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1 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 Epidemiologia A manifestação clínica é de acordo com o aumento da quantidade de hormônio. • 1-2% tumores pancreáticos, sexta-sétima década: Incidência baixa no pâncreas. • 60% não funcionantes: A maioria desses tumores são não funcionantes, apesar do nosso objeto de estudo serem os funcionantes. • Presente em quase todo organismo: Os tumores neuroendócrinos não existem só no pâncreas, pode haver em qualquer parte do corpo, tanto no trato gastrointestinal quanto pulmonares, que são os mais prevalentes. • No pâncreas, originam-se nas ilhotas de Langerhans e são nomeados de acordo com o hormônio produzido: insulinoma, gastrinoma, glucagonoma, somatostinoma, vipoma. • Contém receptores de somatostatina tipo 2 → diagnóstico com cintilografia com análogos da somatostatina (octeotide); Cai muito em prova: o exame que é muito específico para tumores neuroendócrinos funcionantes é o octreoscan, é um PET marcado com orteotídeo, que é um análogo da somatostatina, que está envolvida na produção da maioria desses hormônios. Tumores neuroendócrinos em geral, exceto insulinoma, tem o diagnóstico muito bem feito com esse exame. Na prova, quando der um tumor neuroendócrino, vai dar uma foto do octreoscan, e com essa foto vai dizer qual o exame solicitado. • Quando acompanhado de tumores de outro órgão = NEM: relacionado a uma síndrome de Neoplasias Endócrinas Múltiplas tipo 1(NEM). Tem 3 neoplasias associadas: adenomas de hipófise, tumores de células beta pancreáticas das ilhotas e hiperparatireoidismo. Quando há um tumor neuroendócrino de pâncreas, precisa descartar que ele não tem relação com o NEM tipo I. Exemplo: paciente com tumor neuroendócrino e hipocalcemia por conta do hiperparatireoidismo → NEM. Classificação • Funcionantes: São os que produzem hormônios. (insulinoma -25, gastrinoma -15, carcinoide -1). • Não funcionantes: não produzem hormônios. A histopatologia é a mesma dos funcionantes. Localização • Cauda 48%, corpo 16%, cabeça 31%. • Podem ser benignos ou malignos → presença de linfonodos +, metástase à distância, invasão extrapancreática e vascular. O insulinoma é o único que tem o comportamento benigno, em cerca de 90%. Ou seja, resseca e resolve o problema. O restante deles, a maioria são malignos, e isso influencia porque vai mudar a conduta cirúrgica. Histopatologicamente, não se consegue diferenciar benigno de maligno na maioria das vezes. Então, diferencia-se benigno de maligno: 1. Temos índice de proliferação celular. 2. Presença de lesões a distância, seja metastática, seja linfonodais. • Maioria diagnosticada já metastáticos: Quando ele já é diagnosticado metastático, a sobrevida de um tumor neuroendócrino em 5 anos chega no máximo de 36%, porque já diagnostica com metástase, e muitas vezes são irressecáveis, seja por quantidade de lesão, seja por invasão de estruturas nobres. ❖ Funcionantes: 40-50% deles, quando abre o diagnóstico, ele já está metastático. ❖ Não funcionantes: 70-85%; Os tumores funcionantes apresentam uma menor taxa de metástase em relação aos não funcionantes porque ele gera sintomas, o que faz com que o indivíduo busque assistência médica. Os não funcionantes só vai ter sintomas de invasão tumoral, seja por obstrução, seja por sangramento digestivo, dor abdominal, crescimento. Então, os não funcionantes são um pouco mais malignos porque diagnostica muito tarde. Tumores neuroendócrinos 2 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 Tumores neuroendócrinos (NETs) • Trato digestivo: 58%, sendo que ocorre predominantemente no reto, jejuno/íleo, pâncreas. • Pulmão. OBS fora da aula: quando falar em jejuno e íleo, pensar em tumor carcinoide → síndrome carcinoide (flushing - hiperemia em face e tronco -, dor abdominal e diarreia). Classificação SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DIGESTIVA: