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Guia de Lesões e Prevenção na Corrida

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PÓS-
LESÃO
RETORNO
aos TREINOS
E-book
Esse guia é direcionado principalmente para cor-
redores amadores e profissionais que trabalham 
com corrida. A ideia principal é fornecer informa-
ções de qualidade, unindo anos de experiência clí-
nica e um direcionamento para compreender as 
principais lesões relacionadas à corrida, opções 
de tratamento conservador (sem cirurgia) e os 
principais exercícios preventivos relacionados a 
esse esporte.
Importante
Esse guia de forma alguma substitui a opinião 
de um profissional de saúde, serve apenas de 
caráter informativo.
SOBRE O DR. BRUNO MATOSO
Dr. Bruno Matoso possui experiência 
clínica nas áreas de fisioterapia es-
portiva e reabilitação, vasta formação 
em terapia manual e saúde integrati-
va. Dedica se ao trabalho integrado 
na prevenção e desempenho de pra-
ticantes de corrida.
ÍNDICE
SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL JOELHO DO CORREDOR ...................... 7
Principais Causas .....................................................................................................7
Tratamento conservador (sem cirurgia) ..................................................................... 8
Mobilidade ...............................................................................................................10
Controle motor ........................................................................................................11
Controle Motor ........................................................................................................11
Controle motor ........................................................................................................12
Retorno para corrida ................................................................................................ 13
TENDINITE PATELAR ..................................................................................... 13
Principais Causas .................................................................................................... 14
Tratamento Conservador (sem cirurgia) .................................................................. 15
Agachamento Excêntrico ......................................................................................... 15
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 16
Mobilidade ...............................................................................................................16
Controle motor ........................................................................................................17
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 19
Anatomia do Quadril ................................................................................................ 20
QUADRIL ........................................................................................................ 20
SÍNDROME DA BANDA ILIOTIBIAL ................................................................. 22
Principais causas ....................................................................................................22
Tratamento conservador .......................................................................................... 22
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 23
Mobilidade ...............................................................................................................23
Controle motor ........................................................................................................24
Controle motor ........................................................................................................24
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 25
TENDINOPATIA DE ISQUIOSURAIS (POSTERIOR DE COXA) ........................... 26
Principais Causas .................................................................................................... 27
Tratamento conservador .......................................................................................... 28
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 29
Mobilidade ...............................................................................................................29
Controle motor ........................................................................................................30
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 31
IMPACTO FÊMORO ACETABULAR (IFA) ......................................................... 32
SINTOMAS ..............................................................................................................33
Principais testes ......................................................................................................33
Tratamento conservador (sem cirurgia) ................................................................... 34
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 35
Mobilidade ...............................................................................................................35
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 36
Controle motor ........................................................................................................36
PÉ, PERNA E TORNOZELO .............................................................................. 37
Síndrome do estresse tibial “Canelite” ..................................................................... 37
Principais causas ....................................................................................................38
Tratamento conservador .......................................................................................... 38
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 39
Mobilidade ...............................................................................................................39
Controle motor ........................................................................................................39
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 40
Entorse tornozelo.....................................................................................................41
Como proceder ........................................................................................................42
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 43
Mobilidade ...............................................................................................................43
Controle motor ........................................................................................................43
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 45
FASCIITE PLANTAR ....................................................................................... 46
Principais causas ....................................................................................................46
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 47
Mobilidade ...............................................................................................................47
Controle motor ........................................................................................................48
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 49
TENDINITE DE CALCÂNEO “AQUILES” ........................................................... 50
Principais causas ....................................................................................................50
Tratamento conservador......................................................................................... 51
Exercício excêntrico ................................................................................................. 52
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA 53
Mobilidade ...............................................................................................................53
Análise de movimento na Esteira ............................................................................. 54
Controle motor ........................................................................................................54
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 55
7
Essa é uma das principais queixas entre os corredores, principalmente entre as mulheres, ela 
representa 16,5% das lesões mais comuns na corrida, por isso também é denominada “joelho do 
corredor”. A principal característica é uma dor na patela (osso a frente do joelho como descrito 
na foto acima), os movimentos que provocam um maior desconforto são agachamentos, corrida 
principalmente na descida e durante o movimento de descer escadas.
Principais Causas 
A dor patelofemoral é uma disfunção multifatorial, por muito tempo pesquisas apontaram como a 
principal causa a fraqueza dos músculos quadríceps principalmente pela relação direta com a patela 
e uma limitação da flexibilidade da panturrilha e tornozelo, mas pesquisas apontam que fortalecer 
apenas o quadríceps em muitos casos não tinham repercussões na melhora da dor no atleta.
SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL
JOELHO DO CORREDOR
8
 Tratamento conservador (sem cirurgia)
As opções de tratamento conservador (sem cirurgia) utilizam educação (orientação sobre a causa 
do problema), modificações de atividades que prejudicam a recuperação, exercícios de reabilitação 
com enfoque em melhorar a qualidade do movimento e força, retreinamento de marcha que consiste 
em melhorar o padrão de marcha (caminhar e correr).
