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TCC TGD autismo

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FAPAN-Faculdade de Paraíso do Norte
Credenciado pela Portaria Nº 943 do MEC de Agosto de 2008. 
 
AUTISMO E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARLI BISPO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOÃO DO CAIUÁ 
2018 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwje5sLgif3cAhWIEZAKHYo6BEwQjRx6BAgBEAU&url=https://pt-br.facebook.com/fapan.psodonorte/&psig=AOvVaw0Kpw8rTo0rgkpOuQpzl0ma&ust=1534903683018200
 
MARLI BISPO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
AUTISMO E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 
 
 
 
 
Trabalho entregue á Faculdade de Paraiso do Norte, como 
requisito legal para a convalidação de competências para 
obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do Curso 
de TGD Educação Especial com ênfase em transtornos globais 
de Desenvolvimento e Altas Habilidades, conforme Normas 
Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2 da LDB 9394/96. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOÃO DO CAIUÁ 
2018 
MARLI BISPO DOS SANTOS 
 
 
 
 
AUTISMO E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 
 
 Os Desafios e as Necessidades da Inclusão 
 
 
 
Relatório final, apresentada a Faculdade de Paraiso do Norte 
para obtenção do Curso de TGD Educação Especial com ênfase 
em transtornos globais de Desenvolvimento e Altas Habilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOÃO DO CAIUÀ 
2018 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho tratara dos desafios da inclusão com as crianças autista, inserir 
as crianças com deficiência na educação básica compreende um processo de “desagregação”, po 
trata da construção de uma sociedade inclusiva, compromissada com esse público. E não pode 
ser entendida como um processo paralelo ao contexto da educação comum. Ou seja, o grande 
desafio, nesse sentido, é garantir o acesso, permanência e aprendizagem dos alunos que 
apresentam especificidades sensoriais, cognitivas, físicas e psíquicas na escola de ensino. Desde 
sua definição por Kanner, em 1943, o autismo apresentou-se como um mundo distante, estranho 
e cheio de enigmas refere por um lado, ao próprio conceito de autismo e as causas, as 
explicações e a soluções para esse trágico desvio do desenvolvimento humano normal. Apesar 
de enorme quantidade de pesquisas realizadas durante mais de meio século, o autismo continua 
ocultando sua origem e grande parte de sua natureza apresentando desafios à intervenção 
educativa e terapêutica. Esta síndrome é diagnosticada entre as crianças de 2 a 3 anos de idade 
apresentando algumas características específicas, como dificuldade na fala e em expressar ideias 
e sentimentos, mal-estar em meio aos outros e pouco contato visual, além de padrões repetitivos 
e movimentos estereotipados, como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e 
para trás. Estes sinais e sintomas variam de leves, que podem até passar despercebidos, mas 
também podem ser moderados a graves, que interferem muito no comportamento e na 
comunicação da criança. 
 
 
 
 
Palavras- Chaves: Autismo, Síndrome, Crianças, Idade, Sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O autismo é um transtorno emocional, produzido por fatores emocionais ou 
afetivos inadequados na relação da criança. Tais fatores dão lugar a que a personalidade 
da criança não possa constituir-se ou que se transtorne. Desse modo, mães e / pais 
incapazes de proporcionar o afeto necessário para a criação produzem uma alteração 
grave do desenvolvimento de criança que teriam sido proporcionalmente normais e que 
seguramente possui uma inteligência muito melhor do que parece, mas que não pode 
expressar por sua perturbação emocional e de relação. 
O emprego de uma terapia dinâmica de estabelecimento de laços emocionais 
saudáveis é a melhor maneira de ajudar a criança autista. A aprendizagem escolar 
orienta e estimula processos internos do desenvolvimento. Como enfatiza Vigotski 
(1988), a escola é um espaço privilegiado de acesso ao conhecimento, a forma culturais 
de perceber e estruturar a realidade. Assim o processo de escolarização é essencial, pois 
por meio dos saberes resultantes do trabalho educativo os homens aprendem a pensar, 
avaliar, sentir, compreender e explicar o mundo. 
Os resultados alcançados pelos alunos brasileiros nas avaliações nacionais e 
internacionais indicam que estes estão longe do nível de conhecimento esperado para 
sua série. Ainda há muito obstáculos com relação á escolarização; no curso dos alunos 
com dificuldades no estabelecimento de laços sociais e de relacionamento devido aos 
Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), o desafio é ainda maior. É comum a 
dificuldade em acolher ou mesmo a recusa em receber na escola alunos com problemas 
psicológicos, dificuldades o desenvolvimento da linguagem, atitudes e relacionamentos 
conflituosos. O conhecimento sobre as características e possibilidades de aprendizagem 
e desenvolvimento desses alunos se constitui em uma forte barreira á operacionalização 
da politica nacional de educação inclusiva. Outro fator decisivo é que muitas vezes a 
inclusão é vista sob o paradigma da interação: 
 
