
indiretamente do processo educacional, de maneira que esse processo seja 
realizado, e atividades fim, relacionadas diretamente ao processo pedagógico 
de formação do educando, que acontece fundamentalmente em sala de aula. 
Partindo desta premissa, é fundamental fazer da gestão 
administrativa, um ato refletido, intencional e participativo. O trabalho 
desenvolvido representa indispensável apoio ao trabalho docente, visando 
 
melhores condições físicas e materiais na execução das ações pedagógicas. 
Por meio de um trabalho coletivo, a gestão administrativa passa a ser vista 
como uma organização viva que atua empregando recursos disponíveis, cujas 
diretrizes são fundamentadas pelo Regimento Escolar1. 
Enfim, a gestão administrativa cria várias possiblidades, a partir da 
constituição dos órgãos colegiados, da atualização e emissão da 
documentação e escrituração escolar, da construção, aprovação e efetivação 
do plano de gestão escolar, bem como possibilita o diálogo entre gestão e 
comunidade escolar. 
 
DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR 
 
A organização dos documentos em uma escola é primordial para o 
bom atendimento à comunidade. Para tanto, é necessário seguir os 
procedimentos legais a serem adotados pelas escolas da Rede Estadual de 
Educação acerca da formalização de processos para regularização de cursos 
da educação básica e educação profissional e da escrituração escolar - 
documentação e arquivo, conforme descrito abaixo: 
 
 Resolução nº 031/2018 – CEE/MA: Dispõe sobre Credenciamento e 
Recredenciamento de instituições escolares e Autorização, Reconhecimento e 
Renovação de Reconhecimento para a oferta de Educação Básica no Sistema 
Estadual de Ensino do Maranhão e dá outras providências. 
 Resolução nº 228 /2002 – CEE/MA: Dispõe sobre o registro de 
diplomas, certificados e históricos escolares da Educação Básica do Sistema 
de Ensino do Estado do Maranhão e dá outras providências. 
 Resolução nº 109/2011 - CEE/MA: Dispõe sobre Regularização de Vida 
Escolar – RVE. 
Portanto, o pedido de reconhecimento de etapas e/ou modalidades 
da Educação Básica e/ou de cursos da educação profissional técnica de nível 
médio ofertados em instituições de ensino público, estadual ou municipal, deve 
ser dirigido à Presidência do Conselho Estadual de Educação instruído pela 
Resolução nº031/2018, conforme o Art. 23 e incisos IX, X, XI e XVII do Art. 5º. 
 
1
 Regulamenta a organização administrativa, didática e disciplinar dos estabelecimentos de 
ensino da Rede Pública Estadual do Maranhão, aprovado pela Resolução n° 118/2016/CEE. 
 
 
Art. 23 
I - Requerimento subscrito pelo representante legal da instituição de 
ensino com a devida comprovação da representação; 
II- Resoluções e pareceres de credenciamento/renovação de 
credenciamento da instituição e de autorização de funcionamento das 
etapas de ensino e/ou modalidades da Educação Básica e/ou de 
cursos da educação profissional técnica de nível médio; 
III - Resolução de aprovação do regimento escolar ou adendos ao 
regimento, quando for o caso; 
IV - Proposta pedagógica atualizada com plano curricular integrado à 
mesma, explicitando alterações incorporadas no período de vigência 
do ato de autorização; 
V - Quadro, devidamente assinado, pelo corpo docente responsável 
pela respectiva etapa e/ou modalidade e/ou curso de educação 
profissional técnica de nível médio, com indicação dos componentes 
curriculares, acompanhado de cópia autenticada dos diplomas, que 
comprovem a devida habilitação; 
VI - Quadro, devidamente assinado, do corpo administrativo e 
técnico- pedagógico, acompanhado de cópia autenticada dos 
certificados ou diplomas que comprovem a devida habilitação, 
respeitando o disposto nas alíneas do Inciso XIII do art. 5º da 
Resolução nº 031/2018 CEE/MA; 
Art. 5º: 
IX - Relação detalhada do mobiliário e equipamentos existentes na 
escola; 
 X - Acervo bibliográfico, indicando título e quantidade; 
XI - Relação dos recursos pedagógicos utilizados no desenvolvimento 
da programação curricular; 
XVIII - Previsão de matrícula, indicando a oferta de etapas e/ou 
modalidades da Educação Básica e/ou cursos de educação 
profissional técnica de nível médio, com respectiva quantidade de 
alunos por turma e turno, obedecida a seguinte relação 
professor/aluno: 
a) Em creche: 
- crianças até um ano - para cada 6 (seis) a 8 (oito) crianças, um 
professor no mínimo; 
- criançasde dois e três anos - para cada 15(quinze) crianças, um 
professor no mínimo; 
b) Em pré-escola - crianças de 4 e 5 anos- até 25 (vinte e cinco) 
crianças por professor; 
c) No 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental - até 30 (trinta) alunos por 
professor; 
d) No 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental – até 35 (trinta e cinco) 
alunos por professor; 
e) No Ensino Médio e/ou cursos de educação profissional técnica de 
nível médio - até 45 (quarenta e cinco alunos). 
As documentações do gestor e do secretário da escola devem ser 
acompanhadas dos respectivos atos de nomeação. 
 
 
 
 
 
A Resolução nº 228 /2002 – CEE/MA, Trata sobre o registro de 
diplomas, certificados e históricos escolares, de acordo com os artigos 5º, 1º, 
2º 3º: 
 
Art. 5º - O estabelecimento de ensino deverá encaminhar à 
Supervisão de Inspeção Escolar no prazo máximo de noventa dias 
após o encerramento do período letivo, cópia das atas e resultados 
finais. 
Art. 1º - §1º - Somente poderão expedir diplomas ou certificados os 
estabelecimentos reconhecidos. 
Art. 2º - Nos documentos escolares expedidos pelos 
estabelecimentos de ensino constará o ato legal de autorização ou 
reconhecimento emitido por este Conselho, bem como carimbo e 
assinatura do diretor e secretário designados pela entidade 
mantenedora para o exercício da função. 
Art. 3º - Os certificados e diplomas serão registrados nos 
estabelecimentos de ensino com a observância das seguintes 
normas: 
I – O estabelecimento de ensino terá livro de registro com termos de 
abertura e de encerramento e folhas numeradas e rubricadas pelo 
diretor, contendo os dados essenciais extraídos do certificados ou 
diploma. 
II – No livro de que trata o inciso I, cada registro terá numeração 
própria com as assinaturas do diretor, do secretário e do concluinte, 
que atestará o recebimento do documento. 
III – No verso do certificado ou diploma constarão os seguintes 
dados: número e data do registro, número do livro e das folhas, 
assinatura do diretor e observação de que o documento está isento 
de autenticação pela Supervisão de Inspeção Escolar de acordo com 
a presente Resolução. 
 
A Resolução nº 109/2011-CEE/MA, trata sobre a regularização da 
Vida Escolar – RVE. 
A aludida regularização deverá ser solicitada somente em casos de 
exceções ao percurso ordinário dos estudantes, pois, as instituições de ensino 
A REGULARIZAÇÃO DOS CURSOS 
OFERTADOS PELAS ESCOLAS É DE 
GRANDE IMPORTÂNCIA, 
CONSIDERANDO, QUE SÓ 
PODERÃO EXPEDIR OS 
DOCUMENTOS ESCOLARES DOS 
ALUNOS COM OS CURSOS 
OFERTADOS DEVIDAMENTE 
RECONHECIDOS. 
Documentos 
Certificados 
 
tem obrigação de regularizar os cursos ofertados para atender ao direito 
constituído dos alunos no que se refere a expedição dos documentos 
escolares. 
 Vale ressaltar, que a referida RVE precisa seguir o devido 
procedimento oficial pela escola de origem e as escolas designadas a expedir 
os documentos se responsabilizarão pelos registros/dossiês/arquivos dos 
alunos no sentido de evitar problemas em casos de 2ª via, entre outros. 
 
CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
O Censo Escolar, de âmbito nacional, realiza o levantamento de 
informações estatístico-educacionais relativas à Educação Básica, em seus 
diferentes níveis (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e 
modalidades (ensino regular, educação especial e educação de jovens e 
adultos). Como instrumento de regulação, o Censo Escolar tem o papel de 
garantir informações e possibilitar ações e políticas públicas educacionais. 
Esse levantamento é feito junto a todos os estabelecimentos de 
ensino, das redes pública e particular, por meio do preenchimento de 
questionário padronizado. Por intermédio do Censo Escolar, o Inep atualiza 
anualmente o Cadastro Nacional de Escolas e as informações referentes à 
matrícula, ao movimento e ao rendimento dos estudantes, incluindo dados 
sobre sexo, turnos, turmas, séries e períodos, condições físicas dos prédios 
escolares e equipamentos existentes, além de informações sobre o pessoal 
técnico, administrativo e pessoal docente, por nível de atuação e grau de 
formação. 
A utilização dos indicadores calculados mediante as informações 
educacionais armazenadas no sistema Educacenso, um sistema on-line que 
visa coletar, organizar, transmitir e disseminar os dados do Censo Escolar da 
Educação Básica, bem como, das avaliações de desempenho dos estudantes, 
possibilitando identificar prioridades, além de fornecer parâmetros para a 
formulação e o monitoramento de políticas públicas. 
O Educacenso é um sistema informatizado que permite obter dados 
individualizados de cada estudante, professor, turma e escola das redes 
pública (federal, estadual e municipal) e privada do país, via internet, 
mostrando um retrato detalhado do sistema educacional brasileiro. 
http://censobasico.inep.gov.br/censobasico/#/
 