O principal enfoque do tratamento para corredores com dor patelo femoral e observar se mecânica 
do quadril alterada está ligada a dores no joelho, as pesquisas na última década apontaram para 
essa tendência.
A falta de estabilidade nos músculos do quadril e região da pelve alteram a mecânica da corrida 
provocando um colapso do joelho, sendo levado para dentro em direção ao centro do corpo. Essa 
tendência principalmente em mulheres podem ser identificados por alguns testes de movimento 
como:
Agachamento com uma perna só 
Como fazer: Pare de frente para um espelho flexione o joelho como fosse fazer uma agachamento 
com uma perna só, observe se seu joelho fará um movimento em direção ao centro do corpo, observe 
se sua patela irá movimentar para dentro.
9
Observe a tendência do seu corpo
O principal enfoque com relação a corredores 
com SDPF (Síndrome da dor patelofemoral) 
consiste em um programa de exercícios que 
enfatizem os músculos do quadril sendo o 
principal o glúteo médio, pois durante a corrida 
quando apoiamos em um pé só o corpo tem 
que gerenciar 2,5 o peso corporal total de 
carga durante a corrida, para isso é necessário 
uma estabilidade global do corpo não apenas 
fortalecer o quadríceps para melhor a absorção 
do joelho, mas trabalhar para que todo membro 
inferior músculos do quadril e que estabilizam 
o tronco com os abdominais todos que estejam 
envolvido para dissipar essa carga.
Cadência: Número de passada por minuto.
Aterrissagem: Como o corredor toca o solo com que região do pé.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
Análise de Marcha e corrida
A análise de marcha em uma esteira para identificar padrões de movimento na caminhada e na 
corrida, essa análise visa escolher a melhor estratégia para que o atleta retorne com mais segurança 
aos seus treinamentos, essa modificação acontecerá em fase final após tratamento, podemos 
utilizar alguns parâmetros simples para auxiliar o corredor a modificar alguns padrões como:
10
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Orientações:
Movimento de extensão do quadril, fundamental para manter a amplitude 
de movimento para corrida e evitar sobrecarregar os joelhos.
Mobilidade
Extensão do quadril
11
Orientação:
Ativação dos músculos glúteos e 
quadríceps em extensão de quadril.
Controle Motor
Ostra
Controle motor
Ponte Unipodal
12
Ativação de glúteo médio, colocar um elástico 
e realizar movimento de rotação externa.
Orientação:
Orientação:
Controle motor
Rotação externa Unipodal
Manter o equilíbrio e com a outra 
perna realizar um movimento 
de rotação externa.
13
Retorno para corrida
O retorno para corrida após uma lesão deve ser gradual e acompanhada de uma 
mudança de padrões de movimento, principalmente na técnica de pisada que pode ser 
utilizado o aumento da cadência (passada por minuto) e uma mudança na entrada do 
contato com o solo, essa mudança deve ser gradual e de 8 a 12 semanas para iniciar o 
aumento de volume de treinamento. Essa mudança preferencialmente deve acontecer 
primeiramente na esteira, pois o ambiente controlado favorece esse retreinamento 
de marcha e padrões. Nesse período de adaptação da corrida outras atividade de 
exercícios aeróbicos podem ser implementados como Elíptico, bicicleta e atividades 
na piscina como deep running (corrida dentro da água).
TENDINITE PATELAR
O tendão patelar é uma estrutura de ligação entre a patela e a tuberosidade da tíbia sua 
função principal é criar uma alavanca eficaz para o quadríceps, isso gera uma maior 
força pelo sistema de polia. A necessidade de um sistema eficiente de força nessa 
região principalmente durante a corrida e para amortecer saltos de forma eficiente.
14
Principais Causas
O tendão patelar é responsável por absorver 
os impactos gerados principalmente no 
movimento de flexão de joelho, o tendão 
absorverá a energia, mas se a força for além 
da sua capacidade poderá torna se uma 
inflamação crônica normalmente com mais 
de 6 semanas de duração, apresentando 
inchaço e dor para caminhar e principalmente 
ao subir escadas.
As principais causas são:
• Flexibilidade reduzida nos músculos 
posteriores (Isquiossurais) e nos 
músculos do quadríceps, isso pode 
aumentar a chance de sobrecarga 
gerando a tendinite.
• Força e potência principalmente nos 
músculos do quadríceps com déficit, 
isso poderá gerar uma sobrecarga 
excessiva sobre o tendão.
A capacidade de carga do tendão
Além da força e potência alguns autores 
citam que a capacidade de carga depende 
de uma série de fatores, incluindo força, 
controle do movimento, flexibilidade e fatores 
biomecânicos, relacionados principalmente 
ao gesto da corrida. A importância de 
melhorar capacidade de o tendão absorver as 
forças, não apenas o tendão lesionado, mas 
promover uma mudança nos padrões de todo 
o corpo.