Classifica o tumor em baixo grau, grau intermediário e alto grau, com relação a aparência da célula, prognóstico, quantidade de mitoses por campo e o índice de proliferação celular (KI-67), além de necrose ausente, presente ou indefinida. Classificação da OMS de 2017 • Neoplasia neuroendócrina diferenciada (G1 e G2); • Neoplasia neuroendócrino pouco diferenciada: ❖ Carcinomas neuroendrócrinos de treitz, quando tem KI-67 maior que 20% e o índice mitótico com mais de 20 mitoses por 10 campos. ❖ De pequenas células; ❖ De grandes células. Isso seria a classificação com relação ao grau de diferenciação: baixo, intermediário e alto grau. Com essas classificações conseguimos dizer se é uma neoplasia neuroendócrina bem diferenciada ou carcinoma neuroendócrino. NETS pancreáticos • Produtores de insulina: insulinoma → hipoglicemia; • Produtores de gastrina: gastrinoma → úlcera péptica; • Produtores peptídeo intestinal vasoativo: vipoma → diarreia; • Produtores glucagon: glucagoma → diabetes, rash e anemia; • Produtores somatostatina: somatostatinoma → diarreia, diabetes, colelitíase (é um pouco mais difícil). Todos eles de localização pancreática, sendo que o gastrinoma a principal localização é o duodeno. Triângulo dos gastrinomas: onde se localizam a maioria dos gastrinomas. É complicado achar a localização do tumor neuroendócrino, muitas vezes são menores que 1 cm e faz-se a suspeita através dos sintomas, que é de acordo com o excesso de hormônio. Tabela para memorizarem os NETs pancreáticos com seus sintomas, o índice de metástase, NEM-1 3 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 lembrando que metástase em INSULINOMA é muito raro. Os NETs pancreáticos são potencialmente malignos e, por isso, precisam de uma ressecção um pouco maior com linfonodectomia. Em tumor com baixa chance de malignidade, pode tirar esse tumor benigno e acompanhar. Em todos os tumores, exceto Insulinoma (único que pode fazer um tratamento benigno), os outros tem um comportamento basicamente maligno, com chance de metástase alta. Em se tratando de insulinomas e gastrinomas, tem que dosar o cálcio para saber se está associado à NEM tipo 1, pela relação com o hiperparatireoidismo, tumores de ilhotas beta e adenoma de hipófise. Marcadores tumorais Marcadores que são específicos. Cromogranina A • Grupo de proteínas presentes em grânulos das células neuroendócrinas; • Marcador tumoral de neoplasias endócrinas; • Pode ser dosado no sangue; • Presente em até 90% dos tumores carcinoides metastáticos; alta sensibilidade. Não metastáticos cai para aproximadamente 60%. • Pode ser negativa em tumores pouco diferenciados. A cromogranina A, quando tem tumores neuroendócrinos, lembrar de pedir sempre!!. Sipnaptofisina • Grupo de proteínas presentes em grânulos das células neuroendócrinas; • Marcador tumoral de neoplasias endócrinas; • Pode ser dosada; Enolase neuroespecífica • Aumentada em 31%: quando cromogramina A negativa. Peptídeo pancreático • Até 70% dos TNE; • Inespecífico. O peptídeo pancreático é muito inespecífico, pode estar relacionada à ingestão de cafeína, uso de medicações. Não é um marcador que pede sempre. 5HIAA • Menos frequente aumentado no pâncreas. SHAA é um marcador para síndrome carcinôgena, tumor carcinoide. Ele tem 100% de especificidade. Ou seja, se tem o marcador 5HAA positivo é tumor neuroendócrino. Quando falar de tumor neuroendócrino, lembrar dos dois: Cromogranina e Sinaptofisina. Para considerar um exame bom tem que pegar mais da metade dos pacientes: Exemplo - enolase é de 30% → não é um marcador bom. Métodos de imagem Octreoscan • Ruim para insulinoma.: O insulinoma é o principal representante dos tumores neuroendócrinos do pâncreas. Se é o principal representante, precisa saberse pode pedir o octreoscan ou não. Exemplo: paciente com hipoglicemia, deu glicose e resolveu → não pede o octreoscan. Ele só vai estar positivo