De fácil operação, o sistema tem funcionalidades que possibilitam 
avaliar em tempo real a consistência das informações prestadas e 
consolidadas da escola para verificação e análise dos dados declarados. Os 
dados são declaratórios e se divide em duas etapas: 
 
 
A coleta dos dados e o processamento das informações são 
operacionalizados pelas Secretarias Estaduais de Educação, sob a 
coordenação-geral da Diretoria de Informações e Estatísticas Educacionais - 
SEEC, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP. O 
Censo Escolar gera, assim, um conjunto de informações indispensáveis para a 
formulação, implementação e monitoramento das políticas educacionais e 
avaliação do desempenho dos sistemas de ensino. 
O Censo Escolar apresenta uma complexa sistemática de 
operacionalização, cuja viabilidade só é possível pela parceria estabelecida 
entre o Inep e as Secretarias de Educação dos 26 estados e do Distrito Federal, 
além da cooperação da comunidade escolar, responsável pelo preenchimento 
do questionário. De acordo com a Portaria MEC Nº 316, de 4 de abril de 2007, 
as atribuições dos diferentes atores no processo, basicamente, são: 
 
ATORES ATRIBUIÇÕES 
 
 
INEP 
 Definir e disponibilizar para os demais atores o 
cronograma anual de atividades, os instrumentos e os 
meios necessários à execução do Censo. 
 Informar aos gestores estaduais e municipais de 
ETAPA OBJETIVO DADOS 
Matrícula Inicial Levantar informações 
gerais sobre o sistema 
educacional brasileiro. 
Dados individualizados de 
escolas, turmas, alunos e 
profissionais escolares. 
Situação do 
Aluno 
Levantar informações ao 
final do ano letivo dos 
alunos que foram 
informados na primeira 
etapa. 
Dados de rendimento escolar 
(aprovação e reprovação) e 
movimento escolar (deixou de 
frequentar, transferência e 
falecimento). 
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:1bMcWZu9ewYJ:www.educacao.al.gov.br/indicadores/censo-escolar-2011/legislacao/PORTARIA%2520MEC%2520316%2520ATRIBUICOES%2520censo%2520escolar.doc+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
http://portal.inep.gov.br/matricula-inicial
http://portal.inep.gov.br/web/guest/situacao-do-aluno
http://portal.inep.gov.br/web/guest/situacao-do-aluno
 
educação sobre as inconsistências identificadas, para 
retificação. 
 Organizar e enviar para publicação os resultados 
finais. 
 Avaliar e acompanhar todas as etapas do processo 
censitário, a fim de garantir o alcance de seus 
objetivos e o aperfeiçoamento constante. 
 
 
Gestores dos sistemas 
estaduais e municipais 
de educação 
 Treinar os agentes que coordenarão o processo 
censitário nas respectivas escolas vinculadas. 
 Acompanhar e controlar toda a execução do processo 
censitário em seu território. 
 Zelar pelo cumprimento dos prazos e normas 
estabelecidas. 
 Responsabilizar-se solidariamente pela veracidade dos 
dados declarados nos seus respectivos sistemas de 
ensino. 
Diretores e dirigentes dos 
estabelecimentos de 
ensino públicoe privado 
 Responder ao Censo Escolar da Educação Básica, no 
sistema Educacenso, responsabilizando-se pela 
veracidade das informações declaradas. 
Fonte: http://portal.inep.gov.br/censo-escolar 
 
Entre as atividades permanentes realizadas para a execução do 
levantamento anual, merecem registro o acompanhamento das alterações do 
sistema educacional e a identificação de demandas das Secretarias de 
Educação das unidades da Federação, que podem gerar necessidade de 
incorporação de variáveis ou a supressão de quesitos no formulário do Censo 
Escolar. 
A partir das informações fornecidas pelo Censo Escolar, o governo 
federal em parceria com secretarias de educação estabelece políticas de 
correção dos desequilíbrios regionais. Os resultados obtidos no Censo Escolar 
sobre o rendimento (aprovação e reprovação) e movimento (abandono) escolar 
dos estudantes do ensino Fundamental e Médio, juntamente com outras 
avaliações do Inep (Saeb e Prova Brasil), são utilizados para o cálculo do 
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que serve de 
referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do 
Ministério da Educação. 
 
A seguir, Cronograma das atividades do Censo Escolar da 
Educação Básica 2019 - Portaria Nº 249, de 20 de março de 2019/INEP, 
publicado no DOU: 
 
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA 
 
PORTARIA Nº 249, DE 20 DE MARÇO DE 2019 
 
Define o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação Básica 2019 
 
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS 
ANÍSIO TEIXEIRA (INEP), no uso das atribuições conferidas pelo Art. 16, inciso VI, do 
Decreto nº 6.317, de 20 de dezembro de 2007, resolve: 
Art. 1º Estabelecer as datas e os responsáveis pelas duas etapas de coleta e atividades 
do processo de execução do Censo Escolar da Educação Básica de 2019, que será 
realizado por meio do sistema Educacenso, via Internet, em todo o território nacional: 
1ª ETAPA DO CENSO ESCOLAR 
I - Na 1ª etapa do Censo Escolar (Matrícula Inicial), ficam definidas as seguintes 
atividades: 
a) Disponibilização do sistema Educacenso para declaração de dados. 
Data: 29/05/2019. 
Responsável: Diretoria de Tecnologia e Disseminação de Informações 
Educacionais (DTDIE/INEP). 
b) Coleta de dados da Matrícula Inicial, compreendendo os processos de digitação e 
exportação, tendo como data de referência para as informações declaradas o dia 29 
de maio de 2019, denominado Dia Nacional do Censo Escolar da Educação Básica 
2019. 
Data inicial: 29/05/2019. 
Data final: 31/07/2019. 
Responsáveis: diretor/responsável pela escola ou pelo processo de exportação dos 
dados e gestores dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. 
c) Envio dos dados preliminares ao Ministério da Educação para publicação no Diário 
Oficial da União. 
Data: 30/08/2019. 
Responsável: Diretoria de Estatísticas Educacionais (DEED/INEP). 
d) Disponibilização dos relatórios por escola no Educacenso, para conferência pelos 
gestores municipais e estaduais. 
Data: a partir da publicação dos resultados preliminares no Diário Oficial da União. 
Responsáveis: DEED e DTDIE. 
e) Comunicação oficial aos gestores municipais e estaduais sobre a disponibilização 
dos relatórios por escola no Educacenso, para conferência. 
Data: até 5 dias úteis após a publicação dos resultados preliminares no Diário Oficial 
da União. 
Responsável: DEED. 
f) Disponibilização do sistema para conferência e eventual retificação das informações 
declaradas no período de coleta da Matrícula Inicial. 
Data inicial: a partir da publicação dos resultados preliminares no Diário Oficial da 
União. 
Data final: 30 dias após a publicação dos resultados preliminares no Diário Oficial da 
União. 
Responsável: DTDIE. 
g) Conferência e retificação de eventuais erros nas informações declaradas no período 
de coleta da Matrícula Inicial. 
Data inicial: a partir da publicação dos resultados preliminares no Diário Oficial da 
União. 
 
Data final: 30 dias após a publicação dos resultados preliminares no Diário Oficial da 
União. 
Responsáveis: diretor/responsável pela escola ou pelo processo de exportação dos 
dados e gestores dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. 
h) Verificação dos dados processados após o período de conferência e retificação. 
Data: 5 dias a contar do prazo final para conferência e retificação. 
Responsáveis: gestores municipais de educação. 
i) Verificação dos dados processados após o período de conferência e retificação. 
Data: 10 dias a contar do prazo final para conferência e retificação. 
Responsáveis: setores responsáveis pelo Censo Escolar nos estados e na Secretaria 
de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC/MEC). 
j) Período exclusivo para confirmação de matrículas duplicadas diretamente no módulo 
Confirmação de Matrícula no sistema Educacenso. 
Data: 10 dias a contar do prazo final para verificações pelos setores responsáveis pelo 
Censo Escolar nos estados e na Setec. 
Responsáveis: diretor/responsável pela escola ou pelo processo de exportação dos 
dados e gestores dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. 
k) Verificação final dos dados processados após o período de conferência e 
retificação. 
Data: 32 dias a contar do prazo final para confirmação de matrículas. 
Responsável: DEED. 
l) Envio ao Tribunal de Contas da União do resultado final do número de matrículas 
presenciais efetivas em cada estado e município e no Distrito Federal, 
conforme o Censo Escolar da Educação Básica de 2019, em cumprimento à Instrução 
Normativa TCU nº 60, de 4 de novembro de 2009. 
Data: 29/11/2019. 
Responsável: DEED. 
m) Envio ao Ministério da Educação dos dados finais declarados e homologados do 
Censo Escolar da Educação Básica 2019, conforme alíneas "a" a "k" 
desta Portaria, para publicação final no Diário Oficial da União. 
Data: 18/12/2019. 
Responsável: DEED. 
n) Preparação dos dados finais para divulgação. 
Data inicial: 18/12/2019. 
Data final: 30/01/2020. 
Responsável: DEED. 
o) Divulgação dos resultados finais e dos microdados públicos do Censo Escolar da 
Educação Básica 2019 pelo Inep. 
Data: 31/01/2020. 
Responsável: DEED. 
p) Divulgação das Sinopses Estatísticas da Educação Básica pelo Inep. 
Data: 31/01/2020. 
Responsável: DEED. 
2ª ETAPA DO CENSO ESCOLAR 
II - na 2ª etapa do Censo Escolar de 2019 (Situação do Aluno), ficam definidas as 
seguintes atividades: 
a) Disponibilização do módulo Situação do Aluno no sistema Educacenso para 
declaração de dados. 
Data: 03/02/2020. 
Responsável: DTDIE. 
b) Coleta dos dados de rendimento e movimento escolar dos alunos declarados na 1ª 
etapa de coleta do Censo Escolar 2019, compreendendo a digitação 
e exportação de dados. 
Data inicial: 03/02/2020. 
Data final: 20/03/2020. 
Responsáveis: diretor/responsável pela escola ou pelo processo de exportação dos 
 