Um conceito importante na prevenção e 
gerenciamento de lesões na corrida é a 
compreensão do equilíbrio entre a carga de 
treino e a capacidade do corpo de lidar com 
essa carga. Respeitar a individualidade e 
colocar metas que não ultrapassem o limite 
fisiológico é uma alternativa viável para 
gerenciar as lesões de corrida.
15
Tratamento Conservador (sem cirurgia)
O trabalho de agachamento excêntrico com declive é utilizado com uma alternativa 
de tratamento interessante, estudos demonstram que trabalho excêntrico do tendão 
provoca um realinhamento das fibras, reorganizando o sistema.
Agachamento Excêntrico
16
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Liberação miofascial do quadríceps com rolo de espuma (foam roll)
Mobilidade
Trabalhar sobre a flexibilidadedos músculos posteriores e quadríceps com rolo de 
espuma ou mais rígido para realizar a liberação miofascial, uma alternativa interessante.
Liberação miofascial dos músculos 
posteriores com rolo de espuma 
(Foam roll) 
Mobilidade do tornozelo pode ser 
uma alternativa interessante de 
trabalho, o tornozelo é responsável 
pela absorção do impacto durante a 
corrida isso se faz pelo movimento 
de dorsiflexão do tornozelo, um 
trabalho de mobilidade para ganho 
de mobilidade do tornozelo.
17
Trabalho de Dorsiflexão de 
tornozelo para ganho de 
amplitude de movimento.
Controle motor
Exercícios excêntricos
18
Exercícios excêntricos Unipodal
Observar a causa da sobrecarga no tendão patelar
19
Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento com eventuais déficits podem detectar a origem da 
sobrecarga do tendão patelar, uma mudança de padrão de movimento da corrida e 
uma alternativa em alguns casos será a mudança de tênis de corrida com (DROP mais 
baixo) associado a uma readequação da técnica de corrida.
Cadência: Número de passada por minuto.
Aterrissagem: Como o corredor toca o solo com que região do pé.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
Teste de Salto: Testar absorção qual estratégia de absorção do impacto.
O retorno para corrida após a lesão depende da readequação dos fatores de riscos.
20
QUADRIL
Anatomia do Quadril
  A  importância de observar a anatomia do quadril para entender o funcionamento 
dessa estrutura. O sistema de funcionamento é bola em soquete consiste na cabeça 
do fêmur (bola) e do acetábulo (soquete). Abaixo estão duas imagens da anatomia 
do osso quadril. 
Podemos ver claramente a cabeça do fêmur e o acetábulo, que estão rodeados por 
vários ligamentos e cápsula articular manter a estabilidade dessa articulação.
As principais estruturas que desempenham um papel importante para o quadril e 
principalmente para o corredor é o músculo Iliopsoas “flexor do quadril”: este músculo se liga 
na coluna lombar ao fêmur (osso da coxa) e age para flexionar o quadril. Quando este músculo 
é excessivamente encurtado, pode causar inclinação anterior excessiva na pélvis e levar a um 
desalinhamento da articulação do quadril.
21
Rotadores externos do quadril profundo: este 
grupo muscular consiste de muitos músculos 
pequenos que se ligam ao sacro (cóccix) ao 
fêmur e atuam para girar externamente o 
fêmur. Quando esses músculos são fracos ou 
inibidos, os joelhos tendem a colapsar (valgo) 
durante um movimento de agachamento.
Os músculos Glúteos são um dos principais 
grupos do quadril é extremamente importante 
para os praticantes de corrida. Existem 3 
músculos glúteos que se ligam no ilio (osso 
do quadril) ao fêmur, que se combinam 
para realizar o movimento de extensão e 
abertura do membro inferior. Quando esses 
músculos são fracos ou inibidos, isso pode 
levar a falta de controle do joelho durante 
o agachamento, passada e principalmente 
na corrida. A falta de controle do joelho 
pode levar a uma alteração mecânica, que 
podem desencadear as lesões nos joelhos e 
principalmente impactos nas estruturas do 
quadril e coluna.
22
SÍNDROME DA BANDA ILIOTIBIAL
A banda iliotibial é uma faixa tendinea que percorre a lateral da coxa, sua origem se encontra 
no quadril e sua inserção na região lateral do joelho. A principal função durante a corrida 
é estabilizar a relação do quadril com o joelho durante o contato inicial do pé no solo. A 
síndrome da banda iliotibial se caracteriza um dor mais comum uma dor do lado de fora do 
joelho podendo repercutir acima do joelho em direção ao quadril.
Acomete de 8 a 10% dos corredores amadores e os de elite, a dor inicia se após 1 ou 2 
km tornando inviável a continuar o treino ou prova, os sintomas podem aparecer mais 
frequentemente durante descidas.
