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Principais tipo de tumores 1 oncologia pptx

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TIPOS DE CÂNCER
 
Introdução
◦O câncer pode surgir em diferentes células do corpo
e alguns órgãos são mais afetados do que outros;
◦Cada tipo de tecido é constituído por diferentes
células estruturadas em camadas, por exemplo de
tecido epitelial, de tecido glandular, de tecido
muscular entre outros e o câncer pode se desenvolver
a partir de quase qualquer tipo de célula nos tecidos.
◦ Cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por
tipos diferenciados de tumor, mais ou menos
agressivos.
Introdução
◦Os vários tipos de câncer são classificados de acordo
com a localização primária do tumor e apresenta
sintomas que necessita de tratamentos específicos.
◦O câncer com início em tecidos epiteliais
(revestimento), como a pele ou mucosas, é chamado
de carcinoma. Nos tecidos conjuntivos, como ossos,
músculos, é chamado de sarcoma.
◦A velocidade de multiplicação das células doentes e a
capacidade que elas têm de invadir tecidos e órgãos
vizinhos ou distantes é outra característica que
diferencia os tipos de câncer existentes.
 
Tipos mais comuns de
Câncer
 
◦Câncer de cabeça e pescoço - Câncer de Pulmão -
Câncer de Mama - Câncer de Pâncreas
◦Câncer do Fígado e Vias Biliares - Tumores Hepáticos
Benignos Carcinoma Hepatocelular
◦Neoplasia da Vesícula e dos Ductos Biliares - Câncer
Gástrico - Câncer do Intestino Grosso
◦Câncer do Corpo Uterino - Câncer do Colo Uterino -
Câncer de Ovário, Tuba uterina, Vagina e Vulva
◦Câncer de Próstata - Leucemia
 
Câncer de cabeça e pescoço
 
◦ Representa aproximadamente 5% de todas as neoplasias e atinge
cerca de 1,7% da população brasileira.
◦ Acomete ambos os sexos e todas as raças, sendo ate 3 a 4x mais
frequentes em homens do que em mulheres.
◦ Ocorrência aumenta com a idade e principalmente pessoas acima
de 50 anos
Grupo heterogêneo de tumores compreendendo:
 
localizados na pele e lábios, cavidade oral, orofaringe, laringe,
hipofaringe, nasofaringe, glândulas salivares, cavidade nasal e seios
paranasais, meato acústico externo e ouvido médio
 
Fonte da imagem: https://www.unifesp.br/campus/sao/epe4/destaques/509-cancer-de-cabeca-e-pescoco-
orientacoes
 
Fatores de risco do cabeça e pescoço
 
◦Etilismo risco é estimado em a 6x mais;
◦Tabagismo aumentam o risco de 5 a 25x mais
(dependendo da Quantidade de maços/ano do sexo e
diferenças raciais);
◦Os dois fatores associados aumenta 15x comparado a
pessoas sem o vício em relação a todas as formas de
tumores.
◦Exposições crônicas a infecções pelo vírus de Epstein-
Barr (infecta linf. B) pode causar carcinoma de
nasofaringe e linfoma de Hodgkin
◦ Exposições ocupacionais nas refinarias de níquel,
marcenarias e fábricas de artigos de couro e
trabalhadores em minas de asbestos (amianto)
 
Fatores de risco do cabeça e pescoço
 
◦Exposição à radiação ionizante e a exposição à radiação
solar se mostram extremamente importantes
principalmente no câncer de lábio e câncer de pele
localizado em região cabeça-pescoço
◦Fatores dietéticos como carência de vitamina A
◦Suscetibilidade genética isolada ou associada ao
tabagismo.
◦ Infecções virais pelo vírus do papiloma humano (HPV)
em alguns casos pode causar lesão associadas ao câncer
na pele, nas cordas vocais (laringe) e no esôfago
Diagnóstico
◦Câncer de cabeça e pescoço podem apresentar sintomatologia
variada, dependendo do local do tumor.
o Algumas vezes podem ser encontrados incidentalmente pelo
dentista;
◦Carcinomas laríngeos manifestam-se precocemente, uma leve
irritação pode causar o sintoma mais comum, que é a rouquidão.
◦Tumores da nasofaringe e os carcinomas da hipofaringe tendem a
surgir tardiamente com linfadenopatia cervical palpável ou com
disfagia.
◦Tumores de base da língua, a laringe supraglótica, o seio
piriforme e os seios paranasais são silenciosos com sintomas
como dor de garganta persistente, dor de ouvido ou uma
tumefação mal definida.
Diagnóstico
◦ As alterações pré-malignas na boca são:
◦ Leucoplasias (placa esbranquiçada) incidência de 5-10% de câncer e
50% se a lesão for na língua .
◦ Eritroplasias (lesão avermelhada de aspecto aveludado) incidência de
80-90% de displasia severa ou carcinoma in situ.
Feridas ulceradas na boca:
- Disfagia ou odinofagia (orofaringe) - Otalgia (direta ou referida)
- Estridor (laringe ou hipofaringe) - Rouquidão persistente (laringe)
-Dor ou edema facial (seios paranasais) - Ferida ou ulceração na pele
- Epistaxe, obstrução nasal, surdez de condução (nasofaringe)
- Paralisia de nervo craniano, como, por exemplo, diplopia
- Tumefação palpável ou úlcera que não cicatriza (cavidade oral)
lindanopatia cervical
 
Tratamento
◦Devem ser considerados fatores relativos ao
local da doença estádio e acessibilidade
anatômica do tumor, estado nutricional e o
bem-estar geral do paciente.
◦As opções de tratamento são cirurgia,
radioterapia, quimioterapia, iodoterapia ou uma
combinação destes.
 