em menos de 30% dos casos. É um exame caro, específico. Imaginando que é um insulinoma pede outro exame de imagem. Saindo do insulinoma, qualquer outro: octreoscan. TAC de abdome • Lesões hipervasculares pancreáticas: Qual o aspecto radiológico do adenocarcinoma de pâncreas? Anamnese: Paciente 64 anos chega com dor abdominal em epigástrico com irradiação para dorso, perda de peso. Exame físico: massa palpável em epigástrio. Suspeita diagnóstica: neoplasia de pâncreas. Exame de imagem solicitado: TC. Qual achado radiológico do tumor adenocarcinoma de pâncreas? Lesão hipovascular. 4 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 Hipercaptação de contraste, tem uma captação de contraste só periférica, tem septos, lesão complexa, lesão sólida. Paciente 64 anos com dor abdominal, flushing, diarreia. EF: massa em epigástrio. OBS: RNM → exame bom para partes moles. Quando encontrar gordura intraabdominal. Lesão hipervascular do pâncreas: aparece branco. Lesão hipovascular do pâncreas: cinza mais escuro. TC → A gordura fica mais escura, a gordura intraabdominal também fica escura e não vê boa diferenciação dela. Em resumo: • Adenocarcinoma do pâncreas: lesão hipovascular do pâncreas. • Neuroendócrino: lesão hipervascular do pâncreas, lesão sólida, irregular. Dúvida: quanto maior a taxa de malignidade mais angiogênese? Não necessariamente. Exemplo: adenocarcinoma de pâncreas tem um prognóstico mais reservado do que o neuroendócrino e ele é uma lesão hipovascular. RNM + ECO EDA • Maior sensibilidade para pâncreas. Existem radiologistas que preferem TC (superior na parte vascular) de abdome para diagnosticar tumor de pâncreas do que RNM. A avaliação de vascularização na tomografia é superior, tanto que, para um TEP, uma isquemia mesentérica, pede uma angio-tomografia. Então se dentro do TMN de pâncreas tem a presença de invasão vascular, é preferível pedir a tomografia do que a ressonância. E a ECO EDA é o ultrassom que faz com endoscopia e coloca o endoscópio por dentro do estômago e vai até o final. Então, vai ter uma sensibilidade maior porque está colado no pâncreas por dentro do estômago. OBS: Cisto → RNM com colangio. Insulinoma Principal tumor neuroendócrino pancreático produtor. • Produzido pelas células beta; • Mais frequente NET pancreático (4:1.000.000 pessoas/ano) → A incidência é bem pouco frequente; • Geralmente pequenos (<2cm), benignos e solitários → Tendem a metástase <10%. • Associa-se a NEM-1 em 10-35% → Ou seja, pedir em insulinomas ou glucagonomas dosagem de cálcio. Se o diagnóstico é insulinoma tem que afastar se está relacionado à NEM-1. • NEM 1 inclui: hiperparatireoidismo primário multifocal, tumores de ilhotas pancreáticas e adenomas de hipófise. • Surgimento antecipado (20 anos). TRÍADE DE WHIPPLE: GLICOSE BAIXA + SINTOMAS DE HIPOGLICEMIA (sudorese, tremor, fraqueza) + MELHORA COM ADMINISTRAÇÃO DE GLICOSE → Tríade característica do insulinoma. Pode cair na prova. É um paciente que faz esses sintomas repetidamente, não relacionado ao uso de insulina ou medicações hipoglicemiantes. Diagnóstico • TAXA ELEVADA DE INSULINA E PRÓINSULINA + HIPOGLICEMIA → Porque há um tumor que produz insulina e próinsulina. • Relação insulina glicose > 0,4 → mostra que tem quantidades cada vez maiores de insulina; • Peptídeo C > 1,7 → É alto. Já que é um tumor que vai produzir insulina em células normais; • TAC de abdome → RNM → ECO EDA: evolui nesses exames, de acordo com o grau de disponibilidade e complexidade crescentes. 