Principais causas
Algumas causas atribuídas à dor na banda iliotibial são desgastes nos tênis, correr 
em terrenos com desnível e fricção do tendão na parte óssea, mas há pouco suporte 
científico para atribuir esses fatores a dor na banda iliotibial. 
Um dos fatores que suportam o aparecimento dessa disfunção é a falta de força e 
controle principalmente nos músculos abdutores do quadril e o rotadores externos 
sendo o principal o glúteo médio. O corredor com falta de controle o força terá uma 
rotação interna de quadril e joelho gerando estresse mecânico na banda iliotibial.
Tratamento conservador
A síndrome da banda da banda iliotibial é um problema muito comum dentro da 
mecânica dos corredores à disfunção acontece principalmente pela repetição 
do movimento aliado ao volume de treinamento com uma técnica ou controle do 
movimento inadequado.
23
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Observar a causa do sobrecarga na região lateral do quadril. Para utilizar recurso 
para ganhar mobilidade utilizando rolo de espuma e necessário verificar se a 
condição da dor na região não é devida uma fricção entre a região trocantérica o 
tendão da banda íliotibial.
Liberação miofascial da banda Iliotibial
Alongamento Da Banda iliotibial
24
Controle motor
Ostra com ponte lateral
Controle motor
Ativação de estabilizadores de quadril
25
Análise de movimento na Esteira
Importante observar a tendência do quadril em realizar um rotação interna e se a 
pelve irá cair para lateral (drop da pelve), esses padrões de movimento podem geram 
um estresse excessivo na banda iliotibial durante a marcha e corrida.
Cadência: Número de passada por minuto.
Aterrissagem: Como o corredor toca o solo 
com que região do pé.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
O retorno para corrida após a lesão depende da readequação dos fatores de riscos, no caso 
da dor na banda iliotibial será necessário trabalhar controle motor e eliminar os déficits de 
movimento para o retono mais seguro aos treinamentos.
26
TENDINOPATIA DE ISQUIOSURAIS 
(POSTERIOR DE COXA)
Os músculos Isquiosurais são essências principalmente para os atletas de corrida, 
sua função principal é flexão do joelho e auxiliar na extensão de quadril, as lesões 
mais comuns são estiramento agudos ou crônicos, sendo comum a tendinite na 
inserção dos Isquiosurais na região posterior próxima ao glúteo sendo um problema 
que poderá se tornar crônico.
A tendinite nos isquiosurais pode ser 
confundida com outras lesões como: 
síndrome do piriforme, dor no nervo ciático 
e lesão por estresse na região sacral. A 
região da inserção do tendão no osso Isquio, 
pode ser tornar dolorido principalmente se 
o atleta permanecer muito tempo sentado, 
provocando uma isquemia local contribuído 
para o caso doloroso.
27
Principais Causas
Umas das principais causas para o surgimento da Tendinite de Isquiosurais é a falta 
de ativação correta do glúteo máximo para realizar a extensão de quadril, para realizar 
uma extensão os músculos posteriores são sobrecarregados, com a demanda de 
treinamento e aumento de volume poderá gerar essa lesão.
Um importante fator relacionado ao surgimento da tendinite e desconforto na região 
dos isquiosurais é o treinamento em subidas, pois exige um maior equilíbrio entre 
força excêntrica na musculatura posterior, a Mecânica da corrida inadequada pode 
contribuir para os sintomas e piora do quadro, o descanso inadequado e o aumento 
de volume durante o treinamento de subida contribuem para o aparecimento da lesão.
28
Tratamento conservador
Tratamento
A primeira iniciativa quando detectado a tendinite é reduzir qualquer carga sobre 
o tendão, seja cargas compressivas ou de tração. Evitar realizar alongamentose 
movimentos de flexão de joelho com carga.
Os exercícios Isométricos de isquiosurais auxiliam na redução da dor e manutenção 
da força muscular.
Os exercícios são mantidos por 30 a 60 segundos de 3-4 séries.
Após a fase aguda o atleta de corrida deverá introduzir exercícios específicos para 
tendinopatias de forma progressiva, exercícios excêntricos e exercícios de ativação 
principalmente do glúteo máximo.
29
Exercícios excêntricos
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Trabalho de flexibilidade 
músculos posteriores.
Trabalho de flexibilidade 
músculos posteriores.
Mobilidade
30
Controle motor
Ganho de mobilidade de rotação externa de quadril, principalmente músculo piriforme.
Ativação de estabilizadores de quadril, 
principalmente glúteo médio.
Ativação do controle’’’ motor para 
extensão de quadril.
31
Análise de movimento na Esteira
O movimento de extensão do quadril no final do gesto da corrida na fase de impulsão, 
e observar a ativação do glúteo máximo em relação aos músculos posteriores, e a 
amplitude do movimento de extensão do quadril limitada poderá gerar uma sobrecarga 
na musculatura posterior.
Cadência: Número de passada por minuto. 