Complicações
◦Cirurgias na língua e na cavidade oral podem
comprometer a fala e deglutição
◦A radioterapia externa, afetara os tecidos normais
sensíveis da cavidade oral e da faringe.
◦A mucosite tende a ser máxima a partir da terceira semana
de tratamento, podendo durar uma ou duas semanas após
a conclusão da radioterapia.
◦Medidas sintomáticas, incluem colutorios, analgésicos e
tratamento antifúngico. E essencial manter sempre
nutrição adequada a fim de maximizar o reparo tecidual
normal.
◦A mielossupressao e mucosite são as toxicidades
limitadoras da dose mais comuns da quimioterapia e a
combinação de modalidades aumenta as reações teciduais
 
Câncer de Pulmão
 
◦ É altamente letal e o mais comum de todos os tumores malignos.
◦ É uma das neoplasias com menor taxa de cura, devido às
dificuldades no seu diagnóstico precoce (em geral 10%)
◦ Sobrevida em cinco anos varia entre 13% e 21% em países
desenvolvidos e entre 7% e 10% nos países em desenvolvimento.
◦ É uma das principais causas de morte evitáveis, pois sua ocorrência
está relacionada ao tabagismo.
◦Mais de 95% das neoplasias de pulmão são de origem epitelial
(carcinoma), sendo representadas, na sua maioria, pelo carcinoma
espinocelular (CEC), adenocarcinoma (adenoCA), carcinoma
indiferenciado de pequenas células (CIPC) e carcinoma
indiferenciado de grandes células (CIGC).
◦ A maior parte dos casos de câncer de pulmão acomete indivíduos
◦ entre 50 e 70 anos de idade
Fonte da imagem: https://www.unifesp.br/campus/sao/epe4/destaques/509-cancer-de-cabeca-e-pescoco-
orientacoes
 
Câncer de Pulmão
 
◦ Altamente letal e o mais comum de todos os tumores malignos.
◦ Possui a menor taxa de cura, devido às dificuldades no seu diagnóstico
precoce (em geral 10%)
◦Mais de 90% dos pacientes são fumantes, incluindo fumantes
passivos.
◦ Sobrevida em cinco anos varia entre 13% e 21% em países
desenvolvidos e entre 7% e 10% nos países em desenvolvimento.
◦ É uma das principais causas de morte evitáveis
◦ Acomete principalmente indivíduos entre 50 e 70 anos.
◦ 95% das neoplasias de pulmão são de origem epitelial (carcinoma)
Fonte da imagem: https://www.unifesp.br/campus/sao/epe4/destaques/509-cancer-de-cabeca-e-pescoco-
orientacoes
Carcinoma espinocelular
(CEC) Adenocarcinoma
(adenoCA)
Carcinoma indiferenciado de pequenas células
(CIPC)
Carcinoma indiferenciado de grandes células
(CIGC)
 
Fatores de risco do Câncer de Pulmão
 
◦ Tabagismo, poluição atmosférica;
◦ Exposição a radônio, asbesto, sílica, cromo, níquel, presença de
doenças
pulmonares de base (DPOC, TB).
 
TABAGISMO:
◦ Na queima do cigarro sao liberadas mais de 4000 substancias
(nicotina, monoxido de carbono, aldeidos volateis e derivados
nicotinicos).
◦ Uso maior que 20 maços/ano é considerada de alto risco.
◦ Começar a fumar na adolescência tem maior risco de desenvolver
câncer , aproximadamente 24%.
◦ Cerca de 90% dos tumores do pulmão poderiam ser evitados
simplesmente abandonando-se o fumo.
 
Fatores de risco do Câncer de Pulmão
 
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA:
◦O desenvolvimento por poluição atmosférica, é controversa,com risco atribuído variando de 1 a 10%.
◦O ar ambiente está contaminado por diversos carcinógenos
oriundos de veículos a motor e das diferentes indústrias.
◦É difícil concretizar estudos que comprovem a participação de
outros fatores na gênese desse câncer.
◦A incidência do câncer de pulmão é maior em quem vive no
meio urbano comparado ao indivíduo que vive no meio rural
devido à maior exposição aos carcinógenos, tais como os
hidrocarbonetos policíclicos e a fumaça do óleo diesel.
 
Fatores de risco do Câncer de Pulmão
 
EXPOSIÇÃO AO RADÔNIO E ASBESTO:
◦ Os produtos resultantes do decaimento do radônio emitem
partículas alfa que, ao serem inaladas, promovem a
carcinogêneas.
◦ Fontes ambientais são: o material de construção civil e o solo
abaixo dessas construções.
◦ A exposição ao asbesto aumenta o risco quando associado ao
tabagismo (em ate 50 vezes), A exposição ao asbesto em não
fumantes eleva o risco em cinco vezes.
DOENÇAS PULMONARES:
◦ Algumas doenças pulmonares não malignas estão relacionadas à
maior incidência de câncer do pulmão, especialmente o
adenocarcinoma.
◦ Entre elas, a mais comum é a DPOC. Pacientes com enfisema
pulmonar têm seis vezes mais probabilidade de apresentar câncer
de pulmão do que os pacientes sem enfisema.
 
◦A radiografia geralmente é o primeiro exame a ser
realizado em caso suspeito de CA de pulmão, porém não
é específico e pode indicar amplo grau de alterações,
como atelectasias, derrame pleural, massas, não apenas
o câncer.
◦O melhor exame para diagnóstico precocemente é a
tomografia que pode ser na modalidade: helicoidal de
baixa dosagem ou tomografia multicanais.
◦Tomografia Computadorizada por Emissão de
Pósitrons (PET-CT) é considerado o exame padrão para
estadiamento do câncer de pulmão tipo pequenas células.
 
 
Diagnóstico
 
Dentre os exames de endoscópios:
◦Broncofibroscopia fornece material para análise do
tumor e informação a respeito do tamanho do tumor,
localização e grau de obstrução, caso o tumor seja
endobrônquico.
◦A mediastinoscopia com biópsia de linfonodos, indicado
na presença de linfonodos suspeitos no mediastino.
◦O material histopatológico pode ser obtido através de
biópsias brônquicas, pleurais, mediastinoscopia, biópsias
incisionais, punções transparietais e até mesmo através
de biópsias a céu aberto.
 
 
Diagnóstico
Tratamento
A escolha terapêutica varia de acordo com o grau de
estadiamento e pode ser:
◦Lobectomia e linfadenectomia mediastinal.
◦Ressecção em cunha ou a segmentectomia quando a
função respiratoria contra indica a lobectomia.
◦A Quimioterapia e a radioterapia pode ser realizada pré e
pós operatória
◦Em casos de invasão da parede torácica opta-se pela
ressecção pulmonar
◦com lindadenectomia e toracotomia e em invasão
localizada no diafragma ou no pericárdio (sem derrame
pleural) faz-se ressecção em bloco da lesão.
Complicações
◦As principais complicações são o derrame pleural, a atelectasia,
a cavitação e a pneumonia pós-obstrutiva.
◦Pneumonias de repetição, pode indicar uma lesão obstrutiva
brônquica, que pode ser um carcinoma broncogênico.
◦As metástases frequentemente acometem: adrenais (50% dos
casos), no fígado (30-50%), nos ossos (20%) e cérebro (30-
50%).
PROGNÓSTICO
Carcinoma não pequenas células
◦Possui um prognóstico melhor que os carcinomas de pequenas
células, porém a maioria é diagnosticada em estádio avançado.
Carcinoma de pequenas células
◦O carcinoma de pequenas células tem um prognostico bastante
sombrio.
 
