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Questionário Ilicitude e Culpabilidade

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ICJ CAMPUS BRASÍLIA
	Curso: DIREITO
Disciplina: ILICITUDE E CULPABILIDADE
Prof.: Arion Louzada
	NOTA
1) Conceitue crime.
Crime é um fato típico, ilícito e culpável. Uma conduta humana tipificada, baseada em uma ação ou omissão. “Crime é uma infração penal que a lei comina pena de reclusão ou detenção, quer isoladamente, alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.”
2) O que é crime preterdoloso?
O crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado pelo resultado, no qual o agente pratica uma conduta anterior dolosa e desta decorre um resultado posterior culposo. Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente.
3) Em caso de vítima de tentativa de homicídio que é hospitalizada, mas vem a falecer por causa de infecção contraída no hospital, como o agente responderá, considerando-se decisão de 2009 sobre a matéria do Supremo Tribunal Federal (STF)?
Nesse caso o agente irá responder por homicídio consumado, pois, segundo interpretação do STF, existe uma relação de causalidade entre a conduta e o resultado. Lembrando que este caso é uma exceção, pois se a relação de causalidade é quebrada, não sendo possível estabelecer relação de causalidade entre a conduta e o resultado, não haverá crime por ausência de tipicidade.
4) Quais são e o que significam os elementos subjetivos do tipo penal?
Os elementos subjetivos são aqueles que se referem ao estado anímico do sujeito, à sua intenção, exteriorizando-se em expressões como: com o intuito de (art. 158 CP), por motivo (art. 208 CP), com o fim de obter (art. 159 CP), para si ou para outrem (art. 155 CP). São aqueles que exigem uma finalidade específica do agente; aqueles que com a exclusão do dolo genérico e da culpa, referem particularidades psíquicas da ação.
5) Explique o significado respectivo de tipos penais incriminadores, permissivos, devidos e explicativos.
Os tipos penais incriminadores são aqueles que descrevem condutas proibidas.
Os tipos permissivos descrevem condutas permitidas pelo Estado e, além disso, descrevem as causas de exclusão de ilicitude (art. 23 CP).
Os tipos devidos descrevem as condutas obrigatórias, determinando que o dever de agir incube a quem tenha por lei obrigação de dever, cuidado ou vigilância, ou seja, aqueles que assumiram a obrigação de evitar o resultado.
E os tipos explicativos são aqueles que explicam algum conceito, como o artigo 327 que define o que é funcionário público.
6) Discorra sobre a participação do juiz na configuração típica.
Há situações em que o tipo não individualiza totalmente a conduta proibida, exigindo que o juiz o faça para o que deverá recorrer a normas ou regras gerais, localizadas fora do tipo penal. Há ocasiões em que o tipo tem que indicar certo grau de gravidade ou de entidade, um conceito que admite quantificação. Seja porque é impossível quantificar objetivamente, seja porque o grau de entidade não pode ser precisado senão conforme as circunstancias de cada caso concreto, o certo é que aqui também não resta outro recurso senão entregar ao juiz o fechamento do tipo.
7) Quais são as excludentes de tipicidade? Explique cada uma delas.
As excludentes de tipicidade são: Coação física absoluta, insignificância, adequação social e tipicidade conglobante. Na coação física absoluta existe uma total exclusão da vontade do agente, ou seja, ele é forçado a praticar algum ato contra a sua vontade, por meio de violência a sua integridade física.
O principio da insignificância ou bagatela significa que o Direito não deve se preocupar com assuntos irrelevantes, que não lesionam um bem jurídico, ou seja, deve ser o último caminho. Tem o poder de afastar a tipicidade, tendo como vetores: a mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica. 
Já a Adequação social são condutas formalmente típicas, porém tem a tipicidade excluída devido à adequação social, como as lesões corporais num jogo de futebol. Por último, a tipicidade conglobante significa que não pode ser considerada típica uma conduta que é tolerada e aceita pelo Estado.
8) Quais são as excludentes de antijuridicidade? Explique cada uma delas. 
As excludente de antijuricidade ou ilicitude são legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito.
A legítima defesa é uma causa de exclusão da ilicitude que se caracteriza pela existência de agressão ilícita, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se moderadamente dos meios necessários.
Considera-se estado de necessidade praticar o fato para se salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Estrito cumprimento do dever legal consiste em praticar um fato típico, por força do desempenho de uma obrigação imposta por lei.
No exercício regular de direito a conduta é tipificada como crime, mas, por opção legislativa, passa a ser considerada como um direito de agir, diante de uma permissão do ordenamento jurídico.
9) Qual o significado de antijuridicidade?
Antijuricidade é a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico. Para ocorrência de um crime, não basta o fato ser típico, é preciso também ser antijurídico, ou seja, contrário à lei penal, violando bens jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico.
10) Quais são e onde se encontram no Código Penal brasileiro as causas que excluem a consciência da ilicitude?
As causas que excluem a consciência da ilicitude constam no artigo 23 do Código Penal: Não há crime quando o agente pratica o fato em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular do direito.
11) Quais são as causas supralegais de exclusão da culpabilidade, por inexigibilidade de conduta diversa?
As causas supralegais de exclusão de culpabilidade, por inexigibilidade de conduta diversa podem ser classificadas em provocação de legítima defesa, cláusula de consciência, a desobediência civil e o conflito de deveres.
12) O que são elementares e circunstâncias em matéria penal? O que as distingue?
Elementares são os componentes essenciais da figura típica, sem o qual ela desaparece ou se transforma em outra, ex: os núcleos do tipo (verbo), “alguém” no crime de homicídio, entre outros. Já as circunstancias são os fatos ou dados que se encontram ao redor do delito; um dado eventual, que pode existir ou não, sem que o crime seja excluído.
A distinção entre as elementares e circunstâncias se baseia no critério de exclusão: quando, diante de uma figura típica, exclui-se determinado elemento, e o crime desaparece ou surge outro, é uma elementar. Porém, se ao excluir determinado elemento, não desaparece o crime nem se cria outro, é uma circunstância.
13) Explique o que são causas de aumento de pena.
São causas de facultativo ou obrigatório aumento da sanção penal em quantidade fixada pelo legislador (um terço, um sexto, dobro, etc), ou de acordo com certos limites (um a dois terços, um sexto até a metade). As causas de aumento são obrigatórias, salvo a prevista no art. 60, parágrafo 1º.
14) O que é uma circunstância qualificadora em matéria penal?
Circunstâncias qualificadoras são circunstâncias legais especiais ou específicas previstas na parte especial do Código Penal que, agregadas a figura típica fundamental tem função de aumentar a pena. Quando o Código descreve uma qualificadora, expressamente menciona o mínimo e o máximo da pena agravada.
15) Qual a diferença entre imputabilidade e capacidade, em matéria penal?
No Direito Penal, imputabilidade significa a possibilidade de atribuir a autoria ou responsabilidade de um ato criminoso a alguém. Uma pessoa imputável é uma pessoa que já pode responder por seus atos e ser condenada a alguma pena por causa deles. 
Já a capacidade penal é o conjunto de condições exigidas para que um sujeito possa tornar-se titular de direito e obrigações no campopenal.