Aterrissagem: Como o corredor toca o solo com 
que região do pé.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
O retorno para corrida após a lesão depende da readequação dos fatores de riscos, 
no caso da tendinite dos Isquiosurais uma adequação na mecânica e mobilidade 
principalmente no quadril no movimento de extensão, iniciar gradualmente treinos 
em subida e manter volume de treino baixo e aumentar 10% por semana de acordo 
com a distância alvo.
Ativação excêntrica da 
musculatura posterior e 
estabilidade de quadril.
32
IMPACTO FÊMORO ACETABULAR (IFA)
As causas da IFA atualmente não são 
completamente compreendidas, embora 
a hipótese de que a mecânica defeituosa 
durante as atividades diárias e o 
agachamento possa causar compressão 
excessiva entre o colo / cabeça do fêmur e 
a borda do acetábulo levando ao impacto 
nessa região. Quando ocorre um contato 
excessivo entre essas duas estruturas, 
pode formar-se crescimento ósseo, o que 
leva a uma deformidade do tipo CAM ou 
Pincer mostrada abaixo.
A lesão da CAM é uma formação anormal 
de crescimento ósseo no colo / cabeça 
do fêmur, o que leva ao aumento do 
contato entre o fêmur e o acetábulo 
causando impacto quando o quadril entra 
em flexão / adução / rotação interna. 
Uma lesão de Pincer é uma formação 
anormal de crescimento ósseo na borda 
externa do acetábulo, o que também leva 
a um maior contato entre essas duas 
estruturas. Enquanto as lesões da CAM 
são mais comuns nos homens e as lesões 
de Pincer mais comuns nas mulheres, 
alguns estudos sugerem que 86% das 
pessoas sintomáticas experimentam uma 
combinação de ambas as deformidades.
33
Na tentativa de entender o que a mecânica defeituosa pode provocar deformidades 
CAM e Pincer, muitos estudos identificaram a flexão excessiva do quadril / adução / 
rotação interna como causa do impacto.
SINTOMAS
Os sintomas da IFA podem variar:
• Dor na parte superior da virilha ou na frente na região quadril lateral
• Dor profunda na região do glúteo.
• Dor com atividade (agachamento profundo ou passada)
• Dificuldade em sentar
• Dificuldade e dor ao realizar movimento de rotação, como movimento de colocar 
as meias.
Importante notar que, embora você tenha um ou dois desses sintomas, você ainda não 
pode receber um diagnóstico preciso. Muitos sintomas da IFA podem ser confundidos 
e diagnosticados erroneamente como sintomas nos músculos flexores do quadril ou 
estiramento da virilha. Se um lado tiver diferente do outro, deve-se ter cuidado ao 
treinar em posições de agachamento profundo, passada, torção e alto impacto sem 
consultar um fisioterapeuta ou um ortopedista especializado.
Principais testes
Uma avaliação do movimento pode ajudar a determinar se você está enfrentando 
sintomas que podem estar associados ao Impacto fêmoro acetabular (IFA).
Teste de agachamento: mantenha-se com os pés separados pela largura do quadril (posição 
neutra), dedos dos pés apontando para frente. Mantenha os braços acima da cabeça, as 
costas (coluna) em posição neutra, agachando profundamente descendo ao máximo.
Este teste é positivo se você sentir uma fisgada na virilha.
34
Este teste pode determinar se o corredor possui desconforto na região do quadril 
e evidencia a falta de mobilidade que é essencial para os atletas de corrida que 
necessitam ter uma excelente mobilidade.
Tratamento conservador (sem cirurgia)
O IFA precisa de uma análise mais profunda para identificar a causa do problema, e 
necessário observar se não ocorreu uma alteração estrutural importante. Pois fatores 
estruturais podem influenciar na melhora do corredor, essa decisão do tratamento 
conservador deve ser tomada juntamente com médico especialista e o fisioterapeuta.
Reduzir os fatores que agravam o problema- Durante o tratamento reduzir posições 
que envolvam agachamento mais profundos e movimento de rotação excessiva 
principalmente rotação interna.
 Alongar e recuperar a amplitude de movimento (mobilidade)-  Recuperar a flexibilidade 
normais é extremamente importante ao abordar déficits relacionados à IFA.  Atenção 
para o “alongamento excessivo” do quadril, pois isso pode causar irritação dentro 
da articulação. O atleta deverá ter cuidado para não exagerar no tensionamento para 
evitar agressões na articulação.
Se a decisão for iniciar trabalho conservador considerar de 6 a 10 semanas para 
procurar outras alternativas de tratamento.
35
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade de Rotadores externos do quadril
Mobilidade em rotação interna e rotação externa de quadril.
Mobilidade
36
Ativação controle motor de quadril.
Ativação de controle motor de 
quadril Unipodal
Controle motor
Ativação de controle motor 
de quadril Unipodal
Retorno para corrida
Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento poderá detectar se uma rotação excessiva do fêmur ou 
um hiperextensão do quadril poderá gerar o aumento do impacto no quadril, o atleta 
deverá analisar sua mobilidade e escolher um tênis com maior absorção de impacto e 
utilizar estratégias para mudança de técnica de corrida com uma menor extensão do 
quadril durante a corrida. 
