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TIPOS DE CÂNCER Introdução ◦O câncer pode surgir em diferentes células do corpo e alguns órgãos são mais afetados do que outros; ◦Cada tipo de tecido é constituído por diferentes células estruturadas em camadas, por exemplo de tecido epitelial, de tecido glandular, de tecido muscular entre outros e o câncer pode se desenvolver a partir de quase qualquer tipo de célula nos tecidos. ◦ Cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos. Introdução ◦Os vários tipos de câncer são classificados de acordo com a localização primária do tumor e apresenta sintomas que necessita de tratamentos específicos. ◦O câncer com início em tecidos epiteliais (revestimento), como a pele ou mucosas, é chamado de carcinoma. Nos tecidos conjuntivos, como ossos, músculos, é chamado de sarcoma. ◦A velocidade de multiplicação das células doentes e a capacidade que elas têm de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes é outra característica que diferencia os tipos de câncer existentes. Tipos mais comuns de Câncer ◦Câncer de cabeça e pescoço - Câncer de Pulmão - Câncer de Mama - Câncer de Pâncreas ◦Câncer do Fígado e Vias Biliares - Tumores Hepáticos Benignos Carcinoma Hepatocelular ◦Neoplasia da Vesícula e dos Ductos Biliares - Câncer Gástrico - Câncer do Intestino Grosso ◦Câncer do Corpo Uterino - Câncer do Colo Uterino - Câncer de Ovário, Tuba uterina, Vagina e Vulva ◦Câncer de Próstata - Leucemia Câncer de cabeça e pescoço ◦ Representa aproximadamente 5% de todas as neoplasias e atinge cerca de 1,7% da população brasileira. ◦ Acomete ambos os sexos e todas as raças, sendo ate 3 a 4x mais frequentes em homens do que em mulheres. ◦ Ocorrência aumenta com a idade e principalmente pessoas acima de 50 anos Grupo heterogêneo de tumores compreendendo: localizados na pele e lábios, cavidade oral, orofaringe, laringe, hipofaringe, nasofaringe, glândulas salivares, cavidade nasal e seios paranasais, meato acústico externo e ouvido médio Fonte da imagem: https://www.unifesp.br/campus/sao/epe4/destaques/509-cancer-de-cabeca-e-pescoco- orientacoes Fatores de risco do cabeça e pescoço ◦Etilismo risco é estimado em a 6x mais; ◦Tabagismo aumentam o risco de 5 a 25x mais (dependendo da Quantidade de maços/ano do sexo e diferenças raciais); ◦Os dois fatores associados aumenta 15x comparado a pessoas sem o vício em relação a todas as formas de tumores. ◦Exposições crônicas a infecções pelo vírus de Epstein- Barr (infecta linf. B) pode causar carcinoma de nasofaringe e linfoma de Hodgkin ◦ Exposições ocupacionais nas refinarias de níquel, marcenarias e fábricas de artigos de couro e trabalhadores em minas de asbestos (amianto) Fatores de risco do cabeça e pescoço ◦Exposição à radiação ionizante e a exposição à radiação solar se mostram extremamente importantes principalmente no câncer de lábio e câncer de pele localizado em região cabeça-pescoço ◦Fatores dietéticos como carência de vitamina A ◦Suscetibilidade genética isolada ou associada ao tabagismo. ◦ Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV) em alguns casos pode causar lesão associadas ao câncer na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago Diagnóstico ◦Câncer de cabeça e pescoço podem apresentar sintomatologia variada, dependendo do local do tumor. o Algumas vezes podem ser encontrados incidentalmente pelo dentista; ◦Carcinomas laríngeos manifestam-se precocemente, uma leve irritação pode causar o sintoma mais comum, que é a rouquidão. ◦Tumores da nasofaringe e os carcinomas da hipofaringe tendem a surgir tardiamente com linfadenopatia cervical palpável ou com disfagia. ◦Tumores de base da língua, a laringe supraglótica, o seio piriforme e os seios paranasais são silenciosos com sintomas como dor de garganta persistente, dor de ouvido ou uma tumefação mal definida. Diagnóstico ◦ As alterações pré-malignas na boca são: ◦ Leucoplasias (placa esbranquiçada) incidência de 5-10% de câncer e 50% se a lesão for na língua . ◦ Eritroplasias (lesão avermelhada de aspecto aveludado) incidência de 80-90% de displasia severa ou carcinoma in situ. Feridas ulceradas na boca: - Disfagia ou odinofagia (orofaringe) - Otalgia (direta ou referida) - Estridor (laringe ou hipofaringe) - Rouquidão persistente (laringe) -Dor ou edema facial (seios paranasais) - Ferida ou ulceração na pele - Epistaxe, obstrução nasal, surdez de condução (nasofaringe) - Paralisia de nervo craniano, como, por exemplo, diplopia - Tumefação palpável ou úlcera que não cicatriza (cavidade oral) lindanopatia cervical Tratamento ◦Devem ser considerados fatores relativos ao local da doença estádio e acessibilidade anatômica do tumor, estado nutricional e o bem-estar geral do paciente. ◦As opções de tratamento são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, iodoterapia ou uma combinação destes. Complicações ◦Cirurgias na língua e na cavidade oral podem comprometer a fala e deglutição ◦A radioterapia externa, afetara os tecidos normais sensíveis da cavidade oral e da faringe. ◦A mucosite tende a ser máxima a partir da terceira semana de tratamento, podendo durar uma ou duas semanas após a conclusão da radioterapia. ◦Medidas sintomáticas, incluem colutorios, analgésicos e tratamento antifúngico. E essencial manter sempre nutrição adequada a fim de maximizar o reparo tecidual normal. ◦A mielossupressao e mucosite são as toxicidades limitadoras da dose mais comuns da quimioterapia e a combinação de modalidades aumenta as reações teciduais Câncer de Pulmão ◦ É