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Dieta enteral precoce

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SÍNTESE SOBRE TERAPIA 
NUTRICIONAL ENTERAL PRECOCE 
 
 
 
Por: 
Ana Maria de Carvalho Seixas - 2019201691 
Eliane Pereira Passos - 2019102501 
Fernanda Menezes - 2016200384 
Katherine Bittencourt - 2018200192 
Laís Souza - 2014100181 
Rayane Melgaço - 2019201746 
 
 
 
Nutrição Enteral e Parenteral - Sara de Oliveira Correa 
 
 
 
 
 
 
 
O suporte nutricional é um modo de terapia primária indicada para pacientes em 
estado crítico de doença, que tem como objetivo proporcionar benefícios tanto 
nutricionais quanto não nutricionais, como: a manutenção da microbiota intestinal e 
diminuição do processo inflamatório oxidativo, e consequentemente a minimização 
da Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS). A sepse é uma condição 
comum a este grupo de pacientes e se dá pela presença da SIRS associada a um 
quadro de infecção; com isso, é comum que haja uma baixa aceitação alimentar 
pelos pacientes sépticos devido a fatores como anorexia, encefalopatia e 
insuficiência respiratória. Sendo assim, o processo inflamatório pode gerar perda 
substancial de massa livre de gordura, estando associado também à retenção de 
líquidos. 
De acordo com estudos, a introdução precoce da dieta tem demonstrado ser 
benéfica a fim de evitar que a ausência de nutrientes por muito tempo na luz 
intestinal altere a flora bacteriana, favorecendo a translocação de bactérias. 
Contribui também, dentre outros aspectos, para o aumento de síntese proteica e 
melhora da massa corporal magra, manutenção da integridade intestinal por diminuir 
a permeabilidade deste tecido, promover melhora da sensibilidade à insulina, 
aumento da capacidade absortiva do intestino, redução da inflamação e do estresse 
oxidativo. Foi observado que pacientes que sofreram trauma abdominal grave 
demonstraram menor número de complicações e infecções ao receber a dieta 
enteral precocemente. 
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) precoce é definida como a introdução da 
nutrição por via enteral nas primeiras 24 a 48 horas pós-internação, tendo como 
objetivo prover quantidades ideais de macro e micronutrientes conforme as 
necessidades nutricionais do paciente. A primeira semana de internação na UTI 
configura-se como uma janela de oportunidades na qual a inserção da dieta enteral 
pode amenizar a gravidade da doença e acelerar o processo de recuperação da 
resposta inflamatória sistêmica (SIRS). A nutrição insuficiente pode ser derivada de 
quadros de intolerância gastrointestinal, suspensão da dieta para a realização de 
procedimentos e até mesmo a qualificação deficiente de profissionais, 
principalmente quanto à nutrição. Sendo assim, a nutrição adequada e inserida 
precocemente neste período de internação é de extrema importância, e tem sido 
associada à longo prazo à melhor sobrevida e recuperação física em um período de 
3 a 6 meses pós-admissão na unidade de terapia intensiva (UTI). 
Ocorrências como queimaduras, traumas, infecções e cirurgias acabam gerando 
estresse no organismo, desencadeando como resposta uma série de mudanças 
fisiológicas e metabólicas com o intuito de proteger e manter funções essenciais 
como a oxigenação tecidual suficiente, o débito cardíaco, a volemia estável e o 
oferecimento e aproveitamento de substratos. 
Tal resposta metabólica pode ser dividida em três fases: 
 
● Fase Inicial: ​momento imediato pós-lesão; possui durabilidade entre 12 e 24 
horas. Nesta fase há o aumento das catecolaminas, e em contrapartida há a 
redução da insulina, da volemia, do débito cardíaco, da oxigenação tecidual, 
da temperatura corporal e do gasto energético, caracterizando um estado de 
Instabilidade Hemodinâmica. Visto que a instabilidade hemodinâmica é a 
principal e absoluta contra indicação para a nutrição, o paciente deverá ficar 
em dieta zero. 
 
● Fase Hipermetabólica: ​Fase onde será iniciada a nutrição ao paciente, tendo 
como objetivo a produção de energia para o reparo de lesões, evitando a 
utilização de aminoácidos de cadeia ramificada para esse fim. Nesta fase há o 
aumento do gasto energético, do catabolismo protéico, da temperatura 
corporal, do débito cardíaco e do consumo de oxigênio. 
 
● Fase anabólica: fase que ocorre alguns dias após o trauma e ao estresse 
sofrido. Recomenda-se iniciar a dieta com volume de 15 ml/h no primeiro dia, 
podendo aumentar para até 50 ml/h em 72h. 
 
Conclui-se que a dieta enteral precoce proporciona uma série de benefícios ao 
paciente, devendo ser proposta e discutida pela equipe médica, visando uma 
melhora rápida e evitando problemas ocasionados pela dieta zero, tendo em vista 
um melhor desfecho clínico. 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
- BEZERRA, Gleyce Kelly de Araújo; CABRAL, Poliana Coelho. Nutrição Enteral 
Precoce em Pacientes Críticos e sua Associação com Variáveis Demográficas, 
Antropométricas e Clínicas. ​Braspen Journal. ​São Paulo, p. 446-450. set. 2018. 
 
- CORREA, Sara. ​Terapia Nutricional no Trauma e Sepse​. Rio de Janeiro: IBMR, 
2020

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