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Resumos Aprendizagem final

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1 
 
Resumos Aprendizagem 17-03 
 O que é Aprendizagem? 
Definição e Enquadramento: 
 “A modificação do comportamento, relativamente permanente e resultante da 
experiência.” (Howe, 1984) 
 “Termo muito geral que se refere ao processo que conduz a uma mudança 
relativamente permanente no comportamento como resultado da experiência 
passada.” (Sprinthall & Sprinthall, 1993) 
 “É uma mudança relativamente estável do comportamento resultante da experiência. 
Ela ocorre quando os organismos beneficiam da experiência para que seus futuros 
comportamentos sejam mais bem adaptados ao ambiente.” (Gazzaniga & Heatherton, 
2005) 
 “Construção pessoal resultante de um processo experiencial interior à pessoa e que se 
traduz numa modificação de comportamento relativamente estável.” (Tavares e 
Alarcão, 1992) 
Exemplos de aprendizagem: 
 Uma criança memoriza um poema; 
 Um rato encontra o seu caminho dentro de um labirinto; 
 Um bebé tenta imitar um adulto a dizer adeus; 
 Um aluno tem medo da matemática; 
 Um empresário de repente vê a solução para um problema difícil; 
 Entre outros. 
Na definição de Howe (1984), o objeto da aprendizagem é a mudança. 
Nem todas as mudanças se devem a aprendizagens – reflexos, drogas, … 
Nem sempre a aprendizagem é consciente e deliberada, correta ou adaptativa. 
Características da aprendizagem: 
 Processo: 
 Não é fugaz e momentânea, acontece ao longo do tempo. 
 Construção pessoal: 
 Nada se aprende sem que passe pelo “filtro” da nossa experiência; 
 Integramos o que aprendemos dando-lhe o nosso cunho pessoal. 
 Modificação do comportamento: 
 A aprendizagem não se verifica em si mesma, apenas na mudança de 
comportamentos. 
 Conceções de aprendizagem: 
 Aquisição de respostas (comportamentalistas) 
 Aquisição de conhecimento (cognitivistas) 
 Construção de significados (construtivistas) 
 
 
 2 
 
 Abordagem Comportamentalista 
WATSON 
 O termo comportamentalismo/behaviorismo está associado ao seu fundador: John 
Watson (1878-1958); 
 Estudo científico puramente objetivo do comportamento humano (Só podemos estudar 
aquilo que é passível de ser observado/medido); 
 Psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental; 
 Objetivo: predição e o controlo do comportamento; 
 Comportamento manifesto é o único indicador válido de atividade psicológica; 
 Os seres humanos e os animais nascem com potencial para aprender qualquer coisa  
Ideia da “tábua rasa”; 
 Watson desenvolve ideias do behaviorismo depois de tomar conhecimentos das 
experiências de Pavlov. 
 “Dê-me uma dúzia de bebés saudáveis e bem formados e o meu próprio mundo 
específico para os criar, e eu garanto que poderei escolher qualquer um deles, 
aleatoriamente, e treiná-lo para se tornar especialista em algo que eu quiser: médico, 
advogado, artista e inclusive mendigo ou ladrão, independentemente dos seus talentos, 
inclinações, capacidades, vocações ou raça.” 
PAVLOV 
Condicionamento clássico: 
 Aprendizagem é vista como um processo de condicionamento; 
 Pavlov desenvolveu estudos sobre o reflexo salivar, que ocorre quando o estímulo 
“alimento” é apresentado a animais famintos. 
 A salivação ao ver uma tigela de comida, não sendo um reflexo inato, deve ter sido 
aprendido por meio da experiência. 
Experiência de Pavlov  A campainha condicionava o cão a salivar  Pavlov chamou a isto 
reflexo condicionado 
Conceitos-chave do condicionamento clássico: 
 Estímulo incondicionado: Suscita de maneira natural, constante e espontânea uma 
resposta em grande parte dos organismos - carne. 
 Estímulo neutro: Qualquer acontecimento do meio que tem como característica não 
elicitar resposta – campainha. 
 Resposta incondicionada: Resposta natural e automática do organismo ao estímulo 
incondicionado – salivação. 
 Estímulo condicionado: Estimulo neutro tornado ativo. Suscita uma resposta depois de 
condicionado – campainha depois do condicionamento. 
 Resposta condicionada: Resposta similar à incondicionada, mas suscitada pelo estímulo 
condicionado; resposta aprendida – salivação depois do condicionamento. 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depois de estudar os conceitos iniciais decidiu estudar outros processos que se associavam ao 
condicionamento. 
O condicionamento era a base de como os animais aprendiam a adaptar-se ao meio ambiente 
 Aprendendo quais os objetos que provocam trazem prazer ou dor – adquirem 
comportamentos adaptativos. 
Outros conceitos-chave do condicionamento clássico: 
 Aquisição: 
 Aprendizagem inicial de um comportamento; 
 Formação gradual de associações entre estímulos condicionados e incondicionados; 
 Elemento critico – CONTINGÊNCIA TEMPORAL: devem ser apresentados juntos no 
tempo, ou com o menor espaço de tempo possível. 
 Extinção: 
 Quando o estímulo condicionado deixa de predizer o estímulo incondicionado; 
 A extinção inibe, não rompe o vínculo associativo. 
 Recuperação espontânea: 
 Estimulo condicionado extinto produz nova e temporariamente a resposta 
condicionada. 
 Generalização: 
 Estímulos semelhantes produzem a resposta condicionada; 
 É adaptativa na medida em que o estímulo condicionado, na natureza, raramente é 
experienciado de modo idêntico. 
 Discriminação: 
 Distinções muito ténues entre estímulos semelhantes, quando um está associado 
ao estímulo condicionado e o outro não. 
 Condicionamento de 2ª ordem: 
 Quando um estímulo condicionado não fica associado a um incondicionado, mas a 
outros estímulos associados a um incondicionado; 
 Ajuda a explicar a complexidade das aprendizagens aprendidas. 
 