altamente letal e o mais comum de todos os tumores malignos. ◦ É uma das neoplasias com menor taxa de cura, devido às dificuldades no seu diagnóstico precoce (em geral 10%) ◦ Sobrevida em cinco anos varia entre 13% e 21% em países desenvolvidos e entre 7% e 10% nos países em desenvolvimento. ◦ É uma das principais causas de morte evitáveis, pois sua ocorrência está relacionada ao tabagismo. ◦Mais de 95% das neoplasias de pulmão são de origem epitelial (carcinoma), sendo representadas, na sua maioria, pelo carcinoma espinocelular (CEC), adenocarcinoma (adenoCA), carcinoma indiferenciado de pequenas células (CIPC) e carcinoma indiferenciado de grandes células (CIGC). ◦ A maior parte dos casos de câncer de pulmão acomete indivíduos ◦ entre 50 e 70 anos de idade Fonte da imagem: https://www.unifesp.br/campus/sao/epe4/destaques/509-cancer-de-cabeca-e-pescoco- orientacoes Câncer de Pulmão ◦ Altamente letal e o mais comum de todos os tumores malignos. ◦ Possui a menor taxa de cura, devido às dificuldades no seu diagnóstico precoce (em geral 10%) ◦Mais de 90% dos pacientes são fumantes, incluindo fumantes passivos. ◦ Sobrevida em cinco anos varia entre 13% e 21% em países desenvolvidos e entre 7% e 10% nos países em desenvolvimento. ◦ É uma das principais causas de morte evitáveis ◦ Acomete principalmente indivíduos entre 50 e 70 anos. ◦ 95% das neoplasias de pulmão são de origem epitelial (carcinoma) Fonte da imagem: https://www.unifesp.br/campus/sao/epe4/destaques/509-cancer-de-cabeca-e-pescoco- orientacoes Carcinoma espinocelular (CEC) Adenocarcinoma (adenoCA) Carcinoma indiferenciado de pequenas células (CIPC) Carcinoma indiferenciado de grandes células (CIGC) Fatores de risco do Câncer de Pulmão ◦ Tabagismo, poluição atmosférica; ◦ Exposição a radônio, asbesto, sílica, cromo, níquel, presença de doenças pulmonares de base (DPOC, TB). TABAGISMO: ◦ Na queima do cigarro sao liberadas mais de 4000 substancias (nicotina, monoxido de carbono, aldeidos volateis e derivados nicotinicos). ◦ Uso maior que 20 maços/ano é considerada de alto risco. ◦ Começar a fumar na adolescência tem maior risco de desenvolver câncer , aproximadamente 24%. ◦ Cerca de 90% dos tumores do pulmão poderiam ser evitados simplesmente abandonando-se o fumo. Fatores de risco do Câncer de Pulmão POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA: ◦O desenvolvimento por poluição atmosférica, é controversa,com risco atribuído variando de 1 a 10%. ◦O ar ambiente está contaminado por diversos carcinógenos oriundos de veículos a motor e das diferentes indústrias. ◦É difícil concretizar estudos que comprovem a participação de outros fatores na gênese desse câncer. ◦A incidência do câncer de pulmão é maior em quem vive no meio urbano comparado ao indivíduo que vive no meio rural devido à maior exposição aos carcinógenos, tais como os hidrocarbonetos policíclicos e a fumaça do óleo diesel. Fatores de risco do Câncer de Pulmão EXPOSIÇÃO AO RADÔNIO E ASBESTO: ◦ Os produtos resultantes do decaimento do radônio emitem partículas alfa que, ao serem inaladas, promovem a carcinogêneas. ◦ Fontes ambientais são: o material de construção civil e o solo abaixo dessas construções. ◦ A exposição ao asbesto aumenta o risco quando associado ao tabagismo (em ate 50 vezes), A exposição ao asbesto em não fumantes eleva o risco em cinco vezes. DOENÇAS PULMONARES: ◦ Algumas doenças pulmonares não malignas estão relacionadas à maior incidência de câncer do pulmão, especialmente o adenocarcinoma. ◦ Entre elas, a mais comum é a DPOC. Pacientes com enfisema pulmonar têm seis vezes mais probabilidade de apresentar câncer de pulmão do que os pacientes sem enfisema. ◦A radiografia geralmente é o primeiro exame a ser realizado em caso suspeito de CA de pulmão, porém não é específico e pode indicar amplo grau de alterações, como atelectasias, derrame pleural, massas, não apenas o câncer. ◦O melhor exame para diagnóstico precocemente é a tomografia que pode ser na modalidade: helicoidal de baixa dosagem ou tomografia multicanais. ◦Tomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons (PET-CT) é considerado o exame padrão para estadiamento do câncer de pulmão tipo pequenas células. Diagnóstico Dentre os exames de endoscópios: ◦Broncofibroscopia fornece material para análise do tumor e informação a respeito do tamanho do tumor, localização e grau de obstrução, caso o tumor seja endobrônquico. ◦A mediastinoscopia com biópsia de linfonodos, indicado na presença de linfonodos suspeitos no mediastino. ◦O material histopatológico pode ser obtido através de biópsias brônquicas, pleurais, mediastinoscopia, biópsias incisionais, punções transparietais e até mesmo através de biópsias a céu aberto. Diagnóstico Tratamento A escolha terapêutica varia de acordo com o grau de estadiamento e pode ser: ◦Lobectomia e linfadenectomia mediastinal. ◦Ressecção em cunha ou a segmentectomia quando a função respiratoria contra indica a lobectomia. ◦A Quimioterapia e a radioterapia pode ser realizada pré e pós operatória ◦Em casos de invasão da parede torácica opta-se pela ressecção pulmonar ◦com lindadenectomia e toracotomia e em invasão localizada no diafragma ou no pericárdio (sem derrame pleural) faz-se ressecção em bloco da lesão. Complicações ◦As principais complicações são o derrame pleural, a atelectasia, a cavitação e a pneumonia pós-obstrutiva. ◦Pneumonias de repetição, pode indicar uma lesão obstrutiva brônquica, que pode ser um carcinoma broncogênico. ◦As metástases frequentemente acometem: adrenais (50% dos casos), no fígado (30-50%), nos ossos (20%) e cérebro (30- 50%). PROGNÓSTICO Carcinoma não pequenas células ◦Possui um prognóstico melhor que os carcinomas de pequenas células, porém a maioria é diagnosticada em estádio avançado. Carcinoma de pequenas células ◦O carcinoma de pequenas células tem um prognostico bastante sombrio. Câncer de mama ◦Mais incidente na população feminina excluindo-se os tumores de pele não melanoma. ◦Acomete, preferencialmente, mulheres por volta dos 50 anos de idade, sendo raro antes dos 30 anos. ◦A detecção precoce seguido do tratamento efetivo tem comprovadamente reduzido a mortalidade. ◦No Brasil cerca de 60% dos tumores malignos da mama são diagnosticados em estádios avançados. ◦Prevenção e diagnóstico precoce, constituem importantes ações para redução da mortalidade por câncer de mama. Fatores de risco do Câncer de mama ◦A gênese é multifatorial, aspectos genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida estão implicados em sua etiologia. ◦O câncer de mama (não hereditário) representa mais de 90% dos casos e está relacionado a produção de esteroides sexuais. ◦Condições endócrinas moduladas pela função ovariana, como a menarca precoce, menopausa e gestação tardias, nuliparidade, utilização de estrógenos exógenos, podem levar ao desenvolvimento do câncer de mama. ◦Estilo de vida como a inatividade física e os descuidos com a dieta tipo obesidade ou alcoolismo, podem contribuir para o aumento da incidência do câncer de mama. Fatores de risco do Câncer de mama ◦ Neoplasias hereditária correspondem a 5 a 10%, sendo relacionado a alterações de genes supressores de tumor (genes BRCA 1 e BRCA 2 e o p53). A prevalência de mutação deletéria no gene BRCA 1 é de 1/800 na população geral. ◦Mutações nesses genes tem um risco estimado que varia de 56 a 85% de desenvolver o câncer de mama durante sua vida, tendendo a apresenta-lo mais precocemente. Outras neoplasias, como as de ovário, colón, pâncreas e linfoma, também são relacionadas a alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2. Classificação Histológica ◦ Reflete a heterogeneidade estrutural desses tumores, que são predominantemente epiteliais. O câncer ductal invasor e o tipo histológico mais comum. Os principais: ◦ • Carcinomas Invasivos, • Carcinoma não invasisivos (“in situ”) ◦ • Tumores mistos epiteliais e mesenquimais, • e outros tumores malignos diversos Diagnóstico ◦ Visa identificar lesões iniciais em mulheres com algum sinal de câncer de mama (nódulo, retração do mamilo etc.) e o rastreamento em populações assintomáticas, para identificar anormalidades sugestivas de câncer. ◦ O exame clínico deve visar: Inspeção estática e dinâmica, palpação das axilas e da mama com a paciente em decúbito dorsal. ◦ Principais sintomas e sinais: ◦ OBS: identificação de massa palpável, nem sempre se relaciona com câncer. Cerca de 10% dos casos há neoplasia associada, dor mamaria sem outros sinais associados é pouco sugestiva, sendo esta relação estimada em 1,8%. tumoração não dolorosa de limites irregulares descarga papilar sanguinolenta edema na pele da mama “casca de laranja” retração da papila mamaria erosão da papila mamaria linfonodos axilares aumentados Exames complementaresMAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA ◦ Pode ser solicitada em qualquer idade em mulheres com sinais ou sintomas ou precise esclarecer dúvidas. MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO (Screening) ◦ No Brasil, é realizada anualmente entre os 40 e 50 anos. ◦ Na presença de historia familiar de câncer ou antecedentes de doenças proliferativas altera-se para 35 anos. ◦ Lei aprovada assegura a realização a partir dos 40 anos Populacao-alvo Periodicidade dos exames Mulheres de 40 a 49 anos Exame clinico das mamas (ECM) anual e, se alterado, mamografia diagnostica Mulheres de 50 a 69 anos ECM e mamografia de rastreamento a cada 2 anos Mulheres de 35 anos ou mais com risco elevado* ECM e mamografia de rastreamento anual Exames complementaresEvolução da mamografia foi necessária uma padronização dos laudos para comparação dos resultados.◦ Foi criada então pelo Colégio Americano de Radiologia uma sistematização denominada mundialmente BI-RADSR (Breast Imaging Reporting and Data System). Instrumento que estabelece riscos, prevê a evolução e orienta condutas. Calcificações puntiformes, menores que um mm, pleomórficas, concentradas numa determinada área da mama são altamente sugestivas de malignidade, devendo-se considerar a possibilidade de biopsia a partir de BI-RADSR 4. Categoria BI-RADS® Interpretação Risco de câncer Recomendação 0 Inconclusivo - Avaliação adicional por imagem ou comparação com exames anteriores 1 Sem achados 0,05% Rotina de rastreamento 2 Achados benignos 0,05% Rotina de rastreamento 3 Achados provavelmente benignos Até 2% Inicialmenterepetir em 6 meses (eventualmente biópsia) 4 (A,B,C) Achados suspeitos de malignidade >20% Biópsia 5 Achados altamente sugestivos de malignidade >75% Biópsia 6 Biópsia prévia com malignidade 100% - A ultrassonografia, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a cintilografia não se firmaram como métodos de screening do câncer de mama. Porém são muito úteis como complementares da mamografia e no esclarecimento de dúvidas. Exames complementares Tratamento do Câncer de Mama ◦Cirurgia e a radioterapia para tratamento loco-regional ◦Quimioterapia e a hormônioterapia para tratamento sistêmico. ◦ As decisões terapêuticas são baseadas em parte no tamanho do tumor, o tipo e o