Câncer de mama
 
◦Mais incidente na população feminina excluindo-se os
tumores de pele não melanoma.
◦Acomete, preferencialmente, mulheres por volta dos 50
anos de idade, sendo raro antes dos 30 anos.
◦A detecção precoce seguido do tratamento efetivo tem
comprovadamente reduzido a mortalidade.
◦No Brasil cerca de 60% dos tumores malignos da mama
são diagnosticados em estádios avançados.
◦Prevenção e diagnóstico precoce, constituem
importantes ações para redução da mortalidade por
câncer de mama.
 
 
 
Fatores de risco do Câncer de mama
 
◦A gênese é multifatorial, aspectos genéticos, ambientais
e relacionados ao estilo de vida estão implicados em sua
etiologia.
◦O câncer de mama (não hereditário) representa mais de
90% dos casos e está relacionado a produção de
esteroides sexuais.
◦Condições endócrinas moduladas pela função ovariana,
como a menarca precoce, menopausa e gestação tardias,
nuliparidade, utilização de estrógenos exógenos, podem
levar ao desenvolvimento do câncer de mama.
◦Estilo de vida como a inatividade física e os descuidos
com a dieta tipo obesidade ou alcoolismo, podem
contribuir para o aumento da incidência do câncer de
mama.
 
Fatores de risco do Câncer de mama
 
◦ Neoplasias hereditária correspondem a 5 a 10%, sendo relacionado
a alterações de genes supressores de tumor (genes BRCA 1 e
BRCA 2 e o p53). A prevalência de mutação deletéria no gene
BRCA 1 é de 1/800 na população geral.
◦Mutações nesses genes tem um risco estimado que varia de 56 a
85% de desenvolver o câncer de mama durante sua vida, tendendo
a apresenta-lo mais precocemente. Outras neoplasias, como as de
ovário, colón, pâncreas e linfoma, também são relacionadas a
alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2.
Classificação Histológica
◦ Reflete a heterogeneidade estrutural desses tumores, que são
predominantemente epiteliais. O câncer ductal invasor e o tipo
histológico mais comum. Os principais:
◦ • Carcinomas Invasivos, • Carcinoma não invasisivos (“in situ”)
◦ • Tumores mistos epiteliais e mesenquimais, • e outros tumores
malignos diversos
 
 
 
 
 
Diagnóstico
◦ Visa identificar lesões iniciais em mulheres com algum sinal de
câncer de mama (nódulo, retração do mamilo etc.) e o rastreamento
em populações assintomáticas, para identificar anormalidades
sugestivas de câncer.
◦ O exame clínico deve visar:
 Inspeção estática e dinâmica, palpação das axilas e da mama com a
paciente em decúbito dorsal.
◦ Principais sintomas e sinais:
 
 
 
◦ OBS: identificação de massa palpável, nem sempre se relaciona
com câncer. Cerca de 10% dos casos há neoplasia associada, dor
mamaria sem outros sinais associados é pouco sugestiva, sendo
esta relação estimada em 1,8%.
 
tumoração não dolorosa
de limites irregulares
descarga papilar
sanguinolenta
edema na pele da mama
“casca de laranja”
retração da papila
mamaria
erosão da papila
mamaria
linfonodos axilares
aumentados
 
 
 
 
Exames
complementaresMAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA
◦ Pode ser solicitada em qualquer idade em mulheres com sinais ou
sintomas ou precise esclarecer dúvidas.
MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO (Screening)
◦ No Brasil, é realizada anualmente entre os 40 e 50 anos.
◦ Na presença de historia familiar de câncer ou antecedentes de doenças
proliferativas altera-se para 35 anos.
◦ Lei aprovada assegura a realização a partir dos 40 anos
Populacao-alvo Periodicidade dos exames
Mulheres de 40 a 49 anos Exame clinico das mamas (ECM) anual
e, se alterado, mamografia diagnostica
Mulheres de 50 a 69 anos ECM e mamografia de rastreamento a
cada 2 anos
Mulheres de 35 anos ou mais
com risco elevado*
ECM e mamografia de rastreamento
anual
Exames
complementaresEvolução da mamografia foi necessária uma padronização dos laudos para comparação dos resultados.◦ Foi criada então pelo Colégio Americano de Radiologia uma sistematização denominada mundialmente BI-RADSR
(Breast Imaging Reporting and Data System). Instrumento que estabelece riscos, prevê a evolução e orienta condutas.
 
Calcificações puntiformes, menores que um mm, pleomórficas, concentradas numa determinada área da mama são
altamente sugestivas de malignidade, devendo-se considerar a possibilidade de biopsia a partir de BI-RADSR 4.
Categoria
BI-RADS®
Interpretação Risco de
câncer
 
Recomendação
0 Inconclusivo - Avaliação adicional por imagem ou comparação com exames
anteriores
1 Sem achados 0,05% Rotina de rastreamento
2 Achados benignos 0,05% Rotina de rastreamento
3 Achados provavelmente benignos Até 2% Inicialmenterepetir em 6 meses (eventualmente
biópsia)
4 (A,B,C) Achados suspeitos de malignidade >20% Biópsia
5 Achados altamente sugestivos de
malignidade
>75% Biópsia
6 Biópsia prévia com malignidade 100% -
A ultrassonografia, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a
cintilografia não se firmaram como métodos de screening do câncer de mama. Porém
são muito úteis como complementares da mamografia e no esclarecimento de dúvidas.
 
Exames
complementares
Tratamento do Câncer de
Mama 
◦Cirurgia e a radioterapia para tratamento loco-regional
◦Quimioterapia e a hormônioterapia para tratamento
sistêmico.
◦ As decisões terapêuticas são baseadas em parte no
tamanho do tumor, o tipo e o grau histológicos, o status
linfonodal, os níveis dos receptores de estrogênio e
progesterona no tecido tumoral, status menopausal e as
condições clinicas gerais da paciente são também
imprescindíveis na instituição do tratamento adequado.
 