 4 
 
 Diz-se que há aprendizagem na medida em que a resposta passa a manifestar-se 
também na presença de um estímulo que originalmente não a suscitava; 
 A aprendizagem poderia conceber-se como um processo de desenvolvimento de 
reflexos condicionados que se obteriam substituindo estímulos não condicionados por 
estímulos condicionados; 
 Este modelo é útil para explicar aprendizagens relacionadas com respostas automáticas, 
nomeadamente respostas emocionais. 
Contribuição do Condicionamento Clássico para explicar Fobias: 
 Fobia é um medo que se adquire e é desproporcional à ameaça real; 
 De acordo com o Condicionamento Clássico as fobias desenvolvem-se pela 
generalização de uma experiência de medo; 
 Experiencia de guerra, picada de inseto, apresentação em púbico, momento de 
avaliação  Resposta emocional condicionada. 
THORNDIKE 
Estudou algumas noções relativas à aprendizagem que, posteriormente, foram exploradas de 
forma mais sólida com Skinner. 
APRENDIZAGEM = RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
Estabelecer uma conexão a nível do sistema nervoso, entre estímulo e reação, através de uma 
série de tentativas-erros. 
Leis da aprendizagem: 
 Lei do exercício; 
 Lei do efeito; 
 Lei da maturidade específica. 
Lei do exercício: 
A prática leva a uma melhoria, mas só se for seguida de um feedback positivo ou de uma 
recompensa, ou seja, a repetição por si só não conduz à aprendizagem, só se for acompanhada 
de resultados positivos; quanto mais uma conexão for utilizada, mais forte se tornará, quanto 
menos for utilizada mais fraca se tornará. 
Lei do efeito: 
A conexão entre estímulo e reação é reforçada ou enfraquecida conforme a satisfação, ausência 
de satisfação ou aborrecimento que acompanha a ação. 
Uma conexão E-R é fortalecida (e então há aprendizagem) se for seguida de 
satisfação/recompensa, assim como é enfraquecida se for seguida de aborrecimento/punição. 
O que é que será mais eficaz: a recompensa para fortalecer ou a punição para enfraquecer? 
 
Lei da maturidade específica: 
Se o organismo estiver preparado para estabelecer a conexão entre o estimulo e a reação, o 
resultado é agradável e há aprendizagem; se não, o resultado não é agradável e a aprendizagem 
é inibida. 
 5 
 
SKINNER 
O condicionamento clássico é um processorelativamente passivo em que o sujeito associa 
eventos que acontecem à sua volta. 
 
Mas esta forma de condicionamento não explica comportamentos que ocorrem devido à ação 
por parte do sujeito. 
 
A maior parte dos comportamentos são operantes: atuam sobre o meio em que o indivíduo se 
insere, modificando-o e sendo modificado por ele. 
Condicionamento Operante: Processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação 
determinam a probabilidade de ela se realizar. 
O condicionamento operante envolve a interação entre o organismo e o meio: 
1 - Circunstância em que a resposta/comportamento ocorre 
2 - Resposta/Comportamento 
3 - Consequência da resposta/comportamento 
 Importância das consequências das respostas 
 Tónica nas consequências das respostas 
 
Aumentam a probabilidade do comportamento ocorrer – reforço 
Diminuem a probabilidade do comportamento ocorrer – punição 
Conceitos-chave: 
 Reforço: 
 Positivo ou negativo; 
 Primário (reforço por si só) ou secundário (pode ser algo neutro mas que acaba por 
ter valor de reforço (Ex: elogio); 
 Punição: 
 Não dá alternativa ao comportamento a suprimir; 
 Positiva ou negativa. 
 Extinção: 
 Desconexão de uma relação entre resposta e consequências reforçadoras; 
 Numa 1ª fase pode levar ao aumento do comportamento em procura da resposta 
mas depois é cessado. 
 Generalização: 
 Como as situações partilham propriedades comuns o comportamento passa a ser 
emitido em novas situações semelhantes aquelas em que foi reforçado. 
 
 
 6 
 
 Discriminação: 
 Numa situação o comportamento é consistentemente reforçado; noutras 
semelhantes é consistentemente não reforçado, é provável que haja distinção entre 
o estímulo correto para obter determinada resposta. 
BANDURA 
 Apesar de se incluir na linha das abordagens comportamentalistas, Bandura introduz 
muitos conceitos de natureza cognitiva. 
 Admite uma interpretação de natureza cognitiva ao nível dos estímulos e das 
consequências das respostas - antecedentes e consequentes ao comportamento. 
 Apesar de muitas aprendizagens terem lugar através do treino e do reforço direto, há 
muitos comportamentos que não aprendemos fazendo, mas sim observando os 
outros. 
 A aprendizagem observacional ou modelagem acontece através da aquisição ou da 
modificação de comportamentos após exposição a outras pessoas que realizam a 
mesma ação. 
 Animais e humanos reproduzem o comportamento de modelos. 
 As aprendizagens podem desencadear-se de forma natural ou intencional. 
 A modelagem pode ser direta, por representação pictórica ou descrição verbal. 
Para que haja aprendizagem devem verificar-se quatro subprocessos: 
1 - Atenção: 
 Sem atenção não há modelagem; a exposição não é suficiente; 
 Características que influenciam a atenção concedida ao modelo: 
o Do observador; 
o Do modelo; 
o Das atividades modeladas. 
 Características do Observador: 
o Capacidades sensoriais; 
o Capacidade de processamento de informação; 
o Memorização; 
o Concentração; 
o Experiências passadas; 
o Personalidade; 
o (…) 
 Características do modelo: 
o Estatuto social; 
o Competência; 
o Poder; 
o Aparência; 
o Idade; 
o (…) 
 Características das atividades modeladas: 
o Valor funcional; 
o Forma de apresentação; 
o Complexidade; 
o (…) 
 7 
 
