CONTESTAÇÃO-TRABALHISTA-CASO-07

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Ao Juízo da 80ª Vara de Trabalho de Cuiabá/MT
PROCESSO Nº 1000/2018
TECELAGEM FIO DE OURO S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ nº, situado no endereço eletrônico, vem, por seu advogado infre assinado, com base nos artigos 847 da CLTc/c artigo 335 e seguintes do CPC por força do artigo 769 da CLT apresentar
CONSTESTAÇÃO
Em face de Joana, ja devidamente qualificada nos autos da ação de reclamação trabalhista, pelos fatos e direito que passa expor:
I - DO CONTRATO DE TRABALHO
 A RECLAMANTE requereu da RECLAMADA o pagamento de indenização por dano moral alegando ser vítima de doença profissional.
 A RECLAMANTE afirma que foi coagida a pedir demissão, se não fizesse a RECLAMADA alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado.
 Assim a RECLAMANTE requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa.
 A RECLAMANTE foi contratada como cozinheira, e alega acumulo de função por ter que servir a refeição aos 05(cinco) funcionários da RECLAMADA que ela a considera como ser essa função de garçon, assim requerendo o pagamento de um plus de salário de 30% sobre o valor do seu salário.
 A RECLAMANTE requer pedido de adicional de periculosidade ,mas não fundamentou a causa de pedir.
 A RECLAMANTE juntou com a petição inicial os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnótico de doença degenerativa e a copia do plano adontológico que lhe foi entregue pela RECLAMADA na admissão.
 A RECLAMANTE ainda juntou aos autos copia da convenção coletiva que vigorou de julho de 2016 a junho de 2018, na qual consta a obrigação da RECLAMADA fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores por mês, como não foi tabulada nova convenção desde então, advoga que a anteiror prorrogou-se automaticamente.
 A RECLAMADA tem o pedido de demissão escrito de próprio punho pela RECLAMANTE assinado por ela .
II - DA PRELIMINAR DE MÉRITO
 - DA INÉPCIA DA INICIAL
 Na peça inicial a RECLAMANTE consta um pedido de adicional de periculosidade, porém não há causa de pedir.
 Diante do artigo 330, inciso I do CPC, será indeferida a petição inicial quando ela for inépta, neste caso quando lhe faltou a causa de pedir.
 A RECLAMADA pede a extinção do processo sem analise do mérito na forma do artigo 458, inciso I do CPC.
III - DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
 - PRESCRIÇÃO
 A RECLAMANTE esta pleitando de verbas que estão prescritos e busca recebimentos da RECLAMADA desde o início da contratação até o término do contrato de trabalho.
 Porém só se pode discutir tal pleito na forma do artigo 11 da CLT c/c o artigo 7° da CF/88 c/c a súmula 208 do TST.
 Sendo assim, a RECLAMADA Requer a decretação da prescrição dos créditos anterior a 15/10/2013.
IV - DA DEFESA DO MÉRITO
 - DO NÃO CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
 Não cabe indenização por Dano Moral porque a doença da RECLAMANTE não é considerado acidente de trabalho e sim uma doença degenerativa.
 Na forma da Lei 8213/91 em seu artigo 20 § 1 “a” entende que doença degenerativa não é doença de trabalho.
 A RECLAMADA requer improcendência desse pedido.
 - DO PLANO ODONTOLÓGICO
 Não cabe o requerimento da RECLAMANTE por expresso vedação celetista.
 Conforme o artigo 458, inciso IV da CLT a impossibilidade de tal pleito, uma vez que o plano odontológico era oferecida de forma gratuita, não há o que integralizar o salário da RECLAMANTE.
 - DA CESTA BÁSICA
 Uma vez que não há negociação coletiva para tratar a cesta básica não cabe ultratividade, porque a norma coletiva findou um julho de 2018.
 Não podendo assim existir a ultratividade da vedação coletiva por via expressa do artigo 614 §3º da CLT.
 - DAS HORAS EXTRAS
 A RECLAMANTE quer que conte como horas extras o tempo que participava do culto ecumênico.
 De acordo com artigo 4 §2°, inciso I da CLT não é contado como horas extras uma vez que a participação em atividade tabuladas no § 2° desse artigo de práticas religiosas não consta como tempo a disposição, uma vez que a participação é vontuntária.
 - DA INEXISTÊNCIA DA COAÇÃO NO PEDIDO DE DEMISSÃO
 Cabe ao RECLAMANTE comprovar os fatos de seu alegado direito nas formas dos artigos 818, inciso I da CLT c/c 373, inciso I do CPC.
 Consta neste ato pela RECLAMADA o pedido de demissão da RECLAMANTE escrita e assinado de próprio punho.
 Alternativamente será aceita a tese de negar a prática de qualquer ato ilícito capaz de provar dano, conforme artigos 186 c/c 927 do CC/02.
 - DA INEXISTÊNCIA DE ACUMULO DE FUNÇÃO
 As atividades são compatíveis entre si.
 De acordo com o artigo 456 § Ú da CLT.
 Sendo assim não a o que falar em acumulo de função.
V - DOS REQUERIMENTOS
 Isto posto ,requer:
1 - Requer o acolhimento da preliminar de inépta da inicial extinguindo- se o processo sem resolução do mérito nos termos do artigo 458,inciso I do CPC;
2 - Seja reconhecida a prescrição extinguindo-se o processo com resolução do mérito nos termos do artigo 487, inciso II do CPC;
3 - Requer, por fim que o mérito seja julgado improcedente o pedido autoral pelas razões lançadas na presente contestação;
4 - O pagamento dos honorários sucumbências na forma do artigo 791-A da CLT.
VI - DAS PROVAS
 Requer ainda , a produção de todos os meios de prova, em especial depoimento da RECLAMANTE, documental, pericial e testemunhal e a imprudência total dos pedidos arguidos pela RECLAMANTE, a dedução, a compensação pelas verbas já pagas, caso Vossa Excelência condene a RECLAMANTE em algum pedido
Nestes termos,
Pede deferimento
Local..., Data...
ADVOGADO nº
OAB/