dados e gestores dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. 
c) Disponibilização das taxas de rendimento preliminares e dos relatórios por escola 
no módulo Situação do Aluno, para conferência pelos gestores municipais e estaduais. 
Data: 01/04/2020. 
Responsáveis: DEED e DTDIE. 
d) Comunicação oficial aos gestores municipais e estaduais sobre a disponibilização 
dos relatórios por escola no módulo Situação do Aluno, para conferência pelos 
gestores municipais e estaduais. 
Data: até 3 dias úteis após a divulgação dos dados preliminares no Educacenso. 
Responsável: DEED. 
e) Disponibilização do módulo Situação do Aluno para conferências e retificações. 
Data inicial: 01/04/2020. 
Data final: 15/04/2020. 
Responsável: DTDIE. 
f) Conferência e retificação de eventuais erros nas informações prestadas no período 
de coleta da Situação do Aluno 2019. 
Data inicial: 01/04/2020. 
Data final: 15/04/2020. 
Responsáveis: diretor/responsável pela escola ou pelo processo de exportação dos 
dados e gestores dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. 
g) Verificação final dos dados processadosapós o período de conferências e 
retificações no módulo Situação do Aluno. 
Data inicial: 16/04/2020. 
Data final: 30/04/2020. 
Responsável: DEED. 
h) Disponibilização dos relatórios por escola no módulo Situação do Aluno, contendo 
os dados finais de rendimento e movimento escolar. 
Data: 11/05/2020. 
Responsável: DEED e DTDIE 
i) Divulgação dos indicadores de rendimento escolar no portal do Inep. 
Data: 11/05/2020. 
Responsável: DEED. 
Art. 2º Ficará a cargo da Secretaria de Educação do Distrito Federal e de cada 
Secretaria Estadual de Educação, em cooperação com os órgãos municipais de 
educação, o cumprimento dos prazos estipulados nos incisos I e II do art. 1º, conforme 
a definição dos responsáveis para cada uma das atividades. 
Art. 3º Após a publicação final dos dados declarados ao Censo Escolar da Educação 
Básica no Diário Oficial da União, as informações do Censo passam a figurar 
como estatísticas oficiais da educação básica, não sendo possível realizar qualquer 
alteração nos dados. 
Art. 4º Ficam assegurados o sigilo e a proteção de dados pessoais apurados no Censo 
Escolar da Educação Básica, os quais serão utilizados exclusivamente para fins 
estatísticos. 
Art. 5º Os casos omissos serão analisados e decididos pelo INEP. 
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
Fonte: Diário Oficial da União 
 
 
SISTEMA INTEGRADO DE ATENDIMENTO DAS ESCOLAS PÚBLICAS – 
SIAEP 
 
O SIAEP constitui-se em um importante instrumento de registro e 
gerenciamento do trabalho pedagógico desenvolvido nas unidades escolares 
que integram a rede estadual de ensino. 
Regulamentado pela Portaria SEDUC/MA nº 705, de 19 de abril de 
2017, o referido Sistema apresenta como objetivos, no artigo 2º: 
I. Realizar o gerenciamento das informações disponibilizadas pelas 
Unidades Escolares, visando ao aprimoramento das políticas públicas 
de ensino; 
II. Efetuar o registro, a movimentação, o acompanhamento e o 
controle dos procedimentos relativos às informações da gestão 
escolar; 
III. Promover a integração da base de dados dos sistemas existentes 
na Secretaria de Estado da Educação do Maranhão – SEDUC – MA; 
IV. Viabilizar a racionalização das rotinas de escrituração escolar; 
V. Possibilitar a emissão de documentos escolares oficiais e dos 
relatórios de acompanhamento gerencial. 
 
Isso posto, conscientes da importância do referido instrumento para 
a organização do trabalho pedagógico da escola, faz-se necessário que a 
Gestão Escolar assuma um papel essencial para garantia do registro e 
cumprimento dos prazos estabelecidos na referida Portaria. Por este motivo, o 
artigo 9º da citada, norma apresenta as competências da Gestão Escolar, 
abaixo transcritas: 
No art. 9º da referida norma, temos as competências da Gestão 
Escolar, abaixo transcritas: 
Art. 9º. Compete à Gestão Escolar: 
I. viabilizar aos professores as condições necessárias para a inserção 
dos dados no SIAEP; 
II. coordenar o trabalho do registro das rotinas administrativas e 
pedagógicas, de acordo com o Calendário Escolar, bem como a 
finalização dos registros até 10 (dez) dias corridos, após o 
encerramento de cada período letivo, responsabilizando-se pela 
fidedignidade, precisão e correção dos dados; 
III. coordenar e monitorar o processo de inserção dos dados, fazendo 
cumprir as atribuições de cada instância, adotando medidas 
administrativas para os casos dos profissionais que não 
desempenharem as atribuições nos prazos estabelecidos; 
IV. disponibilizar notas/conceitos/relatórios de avaliações descritivas 
parciais da aprendizagem do aluno, para atender a situações de 
solicitação de transferência, respeitando, rigorosamente, o prazo 
definido pela Secretaria Escolar, a qual se respaldará no disposto em 
legislação vigente; 
V. realizar trabalho articulado com a Secretaria Escolar no sentido de 
assegurar o cumprimento de todos os registros pertinentes à vida 
escolar do aluno, bem como o registro de frequência e confirmação 
dos lançamentos no SIAEP - Módulo Diário de Classe; 
 
VI. solicitar à Central de Atendimento suporte técnico ao usuário do 
SIAEP, a habilitação para uso do aplicativo offline, caso não haja 
acesso à internet. 
 
A respeito das competências elencadas, faz-se necessário tecer 
algumas considerações, especialmente no que diz respeito ao cumprimento do 
prazo estabelecido no Inciso II do artigo supra. Isto porque, em caso de 
descumprimento injustificado do prazo estabelecido no inciso II, caberá ao 
gestor escolar notificar o professor, no prazo de até 05 (cinco) dias corridos, 
contados da data do encerramento do período letivo, sob pena de instauração 
de procedimento administrativo adequado para apuração de responsabilidade, 
na hipótese de manutenção do descumprimento, nos termos da legislação 
pertinente. (art. 2º, § 1º da Portaria SEDUC/MA nº 705/2017). 
Além disso, após o recebimento da referida notificação, o professor 
terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para o cumprimento da obrigação, sob 
pena de instauração de procedimento administrativo adequado para apuração 
de responsabilidade, na hipótese de manutenção do descumprimento, nos 
termos da legislação pertinente (art. 2º, § 2º da Portaria SEDUC/MA nº 
705/2017). 
Persistindo o descumprimento dos prazos estabelecidos a equipe do 
SIAEP enviará relatório com todas as informações pendentes de lançamento à 
Secretaria Adjunta de Ensino, que acionará os setores competentes com vistas 
à notificação do servidor. Ressalta-se que o não preenchimento das 
informações no SIAEP será considerado como falta administrativa, no que se 
refere à avaliação de desempenho do gestor por parte da administração 
superior da SEDUC. 
A este respeito, o § 3º do artigo 11 estabelece: 
 
Art. 11. (omissis) 
§ 3º. O não preenchimento das informações no SIAEP ou em outro 
meio será considerado como falta administrativa punível com: 
I. advertência por escrito; 
II. repreensão: será aplicada nos casos de reincidência da falta 
prevista no inciso anterior; 
III. suspensão por até 90 (noventa) dias, nos casos de reincidência 
nas faltas punidas com repreensão. 
 
No caso de dificuldades tecnológicas devidamente comprovadas 
para realizar os registros diários de todas as atividades desenvolvidas 
(ausência de equipamentos ou internet disponível, por exemplo), o professor 
 
deverá preenchê-los manualmente e entregar à gestão escola, que se 
responsabilizará pela atualização do Sistema assim que possível, buscando 
apoio junto à Unidade Regional de Educação – URE. 
Obviamente, tal ação tem como intuito principal estimular o registro 
da vida acadêmica do aluno, uma vez que é a partir do registro que se torna 
possível a emissão de documentos e o acompanhamento das atividades 
desenvolvidas. Assim, busca-se acompanhar o currículo, os índices avaliativos 
e, principalmente, refletir acerca dos resultados apresentados, visando a 
reorganização das atividades em curso e a reformulação de políticas públicas, 
o que vai repercutir no aprimoramento do planejamento da SEDUC e da prática 
pedagógica como um todo. 
Outrossim, em que pesem os argumentos relacionados à ausência 
de aparato tecnológico necessário ao cumprimento dos prazos estabelecidos 
na Portaria nº 705/2017, reforçamos a redação do artigo 9º, § 3º: “Caso 
existam dificuldades tecnológicas devidamente comprovadas para realizar os 
registros diários de todas as atividades desenvolvidas, referentes ao 
planejamento pedagógico, o professor deverá preenchê-los manualmente e 
entregar à gestão escolar.” Oportunamente, reiteramos que a Secretaria de 
Estado da Educação tem feito gestão dos problemas tecnológicos no intuito de 
sanar tais dificuldades. 
Por fim, o que se busca, a partir dos diferentes instrumentos 
normativos originários da Secretaria de Estado da Educação, é desenvolver 
reflexões capazes de gerar políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade 
educacional do Estadodo Maranhão. 
Para tanto, é indispensável o comprometimento de todos os 
envolvidos no processo educativo, pois a mudança no cenário da nossa 
educação somente será alcançada com esforço conjunto de Governo do 
Estado, professores, estudantes e pais. Sigamos juntos trabalhando pela 
construção da Escola Digna. 
 