2 - Retenção: 
 Para além da Atenção, a Retenção é essencial para a transformação do reportório 
comportamental; 
 A informação modelada deve ser representada e codificada - fase de retenção; 
 Fatores que influenciam a retenção de um acontecimento observado: 
 Codificação e organização simbólica: 
 Para ocorrer aprendizagem o sujeito deve ser capaz de transformar as 
observações numa série de símbolos verbais e imagéticos; 
 Esta simbolização deve ser organizada em relação com outras representações 
cognitivas – de modo a que a informação adquira maior sentido e 
funcionalidade. 
 Prática cognitiva: 
 O exercício simbólico de um comportamento aumenta a probabilidade da sua 
retenção; 
 Na impossibilidade de exercitar comportamental no imediato é necessário 
recorrer à representação imagética. 
 Prática comportamental: 
 O exercício comportamental de uma resposta aprendida é uma condição 
fundamental para a sua retenção; 
 A aprendizagem por observação torna-se mais eficaz quando um 
comportamento é exercitado de um modo simbólico e comportamental. 
 Competência e estruturas cognitivas do observador: 
 A retenção de um comportamento depende das competências cognitivas dos 
sujeitos bem como dos esquemas conceptuais prevalentes 
3 - Produção: 
 Os códigos simbólicos armazenados na memória orientam o desempenho do novo 
comportamento; 
 O grau de aprendizagem observacional de um indivíduo depende da aquisição de todas 
as componentes do comportamento; 
 No entanto, ainda que tenha adquirido todas as componentes, pode não conseguir 
coordenar as diversas ações – importância do feedback corretivo. 
4 - Processos Motivacionais: 
 Embora um indivíduo possa adquirir, reter e possuir as capacidades necessárias para um 
desempenho adequado do comportamento modelado, uma aprendizagem raramente 
se tornará manifesta se for sancionada negativamente; 
 Aprendizagem social e condicionamento operante – noções semelhantes de como o 
reforço e a punição influenciam o comportamento; 
 O reforço e a punição têm um papel fundamental no desempenho e na motivação para 
a ação; 
 Conceitos importantes: 
 Reforço; 
 Reforço vicariante (a observação de um modelo a ser reforçado por determinada 
execução aumenta a probabilidade de emissão de uma resposta imitativa); 
 8 
 
 Autorreforço (o autorreforço por parte do modelo influencia a quantidade e 
qualidade das respostas). 
Abordagem comportamentalista – Síntese 
 Watson: 
o Fundador do behaviorismo; 
o Baseou-se nos estudos de Pavlov. 
 Pavlov: 
o Condicionamento clássico; 
o O sujeito é passivo; 
o Estabeleceu o conceito de “reflexo condicionado” (ou aprendido). 
 Thorndike: 
o Introduz a noção de aprendizagem influenciada pelas consequências. 
 Skinner: 
o Condicionamento operante (o sujeito é ativo); 
o Debruçou-se sobre as consequências de determinada ação para o processo de 
aprendizagem. 
 Bandura: 
o Aprendizagem social (por moldagem); 
o Autor de transição para as abordagens cognitivistas. 
 Para os comportamentalistas o homem é, fundamentalmente, um organismo que 
responde a estímulos exteriores de modo mais ou menos automático. 
 Aprendizagem como forma de condicionamento resultante da associação entre 
estímulos específicos e reações específicas, suscetíveis de serem reforçadas. 
 São teorias que realçam o “saber fazer”, o comportamento observável. 
 
 
 Abordagem Cognitivista 
APRENDIZAGEM = AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTOS 
 Não pode ser vista como pequenas associações estímulo-resposta; 
 Requer pensamento e discernimento – representação e processamento de informação; 
 Foco nos processos internos; 
 Descura os aspetos motivacionais e emocionais; 
 Sujeito como processador da informação: recebe, transforma, armazena e recupera a 
informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
Teoria da forma (Koffka, Köhler & Wertheimer) 
 Reação contra a visão mecanicista das abordagens comportamentalistas; 
 Sujeito interpreta e organiza o que se passa à sua volta em termos de conjuntos e não 
apenas de elementos isolados. 
 Todo diferente de soma das partes. 
 Solução surge como uma espécie de intuição - “insight”; 
 Solução surge porque há a compreensão do conjunto dos elementos e relações entre si 
e não dos elementos isolados; 
 Solução estável e passível de transmissão para outras situações; 
 ≠ Thorndike: erros não são fortuitos; conceçãodos erros como inteligentes, reveladores 
de um processo da solução do problema. 
 