Cadência: Número de passada por minuto.
Aterrissagem: Como o corredor toca o solo com que região do pé.
37
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
PÉ, PERNA E TORNOZELO
Síndrome do estresse tibial “Canelite”
A síndrome do estresse tibial a “Canelite” é muito comum principalmente entre os 
corredores iniciantes, caracterizada por uma dor na região anterior e medial da tíbia. 
Normalmente os sintomas iniciam com uma leve sensação de ardência durante a 
corrida, os sintomas podem persistir até durante caminhadas mais intensas.
A dor na região da tíbia deve ter maior atenção 
principalmente pela intensidade dos sintomas 
e tempo, pois as causas podem ser ósseas, 
muscular, vascular ou neural. Um profissional 
de saúde deve acompanhar a evolução desse 
paciente para identificar a causa do problema.
A região óssea possui uma camada externa 
chamada periósteo, essa camada possui uma 
vascularização e inervação, durante a corrida 
se a região óssea receber impacto excessivo 
pode evoluir para uma:
• Edema ósseo 
• Inflamação do periósteo 
• Fratura por estresse.
38
Principais causas
Umas das principais causas da “canelite” e fraturas por estresse são os errosde 
treinamento, quilometragem excessiva e mudança de terreno de treinamento durante 
os primeiros meses do inicio da corrida, pois o osso não está adaptado a nova demanda 
de carga é impacto colocada.
Outro fator que contribuem para a “canelite” são os tênis inadequados para a técnica 
de corrida, o corredor deverá escolher seu tênis de acordo com o tipo de técnica que 
adotar, analisar se o corredor tem o contato inicial com calcanhar ou a parte da frente 
do pé.
Outro componente importante para o aumento do impacto na e a rigidez articular 
principalmente da articulação do tornozelo e a falta de flexibilidade podem contribuir 
com uma má distribuição na absorção do impacto.
Tratamento conservador
A prioridade para os casos de “Canelite” é reduzir o impacto tibial, realizar atividades 
ativas fortalecimento principalmente dos músculos que fazem a absorção do impacto 
e realizar aeróbicos sem impacto como bicicleta ou exercícios dentro da água na fase 
aguda. Após trabalho inicial:
• Avaliar mobilidade e flexibilidade principalmente membro inferior.
• Analisar Técnica de corrida, recomendação aumentar em 10% a cadência (passos 
por minuto).
• Treinar com volume baixo até 6 semanas para adaptação dos novos padrões de 
movimento de corrida.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Trabalho de flexibilidade músculos 
anteriores da perna
Trabalho de flexibilidade 
músculos do pé.
Ativação em estabilização de membro inferior Ativação em estabilização de membro inferior
Mobilidade
Controle motor
40
Equilíbrio unipodal
Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento poderá identi-
ficar se existe rigidez nas articulações do 
tornozelo, joelho e quadril, esse padrão de 
rigidez reduz a absorção do impacto du-
rante a corrida. 
Uma passada muito longa poderá contribuir 
com o aumento do impacto, principalmente 
para manter o centro de gravidade distante 
da área de contato com o pé.
Cadência: Número de passada por minuto.
Aterrissagem: Como o corredor toca o solo com que região do pé.
41
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
Retorno para corrida
Após um episódio de “Canelite” o atleta de corrida deverá observar principalmente sua 
cadência aumentar em cerca de 10 % aproximando de uma ideal de 180 passos por 
minuto, muito importante o descanso após uma prova ou treino mais intenso para a 
recuperação muscular e óssea, intercalando com outras atividades como musculação 
e atividades na água.
Entorse tornozelo
A articulação do tornozelo é uma estrutura anatômica complexa, ela permite o 
movimento em várias amplitudes, isso possibilita uma adequação em vários terrenos 
irregulares, porém torna uma articulação muito vulnerável a entorses.
A desvantagem da mobilidade e versatilidade da articulação do tornozelo é que se 
torna mais vulnerável a lesões dependendo da maneira de aterrissar no solo. Um 
contato inadequado pode causar uma entorse, danificando ligamentos (laterais mais 
acometidos pelo movimento de inversão).
42
As entorses dos tornozelos ocorrem após um impacto repentino, aterrissagem ou 
torção do tornozelo. Você pode ouvir um estralo seguido de uma dor aguda.
As entorses de tornozelo causam um edema importante (inchaço – a articulação 
estará visivelmente com edema logo após de sofrer a lesão). Muitas vezes seguida 
de uma dor latejante no tornozelo, mesmo quando não se coloca carga sobre o pé e 
uma dor aguda ao movimentar o tornozelo.