UNIDADE II - A GESTÃO FINANCEIRA 
 
 
Ao se estabelecer a gestão democrática como um princípio básico 
da administração da escola, rompe-se com elos de autoridade e poder, criando 
 
as bases para uma escola autônoma onde prevaleçam os interesses coletivos, 
sobre os interesses pessoais, conforme ensina Barroso (1996, p.186), pois: 
 
A autonomia da escola não é a autonomia dos professores, ou a 
autonomia dos pais, ou a autonomia dos gestores. A autonomia (...) é 
o resultado do equilíbrio de forças (...) entre os detentores de 
influência (externa e interna) (...). Deste modo, a autonomia afirma-se 
como expressão da unidade social que é a escola e não preexiste à 
ação dos indivíduos. Ela é um conceito construído social e 
politicamente, pela interação dos diferentes atores [sujeitos] 
organizacionais em uma escola. 
Isto significa que não existe (...) uma “autonomia decretada”, contrariamente 
ao que está subjacente às mais diversas estratégias “reformistas” neste 
domínio. O que se pode decretar são normas e regras formais que 
regulam a partilha de poderes e a distribuição de competências entre 
os diferentes níveis de administração, incluindo o estabelecimento de 
ensino. 
 
Autonomia, portanto, é a construção coletiva de uma dada 
comunidade, nesse caso, a escolar. Isso não significa independência da 
organização frente a sua mantenedora, mas uma relação de interdependência. 
Assim, a autonomia da escola consiste em defender que a 
comunidade escolar tenha liberdade para, coletivamente, pensar, discutir, 
planejar, construir e executar o seu Projeto Político Pedagógico, entendendo 
que neste está contido o projeto de educação e de escola que a comunidade 
almeja. No entanto, mesmo tendo essa autonomia, a escola está vinculada às 
normas gerais do sistema de ensino e às Leis que o regulam, não podendo, 
portanto, desconsiderá-las. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, 
no artigo 12 A, II, ao abordar a forma de organização da unidade escolar, toca 
na questão da autonomia ao explicitar, que os estabelecimentos de ensino 
terão a incumbência de administrar seu pessoal e seus recursos materiais e 
financeiros. 
A autonomia financeira deve possibilitar à escola a elaboração e 
execução do seu orçamento, o planejamento e execução de suas atividades, 
sem ter que necessariamente recorrer a outras fontes da receita, além da 
aplicação e remanejamento de diferentes rubricas com o devido 
acompanhamento e fiscalização dos órgãos internos e externos competentes. 
Em síntese, é obrigação do poder público o financiamento das instituições 
educacionais públicas e compete às escolas otimizar e tornar transparente e 
participativo o uso dos recursos. 
 
A gestão de recursos financeiros na escola é um assunto que deve 
ser melhor compreendido por parte de toda a comunidade escolar (pais, 
estudantes, professores, servidores etc.), entretanto, os gestores e gestoras 
escolares têm a responsabilidade precípua nesse processo e, por isso, devem 
desenvolver competências para gerir os recursos financeiros, de forma correta, 
transparente e participativa. 
 
CAIXA ESCOLAR COMO UNIDADE EXECUTORA 
 
O gestor/gestora escolar exerce papel relevante na rotina da escola, 
pois ele é o responsável por organizar o trabalho pedagógico de forma a 
contribuir para uma efetiva aprendizagem do aluno, além de tratar das 
demandas de ordem administrativa, financeira e de recursos humanos. 
Desse modo, entende-se a necessidade de que o gestor/gestora 
escolar da rede pública estadual de ensino conheça a legislação de que trata a 
sua atuação, a fim de permitir que ele possa superar as situações do seu 
cotidiano escolar de maneira mais segura e reconheça a escola como parte 
integrante do sistema de administração pública estadual de ensino, em que sua 
gestão está organizada com base em um conjunto de normas e procedimentos. 
Portanto, a escola pública estadual, como unidade escolar, 
integrante do sistema de ensino estadual, não funciona isoladamente, sendo 
necessários meios para manter a estrutura física, recursos materiais e 
humanos, assim como seguir as normas e procedimentos inerentes às suas 
atividades e funções. É nesse sentido que, dentre as competências da escola, 
encontra-se a administração dos recursos financeiros, sendo, portanto, 
necessário conhecer a origem desses recursos e os mecanismos para sua 
correta aplicação. 
É importante ressaltar que o gestor/gestora escolar deve 
desenvolver suas ações observando os princípios da administração pública 
previstos no art. 37 da Constituição Federal, a saber: Legalidade, Moralidade, 
Impessoalidade, Publicidade, Interesse Público, Finalidade. Igualdade, 
Legalidade e Boa-Fé, Motivação, Razoabilidade e Proporcionalidade. E, a 
administração financeira da Escola como unidade administrativa será 
desempenhada pela sua unidade executora, representada pela Caixa Escolar. 
 
A Caixa Escolar é uma associação civil com personalidade jurídica 
própria de direito privado e sem fins lucrativos que credencia a escola a 
receber e administrar recursos financeiros (estaduais, federais e de outras 
fontes) destinados ao suprimento de suas necessidades básicas. 
Sendo um dos órgãos colegiados da escola, em sua constituição e 
atuação definem de forma participativa como ocorrerá o planejamento, 
execução e prestação de contas dor recursos financeiros que subsidiam a 
escola em vários aspectos de seu funcionamento. 
 Objetivos: 
 
 Composição: 
 
Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e dos índices 
educacionais 
Viabilizar a execução de ações consignadas no projeto político-
pedagógico 
Possibilitar meios para a adequada manutenção e 
funcionamento da escola 
Garantir a autonomia administrativa, financeira e pedagógica da 
escola 
Concretizar a descentralização gerencial na tomada de decisões 
em ambiente escolar 
Fortalecer os princípios e propósitos da escola democrática e 
da participação popular 
 
 Funções: 
 
 Deliberativa - Atuação em Assembleia Geral, a exemplo da eleição 
de tesoureiro(a), secretário(a) e Conselho Fiscal. 
 Administrativa – Utilização dos recursos financeiros recebidos, mas 
de forma articulada com o Colegiado Escolar. 
 Consultiva – Atribuição do Conselho Fiscal. 
Tendo em vista que, somente por meio de uma caixa escolar 
constituída e devidamente regular no seu status de adimplência em relação aos 
repasses recebidos, o/a gestor/a escolar que é também o presidente da caixa 
escolar, deverá zelar por sua regularidade, assumido também 
responsabilidades e atribuições, tais como: 
 Providenciar documentação e registro em cartório atualizado e 
enviar à SEDUC para atualização no dossiê e no SISCE: 
 Ata de eleição da Diretoria do Conselho Fiscal; 
 Ata de substituição dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal; 
 Ata de mudança de nome da Caixa Escolar junto à Receita Federal 
de acordo a mudança do nome da escola (Decreto); 
 Comprovantes de abertura das contas correntes para recursos do 
FEE (cópia do contrato); 
 Observância do Estatuto Padrão das Caixas Escolares 
 Alteração do nome do Estatuto em função da mudança do novo 
Código Civil; 
 Procedimentos cartoriais – registro pessoa jurídica; 
 Procedimentos junto à Receita Federal; 
 Procedimentos junto às instituições financeiras – bancos; 
 Atualização imediata junto à SEDUC. 
 Coordenação da elaboração do Projeto Político Pedagógico 
 Elaboração do Plano de Aplicação de Recursos – PAR 
 Quadro geral de previsão de receitas e fixação de despesas; 
 Quadro de especificação e apreciação da despesa; Ata da Assembleia Geral de apreciação e aprovação do Colegiado 
Escolar. 
 Declaração do Imposto de Renda como isento junto à Receita Federal 
até março de cada ano. 
 
 Entrega da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS Negativa 
como isento ao Ministério do Trabalho até março de cada ano; 
 Declaração de Débitos e Créditos Tributáveis Federais (DCTF) pelas 
pessoas jurídicas e entidades que estejam inativas ou não tenham débitos a 
declarar – consultar Receita Federal. 
 Recebimento, execução e prestação de contas em tempo hábil para a 
manutenção de status de adimplência e regularidade. 
 Transparência na execução e prestação de contas junto à comunidade 
escolar. 
 
O Planejamento das Caixas Escolares acontece por meio do: 
 
 Plano de Aplicação de Recursos – PAR, que estabelece as prioridades 
nas áreas administrativas, pedagógicas e sociais, pelo prazo médio de um 
ano, estabelecido pela comunidade escolar, tendo como referência o 
PPP. 
 Programa Anual de Orçamento, que prevê os valores disponíveis e a 
sua aplicação (gasto) em cada uma das necessidades da escola, 
devidamente priorizada no Plano de Aplicação de Recursos. 
Como processo de planejamento, o Plano de Aplicação de Recursos 
deve envolver os seguintes passos: 
 Diagnóstico da situação; 
 Definição de objetivos a serem alcançados para melhorar a situação 
diagnosticada; 
 Definição de meios para atingir esses objetivos (humanos e materiais). 
Numa forma simples, o Plano de Aplicação de Recursos se 
apresenta como lista hierarquizada de objetivos, necessária ao 
desenvolvimento da escola, contendo os responsáveis por cada ação, o tempo 
esperado para que a ação aconteça e os custos (custeio e capital) previstos 
para concretização dos objetivos, conforme especificado: 
 Custeio: destinado à cobertura de despesas básicas de manutenção, isto 
é, aquelas que não contribuem para a formação do patrimônio da escola. 
 Capital: destinado aos investimentos, ou seja, à compra de equipamentos 
ou material permanente, ou à realização de obras. 
 