grau histológicos, o status linfonodal, os níveis dos receptores de estrogênio e progesterona no tecido tumoral, status menopausal e as condições clinicas gerais da paciente são também imprescindíveis na instituição do tratamento adequado. Câncer de Pâncreas ◦Afeta mais de 185.000 pessoas/ano no mundo. ◦Responsável por 5% de todas as mortes ligadas ao câncer. ◦No Brasil, representa 2% de todos os tipos de câncer, responsável por 4% do total de mortes. ◦Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 anos. ◦Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000 habitantes entre 40 e 50 anos para 116/100.000 habitantes entre 80 e 85 anos. Fatores de risco CA de Pâncreas ◦ O tabagismo (responsável por 30% dos casos) ◦ Exposições ocupacionais como o asbesto, acrilonitrila*, pó de silica e derivados do petróleo, como o pesticida diclorodifeniltricloroetano (DDT) e 2-naftilamina (utilizada para produzir corantes). ◦ Exposição a certos tipos de metais, como o cadmio que se acumula no pâncreas e causar aumento da síntese de DNA e ativação de proto-oncogenes. ◦ Condições clínicas como DM, obesidade, pancreatite crônica, colelitíase. ◦ O álcool, proteínas de origem animal (carne vermelha, carne de porco, carnes grelhadas) Ingestão elevada de dissacarídeos, como a sacarose (açúcar simples), consumo exagerado de sal, condimentos e produtos defumados *Acrinolitrina: quím. substância (C3H3N) de grande proveito industrial, na produção de fibras acrílicas, plásticos, revestimentos, adesivos etc. Diagnóstico ◦O quadro clinico é inespecífico e vago, deve-se investigar dor abdominal, perda de peso ou icterícia até que se possa excluir tal hipótese. ◦Após a história e exame físico realizar USG abdominal, tomografia computadorizada PET-CT (Tomografia por emissão de Pósitrons) ou da ressonância magnética para verificar presença ou não de lesões. ◦Outros exames são CPER (Colangiopancreatografia Endoscópica Retrograda) ou a colangiorressonancia magnética podem dar o diagnóstico. Diagnóstico ◦A colangiografia endoscópica é realizada através da introdução bucal do endoscópio que vai até o duodeno para injetar contraste dentro da via biliar e dos ductos pancreáticos. Dessa forma obtém-se uma radiografia que mostra locais obstruídos que correspondem ao tumor. ◦Para confirmação definitiva é necessária a punção guiada por ecografia ou mesmo de cirurgia, de um pequeno fragmento da lesão (biopsia) para analise histopatológica. Certos exames, como o CA 19-9, podem ser feitos na suspeita de um câncer de pâncreas, mas isoladamente não confirmam nem excluem o diagnostico. Tratamento ◦Ressecção cirúrgica é a única chance de cura para o câncer pancreático. ◦A sobrevida em cinco anos se aproxima de 25%. ◦Quimioterapia (QT) e radioterapia (RT) são consideradas tratamentos paliativos, adjuvantes ou neo- adjuvantes, com o objetivo de aumentar a sobrevida. Câncer do Fígado e Vias Biliares Tumores Hepáticos Benignos ◦Podem se originar nos hepatócitos, no epitélio dos ductos biliares e do mesênquima hepático e são raros. ◦Os principais representantes desse grupo de neoplasias hepáticas são: adenoma hepatocelular hiperplasia nodular hemangioma cavernoso Mais frequente em mulheres em idade fértil Encontrado em ambos os sexos e em todas as faixas etárias Acomete mais mulheres 30 – 50 anos Câncer do Fígado e Vias Biliares Tumores Malignos ◦O carcinoma hepatocelular (CHC) é o principal tipo de câncer primário do fígado. Tem origem epitelial, ou seja, dos hepatócitos, alta fatalidade e interferência comprovada de fatores ambientais. Fatores de Risco do câncer de fígado ◦Doença hepática crônica de qualquer etiologia é fator predisponente no desenvolvimento do carcinoma hepatocelular. ◦A cirrose hepática está presente em mais de 80% dos casos. ◦As diversas etiologias da cirrose hepática como a infecção crônica pelo vírus da hepatite B (VHB) e pelo vírus da hepatite C (VHC), álcool, hepatite ativa crônica, hemocromatose e doença de Wilson são consideradas condições predisponentes para CHC. Diagnóstico ◦É diagnosticado em estádios avançados. ◦Laboratorialmente, os níveis de transaminases, bilirrubinas, fosfatase alcalina, gamaglutamiltransferase (GGT) e a leucometria global apresentam-se elevados em mais da metade dos pacientes. ◦Ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) podem identificar imagens nodulares hepáticas. ◦A biopsia hepática dirigida por US, TC ou laparoscopia confirma o diagnóstico de CHC, porém não é procedimento de rotina, sendo reservada para os casos de diagnóstico difícil Tratamento A terapia para o CHC pode ser dividida em 4 categorias: ◦ Intervenção cirúrgica (ressecção do tumor ou transplante hepático); ◦ Intervenção percutânea (injeção de etanol e ablação por radiofreqüência); ◦ Intervenção transarterial (embolização ou quimioperfusão ou quimioembolização) ◦Drogas incluindo terapia gênica e imune. A escolha do tratamento depende do tamanho do tumor, da localização em um ou mais lobos, da gravidade da cirrose, da trombose da veia porta e da presença ou não de metástases. Neoplasia da Vesícula e dos Ductos Biliares Neoplasias benignas da Vesícula e dos Ductos Biliares: ◦As formações polipóides da vesícula biliar na maioria dos casos não são verdadeiras neoplasias. Podem ser encontradas em 3% a 7% dos indivíduos normais submetidos a ultrassonografia da vesícula biliar e em 2% a 12% das peças de colecistectomia. ◦Os tumores benignos dos ductos biliares são raros. Histologicamente são papilomas e adenomas podendo surgir a partir do epitélio