Como proceder
Crioterapia
Quando se trata de gelo, um estudo de 2006 publicado na  British Journal of Sports 
Medicine sugere que um protocolo de gelo “intermitente” consistindo de 10 minutos de 
gelo, 10 minutos de repouso e mais 10 minutos de gelo produzirá reduções mais rápidas 
na dor e no edema no tornozelo quando comparado aos 20 minutos de gelo contínuo.
O tornozelo deve ser imobilizado?
Um artigo de revisão de 2007 de Morgan Jones e Annunziato Amendola evidenciou que 
iniciar exercícios de reabilitação, logo que tolerado, leva a um retorno mais rápido ao esporte 
e a uma menor taxa de rejeição quando comparado a longos períodos de imobilização, 
com bracing ou utilização de muletas antes de iniciar o trabalho de reabilitação.
Fases da reabilitação do tornozelo
A reabilitação das lesões no tornozelo deve ser estruturada e individualizada. Esse 
estudo propõe:
Na fase aguda, o foco deve ser o controle da inflamação, principalmente do edema 
restabelecendo a amplitude de movimento total .
Assim que a amplitude de movimento livre de dor e o atleta consiga descarregar o 
peso sobre o pé, os exercícios de treinamento de equilíbrio devem ser incorporados 
para normalizar o controle neuromuscular.
As atividades de reabilitação de fase avançada devem se concentrar em recuperar a 
função normal, realizando exercícios específicos para aqueles que serão realizados 
durante o esporte. Embora seja necessário um modelo básico para a reabilitação 
das lesões no tornozelo, o atleta e o fisioterapeuta devem lembrar que os indivíduos 
respondem de forma diferente aos exercícios. Portanto, cada programa precisa ser 
modificado para atender às necessidades do indivíduo, sendo de vital importância 
uma avaliação individualizada e uma orientação de um fisioterapeuta para um retorno 
seguro ao esporte.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade em dorsiflexão
Gesto de corrida com estabilização do tornozelo
Mobilidade
Controle motor
44
Gesto de corrida com estabilização do tornozelo
Retorno para corrida 
Após entorse de tornozelo o mais importante é ter uma mobilidade no movimento 
de dorsiflexão e continuar o trabalho de propriocepção específico para manter a 
estabilidade. Antes de intensificar os treinos e indicado treino de caminha e corrida leve 
na areia, e terrenos como grama de preferência descalço, após verificar a estabilidade 
do tornozelo retornar aos treinos de forma gradativa.
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Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento poderá detectar uma pronação excessiva dos pés, esse 
movimento aliado a uma estabilidade ineficiente pode predispor ao corredor ter 
entorses frequentes, o ideal e analisar a corrida e fazer os ajustes necessários antes 
de retornas aos treinos.
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FASCIITE PLANTAR
A Fáscia plantar é uma faixa grossa de tecido que percorre a base do calcanhar em 
direção aos dedos. A fasciite plantar é uma das lesões esportivas mais comuns na 
corrida, afetando principalmente a inserção no osso do calcanhar, ela poderá aparecer 
por um leve desconforto na região durante a corrida, podendo desaparecer após alguns 
minutos de corrida, ou persistir após o treino. Uma característica principalmente nos 
casos crônicos é durante o primeiro passo do dia, que caracteriza por uma dor aguda 
na região.
Principais causas
As principais causas da fasciite plantar ainda não 
são bem compreendidas, mas existem algumas 
relações com a perda da mobilidade da articulação 
tornozelo, principalmente o movimento de 
dorsiflexão. Essa condição aumenta a tensão na 
fáscia levando a uma sobrecarga na região, a 
diminuição da flexibilidade favorece o aparecimento 
dos sintomas, reduzindo a absorção de impacto. 
Além disso, fraqueza muscular principalmente do 
M. gastrocnêmio (panturrilha) e os intrínsecos do 
pé (pequenos músculos que sustentam o pé), os 
músculos que realizam a absorção do impacto pela 
falta da ativação correta como quadríceps e glúteos, 
favorecem o surgimento da fasciite plantar. 
Outro aspecto está relacionado ao treinamento 
com aumento de volume ultrapassando o limite 
fisiológico, e treinamento em subida (montanhas, 
serras e colinas). 
Tratamento conservador (Sem 
cirurgia)
Entre asvárias possibilidades de tratamento, o mais 
importante e avaliar a origem do problema se está 
na técnica de corrida, no treinamento inadequado 
ou em algum equipamento específico que esteja 
favorecendo a lesão. 
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
A baropodometria que consiste em um equipamento que avalia como está a pressão nos pontos 
do pé e o centro de gravidade, com esse parâmentro somado a uma avaliação específica de 
movimento poderá analisar especificamente a causa da lesão. Através dessa avaliação podemos 
interpretar que região precisará maior mobilidade tornozelo, joelho quadril e qual a musculatura 
precisaremos ativar com mais intensidade para obter uma resposta na Fasciite plantar.