Entretanto, para um melhor planejamento se faz necessário também 
compreender os conceitos de receita e despesa, conforme especificado: 
 Receita – é todo recurso financeiro creditado em conta da Caixa Escolar 
para pagamento de despesas. 
 Despesa – é todo gasto realizado com os recursos financeiros creditados 
em conta da Caixa Escolar. 
 
PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS 
RECURSOS FINANCEIROS 
 
A Secretaria de Estado de Educação – SEDUC administra grande 
parte dos recursos gastos nas escolas, mas existe um montante dos recursos 
que são descentralizados e creditados em conta específica, na forma 
estabelecida na Resolução nº 001/2009 – SEDUC. 
Entretanto, vale ressaltar que além da descentralização do recurso 
estadual, ocorre ainda a descentralização de recurso federal oriundo dos 
programas do Governo Federal. 
Para uma melhor compreensão e identificação dos recursos / 
repasses recebidos pelo Caixa Escolar, faremos uma abordagem acerca dos 
recursos estaduais e recursos federais descentralizados no que se referem 
a: planejamento, execução, prestação de contas e as implicações 
legais/sanções pela não apresentação da prestação de contas. 
 
Recursos Estaduais – Oriundos do Fundo Estadual de Educação – FEE. 
 
Convencional: Recursos para gastos priorizados pela escola em seu Plano de 
Aplicação de Recursos (PAR); 
 Suplementar (Extra): Recursos solicitados para atender a eventuais 
gastos da escola não cobertos pelos repasses convencionais; 
 Programas ou Projetos Educacionais Específicos: Recursos 
previamente incluídos no orçamento anual para execução de ações 
preestabelecidas pela SEDUC. 
 
 
 Recursos Federais – Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE 
 
 Regular-Plataforma PDDE web: Repasse oriundo de recursos federais 
destinado à manutenção e melhoria da infraestrutura física e pedagógica 
das escolas, com a consequente elevação do desempenho escolar. 
 Ações Agregadas- Plataforma PDDE Interativo: Definido de acordo 
com a finalidade de cada programa, tendo sua execução previamente 
estabelecida no plano de ação. 
 
 Recursos Federais – Programa Nacional de Alimentação Escolar – 
PNAE 
Repasses destinados à oferta de alimentação escolar e ações de 
educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação 
básica pública. 
Todos os repasses que são efetivados às caixas escolares têm 
normas específicas estabelecidas de acordo com instrumentos legais 
(portarias, resoluções, decretos, etc) para prestação de contas, onde são 
definidos prazos, como podem ser gastos e qual a documentação necessária 
para apresentar de forma correta a prestação de contas. A não prestação de 
conta, torna a caixa escolar inadimplente, impedindo desta forma, a escola de 
continuar recebendo repasses e pode gerar sanções ao gestor no exercício de 
suas funções. 
É importante que toda a comunidade escolar saiba o que está sendo 
feito com os recursos obtidos pela escola, sejam eles próprios (gerados com 
eventos para levantar recursos com finalidades específicas, tais como rifas, 
bingos, festas, etc), ou de origem pública, que, geralmente, constitui a maior 
parte dos recursos recebidos. Nesse sentido, a gestão escolar deverá construir 
e manter atualizado o mural da transparência dos recursos financeiros da 
escola, apresentá-los em reuniões com a comunidade escolar, para que a 
participação e a boa aplicação dos recursos sejam garantidas. 
 
 
 
FUNDO ESTADUAL DA EDUCAÇÃO – FEE 
 
São transferências de recursos financeiros do Fundo Estadual de 
Educação realizadas pela SEDUC às caixas escolares para cobrir gastos das 
escolas de Educação Básica da rede pública estadual. Os repasses podem ser 
realizados de acordo com a necessidade e o tipo de execução, conforme 
descrito acima: Convencional, Suplementar (ou Extra) e Programas ou Projetos 
Educacionais Específicos. 
Tipos: 
 Convencionais: Recursos para gastos (custeio/manutenção) priorizados 
pela escola em seu Plano de Aplicação de Recursos (PAR) conforme 
condições pré-estabelecidas entre a SEDUC e a escola mediante seus 
órgãos colegiados 
Conforme a Resolução 001/2009/SEDUC, no art. 7º, os recursos 
financeiros de natureza convencional, transferidos às caixas escolares, 
destinam-se a cobrir despesas de custeio e no Parágrafo Único, as despesas 
referidas no caput deste artigo são: bens (produtos) e serviços de natureza 
convencional, ou seja, material de consumo (expediente e limpeza), material e 
serviços de apoio pedagógico, de laboratório, manutenção e conservação de 
equipamentos e da área escolar, e pequenos serviços de engenharia. 
 Suplementares ou Extras: Recursos solicitados para atender a 
eventuais gastos da escola não cobertos pelos repasses convencionais 
(custeio/manutenção) e, excepcionalmente, pequenos investimentos, 
implicando a atualização do PAR. 
 Programas ou Projetos Educacionais Específicos: Recursos 
previamente incluídos no orçamento anual para execução de ações 
preestabelecidas em projetos e/ou programas elaborados pela SEDUC 
em parceria com a comunidade escolar e local. 
Diretrizes: 
 
 Utilização em despesas de custeio ou capital definidas no PAR 
previamente aprovado pelo Colegiado Escolar; 
 Apoio ao desenvolvimento sustentável por meio da aquisição de bens e 
serviços preferencialmente no âmbito local da escola; 
 
 Promoção de ações de Educação Fiscal onde haja transversalidade e 
interdisciplinaridade no currículo escolar. 
 
Critérios para recebimento: 
 
 Estar devidamente estatuída e registrada como sociedade civil sem fins 
lucrativos; 
 Estar com dados, documentos e mandatos atualizados nos arquivos e 
sistemas da SEDUC; 
 Possuir conta bancária, preferencialmente em instituição financeira oficial, 
para cada finalidade de recurso; 
 Estar adimplente e regular com as prestaçõesde contas de recursos 
anteriormente recebidos. 
 
 
Efetivação 
 
 Convencionais: Calculado com base no número de matrículas 
registradas no Censo Escolar do ano anterior em função do valor per 
capita aluno/ano e dividido em 04 parcelas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme Portaria nº 424, de 12 de março de 2018, que determina 
alteração na Portaria nº 291, 19 de fevereiro de 2018, onde informa sobre 
cálculo do repasse convencional com a seguinte redação: 
 
Art. 1º. Determinar que o cálculo do repasse convencional disposto 
no §1º do art. 4º da Resolução 01/2009 - SEDUC seja baseado na 
quantidade de matrículas registradas no Sistema Integrado de 
Administração de Escolas Públicas - SIAEP até 30 de abril do ano 
de repasse. 
(...) 
 
§ 3º Nas situações de dificuldades de natureza técnico-operacional 
que impeçam a utilização do SIAEP deverão ser consideradas as 
matrículas oficiais do censo escolar do ano anterior. 
 
 
 
Conforme a Portaria nº 927/2017-SEDUC, os Centros Educa 
Mais/MA (Educação em Tempo Integral) recebem repasse diferenciado (triplo 
do valor “per capita”, exceto anexo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Suplementares ou Extras: Se contido no PAR, aprovado previamente 
pelo Colegiado Escolar, se solicitado pelo Presidente da caixa escolar, se 
reconhecida pela SEDUC a necessidade e viabilidade da demanda e se 
houver disponibilidade orçamentária e financeira. 
 Programas ou Projetos Educacionais Específicos: Conforme 
estratégias, objetivos, metas, metodologia, plano e sistemática de 
aplicação de recursos, valores e cronograma de execução de desembolso 
definidos no programa ou projeto. 
 
Aplicação dos Recursos Financeiros 
 
 O repasse financeiro é feito mediante depósito efetuado em conta 
específica, que só poderá ser movimentada, em conjunto, pelo Presidente 
e Tesoureiro da Caixa Escolar, obedecendo aos seguintes critérios; 
 Exatidão de todos os dados relativos à Caixa Escolar (denominação, 
CNPJ, membros da diretoria); 
 Exatidão dos dados referentes à conta bancária; 
 Adimplência da Caixa Escolar em prestação de contas relativas a repasses 
anteriores. 
 
 
 
Execução 
 
A execução ocorre de acordo com o tipo de repasse, conforme a 
seguir especificado: 
 Repasses convencionais: utilizado para aquisição de bens, produtos e 
serviços para consumo (expediente e limpeza), apoio pedagógico, de 
laboratório, de instalação, manutenção e conservação de equipamentos e 
da área escolar, pequenos serviços de engenharia. 
 Repasses Suplementares ou Extras: utilizados para eventuais despesas 
de custeio não cobertas pelos repasses convencionais e despesas de 
capital quando para este fim forem solicitadas e autorizadas. 
 Programas ou Projetos Educacionais Específicos: direcionados às 
atividades finalísticas do órgão, obedecerão às especificações de aplicação 
dos recursos financeiros preestabelecidas no programa ou projeto. 
 
Prestação de contas do FEE 
 
De acordo com a Resolução nº001/2009/SEDUC em seu art. 10, § 
3º, a execução dos recursos realizar-se-á mediante a emissão de cheques 
nominativos, assinados pelo presidente e tesoureiro da Caixa Escolar, com 
cópia para registro contábil e prestação de contas, não podendo ser 
transferidos os recursos para outra conta corrente, exceto no caso de repasse 
equivocado à Caixa Escolar. 
Quanto à aplicação dos recursos, o art. 12 da Resolução 01/2009 
dispõe sobre a vedação na sua aplicação, conforme a seguir disposto: 
 
É vedada a aplicação de recursos financeiros transferidos às Caixas 
Escolares em despesa com pessoal, combustível, pagamento de 
multas e juros decorrentes de atrasos nos pagamentos de títulos e 
documentos e, em tributos e outras despesas, quando não incidem 
sobre os serviços e produtos adquiridos para a consecução do objeto 
do repasse. 
 