ductal. Pólipos de colesterol AdenomasAdenomiomatose Neoplasia da Vesícula e dos Ductos Biliares Neoplasias malignas da Vesícula e dos Ductos Biliares: ◦Ocupa o 5º ou 6º lugar na lista dos carcinomas mais frequentes do aparelho digestivo. A incidência aumenta para 5 a 9% em doentes com idade superior a 50 anos. 3 a 4x mais frequente na mulher do que no homem. ◦Compreendem: ◦Se caracterizam por uma baixa incidência o diagnóstico geralmente tardio e péssimo prognóstico. Carcinoma da Vesícula Biliar Colangiocarcinoma (neoplasia das vias biliares extra-hepáticas) Fatores de Risco CA da Vesícula e dos Ductos Biliares ◦A colelitíase é um fator relacionado ao carcinoma da VB em mais de 70% dos casos. Alguns estudos sugerem uma correspondência entre o tamanho do cálculo e o risco de desenvolver neoplasia, sendo os cálculos > 2,5cm os de maior risco. Outras afecções associadas, são: ◦Fistula colecistoenterica; ◦Vesícula calcificada - incidência de neoplasia de 12,5 a 60%; ◦Adenoma polipóide - é considerada lesão pré-neoplásica; ◦Retocolite ulcerativa idiopática - aumenta o risco de colangiocarcinoma ◦Colecistite xantogranulomatosa; Diagnóstico ◦ Habitualmente o câncer inicial é assintomático ◦ O avançado é incurável; ◦ O câncer curável é descoberto incidentalmente durante o tratamento operatório da litíase biliar associada. ◦ A queixa mais comum é dor no quadrante superior direito, semelhante a cólica biliar, porém com caráter mais persistente.◦ Pode-se apresentar com icterícia obstrutiva e, em certas ocasiões, ou colangite devido ao comprometimento secundário do ducto comum. ◦ O USG pode evidenciar litíase biliar, massa tumoral e, nos estágios iniciais, defeito do tipo polipóide no interior da vesícula biliar (VB). ◦ Na TC o achado típico ao estudo por colangiografia é uma longa estenose do ducto hepático comum. ◦ A laparoscopia é opção em casos avançados, quando o tumor ultrapassa a serosa da VB. Tratamento ◦ Intervenção cirúrgica depende do estadiamento, o derrame biliar está associado ao pior prognóstico; ◦ Quando ocorre invasão além da muscular, está associado a metástases e deve ser tratado com colecistectomia estendida e linfadenectomia do ducto cístico, pericoledociana, porta, celíaca direita e pancreaticoduodenal posterior. ◦ A quimioterapia antineoplásica, bem como a irradiação da zona tumoral, são procedimentos complementares de resultado precário, mas pode provocar a diminuição do tumor com sua irradiação intra-operatória, em doses altas, embora esse procedimento não melhore o prognóstico. ◦ O prognóstico geralmente é sombrio nos casos de doença sintomática (sobrevida em um ano de 22%) ◦ Nos casos em que o diagnóstico foi feito no pós-operatorio de colecistectomia e o tumor estava confinado a camada muscular. Nestes pacientes observamos sobrevida em cinco anos de até 100%. Câncer Gástrico ◦ Neoplasia comum no mundo com incidência anual de 870.000 novos casos e representa a segunda causa de morte por câncer. ◦ A incidência varia muito de uma área geográfica para outra, taxas mais altas são encontradas no Japão, China, América do Sul, Rússia e Portugal e as menores nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido. ◦ Os fatores ambientais (hábitos alimentares) são importantes na gênese desse tumor. ◦ Se localizam mais comumente na região antro pilórica, seguindo-se a localização ao longo da curvatura menor, corpo, região da cárdia e fundo gástrico, e, por fim, na curvatura maior do estômago. ◦ Cerca de 95% dos tumores gástricos são adenocarcinomas. Os outros 5% são formados por linfomas (O estômago é o sítio extranodal mais freqüente de linfoma não-Hodgkin), sarcomas ( Leiomiossarcoma, linfossarcoma, lipossarcoma, linfoma de Hodgkin) e tumores carcinóides. Fatores de Risco CA Gástrico ◦ Etiologia multipla pela interação de fatores bacteriano, ambiental e nutricional em hospedeiro geneticamente suscetível. Os principais fatores são: ◦ Infecção gástrica pelo Helicobacter pylori (H. pylori) relaciona-se a um aumento do risco; ◦ Sexo masculino (2x mais nos homens) e idade (torno dos 65 anos); ◦ Gastrite crônica atrófica (redução da secreção de ácido e proliferação bacteriana com aumento da produção de nitritos; ◦ Úlcera gástrica por uma produção reduzida de ácido; ◦ Fatores nutricionais - dieta rica em sal, peixes crus, baixo consumo de frutas e vit. A e C; ◦ Fatores ocupacionais - exposição à mineração de carvão, processamento do níquel, borracha e madeira; ◦ Tabagismo; Baixo nível socioeconômico. Diagnóstico A maioria é diagnosticada em estágio avançado, baseia- se nos aspectos: Diagnóstico Diferencial - não confundir com: ◦úlcera gástrica, tumores benignos do estômago, esofagite, gastrite aguda, atrofica, ou crônica, gastrenterite bacteriana e viral. Clínicos: Perda de peso 61,6%, dor abdominal 51,6%, náusea 34,5%, anorexia. Endoscópicos: associada a biopsia Radiológicos: RX (só em estagio avançado); TC (tórax, abdominal e pelve) p/ avaliar a extensão e envolvimento de linfonodos (metástase). Tratamento ◦ A ressecção cirúrgica é a terapia padrão com intenção curativa (pode ser pode ser total ou sub-total); ◦ Quimioterapia e a radioterapia como terapias adjuvantes a cirurgia em tumores irressecáveis; ◦ A linfonodectomia que envolve os linfonodos perigástricos e os que se encontram em torno da artéria celíaca e ramos; ◦ Para melhorar a taxa de sobrevida terapias adjuvantes são realizadas (quimioterapia, a radioterapia e a quimioradioterapia); ◦ Em casos de tumores inoperáveis tem sido utilizada terapia neoadjuvante