 
Câncer de Pâncreas
 
◦Afeta mais de 185.000 pessoas/ano no mundo.
◦Responsável por 5% de todas as mortes ligadas ao
câncer.
◦No Brasil, representa 2% de todos os tipos de câncer,
responsável por 4% do total de mortes.
◦Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir
dos 60 anos.
◦Segundo a União Internacional Contra o Câncer
(UICC), os casos da doença aumentam com o avanço
da idade: de 10/100.000 habitantes entre 40 e 50 anos
para 116/100.000 habitantes entre 80 e 85 anos.
 
 
Fatores de risco CA de
Pâncreas
 
◦ O tabagismo (responsável por 30% dos casos)
◦ Exposições ocupacionais como o asbesto, acrilonitrila*, pó de
silica e derivados do petróleo, como o pesticida
diclorodifeniltricloroetano (DDT) e 2-naftilamina (utilizada para
produzir corantes).
◦ Exposição a certos tipos de metais, como o cadmio que se acumula
no pâncreas e causar aumento da síntese de DNA e ativação de
proto-oncogenes.
◦ Condições clínicas como DM, obesidade, pancreatite crônica,
colelitíase.
◦ O álcool, proteínas de origem animal (carne vermelha, carne de
porco,
carnes grelhadas) Ingestão elevada de dissacarídeos, como a sacarose
(açúcar simples), consumo exagerado de sal, condimentos e produtos
defumados
 
 
*Acrinolitrina: quím. substância (C3H3N) de grande proveito industrial, na
produção de fibras acrílicas, plásticos, revestimentos, adesivos etc.
 
Diagnóstico
 
◦O quadro clinico é inespecífico e vago, deve-se investigar
 dor abdominal, perda de peso ou icterícia até que se
possa excluir tal hipótese.
◦Após a história e exame físico realizar USG abdominal,
tomografia computadorizada PET-CT (Tomografia por
emissão de Pósitrons) ou da ressonância magnética para
verificar presença ou não de lesões.
◦Outros exames são CPER (Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrograda) ou a colangiorressonancia
magnética podem dar o diagnóstico.
 
 
Diagnóstico
 
◦A colangiografia endoscópica é realizada através da
introdução bucal do endoscópio que vai até o duodeno
para injetar contraste dentro da via biliar e dos ductos
pancreáticos. Dessa forma obtém-se uma radiografia que
mostra locais obstruídos que correspondem ao tumor.
◦Para confirmação definitiva é necessária a punção guiada
por ecografia ou mesmo de cirurgia, de um pequeno
fragmento da lesão (biopsia) para analise histopatológica.
Certos exames, como o CA 19-9, podem ser feitos na
suspeita de um câncer de pâncreas, mas isoladamente não
confirmam nem excluem o diagnostico.
 
 
Tratamento
 
◦Ressecção cirúrgica é a única chance de cura para o
câncer pancreático.
◦A sobrevida em cinco anos se aproxima de 25%.
◦Quimioterapia (QT) e radioterapia (RT) são
consideradas tratamentos paliativos, adjuvantes ou neo-
adjuvantes, com o objetivo de aumentar a sobrevida.
 
 
Câncer do Fígado e Vias
Biliares
 
Tumores Hepáticos Benignos
◦Podem se originar nos hepatócitos, no epitélio dos
ductos biliares e do mesênquima hepático e são raros.
◦Os principais representantes desse grupo de neoplasias
hepáticas são:
 
adenoma
hepatocelular
hiperplasia
nodular
hemangioma
cavernoso
Mais
frequente em
mulheres em
idade fértil
Encontrado
em ambos
os sexos e em
todas as faixas
etárias
Acomete mais
mulheres
30 – 50 anos
 
Câncer do Fígado e Vias
Biliares
 
Tumores Malignos
◦O carcinoma hepatocelular (CHC) é o principal tipo de
câncer primário do fígado. Tem origem epitelial, ou
seja, dos hepatócitos, alta fatalidade e interferência
comprovada de fatores ambientais.
 
 
Fatores de Risco do câncer
de fígado
 
◦Doença hepática crônica de qualquer etiologia é fator
predisponente no desenvolvimento do carcinoma
hepatocelular.
◦A cirrose hepática está presente em mais de 80% dos
casos.
◦As diversas etiologias da cirrose hepática como a
infecção crônica pelo vírus da hepatite B (VHB) e pelo
vírus da hepatite C (VHC), álcool, hepatite ativa
crônica, hemocromatose e doença de Wilson são
consideradas condições predisponentes para CHC.
 
 
Diagnóstico
 
◦É diagnosticado em estádios avançados.
◦Laboratorialmente, os níveis de transaminases,
bilirrubinas, fosfatase alcalina, gamaglutamiltransferase
(GGT) e a leucometria global apresentam-se elevados
em mais da metade dos pacientes.
◦Ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada
(TC) e ressonância magnética (RM) podem identificar
imagens nodulares hepáticas.
◦A biopsia hepática dirigida por US, TC ou laparoscopia
confirma o diagnóstico de CHC, porém não é
procedimento de rotina, sendo reservada para os casos
de diagnóstico difícil
 
 
Tratamento
 
A terapia para o CHC pode ser dividida em 4
categorias:
◦ Intervenção cirúrgica (ressecção do tumor ou transplante
hepático);
◦ Intervenção percutânea (injeção de etanol e ablação por
radiofreqüência);
◦ Intervenção transarterial (embolização ou
quimioperfusão ou quimioembolização)
◦Drogas incluindo terapia gênica e imune.
A escolha do tratamento depende do tamanho do tumor,
da localização em um ou mais lobos, da gravidade da
cirrose, da trombose da veia porta e da presença ou não
de metástases.
 
 
Neoplasia da Vesícula e dos
Ductos Biliares
 
Neoplasias benignas da Vesícula e dos Ductos
Biliares:
◦As formações polipóides da vesícula biliar na maioria
dos casos não são verdadeiras neoplasias. Podem ser
encontradas em 3% a 7% dos indivíduos normais
submetidos a ultrassonografia da vesícula biliar e em
2% a 12% das peças de colecistectomia.
 