As Caixas Escolares inadimplentes e/ou em diligência ficam 
impedidas de receber novos recursos até que regularizem a situação, expresso 
no art. 23, § 5º, da Resolução 001/2009. 
Os prazos para prestação de contas são específicos para cada tipo 
de repasse, conforme a seguir detalhado: 
 
 
 Repasses convencionais: 
 Repasses competentes ao 1º semestre: até 30 de junho 
 Repasses competentes ao 2º semestre: até 31 de dezembro 
 Repasses Suplementares ou Extras: 60 dias contados da data de 
efetivação do repasse. 
 Programas ou Projetos Educacionais Específicos: conforme definido 
em cada programa ou projeto. 
A reprogramação dos recursos, conforme a Portaria nº 
1.220/2017/SEDUC, que regulamenta o dispositivo da Resolução nº 
01/2009/SEDUC, dar-se-á conforme as seguintes regras: 
 Admitida reprogramação somente uma vez para cada tipo de repasse, 
parcela, finalidade e período de competência. 
 Os recursos recebidos tempestivamente e não utilizados no todo ou em 
parte dentro do período previsto devem ser reprogramados e/ou 
prestados conta dentro do prazo regulamentar. 
 Recursos recebidos sem tempo hábil para execução e para as 
consequentes reprogramações e prestação de contas, será admitida a 
reprogramação sem aplicação de qualquer sanção às caixas escolares. 
Os prazos para reprogramação dos recursos dar-se-á conforme o 
tipo de repasse recebido pela Caixa Escolar: 
 Repasses Convencionais: 
 Repasses competentes ao 1º semestre: até 30 de junho para 
recebimentos até maio e automática a partir de junho. 
 Repasses competentes ao 2º semestre: até 31 de dezembro para 
recebimentos até outubro e automática a partir de novembro. 
 Repasses Suplementares ou Extras: Até 60 dias contados da data de 
efetivação do repasse. 
 Programas ou Projetos Educacionais Específicos: Não admitida a 
reprogramação. Em caso de saldo remanescente, deve ser feita a 
devolução da quantia ao tesouro estadual. 
Os documentos que compõem a Prestação de Contas, são: 
 Ofício de Encaminhamento da Prestação de Contas com descrição dos 
repasses (detalhamento do repasse com o exercício financeiro e a 
parcela devidamente especificada); 
 
 Demonstrativo da Execução da Receita, e das Despesas e dos 
Pagamentos Efetuados; 
 Extratos Bancários referente ao Recurso Recebido; 
 Conciliações Bancárias; 
 Cópias das Planilhas de Pesquisas de Preços 03 (três ); 
 Cópia da Verificação do Menor Preço; 
 Cópia da Ordem de serviços/Compras; 
 Comprovantes de despesas, tais como: Notas Fiscais Eletrônicas, 
Recibos de Pagamento de Prestação de Serviços Eventuais, conforme 
modelo da SEDUC, acompanhados de comprovantes de recolhimento de 
obrigações tributárias e contributivas: ISS, INSS e IRRF, quando for o 
caso e outros; 
 Parecer do Conselho Fiscal, devidamente assinado; 
 Parecer do Colegiado, devidamente assinado; 
 Cópia da Ata do Colegiado Escolar; 
 Cópia da Ata do Conselho Fiscal. 
Erros constantes nos processos de prestação de contas das Caixas 
Escolares, 
 Desvio do Objeto do Repasse; 
 Divergência de Lançamento do repasse; 
 Extrato Bancário Incompleto sem data da entrada do crédito; 
 Divergência de data da Nota Fiscal com o cheque; 
 Divergência da Conciliação Bancaria com o Extrato Bancário; 
 Preenchimento incorreto das Planilhas e Pesquisas de Preços, 
Verificação de Menor Preço, e Ordem de Compra e Serviços; 
 Ausência dos carimbos de autorizo o pagamento, pago através de 
cheque, declaro que, quitação, e recurso do F.E.E, com nome legível e 
matrículas nos versos das notas fiscais; 
 Ausência da Ata do Colegiado e Conselho Fiscal; 
 Ausência do Parecer do Colegiado e Conselho Fiscal; 
 Ausência de nome legível e número de matrícula no Parecer do 
Colegiado e Conselho Fiscal; 
 
 Gestor e tesoureiro assinando indevidamente nos Pareceres do 
Colegiado e Conselho Fiscal; 
 Ofício de encaminhamento sem discriminação e valor da parcela; 
 Cheque emitido ao portador; 
 As prestações de contas têm quer ser feitas de acordo com os repasses 
convencional e extra, todos emprocessos diferentes. 
 Ausência de recolhimento de tributos quando os serviços forem feitos 
através de recibos ou nota fiscal de prestação de serviços avulso de 
pessoa física: INSS 20% (patronal) sobre o valor bruto do pagamento dos 
prestadores de serviços pago pela Caixa Escolar, INSS Prestador de 
Serviços (de acordo com o valor do serviço prestado), ISS % percentual 
de acordo com o município pago pelo prestador de serviço e Imposto de 
Renda (de acordo com o valor do serviço prestado) . 
 
Baseado na jurisprudência pátria, compete ao gestor sucessor 
apresentar as contas referentes aos recursos recebidos por seu antecessor, 
quando este não o tiver feito ou na impossibilidade de fazê-lo, adotar as 
medidas legais visando ao resguardo do patrimônio público com a instauração 
da competente Tomada de Contas Especial, sob pena de corresponsabilidade. 
(Súmula n° 230, de 03/01/1995, do Tribunal de Contas da União). 
O art. 24, § 2º da Resolução 001/2009/SEDUC, dispõe, que na falta 
de apresentação ou da não aprovação da prestação de contas por culpa ou 
dolo dos gestores das Caixas Escolares sucedidos, as justificativas deverão ser 
obrigatoriamente apresentadas pelos gestores que estiverem no exercício do 
cargo, acompanhadas, necessariamente, de cópia autenticada de 
Representação protocolizada junto ao respectivo Ministério Público, para 
adoção das providências cíveis e criminais da sua alçada. Ainda em seu art. 
24, § 3º, dispõe que é de responsabilidade dos gestores sucessores a 
instrução da Representação com a documentação mínima para a instauração 
do procedimento, devendo conter, obrigatoriamente: 
 Todos os documentos disponíveis referentes à transferência dos 
recursos, inclusive extratos da conta específica; 
 Relatório das ações empreendidas com os recursos transferidos; 
 
 Qualificação do ex-gestor ou ex-dirigente, inclusive com o endereço 
atualizado, se houver. 
Segundo o art. 31, da Resolução supracitada, o descumprimento do 
prazo para a entrega da prestação de contas, sujeita o gestor responsável a 
multa diária de 0,2% do recurso recebido, limitada a 6% de seu montante. No 
art. 32, tal multa deverá ser recolhida à Fazenda Estadual no prazo de até 5 
(cinco) dias. Já o art. 35, da mesma resolução, diz que: sem prejuízo das 
responsabilidades penais, civis e administrativas cabíveis, perderá a função o 
diretor da escola que não prestar contas ou aplicar irregularmente os recursos 
recebidos. 
Todo o recurso repassado através do Fundo Estadual de Educação 
deverá seguir os modelos de prestações de contas contidas na Resolução 
01/2009. As Unidades Regionais de Educação- UREs devem organizar os 
processos conforme o padrão utilizado pela Secretaria de Estado da Educação. 
Os recursos federais destinados às escolas são descentralizados 
através dos programas federais. Atualmente, os programas que descentralizam 
recursos financeiros às escolas públicas possuem a característica de 
programas suplementares e têm como finalidade contribuir para a manutenção 
e desenvolvimento das atividades educativas. Dentre esses programas de 
transferência de recursos para as escolas estão o Programa Dinheiro Direto na 
Escola (PDDE) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 
 
PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA/PDDE 
 
Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem 
por finalidade prestar assistência financeira para as escolas, em caráter 
suplementar, a fim de contribuir para manutenção e melhoria da infraestrutura 
física e pedagógica, com consequente elevação do desempenho escolar. 
Também visa fortalecer a participação social e a autogestão escolar. 
Conforme Resolução nº 6, de 27 de fevereiro de 2018, os repasses 
dos recursos dar-se-ão em duas parcelas anuais, devendo o pagamento da 
primeira parcela ser efetivado até 30 de abril e o da segunda parcela até 30 de 
setembro de cada exercício às Entidades Executoras (EEx), Unidades 
 