Temos que ter uma classe de inclusão; o lugar deste aluno não é nesta 
escola, pois não dispomos de condições especiais de ensino; Temos 
que ter um professor que se encarregue destes alunos; Se termos um 
professor para apoiar o aluno, ai o professor da classe não precisa se 
preocupar com ele; Ele recebe atividades para desempenhar que são só 
dele ( FERRREIRA, 2005,p.143). 
 Uma escola inclusiva, ou escolas de boa qualidade para todos, implicam a 
igualdade de oportunidades de aprender e de participar o currículo deve ser apropriado, 
segundo as necessidades de cada aluno. Para o autista é importante primeiramente fazer 
uma avaliação para conhecer quais as capacidades que cada aluno precisa alcançar, pois 
ele deve desenvolver competências fundamentais, motoras e acadêmicas. 
(CARVALHO, 2010; CUNHA, 2009). “O autismo requer do sistema educacional duas 
coisas importantes: diversidade e personalização.” (REVIERE, 2004, p.248) 
 
 
 
2. TRASTORNOS GLOBAIS DE DESENVOLVIMENTO E POLÍTICA 
NACIONAL DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
Discutir a educação de alunos com TGD implica em considerar que se trata de 
uma área de confluência entre educação e saúde, cuja articulação é garantida mediante o 
estabelecimento de ações de uma rede de profissionais da educação e de saúde que 
juntamente com a família em parceria e colaboração. A articulação entre a escola e os 
espaços de tratamento de saúde contribui para dar suporte as ações e adaptações 
necessárias à participação desses alunos na classe comum e, quando necessário, ao 
atendimento educacional especializado. A partir de 2008, o Ministério da Educação 
(MEC) passou a usar o termo Transtorno Global de Desenvolvimento para se referir aos 
alunos que apresentam alterações e prejuízos qualitativos nas interações sociais 
reciprocas e no desenvolvimento da linguagem e na comunicação, bem como repertorio 
restrito, estereotipado e repetitivo de interesses, motivações e atividades que dificultam 
o acompanhamento das atividades curriculares. Estão incluídos nesse grupo os 
educandos com autismo, entre elas a Síndrome de Asperger e psicose infantil (BRASIL, 
2008). 
Na versão revisada do Manual Diagnóstico e Estatística de Transtornos mentais, 
publicado pela Associação Americana de Psiquiatria em 2000 (DSM IV-TR), o TGD é 
definido como o comprometimento grave e global em diversas áreas do 
desenvolvimento: Habilidades de interação social recíproca, habilidades de 
comunicação ou presença de estereotipias de comportamento, interesses e atividades. 
Essa seção são: 
 Transtorno Autista 
* Transtorno de Asperger 
* Transtorno de Rett 
* Transtorno Desintegrativo de Infância* Transtorno Global do Desenvolvimento Sem outra Especificação. 
 Há diferenças, na forma de conceptualização utilizada pelo MEC e a versão do 
DSM-IV, a qual não considera a psicose com TGD. Todavia, há concordância de que 
eles afetam as interações sociais recíprocas, se manifestam nos primeiros cinco anos de 
vida e caracterizam-se por padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim 
como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades. 
 