 
◦Os tumores benignos dos ductos biliares são raros.
Histologicamente são papilomas e adenomas podendo
surgir a partir do epitélio ductal.
 
Pólipos de
colesterol AdenomasAdenomiomatose
 
Neoplasia da Vesícula e dos
Ductos Biliares
 
Neoplasias malignas da Vesícula e dos Ductos
Biliares:
◦Ocupa o 5º ou 6º lugar na lista dos carcinomas mais
frequentes do aparelho digestivo. A incidência aumenta
para 5 a 9% em doentes com idade superior a 50 anos. 3
a 4x mais frequente na mulher do que no homem.
 
◦Compreendem:
◦Se caracterizam por uma baixa incidência o diagnóstico
geralmente tardio e péssimo prognóstico.
 
 
Carcinoma da
Vesícula Biliar
Colangiocarcinoma
(neoplasia das vias biliares
extra-hepáticas)
 
Fatores de Risco CA da
Vesícula e dos Ductos
Biliares
 
◦A colelitíase é um fator relacionado ao carcinoma da VB
em mais de 70% dos casos. Alguns estudos sugerem
uma correspondência entre o tamanho do cálculo e o
risco de desenvolver neoplasia, sendo os cálculos >
2,5cm os de maior risco. Outras afecções associadas,
são:
◦Fistula colecistoenterica;
◦Vesícula calcificada - incidência de neoplasia de 12,5 a
60%;
◦Adenoma polipóide - é considerada lesão pré-neoplásica;
◦Retocolite ulcerativa idiopática - aumenta o risco de
colangiocarcinoma
◦Colecistite xantogranulomatosa;
 
 
Diagnóstico
 
◦ Habitualmente o câncer inicial é assintomático
◦ O avançado é incurável;
◦ O câncer curável é descoberto incidentalmente durante o tratamento
operatório da litíase biliar associada.
◦ A queixa mais comum é dor no quadrante superior direito,
semelhante a cólica biliar, porém com caráter mais persistente.◦ Pode-se apresentar com icterícia obstrutiva e, em certas ocasiões,
ou colangite devido ao comprometimento secundário do ducto
comum.
◦ O USG pode evidenciar litíase biliar, massa tumoral e, nos estágios
iniciais, defeito do tipo polipóide no interior da vesícula biliar
(VB).
◦ Na TC o achado típico ao estudo por colangiografia é uma longa
estenose do ducto hepático comum.
◦ A laparoscopia é opção em casos avançados, quando o tumor
ultrapassa a serosa da VB.
 
 
Tratamento
 
◦ Intervenção cirúrgica depende do estadiamento, o derrame biliar
está associado ao pior prognóstico;
◦ Quando ocorre invasão além da muscular, está associado a
 metástases e deve ser tratado com colecistectomia estendida e
linfadenectomia do ducto cístico, pericoledociana, porta, celíaca
direita e pancreaticoduodenal posterior.
◦ A quimioterapia antineoplásica, bem como a irradiação da zona
tumoral, são procedimentos complementares de resultado precário,
mas pode provocar a diminuição do tumor com sua irradiação
intra-operatória, em doses altas, embora esse procedimento não
melhore o prognóstico.
◦ O prognóstico geralmente é sombrio nos casos de doença
sintomática (sobrevida em um ano de 22%)
◦ Nos casos em que o diagnóstico foi feito no pós-operatorio de
colecistectomia e o tumor estava confinado a camada muscular.
Nestes pacientes observamos sobrevida em cinco anos de até
100%.
 
 
Câncer Gástrico
 
◦ Neoplasia comum no mundo com incidência anual de 870.000
novos casos e representa a segunda causa de morte por câncer.
◦ A incidência varia muito de uma área geográfica para outra, taxas
mais altas são encontradas no Japão, China, América do Sul,
Rússia e Portugal e as menores nos Estados Unidos, Austrália,
Reino Unido.
◦ Os fatores ambientais (hábitos alimentares) são importantes na
gênese desse tumor.
◦ Se localizam mais comumente na região antro pilórica, seguindo-se
a localização ao longo da curvatura menor, corpo, região da cárdia
e fundo gástrico, e, por fim, na curvatura maior do estômago.
◦ Cerca de 95% dos tumores gástricos são adenocarcinomas. Os
outros 5% são formados por linfomas (O estômago é o sítio
extranodal mais freqüente de linfoma não-Hodgkin), sarcomas (
Leiomiossarcoma, linfossarcoma, lipossarcoma, linfoma de
Hodgkin) e tumores carcinóides.
 
 
Fatores de Risco CA
Gástrico
 
◦ Etiologia multipla pela interação de fatores bacteriano, ambiental e
nutricional em hospedeiro geneticamente suscetível.
Os principais fatores são:
◦ Infecção gástrica pelo Helicobacter pylori (H. pylori) relaciona-se a
um aumento do risco;
◦ Sexo masculino (2x mais nos homens) e idade (torno dos 65 anos);
◦ Gastrite crônica atrófica (redução da secreção de ácido e
proliferação bacteriana com aumento da produção de nitritos;
◦ Úlcera gástrica por uma produção reduzida de ácido;
◦ Fatores nutricionais - dieta rica em sal, peixes crus, baixo consumo
de frutas e vit. A e C;
◦ Fatores ocupacionais - exposição à mineração de carvão,
processamento do níquel, borracha e madeira;
◦ Tabagismo; Baixo nível socioeconômico.
 
 
 
Diagnóstico
 
A maioria é diagnosticada em estágio avançado, baseia-
se nos aspectos:
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial - não confundir com:
◦úlcera gástrica, tumores benignos do estômago,
esofagite, gastrite aguda, atrofica, ou crônica,
gastrenterite bacteriana e viral.
 
Clínicos:
Perda de peso 61,6%, dor abdominal 51,6%, náusea 34,5%, anorexia.
Endoscópicos: associada a biopsia
Radiológicos:
RX (só em estagio avançado);
TC (tórax, abdominal e pelve) p/ avaliar a extensão e envolvimento de
linfonodos (metástase).
 