Executoras (UEx) e Entidades Mantenedoras (EM) que cumprirem as 
exigências de atualização cadastral até a data de efetivação dos pagamentos. 
Os recursos do PDDE são repassados pelo Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação (FNDE) observando o intervalo mínimo de 
devendo ser utilizados de acordo com a categoria econômica, custeio 80% e 
capital 20%, podendo tais percentuais ser alterados no PDDEWeb, e 
destinando-se à cobertura de despesas de custeio, manutenção e pequenos 
investimentos, cuja aplicação dá-se da seguinte forma: 
 Implementação de projetos educacionais, 
 Desenvolvimento de atividades educacionais, 
 Avaliação de aprendizagem, 
 Manutenção, conservação e pequenos reparos de infraestrutura física da 
escola, 
 Material de consumo, 
 Material permanente, e 
 Despesas cartorárias. 
É importante observar que os recursos do PDDE não podem ser 
aplicados em: 
 Na implementação de outras ações que estejam sendo objeto de 
financiamento por outros programas executados pelo FNDE (Ex: gêneros 
alimentícios para merenda escolar, porque já é executado pelo PNAE); 
 Gastos com pessoal (Ex: contador); 
 Pagamento, a qualquer título a agente público da ativa por serviços 
prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados; 
 Despesas com água, luz, telefone, aluguel, taxa de qualquer natureza, 
xerox, etc. 
 Festividades e comemorações (Ex: recepções, coquetéis, etc.); 
 Combustível, material para manutenção de veículos, transporte para 
desenvolver ações administrativas; 
 Compra de bens e contratações de serviços que individualizem sua 
utilização (Ex: material escolar para distribuição aos alunos); 
 Pagamentos de tributos federais, estaduais, distritais ou municipais não 
incidentes sobre os bens adquiridos ou produzidos e os serviços 
contratados para atingir os objetos do Programa; 
 
 Tarifas bancárias (Existe Acordo de Cooperação Mútua firmada entre o 
FNDE e o Banco do Brasil que isenta as Caixas Escolares). 
 O programa engloba várias ações que possuem finalidades e 
públicos-alvo específicos, embora a transferência e gestão dos recursos sigam 
os mesmos moldes operacionais do PDDE. 
 As Ações Agregadas estão agrupadas em três tipos de contas da 
seguinte forma: 
PDDE Integral PDDE Estrutura PDDE Qualidade 
Mais Educação 
Novo Mais Educação 
Escola Acessível Ensino Médio Inovador 
Água na Escola Atleta na Escola 
Escola do Campo Mais Cultura na Escola 
Escolas Sustentáveis Mais Alfabetização 
 
O que difere as ações agregadas ao PDDE Educação Básica é que, 
para as essas ações há um cadastro prévio no PDDE Interativo de um plano de 
aplicação específico da ação e todas as atividades desenvolvidas com os 
recursos recebidos que devem buscar atender às metas estabelecidas, 
enquanto no PDDE Educação Básica ou Regular, o recurso busca atender as 
necessidades da escola sem qualquer amarra de metas específicas, que não 
as metas do próprio PDDE. 
Quanto à utilização dos recursos do PDDE se obedecerá a dinâmica 
abaixo: 
 Execução dos recursos do PDDE 
 
A execução das ações do PDDE inicia-se a partir da liberação dos 
recursos e tem vigência improrrogável até 31.12 de cada exercício financeiro. 
Enquanto não utilizados na sua finalidade, os recursos deverão ser 
obrigatoriamente aplicados em caderneta de poupança, com resgate de forma 
automática para evitar apresentação de cheques sem fundo. 
A Caixa Escolar deve realizar, com a participação de professores, 
pais, alunos e outros membros da comunidade escolar, um levantamento das 
 
necessidades prioritárias da escola e a seleção dos materiais e bens a serem 
adquiridos e dos serviços a serem contratados a suprirem essas necessidades. 
Definidas as necessidades prioritárias, deve-se então realizar ampla 
pesquisa de preços, preferencialmente no comércio local - favorecendo assim a 
redução de custos com fretes e incentivando a economia local, junto aos 
fornecedores ou prestadoresde serviços sendo, no mínimo, 03 (três) que 
possam atender às necessidades prioritárias já estabelecidas. 
As três melhores pesquisas devem ser indicadas no formulário 
Consolidação de Pesquisas de Preços para apuração dos menores preços 
obtidos para cada item ou lote cotado e definição dos fornecedores ou 
prestadores de serviço vitoriosos, junto aos quais serão realizadas as 
contratações/compras. Deve-se evitar realizar as pesquisas sempre nos 
mesmos fornecedores para se resguardar de favorecimentos e propiciar a 
escolha da proposta mais vantajosa ao erário. 
Para seleção da proposta mais vantajosa, como já foi dito, deve-se 
considerar os critérios de menor preço obtido para cada item tomado 
individualmente (ex: cadeira, papel A4, colocação de forro, pintura de sala de 
aula, etc) ou por lote (ex: material esportivo – bolas, redes, cordas, cones, etc; 
material de expediente – canetas, lápis, cola, etc). 
Quando este critério não for possível, pode-se realizar a aquisição 
considerando o menor preço global, ou seja, o menor preço no final da 
pesquisa, mesmo que alguns itens não sejam os mais baratos. Para tal, deve-
se justificar a realização de aquisição no menor preço global seja pela natureza 
indivisível do objeto, por ser financeiramente desvantajoso, por desinteresse 
dos proponentes ou quaisquer outros motivos que tornem a aquisição por valor 
global mais vantajosa que por menor preço do item ou lote. 
Além do critério de menor preço, a qualidade do produto ou serviço a 
ser adquirido também deve ser avaliada criteriosamente com o objetivo de 
obter a proposta que melhor atenda às necessidades da escola. 
Após a realização das pesquisas e escolha dos fornecedores ou 
prestador de serviço vitorioso a Unidade Executora – Uex, poderá realizar a 
compra ou a contratação. Para tanto, deve ser preenchida a Ordem de Compra 
indicando quais os itens a serem adquiridos ou serviços a serem contratados e 
o proponente vitorioso. 
 
Quando as aquisições ou contratações se derem com pessoa 
jurídica, a UEx deve exigir, antes do pagamento, a apresentação de documento 
fiscal original (nota fiscal, cupom fiscal, fatura, etc.) emitido em conformidade 
com a legislação de seu ente federado. 
No caso de contratação de serviço prestado por pessoa física, a UEx 
passa a ser responsável pelo recolhimento e pagamento dos impostos 
incidentes (IRPF, ISS e INSS). Assim, sobre o valor bruto do serviço a UEx 
deve reter os valores dos impostos devidos e, no momento da apresentação do 
documento comprobatório da despesa, apresentar os comprovantes de 
pagamentos desses impostos. Vale lembrar que para comprovar o serviço 
pode ser aceito recibo, desde que constem as especificações do serviço, 
nome, RG, CPF, endereço, telefone e assinatura do prestador. 
 
Prestação de contas do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE 
 
A Resolução FNDE nº 15, de 10 de julho de 2014, dispõe sobre as 
prestações de contas das entidades beneficiadas pelo Programa Dinheiro 
Direto na Escola – PDDE e suas ações agregadas. 
A prestação de contas dos recursos do PDDE compreende as 
movimentações realizadas no período de um ano. Isso significa que SEMPRE 
a prestação de contas englobará do primeiro dia do ano (primeiro de janeiro) ao 
último dia do ano (trinta e um de dezembro), independentemente de qual seja o 
ano ou o recurso, PDDE regular ou ações agregadas. 
Portanto, ainda que o crédito ocorra no começo ou no final do ano 
ou que a execução do recurso se limite a uma porção desse tempo, todo o 
período compreendido entre o primeiro e o último dia do ano deve integrar a 
prestação de contas. Esse fato tem especial importância no que se refere aos 
extratos bancários. 
A análise da prestação de contas deficiente de extratos que 
consigam comprovar as movimentações do período fica prejudicada, e só pode 
ser retomada quando os extratos completos sejam apresentados. São 
imprescindíveis, inclusive, os extratos da conta aplicação (CDB DI, Poupança, 
Administrativo Tradicional, Administrativo Supremo, etc.), pois os recursos do 
PDDE ao serem creditados às contas específicas são, geralmente, transferidos 
 
para uma ou mais contas aplicação, ficando a conta bancária na maior parte do 
tempo com seu saldo zerado. Não apresentar o extrato da conta aplicação 
impede que a análise consiga verificar saldos e rendimentos, impossibilitando 
também a aprovação da prestação de contas. 
A prestação de contas nada mais é que a compilação de toda a 
documentação gerada no período da execução do recurso. Assim, a boa 
execução resultará numa prestação de contas exata e de análise fácil. Todos 
os outros documentos que integram a prestação de contas dos recursos do 
PDDE são apenas reflexos dos recursos da execução. 
Além das cópias da ata de seleção dos materiais e bens a serem 
adquiridos ou serviços a serem contratados, das planilhas de pesquisa de 
preço, consolidação de pesquisa de preço, ordem de compras, notas fiscais e 
cópias dos cheques devem integrar a prestação de contas: 
 Ofício que encaminha a prestação de contas indicando ano e programa; 
 Demonstrativo da Execução da Receita e da Despesa e de Pagamentos 
Efetuados; 
 Relação de bens adquiridos ou produzidos onde serão descritos os bens 
que foram comprados ou aqueles que foram gerados através da 
prestação de um serviço; 
 Termo de Doação através do qual a UEx doa os bens adquiridos ou 
produzidos à Secretaria de Educação; 
 Conciliação bancária; 
 Cópia das atas de constituição do Colegiado Escolar e do Conselho 
Fiscal; 
 Cópia da ata indicando os fornecedores ou prestadores vitoriosos e 
explicitando os critérios de escolha; 
 Eventuais justificativas exigidas no caso de seleção de pesquisa pela 
qualidade do produto a ser adquirido ou do serviço a ser contratado; 
comprovação da inviabilidade de atendimento de no mínimo 03 (três) 
pesquisas; 
 Cópia do Plano de Aplicação dos Recursos; 
 Extrato bancário completo; 
 Parecer do Conselho Fiscal da Caixa Escolar sobre a regularidade das 
contas e dos documentos comprobatórios; 
 