para tornar os tumores ressecáveis. Esta terapia também e útil em casos avançados de lesões operáveis. COMPLICAÇÕES: ◦Mortalidade nos 30 dias após a cirurgia apresenta taxa entre 1 e 2 %. ◦ Também pode ocorrer deiscência na anastomose, sangramento, colecistite, pancreatite, infecção pulmonar, e tromboembolismo, deficiência de vitamina B-12, esofagite de refluxo e osteoporose. Câncer do Intestino Grosso ◦O CA colorretal (CCR) é a quarta neoplasia maligna mais incidente no Brasil; ◦Abrange o cólon e o reto; ◦Tratável na maioria dos casos, curável, quando detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos; ◦ Inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. ◦Cerca de 75% dos casos descoberto por alteração do hábito intestinal e emagrecimento; 62,5% dor abdominal , 37,5% hematoquezia (sinal de HDB) e anemia. Fatores de Risco ◦Dieta - rica em carnes vermelhas e carnes processadas comidas preparadas a temperaturas muito altas (frituras, grelhados ou assados); ◦ Tabagismo; ◦Consumo excessivo de álcool; ◦ Idade - mais comum após os 50 anos; ◦Histórico pessoal de pólipos. ◦Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa e doença de Crohn, síndrome do intestino irritável); ◦Obesidade; ◦Sedentarismo. Diagnóstico ◦ O objetivo é a identificação das manifestações clínicas da lesão, tais como alteração do hábito intestinal, sangramento ou dor. Em geral se realiza testes: ◦ Pesquisa de sangue oculto nas fezes (pode reduzir a mortalidade 18 a 33%, deve ser anual, a partir dos 50 anos para a população em geral); ◦ Exame proctológico completo (inspeção estática, inspeção dinâmica, toque, anuscopia e retossigmoidoscopia rígida). Cerca de 60% se localizam nos 20cm terminais (sigmóide distal e reto) - 80% dos casos são passíveis de serem tocados. ◦ Endoscopia flexivel (obrigatória para a prevenção do câncer colorretal exames seguros, rápidos, eficientes e causam pouco desconforto ao paciente) ◦ Enema opaco (requisitado em situações em que a colonoscopia não está disponível ou é contra-indicada, com a desvantagem de ser menos efetivo que esta para a detecção de pequenas lesões ou mesmo do câncer) Tratamento ◦É tratável e frequentemente curável. ◦Ressecção é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos abdominais; ◦Radioterapia associada ou não à quimioterapia para diminuir a possibilidade de recidiva; ◦Depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. ◦Na presença de metástases (fígado, pulmão ou outros órgãos) as chances de cura ficam reduzidas. Câncer do Colo Uterino ◦ Segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo; ◦ Responsável pelo óbito de, aproximadamente, 230 mil mulheres/ano. Sua incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos; ◦ Acomete mulheres entre 20 e 59 anos de idade, sobretudo de baixo nível sócio-econômico; ◦ Detecção precoce permite evitar e retardar a progressão da doença, aumentando as chances de cura; ◦ Rastreamento deve ser feito através da citologia cervical em todas as mulheres sexualmente ativas; ◦ O carcinoma epidermóide compreende 90% das neoplasias do colo uterino, seguido pelo adenocarcinoma. Fatores de Risco ◦ A ocorrência está relacionada ao comportamento sexual, sendo o principal fator predisponente a infecção pelo HPV. ◦Multiplicidade de parceiros, promiscuidade sexual, idade precoce da coitarca, gestação precoce, uso de contraceptivos orais, multiparidade, baixa higiene genital, exposição à radiação ionizante e agentes químicos somam-se aos outros fatores supracitados. ◦ O tabagismo em associação com o HPV aumenta o risco; ◦ Coinfecçãopor agentes infecciosos como o Chlamydia trachomatis, situações de imunossupres- são como corticoterapia prolongada, diabetes e AIDS estão relacionadas a uma maior incidência; ◦ Deficiências nutricionais de vitaminas A e C; ◦ Baixas condições sócio-econômicas. Diagnóstico ◦ Inicialmente é assintomático; ◦ O diagnóstico baseia-se fundamentalmente na citologia cérvicovaginal, na colposcopia e na biópsia da lesão; ◦ Com a progressão da doença há sangramento vaginal que pode acorrer nas relações sexuais (sinusorragia), no período intermenstrual, no menacme ou após a menopausa; ◦ Dor, leucorréia de odor fétido e caquexia, são encontrados na doença em fase avançada; ◦ A TC e a ressonância magnética têm acurácia semelhantes para a detecção de metástases de câncer de colo para linfonodos pélvicos e para-aórticos; Diagnóstico Diferencial ◦ Outras doenças que cursam com sangramento uterino anormal como leiomiomas,, pólipos, hiperplasias endometriais, doença inflamatória pélvica, tumores ovarianos e do corpo uterino e condilomatose. Tratamento Lesões pré-invasivas ◦ Lesões de baixo grau: seguimento semestral com citologia cervicovaginal e colposcopia durante dois anos (na maioria dos casos, ocorre a involução da lesão não sendo necessário tratamento), caso a lesão persista após esse período, a excisão ou cauterização da lesão deve ser realizada; ◦ Lesões de alto grau ou com carcinoma in situ, realizar cirurgia de alta freqüência e a conização a laser; Lesões invasoras ◦ O tratamento depende do estadiamento do tumor, da idade da paciente, do desejo de manter a função reprodutiva e do estado geral da paciente; Complicações ◦ Complicações cirúrgico mais freqüentes são disfunção vesical, fístulas vesicovaginal e ureterovaginal, embolia pulmonar, linfocele e aderências; Câncer de Ovário Câncer de Ovário ◦ Ocorre geralmente após 50 anos de idade com metade dos casos ocorrendo após os 65 anos; ◦ Responde por 25% dos cânceres