 
 
 
 
Teoria do campo (Lewin) 
 Toda a atividade psicológica, e portanto também a aprendizagem, se realiza num campo 
de ação em que um conjunto de fatores interferem e condicionam o comportamento 
de uma pessoa em determinada situação; 
 Ex. Pedido a um médico e a uma atriz que decorassem uma poesia num dado tempo. 
Teoria da forma (Koffka, Köhler & Wertheimer) e campo (Lewin) 
 É comum agrupar as teorias e falar de Teoria da forma e campo. 
 Conceção da Aprendizagem: 
 Consiste numa mudança na estrutura cognitiva do sujeito ou na maneira como ele 
percebe, seleciona e organiza os objetos e os acontecimentos e lhes atribui 
significado; 
 Situa-se entre 2 polos: as experiências anteriores e os fins que o sujeito pretende 
atingir; 
 Tem de passar pelo interior do sujeito - tem de existir descoberta de significado, da 
organização, da ordem existente numa dada situação; 
 Deve assentar em 3 condições fundamentais: intuição (“insight”), finalidade e 
estrutura. 
PIAGET 
 Teoria de desenvolvimento – Aprendizagem; 
 Aprendizagem deve acompanhar o desenvolvimento; 
 Ensino consoante os estádios desenvolvimentais (sensório-motor; pré-operatório; 
operações concretas; operações formais); 
 Aprendizagem é um processo normal, harmónico e progressivo, de exploração, 
descoberta e reorganização mental, em busca da equilibração da personalidade. 
 10 
 
Estádios de desenvolvimento: 
 Sensório-motor (nascimento aos 2 anos): 
 A criança, através de uma interação física com o seu meio, constrói um conjunto de 
"esquemas de ação" que lhe permitem compreender a realidade e a forma como 
esta funciona; 
 A criança desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói alguns 
esquemas sensórios-motores coordenados e é capaz de fazer imitações genuínas 
(adquirindo representações mentais cada vez mais complexas). 
 Pré-operatório (dos 2 aos 6 anos): 
 A criança é competente ao nível do pensamento representativo mas carece de 
operações mentais que ordenem e organizem esse pensamento; 
 Criança é egocêntrica e com um pensamento não reversível, a criança não é ainda 
capaz, por exemplo de conservar o número e a quantidade. 
 Operações Concretas (dos 7 aos 11 anos): 
 Conforme a experiência física e concreta se vai acumulando, a criança começa a 
conceptualizar, criando "estruturas lógicas" para a explicação das suas experiências 
mas ainda sem abstração. 
 Operações Formais (dos 11 aos 15 anos): 
 Como resultado da estruturação progressiva do estádio anterior a criança atinge o 
raciocínio abstrato, conceptual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis e 
sendo capaz de pensar cientificamente. 
Fases de aprendizagem: 
 Assimilação: 
 Incorporação de elementos do meio externo (e.g. objeto, acontecimento...) a um 
esquema ou estrutura do sujeito; 
 Processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza 
possibilitando, assim, a ampliação dos seus esquemas mentais; 
 O indivíduo usa estruturas que já possui. 
 Acomodação: 
 Modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades 
do objeto a ser assimilado; 
 A acomodação pode ser de duas formas: criar um novo esquema no qual se possa 
encaixar o novo estímulo, ou modificar um já existente de modo que o estímulo 
possa ser incluído nele. 
 Após a acomodação, há uma tentativa de novamente encaixar o estímulo no 
esquema e aí ocorre o processo de assimilação; 
 Assim, a acomodação não é determinada pelo objeto e sim pela atividade do sujeito 
sobre este para tentar assimilá-lo; 
 O balanço entre assimilação e acomodação é chamado de ADAPTAÇÃO. 
 Equilibração: 
 É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior 
equilíbrio; 
 Uma fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma situação ocorra de 
determinada maneira, e esta não acontece. 
 
 11 
 
BRUNER 
 Aprendizagem é um processo ativo do sujeito (aprende, organiza e guarda a informação 
recebida); 
 Ensino pela descoberta e currículo de organização espiral; 
 O Conhecimento adquire-se a partir de problemas que se levantam, expectativas que se 
criam, hipóteses que se avançam e verificam, descobertas que se fazem; é depois 
organizado em categorias e relacionado com conhecimentos previamente adquiridos e 
armazenados no cérebro  Ensino pela descoberta (“discovery learning”) – 
aprendizagem ativa. 
 Tal com Piaget defende que o ensino deve acompanhar o desenvolvimento humano; 
 Aprendizagem começa por experiências ativas como a manipulação de objetos para 
depois passar ao estudo das representações dos objetos e das suas características e, 
mais tarde, aos conceitos mais complexos, lógicos e abstratos e às suas diferentes 
combinações e organização dos sistemas. 
Condições propícias para que a aprendizagem seja significativa para o sujeito: 
 Relação entre conhecimento novo e já adquirido; 
 Adequação dos tópicos em estudo à idade do indivíduo; 
 Utilização de estratégias pessoais de descoberta. 
Teoria do Ensino – Aprendizagem depende de 4 fatores: 
 Motivação: 
 Experiências que mais eficazmente desenvolvem no individuo uma predisposição 
para a aprendizagem: 
o Relação entre quem ensina e quem aprende; 
o Utilidade: relacionar o aprendido com o mundo exterior; 
o Atender ao contexto cultural; 
o Nível ótimo de incerteza no processo de aprendizagem. 
 