Tratamento
 
◦ A ressecção cirúrgica é a terapia padrão com intenção curativa (pode
ser pode ser total ou sub-total);
◦ Quimioterapia e a radioterapia como terapias adjuvantes a cirurgia
em tumores irressecáveis;
◦ A linfonodectomia que envolve os linfonodos perigástricos e os que
se encontram em torno da artéria celíaca e ramos;
◦ Para melhorar a taxa de sobrevida terapias adjuvantes são realizadas
(quimioterapia, a radioterapia e a quimioradioterapia);
◦ Em casos de tumores inoperáveis tem sido utilizada terapia
neoadjuvante para tornar os tumores ressecáveis. Esta terapia
também e útil em casos avançados de lesões operáveis.
COMPLICAÇÕES:
◦Mortalidade nos 30 dias após a cirurgia apresenta taxa entre 1 e 2 %.
◦ Também pode ocorrer deiscência na anastomose, sangramento,
colecistite, pancreatite, infecção pulmonar, e tromboembolismo,
deficiência de vitamina B-12, esofagite de refluxo e osteoporose.
 
 
 
Câncer do Intestino Grosso
 
◦O CA colorretal (CCR) é a quarta neoplasia maligna
mais incidente no Brasil;
◦Abrange o cólon e o reto;
◦Tratável na maioria dos casos, curável, quando detectado
precocemente, quando ainda não se espalhou para outros
órgãos;
◦ Inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem
crescer na parede interna do intestino grosso.
◦Cerca de 75% dos casos descoberto por alteração do
hábito intestinal e emagrecimento; 62,5% dor abdominal
, 37,5% hematoquezia (sinal de HDB) e anemia.
 
 
Fatores de Risco
 
◦Dieta - rica em carnes vermelhas e carnes processadas
comidas preparadas a temperaturas muito altas (frituras,
grelhados ou assados);
◦ Tabagismo;
◦Consumo excessivo de álcool;
◦ Idade - mais comum após os 50 anos;
◦Histórico pessoal de pólipos.
◦Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal
(colite ulcerativa e doença de Crohn, síndrome do
intestino irritável);
◦Obesidade;
◦Sedentarismo.
 
 
 
Diagnóstico
 
◦ O objetivo é a identificação das manifestações clínicas da lesão, tais
como alteração do hábito intestinal, sangramento ou dor.
Em geral se realiza testes:
◦ Pesquisa de sangue oculto nas fezes (pode reduzir a mortalidade
18 a 33%, deve ser anual, a partir dos 50 anos para a população em
geral);
◦ Exame proctológico completo (inspeção estática, inspeção
dinâmica, toque, anuscopia e retossigmoidoscopia rígida). Cerca de
60% se localizam nos 20cm terminais (sigmóide distal e reto) -
80% dos casos são passíveis de serem tocados.
◦ Endoscopia flexivel (obrigatória para a prevenção do câncer
colorretal exames seguros, rápidos, eficientes e causam pouco
desconforto ao paciente)
◦ Enema opaco (requisitado em situações em que a colonoscopia não
está disponível ou é contra-indicada, com a desvantagem de ser
menos efetivo que esta para a detecção de pequenas lesões ou
mesmo do câncer)
 
 
Tratamento
 
◦É tratável e frequentemente curável.
◦Ressecção é o tratamento inicial, retirando a parte do
intestino afetada e os gânglios linfáticos abdominais;
◦Radioterapia associada ou não à quimioterapia para
diminuir a possibilidade de recidiva;
◦Depende principalmente do tamanho, localização e
extensão do tumor.
◦Na presença de metástases (fígado, pulmão ou outros
órgãos) as chances de cura ficam reduzidas.
 
 
 
Câncer do Colo Uterino
 
◦ Segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, com
aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo;
◦ Responsável pelo óbito de, aproximadamente, 230 mil
mulheres/ano. Sua incidência é cerca de duas vezes maior em
países menos desenvolvidos;
◦ Acomete mulheres entre 20 e 59 anos de idade, sobretudo de baixo
nível sócio-econômico;
◦ Detecção precoce permite evitar e retardar a progressão da doença,
aumentando as chances de cura;
◦ Rastreamento deve ser feito através da citologia cervical em todas
as mulheres sexualmente ativas;
◦ O carcinoma epidermóide compreende 90% das neoplasias do colo
uterino, seguido pelo adenocarcinoma.
 
 
Fatores de Risco
 
◦ A ocorrência está relacionada ao comportamento sexual, sendo o
principal fator predisponente a infecção pelo HPV.
◦Multiplicidade de parceiros, promiscuidade sexual, idade precoce
da coitarca, gestação precoce, uso de contraceptivos orais,
multiparidade, baixa higiene genital, exposição à radiação
ionizante e agentes químicos somam-se aos outros fatores
supracitados.
◦ O tabagismo em associação com o HPV aumenta o risco;
◦ Coinfecçãopor agentes infecciosos como o Chlamydia
trachomatis, situações de imunossupres- são como corticoterapia
prolongada, diabetes e AIDS estão relacionadas a uma maior
incidência;
◦ Deficiências nutricionais de vitaminas A e C;
◦ Baixas condições sócio-econômicas.
 
 
Diagnóstico
 
◦ Inicialmente é assintomático;
◦ O diagnóstico baseia-se fundamentalmente na citologia
cérvicovaginal, na colposcopia e na biópsia da lesão;
◦ Com a progressão da doença há sangramento vaginal que pode
acorrer nas relações sexuais (sinusorragia), no período
intermenstrual, no menacme ou após a menopausa;
◦ Dor, leucorréia de odor fétido e caquexia, são encontrados na
doença em fase avançada;
◦ A TC e a ressonância magnética têm acurácia semelhantes para a
detecção de metástases de câncer de colo para linfonodos pélvicos
e para-aórticos;
Diagnóstico Diferencial
◦ Outras doenças que cursam com sangramento uterino anormal
como leiomiomas,, pólipos, hiperplasias endometriais, doença
inflamatória pélvica, tumores ovarianos e do corpo uterino e
condilomatose.
 