5 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 Localização • Qualquer lugar do pâncreas; • 30% têm receptor para somatostatina → É por isso que o octreoscan é ruim, a maior parte não tem receptor para a somatostatina; • USG intraoperatório (20-60% só diagnosticados no intra op) → E quando não diagnostica no pré-operatório, lembrar de entrar e procurar as cegas. Por exemplo, no serviço sem ultrassom intraoperatório, então não tem o que fazer, vai colocar na sala e vai retirar. Fazer um pancreatectomia ou procurar no intra-operatório essa lesão, não é o mais adequado. Mas, se tiver condições de encaminhar para um serviço ou se no serviço tiver, vai pedir o ultrassom intra-operatório. Tem serviços que fazem de rotina, e tem serviço que fazem no intra-operatório. Teoricamente, a maioria dos serviços, apesar de achar no pré-operatório, mesmo assim pede no intra- operatório, porque pode ter o diagnóstico de outras lesões. Tratamento Se estou pensando em uma lesão que pode metastatisar, com grande frequência, ou seja, uma lesão maligna, não só tira a lesão, tem que tirar a lesão e fazer linfonodectomia. Porém, no insulinoma pode enuclear o tumor. • Enucleação do tumor: tira a lesão e já está tratado, porque é uma lesão não (?) potencialmente maligna. • Pancreatectomias: reservar para tumores múltiplos, que não consegue enuclear, em pacientes muito sintomáticos. • NEM 1: ❖ Tumores múltiplos: pancreatectomia parcial; ❖ Metástase hepática: metastasectomia, com propósito de cura, ainda com ressecção de metástase hepática, porque é um tumor extremamente indolente. Pode ressecar e acreditar que ele não está em outro lugar mais. ❖ Irressecáveis: diazóxido ou análogo de somatostatina – melhora dos sintomas e qualidade de vida. A somatostatina vai fazer uma redução de secreção endócrina e exócrina do pâncreas. Gastrinoma • Segundo mais frequente (1:1.000.000/ pessoas ano); • 75% esporádico (relacionado só a gastrinoma) / 25% NEM 1 (multifocal); • 60% malignos, metástase linfonodal 40-70%: Quadro clínico • Síndrome Zollinger Ellison: produção aumentada de gastrina, produzindo úlceras pépticas, má digestão, esofagite, duodenojejunite e/ou diarreia. Imagem: Triângulos dos gastrinomas, representado na imagem: junção do cístico e do hepático (seria o ápice do triângulo), junção da segunda para a terceira porção do duodeno (seria o 2º vértice do triângulo), e junção de cabeça e corpo de pâncreas (seria o 3º vértice). Lembrando que a maior parte dos gastrinomas é duodenal, mas também pode ser pancreático. Se estamos falando de gastrinoma, estamos falando de cabeça de pâncreas. Diagnóstico • Gastrina basal > 200 pg/ml + pH <2,5 OU >1000 pg/ml isoladamente: quando ela está acima de 1000 isoladamente, já é diagnosticado, ou acima de 200 associada a um pH <2,5; • Teste de secretina: injeta secretina no paciente, isso faz com que tenha o aumento de gastrina. Não consegue fechar com o teste de gastrina basal. Ex.: uma gastrina de 200, mas o pH gástrico está 5 → lançar mão da secretina; • TAC de abdome / eco EDA / octreoscan (90%): exames de imagem. O osteocran chega a dar diagnóstico em 90% dos casos. Tratamento • Ressecção do tumor, metastasectomia, linfadenectomia: é um tumor maligno. • Associados à NEM 1: cirurgia se > 2cm, poupar parênquima: no caso do gastrinoma, segura um pouco a ressecção, porque podem ser múltiplos espalhados no parênquima. Se eles forem assim, 6 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 que eu não vou lançar mão de uma pancreatectomia total, pode tratar o paciente com IBP, se não for um tumor muito grande. Sempre poupar parênquima, porque pode voltar outras vezes; • Ressecção paliativa: quando tem um paciente muito sintomático, mas não tem mais propósito curativo. Se tirar volume de lesão, tira também quantidade de tumor que está produzindo aquela substância, consequentemente reduzindo sintomas; • Irressecável: vagotomia seletiva ou super seletiva + antrectomia/ gastrectomia total (não respondedores a IBP): É uma síndrome de hipersecreção ácida gástrica, então pode tratar com IBP. Fazendo uma analogia ao tratamento do refluxo gástrico, porque vai tirar a forma que produz esse ácido. Se não tem como tirar o tumor, pode melhorar o sintoma desse paciente para que ele tenha um fim de vida adequado, faz uma antrectomia, que