 Estrutura: 
 Como deve ser estruturado o conhecimento para que possa ser entendido pelo 
aluno; 
 A compreensão da estrutura geral permite a melhor compreensão de pormenores 
e relações; 
 Deve ter em conta nível de desenvolvimento do aluno – Currículo de organização 
espiral; 
 Modo de representação (verbal, icónica…), economia (quantidade), poder 
(aplicabilidade). 
 Sequência: 
 As condições mais eficazes para a apresentação de conteúdos; 
 Não há uma sequência única; 
 Deve ter-se em conta o estádio de desenvolvimento do indivíduo, o interesse, a 
natureza da matéria…; 
 De maior para menor economia. 
 Reforço: 
 Fundamental para o processo de aprendizagem e ensino; 
 Especificidade (de resultado e de progressos); 
 12 
 
 Timing (contingência). 
Bruner = Aprendizagem por descoberta. 
Abordagem cognitivista – síntese 
 Aprendizagem decorre mais dos processos pessoais e internos do que das condições 
manipuladas de estímulo e de reforço; 
 Paradigma do Processamento da Informação: 
 Processos cognitivos básicos; 
 Processos de compreensão e relacionamento entre a nova informação e os 
conhecimentos anteriores; 
 Processos envolvidos na elaboração das respostas ou resolução propriamente dita 
de problemas. 
 
 Abordagem Construtivista 
APRENDIZAGEM = CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS 
 Não se resume a ligações estímulo-resposta ou à aquisição de conhecimentos; 
 Ação, reflexão e abstração do aluno (papel ativo); 
 Afasta-se da repetição mecânica de respostas certas e da acumulação de conhecimentos 
mais ou menos integrados; 
 O aluno é o verdadeiro ator do processo; 
 “Para resolver um problema inteligentemente o aluno tem de encará-lo como um 
problema próprio. Ou seja, deve encará-lo como um obstáculo que obstrui a sua 
progressão para o objetivo” 
 Aluno é chamado a aprender por si próprio; 
 O conhecimento não é recebido passivamente, quer pelos sentidos quer pela 
comunicação, mas é ativamente construído pelo sujeito cognoscente  Protagonismo 
do aluno; 
 Se o aluno não estiver disposto a aprender é impossível que a aprendizagem ocorra – 
pelo menos de uma forma profunda e significativa; 
 Ensino deixa de ser transferência de informação para a memória dos alunos; 
 Conhecimento é ativamente construído pelo aluno; 
 Novas aprendizagens ancoradas em conhecimentos prévios; 
 Sucesso educativo mede-se pela progressiva autonomia da aprendizagem, do pensar edo aprender do aluno. Aluno deve “aprender a aprender”. 
 Aprendizagens possíveis a partir de anteriores conhecimentos, crenças, representações, 
experiências prévias como ancoradouros das novas aprendizagens; 
 Sucesso educativo  Mede-se pela progressiva autonomia da aprendizagem, do pensar 
e do aprender do aluno  Escola com outras aprendizagens para além das estritamente 
cognitivas (aprender a ser, aprender a interagir com outros…); 
Autorregulação da aprendizagem 
 O papel da escola é equipar o aluno cognitiva e motivacionalmente para o processo de 
aprendizagem ao longo da vida; 
 Definir estratégias facilitadoras da aprendizagem; 
 13 
 
 Monitorizar e controlar os resultados das estratégias na aprendizagem (correu bem? 
Não correu porquê? Esta estratégia resultou ou tenho de adotar outras?); 
 Envolver o aluno na definição das estratégias e na monitorização dos resultados. 
A aprendizagem de sucesso tem implicados alguns fatores: 
 Estabelecimento de objetivos em sucessivos momentos de aprendizagem; 
 Envolvimento na tarefa; 
 Planeamento e gestão de tempo; 
 Aplicação de estratégias válidas; 
 Ambiente produtivo de trabalho; 
 Monitorização das realizações; 
 Previsão de resultados a partir do esforço; 
 Busca de ajuda se necessário; 
 Crenças positivas nas capacidades próprias e valor do trabalho. 
Autorregulação da aprendizagem: 
 Processo ativo em que os sujeitos estabelecem os objetivos que norteiam as suas 
aprendizagens, tentando monitorizar, regular e controlar as suas cognições, motivação 
e comportamento com o intuito de os alcançar; 
 Processos pelos quais os alunos ativam e sustêm cognições, comportamentos e afetos 
que são sistematicamente orientados para alcançar os seus objetivos; 
 Grau no qual os alunos se sentem metacognitiva, motivacional e comportamentalmente 
participantes no processo de aprendizagem. 
 
Ou seja: para que os alunos possam dizer-se autorregulados, a sua aprendizagem deve 
envolver o uso de estratégias específicas para alcançar os objetivos escolares estabelecidos 
com base na sua perceção de autoeficácia. 
 É necessário: 
 Estratégias específicas: 
o Servem para adquirir competências ou informação, usadas para atingir um 
objetivo e que requerem envolvimento ativo do aluno. 
o Não se resume à mera aplicação de estratégias, o aluno deve controlar e 
monitorizar a implementação destas. 
o Estas estratégias incluem: 
- Organização e transformação do material; 
- Procura de informação; 
- Utilização da memorização e compreensão; 
- (…). 
 Objetivos escolares: 
o Variam relativamente à sua natureza e ao timing necessário para os alcançar. 
o Exemplos mais comuns: 
- Obtenção de classificações escolares elevadas; 
- Aumento do reconhecimento social; 
- Alargar o leque de oportunidades de trabalho. 
 
 14 
 
 Autoeficácia: 
o Refere-se à perceção do aluno sobre as suas próprias capacidades de 
organização e implementação das ações necessárias para alcançar determinado 
objetivo. 
 
Sou, ou não, capaz de implementar as estratégias que desenhei para mim e para o meu estudo? 
 