 Parecer do Colegiado Escolar sobre a regularidade das contas e dos 
documentos comprobatórios; e 
 Quaisquer outras justificativas que se fizerem necessárias. 
É importante ressaltar que quando não houver execução dos 
recursos recebidos, é necessária apresentação da prestação de contas com 
reprogramação total dos saldos existentes no último dia do ano (conta corrente 
e conta de aplicação financeira). 
Toda a documentação original probatória das aquisições e 
contratações deverá ser mantida em arquivo, em boa ordem, condição e 
organização, na sede da escola beneficiária, juntamente com os demais 
documentos do PDDE, à disposição da comunidade escolar, do FNDE, do 
Ministério Público e dos órgãos de controle interno e externo. 
Os Gestores Escolares da rede de ensino estadual, ao tomarem 
posse do cargo, necessitam verificar a situação da Caixa Escolar quanto às 
inadimplências deixadas pelos ex-gestores pela falta de prestação de contas e 
tomarem as medidas cabíveis para regularizar a situação da Unidade 
Executora - UEx, a fim do FNDE restabelecer os repasses. 
A orientação dada a priori é notificar o ex-gestor, caso não haja 
documentação disponível para fazer a prestação de contas, para 
amigavelmente resolver a(s) pendência(s). Em caso de resistência ou 
desinteresse do gestor anterior, caberá ao gestor atual fazer justificativa e 
protocolizar Representação junto ao Ministério Púbico Federal, que deverá 
conter os seguintes documentos, conforme estabelece a Resolução nº 15, de 
10 de julho de 2014: 
 Qualquer documento disponível referente à transferência dos recursos, 
inclusive extratos da conta corrente específica do programa; 
 Relatório sucinto da destinação dada aos recursos transferidos contendo 
a qualificação do ex-gestor, inclusive com o endereço atualizado, se 
houver;(modelo anexo) e 
 Documento que comprove a situação atualizada quanto á inadimplência 
da Caixa Escolar perante o FNDE. 
A justificativa e a cópia autenticada da Representação deverão ser 
encaminhadas à SEDUC por meio de processo administrativo, a qual se 
encarregará de examiná-las, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do seu 
 
recebimento e remeter ao FNDE que analisará as justificativas e a 
Representação, que poderá acolhê-la e suspender o registro de inadimplência 
para fins de restabelecimento dos repasses do PDDE e suas ações agregadas. 
PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – PNAE 
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um 
programa do Governo Federal, gerenciado pelo Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, através da 
Lei nº 11.947/2009 e das Resoluções CD/FNDE nº 26 de 17/06/2013, 
CD/FNDE nº 04 de 02/04/2015, que estabelecem critérios para execução do 
Programa. 
O PNAE objetiva atender as necessidades nutricionais dos alunos e 
a formação de hábitos alimentares saudáveis, durante a sua permanência na 
escola, contribuindo para o seu desenvolvimento e aprendizagem, 
melhorando o rendimento escolar e colaborando com a redução da evasão e 
repetência. 
Os alunos beneficiados pelo Programa são aqueles matriculados na 
Educação Básica da Rede Municipal e Estadual de Ensino, das entidades 
filantrópicas ou por elas mantidas, inclusive as de Educação Especial e 
Confessionais, e os matriculados na Educação Básica das entidades 
comunitárias, conveniadas com a Secretaria de Estado da Educação – SEDUC, 
constante no Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas “Anísio Teixeira” – INEP, no ano anterior ao atendimento. 
Execução financeira do PNAE 
Para operacionalização do PNAE, as Entidades Executoras (EEx) 
podem fazer opção por uma das quatro formas de gestão, que são: 
 Centralizada 
 Terceirizada 
 Semi-descentralizada 
 Descentralizada (também conhecida por escolarização) 
A forma de Execução Financeira que a Secretaria de Estado da 
Educação do Maranhão (SEDUC-MA) realiza é a Descentralizada ou 
Escolarizada, nesse modelo o setor responsável pela execução do programa 
 
no Estado do Maranhão, a Supervisão de Alimentação Escolar – SUPAE, 
formaliza processos de pagamento para as Caixas Escolares, os processos 
são abertos conforme a modalidade de ensino, por exemplo, se a escolas 
atende modalidades diversas, como o EJA e Integral, seus dados estarão 
presentes nas planilhas de processos abertos para as referidas modalidades, 
o que facilita a movimentação financeira da escola, pois o gestor – 
responsável pela execução do recurso – saberá exatamente quanto foi 
creditado para cada modalidade de ensino. 
Para as escolas indígenas a SEDUC adota o modelo 
Descentralizado e Semi-descentralizado, em que uma escola é escolhida 
para ser a Escola Mãe, ficando responsável pelo recebimento dos repasses, 
compra e prestação de contas do recurso destinado às escolas indígenas 
vinculadas à ela. A execução do PNAE diz respeito à execução financeira e a 
devida elaboração da prestação de contas. 
 
Repasse dos recursos pelo FNDE 
 
Para que os recursos financeiros sejam repassados às entidades 
executoras, o FNDE abre contas únicas e específicas, em agências do 
Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou de bancos oficiais dos 
estados inclusive de caráter regional. 
A SEDUC é a Entidade Executora (EEx), é ela que recebe os 
recursos financeiros do FNDE e repassa às escolas de Educação Básica 
(Unidades Executoras– UExs). Estas deverão abrir contas únicas e 
específicas, em agências do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou 
de bancos oficiais do Estado inclusive de caráter regional. 
Quando não há nenhuma agência dessas instituições indicadas na 
região, as entidades executoras poderão optar por qualquer outro banco 
(parceiro local), que possua convênio com o FNDE, conforme relação 
divulgada em seu sítio (www.fnde.gov.br). 
O FNDE realiza 10 repasses anuais, para o atendimento de 200 
dias letivos, sendo considerados 20 dias letivos a cada mês. Para saber os 
valores que a escola irá receber, deve-se considerar o total de alunos 
cadastrados no Censo Escolar do ano anterior, a per capita por modalidade 
http://www.fnde.gov.br/
 
de ensino e os 20 dias letivos de cada mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como calcular os valores 
 FÓRMULA 
 VT = A x D x C 
 VT=valor a ser transferido 
 A = Número de estudantes 
 D = Número de dias de atendimento 
 C = Valor per capita da modalidade 
 
Vamos calcular quanto a escola do exemplo abaixo irá receber este 
ano para execução da alimentação escolar. A escola Beija-Flor atende a 
modalidade Regular (Ensino Médio), conforme o Censo do ano anterior, que 
foi informado que eram 300 alunos. Qual o valor do repasse mensal? 
 
 
 
 
 
 
 
Se a escola for um Centro Educa Mais, aprovado em seleção prévia 
pelo Ministério da Educação (MEC), ela receberá ainda a adesão ao fomento, 
per capita adicional, que somada ao repassado com base no Censo do ano 
anterior, totaliza a per capita final de R$2,00 (dois reais). 
Se o Centro Educa Mais estiver em seu 2º ano de atividades, ele 
receberá pelo Censo a per capita de R$1,07 (um real e sete centavos), 
referente a modalidade integral, e pela Adesão ao Fomento o valor de R$0,93 
(noventa e três centavos), destinados somente as turmas que são integrais e 
com base nas matrículas concretizadas (SIAEP). 
Os Centros Educa Mais recebem ainda a contrapartida do Tesouro 
Estadual, na per capita de R$2,30 (dois reais e trinta centavos), calculados 
com base nas matrículas informadas no SIAEP. Desta forma, para os Centros 
Educa Mais, a per capita final de atendimento ao aluno é de R$4,30 (quatro 
reais e trinta centavos). 
Os Institutos Estaduais de Educação, Ciência e Tecnologia do 
Maranhão – IEMAs, atuam na modalidade integral, recebem, portanto, pelo 
PNAE, base Censo, a per capita de R$1,07 (um real e sete centavos). 
Recebem ainda a contrapartida do Tesouro Estadual, na per capita de 
R$3,27 (três reais e vinte e sete centavos), totalizando também a per capita 
final de atendimento ao aluno no valor de R$4,30 (quatro reais e trinta 
centavos). 
Outras modalidades de ensino também são atendidas com a per capita 
do Tesouro Estadual, sendo elas: 
Nº de alunos x 20 (dias letivos) x Valor da per capita 
da modalidade regular 300 x 20 x 0,36 
Nº de alunos x 20 (dias letivos) x Valor da per capita 
da modalidade regular 300 x 20 x 0,36 
 Total de R$ 2.160,00 reais 
 
 
 
Modalidade de Ensino Per Capita 
Indígena R$ 1,65 
Indígena Alternância R$ 4,35 
Escola Bilíngue R$ 4,30 
Quilombola Alternância R$ 4,50 
Educação do Campo – Centro de Formação por Alternância R$ 4,50 
 
O recurso financeiro do PNAE é movimentado pelo gestor e 
tesoureiro da Unidade Executora. Deverá ser explícita no subtítulo da conta a 
sua natureza, destinada ao gerenciamento de recursos públicos, para que não 
haja cobranças bancárias futuras, como manutenção de conta. 
A movimentação do recurso financeiro é permitida apenas para o 
pagamento de fornecedores de gêneros alimentícios para alimentação escolar 
e para a realização de aplicações financeiras. Não se pode utilizar os 
recursos do PNAE para aquisição de outros produtos e/ou serviços, ele é 
destinado somente para a aquisição de gêneros alimentícios previstos no 
cardápio adotado pela escola. 
Também não é permitida a transferência de recurso do PNAE de 
uma Caixa Escolar para outra Caixa Escolar. A única transação entre contas 
permitida é a de devolução de recursos, realizada entre a Caixa Escolar e a 
Conta da Secretaria de Estado de Educação, em situações específicas, que 
são analisadas previamente pela Supervisão de Alimentação Escolar. 
 
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