é onde produz o ácido, e faz a vagotomia, que é um dos estímulos de produção ácida por resposta vagal. Vai tirar os dois principais estímulos da produção ácida. Nos gastrinomas pode fazer o tratamento como se estivesse pensando em uma doença do refluxo avançado. Glucagonoma • Incidência 1:20.000.000; • Em geral cauda do pâncreas; • 75% malignos, 50% metastático no diagnóstico; • Diagnóstico com dosagem de Glucagon > 1000pg/ml + octreoscan (80%); • Sintomas 4D: Diabetes (hiperglicemia), Dermatite (eritema necrolítico migratório - imagem), trombose (Deep vein tromboses), Depressão, anorexia, glossite, anemia, diarreia; Imagem acima: eritema necrolítico relacionado ao glucagonoma. Tratamento • Pré-operatório: controla os sintomas com análogos da somatostatina. Lembrar sempre da heparina. A maior comorbidade relacionada a glucagonoma é relacionada a trombose. Pode-se fazer tanto o AAS quanto a heparina de baixo peso; • Cirúrgico: pancreatectomia distal + esplenectomia + linfadenectomia: Quando se fala de pancreatectomia em lesão de corpo de pâncreas, não necessariamente faz a esplenectomia. Quando se fala de cauda de pâncreas, como é uma parte muito pequena do pâncreas, ela tende a invadir hilo esplênico e fazer metástase linfonodal. Então, lesões de cauda de pâncreas lançamos mão habitualmente da esplenectomia, para fazer uma linfadenectomia mais adequada. No pré-operatório de um paciente com lesão de cauda de pâncreas imaginando que vamos ressecar o baço, faremos vacina para germes encapsulados (pneumococos, hemófilos e neisseria). No caso dos neuroendócrinos de pâncreas, o tratamento é só ressecção e tratamento de sintomas. Não tem quimioterapia. Vipoma Tumor produtor de VIP. • Raros (1:10.000.000) • Benigno (50%), único (80%) e grande: Como eles são tumores grandes, o problema não é a dificuldade de diagnóstico, é porque normalmente as lesões são grandes; • Cauda do pâncreas, >5cm (72%). Diagnóstico • Síndrome da diarreia aquosa (Verner- Morrinson): tríade de diarreia aquosa, hipocalemia, acloridria. Pelo aumento do VIP, ele faz com que haja uma secreção de água, cloro e potássio muito grande, com isso o paciente tem muita diarreia, eliminando os eletrólitos. Diarreia extremamente volumosa; • VIP >200 pg/ml: dosagem do VIP; • TAC, RNM, octreoscan (+). Conduta • Cirurgia: pancreatectomia distal + esplenectomia + linfadenectomia: como ele é um 7 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 9 tumor de cauda de pâncreas. Não pode só tirar o nódulo, pois 50% de malignidade é muito. Somatostatinoma • Raros (1:40.000.000); • Malignos (90%). Sintomas Tudo que estaria relacionado a produção de somatostatina e tudo que teve nas outras. • Litíase vesicular, icterícia (confluência hepatobiliar); • Esteatorreia, DM e hipocloridia. Diagnóstico • Somatostatina >10ng/ml; • TAC, RNM, octreoscan (+). Conduta • Cirurgia: pancreatectomia + linfadenectomia. Não funcionantes A única particularidade que vai ter em relação ao adenocarcinoma é que vai ser uma lesão hipervascular. Histopatologicamente, vai ver que é um tumor neuroendócrino. • Sem síndromes de hipersecreção hormonal; • Geralmente malignos e grandes: para o diagnóstico, normalmente tem sintomas associados. • Evolução lenta: apesar de serem malignos, eles conferem um prognóstico melhor, porque se diagnostica antes, consegue controlar a doença. • Cromograninas elevadas: não terá insulina, glucagon etc., pois esses marcadores só vão ser positivos para tumores neuroendócrinos que forem produtores. Pedir a cromogranina e a sinaptofisina, qualquer outro marcador vai pedir se esses dois vierem negativos, e a suspeita continuar alta. Se todos os marcadores vierem negativos, e tem uma lesão hipervascular do pâncreas, não sei o que é, faz a retirada da lesão, biópsia excisional – enucleação da lesão. • Tratamento: ressecção cirúrgica.
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