 “Autorregulação” está relacionada com o grau no qual os alunos se sentem: 
o Meta cognitivamente (desenvolvimento de estratégias para aprender melhor); 
o Motivacionalmente (perceção de autoeficácia); 
o Comportamentalmente (as minhas ações têm por base o cumprimento de 
objetivos); 
o Participantes no processo de aprendizagem. 
 Existem vários modelos de autorregulação da aprendizagem, no entanto, todos 
partilham um conjunto de assunções gerais: 
o Os alunos são encarados como construtores ativos dos seus próprios significados, 
objetivos e estratégias a partir da informação disponível; 
 Existem vários modelos de autorregulação da aprendizagem, no entanto, todos 
partilham um conjunto de assunções gerais: 
o Os alunos podem monitorizar, controlar e regular certos aspetos da sua cognição, 
motivação e comportamento, tal como alguns aspetos do ambiente de trabalho; 
o Há critérios, objetivos ou valores de referência que permitem ao aluno avaliar os 
resultados obtidos e ponderar sobre a necessidade de mudança das estratégias. 
Abordagem Construtivista  Modelo PLEA 
PLEA  Planear, executar e avaliar 
Planear: 
 Aluno analisa a tarefa específica de aprendizagem em causa: 
o Que recursos pessoais e ambientais tenho para lhe responder? 
o Estabeleço um objetivo; 
o Estabeleço um plano que diminua a distância em relação à meta final. 
 Estabelecimento de objetivos: 
o Objetivos proximais (subdividir uma matéria); 
o Objetivos centrados na aprendizagem; 
 Seleção de estratégias de aprendizagem. 
Estes dois elementos são influenciados pelas crenças de autoeficácia e pelo interesse intrínseco 
na tarefa. 
Executar: 
 Informação sobre progressos e fracassos face a determinado critério de referência 
(classificação, objetivos, sucesso dos pares); 
 Observação do contributo de dadas táticas para o processo de aprendizagem, 
adaptação das mesmas se necessário; 
 15 
 
 Exemplo: se só estou a ler apontamentos e chego ao fim e não lembro nada – talvez 
resumos!) – escolha estratégica de estratégias de aprendizagem. 
 Implementação de estratégias visando alcançar um dado resultado; 
 Auto monitorização das estratégias e sua eficácia tendo em conta o objetivo 
estabelecido. 
Avaliar: 
 Análise do produto de aprendizagem vs. Objetivo proposto para si próprio; 
 Implica não só a identificação de discrepâncias, mas também a definição de propostas 
de estratégias para reduzir essas discrepâncias. 
 
Planificação: 
 Autoavaliação: 
o Avaliações dos alunos sobre a qualidade ou progresso do seu trabalho; 
o Crenças de autoeficácia; 
o Atribuições causais. 
 Estabelecimento de objetivos e planeamento: 
o Objetivos CRAva: Concretos, Realistas e Avaliáveis 
o Faseamento dos objetivos no tempo; 
o Horários de estudo; 
o Calendários/agendas; 
o Plano individual de melhoria. 
 Estrutura Ambiental: 
o Selecionar ou alterar o ambiente físico/psicológico de modo a facilitar a 
aprendizagem; 
o Espaço organizado, com tudo o que vai ser necessário à mão; 
o Eliminação dos distratores. 
 16 
 
 Procura de ajuda social: 
o Procura de ajuda junto de colegas, professores, pais,… 
Execução: 
 Organização e transformação: 
o Reorganização e melhoria dos materiais de aprendizagem; 
o Leitura, sublinhado, resumos, esquemas. 
 Procura de informação: 
o Adquirir informação extra de fontes não sociais perante uma tarefa escolar. 
 Tomada de apontamentos: 
o Registar eventos, resultados, notas. 
 Repetição e memorização: 
o Memorizar factos ou dados; 
o Apostar na memorização compreensiva; 
o Utilização de mnemónicas. 
Avaliação: 
 Auto consequências: 
o Imaginação ou concretização de recompensas ou punições em face dos resultados. 
 Revisão de dados: 
o Reler apontamentos e outras informações, para se preparar para uma aula ou para 
um exercício escrito. 
Características de um aluno que autorregula a sua aprendizagem: 
 Assume um papel ativo no seu processo de aprendizagem; 
 Possui uma imagem clara dos seus objetivos; 
 Está consciente de algumas dificuldades que podem afetar a aprendizagem; 
 Utiliza, de forma consciente e deliberada, estratégias de aprendizagem específicas para 
atingir os seus objetivos; 
 Regula pensamentos, sentimentos e ações; 
 Apresenta elevados níveis de autoeficácia; 
 Tem um interesse intrínseco e um elevado envolvimento na execução das tarefas; 
 Ajusta o seu comportamento em função dos seus progressos face aos objetivos 
predefinidos; 
 Objetivos inespecíficos e distais vs. específicos e hierarquizados; 
 Autoeficácia baixa vs. elevada; 
 Plano de trabalho difuso vs. centrado na tarefa; 
 Autoavaliação inexistente vs. existente; 
 Atribuições à capacidade vs. à estratégia. 
Como se desenvolve a autorregulação na aprendizagem: 
 Contrariamente a uma crença instalada,a autorregulação não apresenta uma natureza 
nem uma origem associal. 
 Cada processo ou comportamento autorregulatório pode ser ensinado diretamente ou 
modelado pelos pais, professores ou colegas. 
 A autorregulação emerge também das experiências diretas. Os alunos só desenvolvem 
a autorregulação se vivenciarem oportunidades de a praticar e exibir autonomamente. 
 17 
 