2.1 Autismo e o Desenvolvimento Social da Crianças 
 
 As interações sociais são essenciais para o desenvolvimento humano onde se 
encontra as primeiras relações entre mãe e bebê. Desde sua definição por Kanner, em 
1943 o autismo apresentou-se como um mundo distante, estranho e cheio de enigmas. 
Os enigmas referem-se por um lado, ao próprio conceito de autismo e as causas, as 
explicações e as soluções para esse trágico desvio de desenvolvimento humano normal. 
Apesar de enorme quantidade de pesquisas realizadas durante mais de meio século, o 
autismo continua ocultando sua origem e grande parte de sua natureza, apresentando 
desafios à intervenção educativa e terapêutica. Por outro lado quanto mais relacionar 
com as pessoas que apresenta esse estranho transtorno qualitativo do desenvolvimento, 
sentir e vivencia de opacidade, imprevisibilidade, impotência e fascinação difíceis de 
descrever e que acentuem ainda mais dessa vez na interação concreta e não só 
indivíduos autistas. 
 Invariavelmente eles têm dificuldades de envolvimento social e de aquisição de 
habilidades de comunicação, a forma pela qual essas dificuldades se manifestam variam 
muito de pessoa para pessoa. Muitos indivíduos autistas não desenvolvem habilidades 
de linguagem e apresentam deficiências na comunicação não verbal. Aqueles que 
conseguem adquirir a linguagem têm problemas de comunicação, porque a 
comunicação eficaz requer a capacidade de assumir a perspectiva dos outros, um dos 
principais déficits do autismo. A taxa de retardo mental no autismo foi considerada 
durante muito tempo como de cerca de 75%, e um artigo recente de revisão que resumiu 
pesquisas com dados de QI apresenta uma mediana de 70%. No entanto, estudos 
recentes apresentam estimativas mais baixas, em grande parte devido à inclusão de 
indivíduos com síndrome de Asperger e com Transtorno Global do Desenvolvimento. 
 Os indivíduos autistas invariavelmente têm dificuldades de envolvimento 
social e de aquisição de habilidades de comunicação. No entanto, a forma pela qual 
essas dificuldades se manifestam variam muito de pessoa para pessoa. Muitos 
indivíduos autistas não desenvolvem habilidades de linguagem e apresentam 
deficiências na comunicação não verbal. Aqueles que conseguem adquirir a linguagem 
têm problemas de comunicação, porque a comunicação eficaz requer a capacidade de 
assumir a perspectiva dos outros, um dos principais déficits do autismo. A taxa de 
retardo mental no autismo foi considerada durante muito tempo como de cerca de 75%, 
e um artigo recente de revisão que resumiu pesquisas com dados de QI apresenta uma 
mediana de 70%. No entanto, estudos recentes apresentam estimativas mais baixas, em 
grande parte devido à inclusão de indivíduos com síndrome de Asperger e com 
Transtorno Global do Desenvolvimento não especificado, que tipicamente têm taxas 
mais baixas de retardo mental. À medida que criança autista acumula conhecimento e 
experiências tornou se evidente a necessidade tanto teórica como pratica, de considerar 
o transtorno da perspectiva do ciclo vital completo e não apenas como uma alteração 
“da criança”. Deve se levar em conta que a maioria das pessoas autistas requer atenção, 
supervisão e apoio durante toda vida. Atualmente não se “cura” o autismo, embora 
possa haver uma melhora significativa, Graças, sobretudo, ao trabalho paciente da 
educação. Então esse estranho e fascinante desvio do desenvolvimento que produz 
sequências para toda vida. 
 
 
 
2.1.1 A Criança Autista e a inclusão escolar 
 
O paradigma da inclusão escolar se assemelha à inclusão social tem como 
objetivo a construção de uma escola acolhedora onde não existam critérios ou 
exigências de natureza alguma, nem mecanismos de seleção ou discriminação para o 
acesso e a permanência com sucesso de todos os alunos deve ser considerado com 
cuidado. A realização de uma educação efetiva depende de condições do ambiente que 
favoreçam a diversidade de possibilidades emanadas do processo inclusivo e a aquisição 
de saberes elaborados pelos homens. A sociedade busca repensar a escola e o seu 
conjunto natural e filosófico, que vem sendo, ao longo dos séculos, colocado em prática, 
esse ambiente “[...] deixa de ser a escola da homogeneidade e passa a ser a escola da 
heterogeneidade [...]” (MARTINS, 2006, p. 19). Nisto, um dos grandes desafios atuais 
é proporcionar uma educação para todos, sem distinções, além de assegurar um trabalho 
educativo organizado e adaptado para atender às Necessidades Educacionais 
Especiais (NEE) dos alunos. Nesse sentido, Borges (2005, p. 3, apud BORTOLOZZO 
2007, p.15) afirma que, 
 
Um aluno tem necessidades educacionais especiais quando apresenta 
dificuldades maiores que o restante dos alunos da sua idade para 
aprender o que está sendo previsto no currículo, precisando, 
assim, de caminhos alternativos para alcançar este aprendizado 
 
 
 
 Receber alunos com deficiência, mais especificamente, com transtornos globais 
do desenvolvimento, é um desafio que as escolas enfrentam diariamente, pois pressupõe 
utilizar de adequações ambientais, curriculares e metodológicas. Esse aspecto já é 
apontado pela Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação 
Inclusiva (BRASILIA/MEC, 2008) ao propor que a educação especial atue de forma 
articulada com o ensino comum, procurando atender as necessidades educacionais 
especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas 
habilidades/ superdotação. Este desafio tem sua base no princípio básico da inclusão 
escolar, que consiste em que as escolas reconheçam as diversas necessidades dos alunos 
e a elas respondam, assegurando-lhes uma educação de qualidade, que lhes proporcione 
aprendizagem por meio de currículo apropriado e promova modificações 
organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos, dentre outros quesitos 
(MENDES, 2002). 
 A luta educacional a favor dos alunos com autismo é constante e tem 
conseguido grandes feitos nos últimos anos, além deter aumentado os números 
de pesquisas na área e consequentemente informações sobre essa síndrome, no 
ano de 2012 foi sancionada a lei n° 12.764/12 – Institui Política Nacional de 
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Essa lei 
chama-se Berenice Piana, esse nome foi dado em homenagem a essa mãe que tem um 
filho autista e luta incansavelmente pelo direito de seu filho. Essa é a primeira lei que 
fala diretamente sobre os autistas e os considera deficientes. Parafraseando Cunha 
(2013), a lei afirma o ideário inclusivo, já visível na LDBEN n° 9.394/96, e avança ao 
destacar que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com 
deficiência, para todos os efeitos legais e que tem o direito de estudar em escolas 
regulares, tanto na educação básica quanto no ensino profissionalizante e, 
quando necessário, com o apoio de um mediador especializado. Ficam definidas, 
também, sanções aos gestores que recusarem a matricula do aluno com o espectro. 
 