ginecológicos. É encontrado já em estádios avançados em cerca de 70% dos casos; Diagnóstico ◦ Afastar a possibilidade de metástase, principalmente do estômago; ◦ USG abdominal e transvaginal geralmente identifica lesão anexial complexa (cístico-sólida), pólipos intersticiais, cistite, implantes peritoneais, linfoadenopatia intraperitoneal, derrame pleural. ◦ Doppler observa-se aumento do fluxo sangüíneo. ◦ TC do abdome e pelve pode estabelecer diagnóstico de neoplasia ovariana e estabelecer relação do tumor do ovário com outros órgãos intra-abdominais. Câncer de Ovário Câncer de Ovário ◦ Ocorre geralmente após 50 anos de idade com metade dos casos ocorrendo após os 65 anos; ◦ Responde por 25% dos cânceres ginecológicos. É encontrado já em estádios avançados em cerca de 70% dos casos; ◦ Entre todos da esfera ginecológica é o de pior prognóstico. Diagnóstico ◦ Afastar a possibilidade de metástase, principalmente do estômago; ◦ USG abdominal e transvaginal geralmente identifica lesão complexa ; ◦ Doppler observa-se aumento do fluxo sangüíneo. ◦ TC do abdome e pelve pode estabelecer diagnóstico de neoplasia ovariana e estabelecer relação do tumor do ovário com outros órgãos intra-abdominais. Inserir imagem de doppler Tratamento ◦É sempre cirúrgico, mas variando o tipo de cirurgia conforme o estadiamento. ◦A terapêutica adjuvante é realizada com quimioterapia sistêmica. ◦A profilaxia deve ser feita analisando-se o risco familiar. Em casos de BRCA 1 positivo, ooforectomia profilática está indicada após a constituição da prole. Câncer de Tuba uterina ◦ É o menos freqüente dos cânceres ginecológicos, muitas vezes é confundido com carcinoma de ovário; ◦ É extremamente raro, não apresenta dados epidemiológicos confiáveis; ◦Maior incidência em mulheres entre 50 e 70 anos, raramente ocorrendo em mulheres mais jovens; ◦ A nuliparidade configura-se como fator de risco importante para o câncer das tubas uterinas. Diagnóstico ◦ É feito por laparotomia com estudo anatomopatológico, devido à sua baixa incidência, raramente é feito pre ́-cirurgicamente. ◦ A confirmação é através de exame microscópico, e deve comprovar a neoplasia maligna da mucosa tubária de padrão papilar. O tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma seroso-papilífero. Tratamento ◦Quimioterapia, Radioterapia e cirurgia. ◦O tratamento inclui histerectomia abdominal total, salpingo-ooforectomia bilateral e omentectomia supracólica. ◦Se o câncer estiver avançado, indica-se cirurgia citorredutora. ◦O pós-operatório é idêntico ao do câncer de ovário. A radiação externa raramente é indicada. Câncer da vagina ◦ É muito raro (dentre os cânceres ginecológicos; ◦ Na maioria das vezes, é secundário ao carcinoma cervical, vulvar, intestinal ou endometrial. ◦ A faixa etária está em torno dos 60 anos. O tipo histológico mais frequente é o carcinoma epidermóide espinocelular. Diagnóstico ◦ Realizar o exame detalhado de colpocitologia oncótica. ◦ Deve ser estabelecido o local, tamanho e a existência de disseminação do tumor com ou sem envolvimento de órgãos adjacentes. ◦ Deve-se incluir cistoscopia e sigmoidoscopia. A lesão deve ser biopsiada com inclusão da margem ou, se superficial, deve ser realizada uma biópsia excisional com margem de segurança de 1 cm. Tratamento ◦Colpectomia parcial ou total ◦Se houver acometimento do terço inferior da vagina com colpectomia e vulvectomia radical. ◦Radioterapia e a quimioterapia, quando houver comprometimento vesical avaliar a possibilidade de realização de exenteração pélvica anterior com linfadenectomia pélvica e vulvectomia radical. Câncer de vulva ◦Acomete, sobretudo idosas (60 a 70anos), descoberto em casos já avançados; ◦Ocorre com maior freqüência em mulheres de baixo nível sócio-econômico; ◦Corresponde por 4 a 5% de todos os tumores ginecológicos; ◦Como fator de risco destaca-se o HPV, presente em cerca de 40% dos carcinomas vulvares. Diagnóstico ◦Vulvoscopia e biópsia para confirmar o diagnóstico. Tratamento ◦Abrange três modalidades terapêuticas: a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Câncer de Próstata ◦O câncer mais comum no sexo masculino e a sexta neoplasia mais frequente dentre todas as neoplasias. ◦A idade é um fator de risco importante; ◦A incidência como a mortalidade e morbidade do tratamento aumenta após a idade de 50 anos. ◦Existe uma incidência cerca de 30% maior em indivíduos da raça negra. Inserir imagem Diagnóstico ◦É feito inicialmente pelo toque retal e pela dosagem de substâncias produzidas pela próstata como o antígeno prostático específico (PSA); ◦O USG transretal auxilia na identificação das áreas suspeitas não detectadas ao toque e tem o papel de guiar a biópsia prostática. ◦A biópsia confirma o diagnóstico, através do estudo histopatológico do tecido. ◦A pesquisa de metástases deve ser feita inicialmente com a cintilografia óssea. Tratamento ◦Prostatectomia Radical - retirada de toda a glândula e vesículas seminais - indicada em paciente com expectativa de vida superior a 10 anos; ◦Radioterapia - pode ser dividida em externa e intersticial (braquiterapia). ◦Paliativo: ◦O tratamento está baseado na supressão androgênica (terapia hormonal ou da castração química) , retirando, assim, o efeito trófico androgênico sobre as células tumorais, permitindo melhora dos sintomas como dor ósseas, anemias e obstrução urinária. Além disso, pode- se alcançar aumento da sobrevida e uma melhor qualidade de vida. Complicações ◦ Impotência sexual, incontinência urinaria e estenoses são as complicações mais