 Inicialmente, a competência académica desenvolve-se a partir de fontes sociais, para 
depois passar para o controlo do próprio sujeito (aprofundar em Rosário, 2002, pp. 34-
37). 
Como melhorar a autorregulação da aprendizagem? 
PROJETO SARILHOS DO AMARELO 
Descrição: Este projeto preventivo está orientado para discutir com crianças sub 10 (desde o 
pré-escolar – 4 e 5 anos – até ao 1º Ciclo do Ensino Básico), questões sobre estratégias e 
processos de autorregulação da aprendizagem, equipando-as para poderem enfrentar as suas 
atividades e tarefas de aprendizagem com maior qualidade e profundidade. A ferramenta 
Sarilhos do Amarelo é um texto que descreve um conjunto de aventuras vividas pelas cores do 
arco-íris em busca do seu amigo Amarelo perdido no bosque. Esta estória constitui uma 
oportunidade para trabalhar com as crianças um leque de estratégias de aprendizagem e de 
processos de autorregulação, capacitando-as para aprender a aprender e, desta forma, 
promover o futuro sucesso escolar. Neste sentido, são oferecidos aos educadores quer um 
marco teórico que lhes permite compreender a estrutura do projeto, quer um conjunto alargado 
de propostas de atividades a desenvolver a partir da narrativa. 
Objetivos: Ensinar os processos de autorregulação da aprendizagem (É importante que as 
crianças, quanto mais cedo melhor, conheçam os processos envolvidos no aprender, no trabalho 
de equipa e na resolução de problemas. Este conhecimento declarativo e procedimental, sobre 
o que são e como se operacionalizam os processos envolvidos no aprender, facilitará o 
conhecimento condicional sobre como e onde aplicar as estratégias de autorregulação 
aprendidas); Trabalhar com crianças do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico um repertório 
de estratégias de aprendizagem que as ajudem nas suas aprendizagens escolares futuras e na 
vida (O desenho deste projeto está orientado para que as crianças reflitam sobre os processos 
e as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos protagonistas da estória, enquanto treinam a 
aplicação destas estratégias de aprendizagem na escola e na sua vida). 
Racional: Este projeto de promoção de competências de estudo está ancorado na urgência da 
promoção das competências de autonomia e autorregulação da aprendizagem o mais cedo 
possível. Sob o guarda-chuva do modelo teórico sociocognitivo da autorregulação da 
aprendizagem, visa-se equipar as crianças com estratégias de aprendizagem que as auxilie a 
enfrentar as aprendizagens mais competentemente. Promover a autonomia e os processos de 
autorregulação da aprendizagem é uma componente fundamental no processo escolar e de 
formação ao longo da vida. 
Metodologia: O projeto apresenta um formato de estórias com o objetivo de trabalhar 
processos transversais ao aprender: planificar as tarefas, estabelecer objetivos, organizar 
recursos, monitorizar as tarefas, combater os distratores e avaliar os produtos. O trabalho 
autorregulatório realizado em sala a partir da estória tem de ser articulado com o trabalho 
desenvolvido pelos educadores no pré-escolar e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico. A 
estória Sarilhos do Amarelo pode ser fatiada e interrompida em função das necessidades 
educativas das crianças-alvo da intervenção, tendo sempre em consideração o marco teórico 
subjacente ao projeto. 
 
 
 18 
 
A importância do envolvimento do aluno na aprendizagem 
(DES)VENTURAS DO TESTAS: 
Princípios PIPA (Pilotar Para Aprender): 
1º Somos os primeiros responsáveis pela nossa aprendizagem; 
2º Errar é o preço a pagar para aprender e progredir; 
3º As perguntas são sempre uma ajuda para pensar; 
4º Primeiro compreender só depois memorizar; 
5º Não basta ir às aulas, para aprender é preciso estudar em casa. 
Como melhorar a autorregulação da aprendizagem? 
CARTAS DO GERVÁSIO AO SEU UMBIGO 
Descrição: Orientado para discutir com alunos do 1.° Ano da Universidade questões sobre: 
Estratégias e processos de autorregulação da aprendizagem. O objetivo é equipar os alunos para 
enfrentarem as suas tarefas de aprendizagem com maior qualidade e profundidade. 
Corresponde a um conjunto de cartas de um aluno do 1.°ano, o Gervásio, dirigidas ao seu 
Umbigo. Nestes textos, o Gervásio discorre e reflete sobre algumas das suas experiências na 
Universidade, acentuando o papel das estratégias e dos processos de autorregulação na sua 
aprendizagem. 
Objetivos: Ensinar os processos de autorregulação da aprendizagem (É importante que os alunos 
conheçam os processos envolvidos na aprendizagem, memorização e resolução de problemas); 
Trabalhar com os alunos um repertório de estratégias de aprendizagem que os ajudem nas suas 
aprendizagens na Universidade e na vida (O desenho do projeto está orientado para que os 
alunos reflitam sobre a sua aprendizagem enquanto treinam a aplicação destas estratégias de 
aprendizagem à sua vida académica). 
Racional: A escolha do 1º ano como alvo deste projeto de promoção de competências de estudo 
está ancorada na facilitação dos processos de adaptação à Universidade. Promover a autonomia 
e os processos de autorregulação da aprendizagem é uma componente fundamental no 
processo de adaptação às exigências da Universidade e de formação ao longo da vida. 
Metodologia: Cada carta está organizada em torno de um conjunto de estratégias de 
autorregulação da aprendizagem (e. g. estabelecimento de objetivos; organização do tempo; 
tomada de apontamentos; lidar com a ansiedade face aos testes; estratégias de memorização 
da informação). Estilo narrativo confere a esta ferramenta um carácter dinâmico permitindo 
uma adaptação ecológica ao contexto específico de aprendizagem. Estilo não prescritivo, 
humorístico e pouco ameaçador. Oportunidade de aprender um leque alargado de estratégias 
de aprendizagem e de refletir sobre situações, ideias e reptos em contexto. Proximidade 
experiencial facilita a discussão e a tomada de perspetiva dos alunos face aos conteúdos 
estratégicos apresentados no texto. Contextos de intervenção: O carácter plástico desta 
ferramenta permite que as cartas possam ser lidas como uma descrição romanceada da 
experiência de um aluno do 1ºano e discutidas num ambiente familiar descomprometido; 
trabalhadas no contexto da clínica psicológica, desenvolvendo apenas os tópicos julgados 
necessários; ou ainda analisadas sob o formato de programa de promoção de competências de 
estudo com um grupo de alunos interessados. 
 19 
 