 
 
Tratamento
 
Lesões pré-invasivas
◦ Lesões de baixo grau: seguimento semestral com citologia
cervicovaginal e colposcopia durante dois anos (na maioria dos
casos, ocorre a involução da lesão não sendo necessário
tratamento), caso a lesão persista após esse período, a excisão ou
cauterização da lesão deve ser realizada;
◦ Lesões de alto grau ou com carcinoma in situ, realizar cirurgia de
alta freqüência e a conização a laser;
Lesões invasoras
◦ O tratamento depende do estadiamento do tumor, da idade da
paciente, do desejo de manter a função reprodutiva e do estado
geral da paciente;
Complicações
◦ Complicações cirúrgico mais freqüentes são disfunção vesical,
fístulas vesicovaginal e ureterovaginal, embolia pulmonar,
linfocele e aderências;
 
 
 
Câncer de Ovário
 
Câncer de Ovário
◦ Ocorre geralmente após 50 anos de idade com metade dos casos
ocorrendo após os 65 anos;
◦ Responde por 25% dos cânceres ginecológicos. É encontrado já
em estádios avançados em cerca de 70% dos casos;
Diagnóstico
◦ Afastar a possibilidade de metástase, principalmente do estômago;
◦ USG abdominal e transvaginal geralmente identifica lesão anexial
complexa (cístico-sólida), pólipos intersticiais, cistite, implantes
peritoneais, linfoadenopatia intraperitoneal, derrame pleural.
◦ Doppler observa-se aumento do fluxo sangüíneo.
◦ TC do abdome e pelve pode estabelecer diagnóstico de neoplasia
ovariana e estabelecer relação do tumor do ovário com outros
órgãos intra-abdominais.
 
 
 
 
Câncer de Ovário
 
Câncer de Ovário
◦ Ocorre geralmente após 50 anos de idade com metade dos casos
ocorrendo após os 65 anos;
◦ Responde por 25% dos cânceres ginecológicos. É encontrado já
em estádios avançados em cerca de 70% dos casos;
◦ Entre todos da esfera ginecológica é o de pior prognóstico.
Diagnóstico
◦ Afastar a possibilidade de metástase, principalmente do estômago;
◦ USG abdominal e transvaginal geralmente identifica lesão
complexa ;
◦ Doppler observa-se aumento do fluxo sangüíneo.
◦ TC do abdome e pelve pode estabelecer diagnóstico de neoplasia
ovariana e estabelecer relação do tumor do ovário com outros
órgãos intra-abdominais.
 
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de doppler
 
Tratamento
 
 
◦É sempre cirúrgico, mas variando o tipo de cirurgia
conforme o estadiamento.
◦A terapêutica adjuvante é realizada com quimioterapia
sistêmica.
◦A profilaxia deve ser feita analisando-se o risco
familiar. Em casos de BRCA 1 positivo, ooforectomia
profilática está indicada após a constituição da prole.
 
 
 
 
 
 
Câncer de Tuba uterina
 
◦ É o menos freqüente dos cânceres ginecológicos, muitas vezes é
confundido com carcinoma de ovário;
◦ É extremamente raro, não apresenta dados epidemiológicos
confiáveis;
◦Maior incidência em mulheres entre 50 e 70 anos, raramente
ocorrendo em mulheres mais jovens;
◦ A nuliparidade configura-se como fator de risco importante para o
câncer das tubas uterinas.
Diagnóstico
◦ É feito por laparotomia com estudo anatomopatológico, devido à
sua baixa incidência, raramente é feito pre ́-cirurgicamente.
◦ A confirmação é através de exame microscópico, e deve
comprovar a neoplasia maligna da mucosa tubária de padrão
papilar. O tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma
seroso-papilífero.
 
 
 
Tratamento
 
 
 
 
 
 
 
 
◦Quimioterapia, Radioterapia e cirurgia.
◦O tratamento inclui histerectomia abdominal total,
salpingo-ooforectomia bilateral e omentectomia
supracólica.
◦Se o câncer estiver avançado, indica-se cirurgia
citorredutora.
◦O pós-operatório é idêntico ao do câncer de ovário. A
radiação externa raramente é indicada.
 
Câncer da vagina
 
◦ É muito raro (dentre os cânceres ginecológicos;
◦ Na maioria das vezes, é secundário ao carcinoma cervical, vulvar,
intestinal ou endometrial.
◦ A faixa etária está em torno dos 60 anos. O tipo histológico mais
frequente é o carcinoma epidermóide espinocelular.
Diagnóstico
◦ Realizar o exame detalhado de colpocitologia oncótica.
◦ Deve ser estabelecido o local, tamanho e a existência de
disseminação do tumor com ou sem envolvimento de órgãos
adjacentes.
◦ Deve-se incluir cistoscopia e sigmoidoscopia. A lesão deve ser
biopsiada com inclusão da margem ou, se superficial, deve ser
realizada uma biópsia excisional com margem de segurança de 1
cm.
 
 
 
Tratamento
 
 
◦Colpectomia parcial ou total
◦Se houver acometimento do terço inferior da vagina
com colpectomia e vulvectomia radical.
◦Radioterapia e a quimioterapia, quando houver
comprometimento vesical avaliar a possibilidade de
realização de exenteração pélvica anterior com
linfadenectomia pélvica e vulvectomia radical.
 
 
 
 
 
 
Câncer de vulva 
 
 
◦Acomete, sobretudo idosas (60 a 70anos), descoberto em
casos já avançados;
◦Ocorre com maior freqüência em mulheres de baixo nível
sócio-econômico;
◦Corresponde por 4 a 5% de todos os tumores
ginecológicos;
◦Como fator de risco destaca-se o HPV, presente em cerca
de 40% dos carcinomas vulvares.
Diagnóstico
◦Vulvoscopia e biópsia para confirmar o diagnóstico.
Tratamento
◦Abrange três modalidades terapêuticas: a cirurgia, a
radioterapia e a quimioterapia.
 
 
 
Câncer de Próstata
 
 
◦O câncer mais comum no sexo masculino e a sexta
neoplasia mais frequente dentre todas as neoplasias.
◦A idade é um fator de risco importante;
◦A incidência como a mortalidade e morbidade do
tratamento aumenta após a idade de 50 anos.
◦Existe uma incidência cerca de 30% maior em
indivíduos da raça negra.
 
 
 
 
 
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Diagnóstico
 
 
◦É feito inicialmente pelo toque retal e pela dosagem de
substâncias produzidas pela próstata como o antígeno
prostático específico (PSA);
◦O USG transretal auxilia na identificação das áreas
suspeitas não detectadas ao toque e tem o papel de
guiar a biópsia prostática.
◦A biópsia confirma o diagnóstico, através do estudo
histopatológico do tecido.
◦A pesquisa de metástases deve ser feita inicialmente
com a cintilografia óssea.
 