frequentes pós prostatectomia radical; ◦ Com relação à radioterapia, as complicações agudas mais comuns são proctite, cistite, retenção urinaria, diarréia, fadiga, sintomas urinários irritativos e fistulas retais; tardias como proctite crônica,estenose uretral, impotência, hematúria, diminuição da capacidade vesical, incontinência urinária, impotência, estreitamento uretral e linfedema; ◦ Por outro lado, todas as formas de terapia hormonal paliativa para o câncer de próstata apresentam inconvenientes como impotência, ginecomastia, distúrbios cardiovasculares e tromboembólicos além do alto custo da medicação. Leucemia ◦ Doença maligna dos glóbulos brancos. A principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. ◦ A medula óssea as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas. ◦ Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa que multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas. ◦ Os tipos quatro primários são: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). ◦ . Leucemia ◦ São classificadas com base na velocidade da evolução, em: crônica (agrava-se lentamente) ou aguda (agrava de maneira rápida); ◦ Também baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que afetam, como: linfoides (linfoide, linfocítica ou linfoblástica) ou mieloides (mieloide ou mieloblástica). Existem quatro tipos mais comuns de leucemia: ◦ Leucemia linfoide crônica: se desenvolve de forma lenta. Ocorre em pessoas com mais de 55 anos. Raramente afeta crianças. ◦ Leucemia mieloide crônica: se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos. ◦ Leucemia linfoide aguda: agrava-se de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. ◦ Leucemia mieloide aguda: avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade. Fatores de risco ◦ Radiação ionizante e o benzeno são os fatores ambientais comprovadamente associados à leucemia aguda. Há outros fatores ambientais menos ligados à leucemia aguda). ◦ Quimioterapia (algumas classes de medicamentos) ◦ Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil, entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios: antisséptico, desinfetante, fixador histológico e solvente); ◦ Produção de borracha: leucemias; ◦ Idade: quanto maior a idade maior o risco de desenvolver leucemia. Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças. Todas as outras formas são mais comuns em idosos. ◦ Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C: leucemias ◦ . Diagnóstico ◦ O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o hemograma que deve ser avaliado pelo hematologista; ◦ Em caso positivo, o hemograma mostra aumento do número de leucócitos (na minoria das vezes o número estará diminuído), associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas; ◦ Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de bioquímica e da coagulação, e poderão estar alteradas; ◦ A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea (mielograma); ◦ Algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula óssea. Tratamento ◦ Nas leucemias agudas, o processo de tratamento envolve quimioterapia. Em alguns casos, é indicado o TMO. ◦ A primeira etapa do tratamento visa obter a remissão completa, resultado alcançado em torno de um mês após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames não mais evidenciam células anormais. ◦ Entretanto, em alguns casos ainda restam muitas células leucêmicas (doença residual). ◦ Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de célula afetada pela leucemia. ◦ Nas linfoides, pode durar mais de dois anos, e nas mieloides, menos de um ano, exceto nos casos de Leucemia promielocítica aguda, que também dura mais de 2 anos. Tratamento ◦ Na leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), o tratamento é composto de três fases: Indução de remissão, consolidação (tratamento intensivo com quimioterápicos não empregadas anteriormente); e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses). ◦ Na Leucemia Mieloide Aguda (LMA), a etapa de manutenção só é necessária para os casos de Leucemia promielocítica aguda - subtipo especial de LMA, muito relacionado com hemorragias graves no diagnóstico. Nesses casos, existe uma mutação genética específica que pode ser detectada nos exames da medula óssea e o tratamento com uma combinação de quimioterapia com um comprimido oral (tretinoina) possibilita taxas de cura bastante elevadas. Tratamento ◦ Na Leucemia Mieloide Crônica (LMC) não é feito com quimioterapia. Essa leucemia decorre do surgimento de um gene específico (gene BCR-ABL) capaz de aumentar a multiplicação celular através de uma proteína tirosina quinase. O tratamento é feito com um medicamento oral da classe dos inibidores de tirosina quinase, que inibe especificamente essa proteína anormal, que é a causa da LMC. É um tratamento “alvo específico”, porque o inibe a multiplicação das células cancerosas, mas não das células normais. ◦ Na leucemia Linfocítica Crônica (LLC) agentes quimioterápicos, imunológicos (anticorpos monoclonais) e agentes orais podem ser utilizados no tratamento. Depende de aspectos clínicos do paciente como idade, presença de comorbidades, capacidade de tolerar quimioterapia. REFERÊNCIAS Sabas Carlos Vieira et al. Oncologia Básica 1. ed. Teresina, PI: Fundação Quixote, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Tipos de câncer: INCA 2018. Disponível on-line em:https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer. Acesso em 10/03/2018.
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