 O que é a motivação? 
Definição e Enquadramento 
Ideias chave: 
 É um conceito amplamente utilizado no senso 
 Comum > presença constante no quotidiano; 
 Individuo vs Situação (e.g. alavanca); 
 Difícil definição; 
 Impacto no comportamento humano; 
 
 
Fundamental no processo de aprendizagem (Thorndike) 
 Relação estreita com outros processos psicológicos básicos: 
 Perceção; 
 Atenção; 
 Memória; 
Definições: 
 “As forças psicológicas internas de um indivíduo que determinam a direção do seu 
comportamento, o seu nível de esforço e a sua persistência face aos obstáculos” 
(George & Jones, 1999) 
 “As forças que atuam sobre e dentro do indivíduo, que iniciam e dirigem o seu 
comportamento” (Sims, Fineman & Gabriel,1993) 
 “A força que energiza e dirige o comportamento” (Serra Lemos, 2005) 
 As dimensões de motivação tendem a incluir várias dimensões: Estimulação, ação e 
esforço, movimento e persistência e recompensa. 
Motivação como processo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motivação pode ser de dois tipos: 
 Intrínseca (reforços internos); 
 Extrínseca(reforços externos). 
 20 
 
Teorias da motivação: 
 Teorias de conteúdo: 
 Focam-se na análise dos motivadores; 
 Procuram explicar a motivação através da ação; 
 O que motiva as pessoas? 
 Teorias do processo: 
 Focam-se na dinâmica da motivação; 
 Analisam a motivação de forma mais prática; 
 Como se desenrola o comportamento motivado? 
 Teorias gerais: 
 O foco são as aspirações genéricas dos seres humanos; 
 Não se centram exclusivamente no trabalho e no comportamento 
organizacional; 
 Exemplo: Maslow e Alderfer: discutem as necessidades gerais a qualquer ser 
humano que percorrem a sua vida. 
 Teorias específicas: 
 Focam-se no comportamento organizacional; 
 Não se desenvolveram com a mesma tentativa de grande alcance das teorias 
gerais; 
 Ainda que os objetivos possam ser entendidos de forma mais vasta; 
 Estas teorias centram-se em situações de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias de conteúdo (gerais): 
 Procuram explicar os motivadores do comportamento humano, entendidos de uma 
forma mais global (não circunscrita às situações de trabalho). 
 
1) Hierarquia das necessidades (Maslow, 1943) 
 Há uma ligação imediata a Maslow quando se fala de motivação; 
 Esta teoria é apenas uma parte do seu trabalho; 
 21 
 
 Discute/caracteriza como um “bom ser humano”/ser mais plenamente humano 
aqueles que se aproximam da autorrealização; 
 Mais do que a motivação, a teoria de Maslow procura compreender a natureza 
humana e o modo para criar condições para que o carácter positivo do ser humano 
se possa expressar; 
 Visão positiva da natureza humana – Psicologia Humanista; 
 A teoria foi desenvolvida com o objetivo de perceber a formação de neuroses 
(doenças provocadas pela privação de certas satisfações - a que chamou 
necessidades); 
 A possibilidade de satisfazer as necessidades permitiria a saúde psicológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pressupostos: 
 Necessidades não satisfeitas motivam o comportamento humano; 
 Precedência das necessidades mais básicas sobre as mais elevadas (ordem rígida e 
universal); 
 Estando satisfeitas as necessidades de um determinado nível, tornam-se ativas as 
necessidades do nível imediatamente seguinte, deixando as de nível anterior de ser 
motivadoras (progressão ascendente e linear na hierarquia); 
 Falta de evidência empírica. 
Foco nas necessidades de autorrealização: 
 A autorrealização pressupõe um foco em si, mas “fora da própria pele”… 
 … não pressupõe uma existência egocêntrica; 
 … pressupõe um foco em algo maior que o próprio ser. 
Novos conceitos introduzidos: 
 Peak experiencies: Experiência de autorrealização com um pico de carga vivencial – 
vivência intensa da experiência. 
 Plateau experiencies: Igual às Peak experiencies, mas sem o pico de carga vivencial – 
há uma vivência mais serena e duradoura da experiência. 
 Deficiency – Motivation (D-Motivation - motivação para suprimir uma necessidade – 
e.g. comer porque tem fome) vs Being – Motivation (B-Motivation - motivação para 
 22 
 
potenciar as suas competências – e.g. estudar para ser um bom profissional e se sentir 
um ser humano completo); 
Porque é que é tão difícil satisfazer as necessidades de autorrealização? 
 Receio de arriscar; 
 Receio do que significa procurar “ser mais” – ter mais responsabilidades (e.g. ser 
responsável por uma empresa, …); 
Porque é que é tão difícil satisfazer as necessidades de autorrealização? 
 Receio das alterações sociais e interpessoais: 
 Receio da rejeição; 
 Receio de não ser compreendido; 
 Receio da novidade e das alterações na vida.

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