 
 
 
Tratamento
 
◦Prostatectomia Radical - retirada de toda a glândula e
 vesículas seminais - indicada em paciente com
expectativa de vida superior a 10 anos;
◦Radioterapia - pode ser dividida em externa e
intersticial (braquiterapia).
◦Paliativo:
◦O tratamento está baseado na supressão androgênica
(terapia hormonal ou da castração química) , retirando,
assim, o efeito trófico androgênico sobre as células
tumorais, permitindo melhora dos sintomas como dor
ósseas, anemias e obstrução urinária. Além disso, pode-
se alcançar aumento da sobrevida e uma melhor
qualidade de vida.
 
 
 
Complicações
 
 
◦ Impotência sexual, incontinência urinaria e estenoses são as
complicações mais frequentes pós prostatectomia radical;
◦ Com relação à radioterapia, as complicações agudas mais comuns
são proctite, cistite, retenção urinaria, diarréia, fadiga, sintomas
urinários irritativos e fistulas retais; tardias como proctite crônica,estenose uretral, impotência, hematúria, diminuição da capacidade
vesical, incontinência urinária, impotência, estreitamento uretral e
linfedema;
◦ Por outro lado, todas as formas de terapia hormonal paliativa para
o câncer de próstata apresentam inconvenientes como impotência,
ginecomastia, distúrbios cardiovasculares e tromboembólicos além
do alto custo da medicação.
 
 
 
 
 
 
Leucemia
 
 
◦ Doença maligna dos glóbulos brancos. A principal característica é
o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as
células sanguíneas normais.
◦ A medula óssea as células que dão origem aos glóbulos brancos
(leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às
plaquetas.
◦ Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a
maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma
célula cancerosa que multiplica-se mais rápido e morre menos do
que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas
saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas.
◦ Os tipos quatro primários são: leucemia mieloide aguda (LMA),
leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda
(LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
◦ .
 
 
 
Leucemia
 
◦ São classificadas com base na velocidade da evolução, em: crônica
(agrava-se lentamente) ou aguda (agrava de maneira rápida);
◦ Também baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que afetam,
como: linfoides (linfoide, linfocítica ou linfoblástica) ou mieloides
(mieloide ou mieloblástica).
Existem quatro tipos mais comuns de leucemia:
◦ Leucemia linfoide crônica: se desenvolve de forma lenta. Ocorre
em pessoas com mais de 55 anos. Raramente afeta crianças. 
◦ Leucemia mieloide crônica: se desenvolve vagarosamente, a
princípio. Acomete principalmente adultos. 
◦ Leucemia linfoide aguda: agrava-se de maneira rápida. É o tipo
mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em
adultos. 
◦ Leucemia mieloide aguda: avança rapidamente. Ocorre tanto em
adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o
aumento da idade.
 
 
 
Fatores de risco
 
 
◦ Radiação ionizante e o benzeno são os fatores ambientais
comprovadamente associados à leucemia aguda. Há outros fatores
ambientais menos ligados à leucemia aguda).
◦ Quimioterapia (algumas classes de medicamentos)
◦ Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil,
entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios:
antisséptico, desinfetante, fixador histológico e solvente);
◦ Produção de borracha: leucemias;
◦ Idade: quanto maior a idade maior o risco de desenvolver
leucemia. Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum
em crianças. Todas as outras formas são mais comuns em idosos.
◦ Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por
vírus de hepatite B e C: leucemias
◦ .
 
 
 
Diagnóstico
 
 
◦ O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de
leucemia é o hemograma que deve ser avaliado pelo
hematologista;
◦ Em caso positivo, o hemograma mostra aumento do número de
leucócitos (na minoria das vezes o número estará diminuído),
associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas;
◦ Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames
de bioquímica e da coagulação, e poderão estar alteradas;
◦ A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea
(mielograma);
◦ Algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da
medula óssea.
 
 
 
 
Tratamento
 
 
◦ Nas leucemias agudas, o processo de tratamento envolve
quimioterapia. Em alguns casos, é indicado o TMO.
◦ A primeira etapa do tratamento visa obter a remissão completa,
resultado alcançado em torno de um mês após o início do
tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames não
mais evidenciam células anormais.
◦ Entretanto, em alguns casos ainda restam muitas células
leucêmicas (doença residual).
◦ Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de
célula afetada pela leucemia.
◦ Nas linfoides, pode durar mais de dois anos, e nas mieloides,
menos de um ano, exceto nos casos de Leucemia promielocítica
aguda, que também dura mais de 2 anos.
 
 
 
 
Tratamento
 
 
◦ Na leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), o tratamento é composto
de três fases: Indução de remissão, consolidação (tratamento
intensivo com quimioterápicos não empregadas anteriormente); e
manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários
meses).
◦ Na Leucemia Mieloide Aguda (LMA), a etapa de manutenção só é
necessária para os casos de Leucemia promielocítica aguda -
subtipo especial de LMA, muito relacionado com hemorragias
graves no diagnóstico. Nesses casos, existe uma mutação genética
específica que pode ser detectada nos exames da medula óssea e o
tratamento com uma combinação de quimioterapia com um
comprimido oral (tretinoina) possibilita taxas de cura bastante
elevadas.
 
 
Tratamento
 
◦ Na Leucemia Mieloide Crônica (LMC) não é feito com
quimioterapia. Essa leucemia decorre do surgimento de um gene
específico (gene BCR-ABL) capaz de aumentar a multiplicação
celular através de uma proteína tirosina quinase. O tratamento é
feito com um medicamento oral da classe dos inibidores de
tirosina quinase, que inibe especificamente essa proteína anormal,
que é a causa da LMC. É um tratamento “alvo específico”, porque
o inibe a multiplicação das células cancerosas, mas não das células
normais.
 
◦ Na leucemia Linfocítica Crônica (LLC) agentes quimioterápicos,
imunológicos (anticorpos monoclonais) e agentes orais podem ser
utilizados no tratamento. Depende de aspectos clínicos do paciente
como idade, presença de comorbidades, capacidade de tolerar
quimioterapia.
 
 
REFERÊNCIAS
Sabas Carlos Vieira et al. Oncologia Básica 1. ed.
Teresina, PI: Fundação Quixote, 2012.
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional
de Câncer. Tipos de câncer: INCA 2018.
Disponível on-line
em:https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer.
Acesso em 10/03/2018.

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