Mobilidade
Relaxamento musculatura intrínseca do pé
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Relaxamento musculatura intrínseca do pé
Alongamento de panturrilha 
e fáscia plantar
Controle motor
Ativação músculos intrínsecos do pé.
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Ativação músculos intrínsecos do pé.
Ativação muscular de gastrocnêmio 
(panturrilha) com músculos do pé.
Retorno para corrida
Após a lesão o corredor poderá a voltar a treinar com dor residual, baixo volume de treinamento 
e terreno plano, deverá ser corrigido o gesto da corrida para melhorar ao máximo absorção de 
impacto utilizando todo o membro inferior a favor da eficiência da corrida.
Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento padrões de movimento que possa favorecer a fasciite plantar, a 
pronação excessiva (arco do pé desabado) não é o fator determinante para a lesão mais somados 
a falta de mobilidade e controle motor adequado poderá levar a sobrecarga da fáscia plantar.
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TENDINITE DE CALCÂNEO “AQUILES”
O tendão calcâneo “Aquiles” é fundamental para os corredores, ele é responsável 
principalmete por acumular energia elástica e liberar em forma de desempenho se 
utilizado a técnica correta, tem um papel importante na absorção do impacto produzido 
na corrida.
Os sintomas da tendinite de calcâneo inicia com uma dor leve seguido de um inchaço no tendão, 
se a tendinite ficar crônica poderá provocar um espessamento do tendão. Normalmente o 
corredor sente após um treino e corrida e com a evolução do quadro os sintomas aparecem 
para subir e descer escada, para fazer agachamento e atividades diárias.
Principais causas
Normalmente as principais causas da tendinite de Aquiles e a intensidade do 
treinamento sobre o tendão sem estabelecer o tempo necessário para a recuperação 
da estrutura, demanda de volume treinamento sem estabelecer o tempo necessário 
de adaptação do tendão.
A técnica de corrida com a passada (cadência) baixa pode levar ao excesso de carga 
sobre o tendão, além de algumas questões envolvendo a diferença no comprimento 
dos membros inferiores e a pronação excessiva do pé.
A falta de controle do movimento, ou seja, a musculatura específica de absorção do 
51
A mobilidade do tornozelo é peça chave para gerar a absorção do impacto durante a 
corrida e estabilidade necessária, principalmente no movimento de dorsiflexão.
impacto do membro inferior como: glúteos, quadríceps e tríceps sural (panturrilha) 
precisam desempenhar um papel de absorver o impacto produzido através de uma 
desaceleração do movimento (Movimento excêntrico) e com a energia acumulada 
dessa desaceleração produzir o movimento de impulsão, qualquer interrupção desse 
ciclo criará uma área de sobrecarga podendo desenvolver um tendinite principalmente 
joelho e tendão calcâneo.
A mobilidade do tornozelo é peça fundamental para as origens da tendinite de calcâneo, 
principalmente movimento de dorsiflexão que se estiver limitado, evitará que o tendão 
calcâneo trabalha sobre a amplitude completa do tornozelo.
Tratamento conservador 
O trabalho conservador da tendinite envolve investigar a causa da sobrecarga do 
tendão, uma análise de marcha e corrida na esteira em câmera lenta pode auxiliar 
principalmente no momento do contato inicial e como está absorção do impacto no 
membro inferior.
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O exercício excêntrico é utilizado como uma alternativa de tratamento interessante, estudos 
demonstram que trabalho excêntrico do tendão provoca um realinhamento das fibras, 
reorganizando o sistema. O intuito inicial desses exercícios e estimular o tendão e não o 
fortalecimento para aumento de força, iniciar com carga pequena e fundamental o atleta não 
ter dor.
Exercício excêntrico
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE 
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Liberação miofascial para 
tendão calcâneo.
Liberação miofascial com 
dorsiflexão para tendão calcâneo. 
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Trabalho para movimento de tendão calcâneo.
Controle motor
Retorno para corrida
Após a lesão do tendão calcâneo, o trabalho de educativos para treinar a absorção de impacto é 
essencial antes de aumentar o volume de treinamento. A mudança de técnica e aprimoramento 
para utilizar a força de desaceleração é fundamental para a saúde dos tendões.
Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento padrões de movimento para detectar a origem da sobrecarga do 
tendão calcâneo deve se observar principalmente o movimento de absorção durante o contato 
do pé como o solo do atleta, uma dica importante e o som produzido pelo contato do pé com 
a esteira, normalmente o atleta que não consegue ter uma boa absorção do impacto tem 
muito barulho de batida do pé. Para reduzir esse impacto deverá ser alterado o comprimento 
do passo, ou seja, aumentar a cadência e utilizar todos os recursos do membro inferior, flexão 
do quadril, joelho e dorsiflexão do tornozelo.
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REFERÊNCIAS
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with Tibial Stress Fracture in Female Runners. Medicine & Science in Sports & Exercise 2006, 
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walking and running: implications for energy cost. J Appl Physiol 2004. 97, 2266-74.
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