3. OS RECURSOS PESSOAIS E MATERIAIS 
 
As escolas especificam para crianças autistas só se justificam se cumprem esta 
três condições: 
1. Um colegiadocomposto de especialistas em autismo e TGD, com autos 
níveis de destrezas na educação e tratamento de crianças que apresentam 
esses quadros. 
2. Pequeno número de alunos por professor (normalmente, três e cinco). 
3. Especialistas em audição e linguagem, eventualmente em psicomotricidade 
fisioterapia, e pessoal complementar de apoio. 
Nessas escolas que costumam ser e devem ser para muito poucos alunos é 
preciso assegurar um tratamento individualizado durante períodos longos de tempo. A 
perda das vantagens que podem ter os ambientes menos restritivos sói é aceitavam nos 
casos de crianças (geralmente de idade sociais muito baixas) que tem de adquirir em 
bloco capacidades e diretrizes que as crianças normais desenvolvem em contextos de 
aprendizagem incidental por meio de relações com adultos completamente 
individualizados, mais semelhantes á criação do que à educação formal. 
Não são apenas as escolas especificas que requerem recursos especiais para 
atender as crianças autistas. Quando a integração em escolas regulares ou a 
incorporação a escolas especiais, mas não especificas de autismo, não é acompanhada 
de recursos pessoais suficientes, o fracasso é muito provável. Pode se dizer com toda 
certeza que todas as crianças com autismo, independentemente de sua opção escolar, 
requerem atenção especificas e individualizadas a seus problemas de comunicação e de 
linguagem e a suas dificuldades de relação. Quase sempre é necessária à atenção de 
professores de apoio e de especialistas em audição e linguagem, com uma capacitação 
especifica em procedimentos de tratamento para crianças autistas e com TGD. Além 
disso, é imprescindível uma tarefa de apoio e estruturação, de coordenação dos sistemas 
de ajuda e educação por parte de um assessor se possível especializado na área. 
 
 
3.1 A Importância da Escola para as Crianças Autistas 
 
 A escolarização das crianças com autismo é um campo em construção marcado 
pelos diferentes modos de compreender essas crianças, seu desenvolvimento e as 
possibilidades educativas de cada abordagem. Contudo, sabe-se que, historicamente, 
escolarização dessas crianças ficou sob a responsabilidade das instituições 
especializadas de educação especial. O atendimento à criança com autismo nessas 
instituições baseava-se no modelo clínico médico no qual o trabalho educativo estava 
centrado na deficiência do aluno, visando a corrigir ou amenizar déficits, cristalizando a 
imagem da criança com autismo ao seu diagnóstico e determinando uma incapacidade 
de aprender e se desenvolver (VASQUES, 2003; CHIOTE, 2013). 
 Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola comum, em 
uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas, 
investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o sujeito como um ser que 
aprende, pensa, sente, participa de um grupo social e se desenvolve com ele e a partir 
dele, com toda sua singularidade. A educação das pessoas autistas e outros transtornos 
Profundos provavelmente exige mais recursos mais do que são necessários em qualquer 
outra alteração ou atraso evolutivo. Às vezes embora ocorram aquisições funcionais é 
um abrandamento dos traços autistas os progressos são muito lento por isso a 
importância de uma criança autista esta inserida na escola essa educação não pode ser 
compreendida apenas em termos econômicos, trata-se de uma realidade de um problema 
essencialmente qualitativo. A alienação autista do mundo humano é um desafio sério, 
pois o mundo não seria propriamente humano se aceitasse passivamente a existência de 
seres que, sendo humanos, são alheios. 
 Na percepção de Vygostsky (1997), a influencia do meio cultural, em uma 
sociedade como a nossa, com caráter homogeneizador, coloca a questão dos modelos 
padronizados ideias como referência ao que é considerado “normal”. O próprio uso de 
ferramentas ou instrumentos disponibilizados no ambiente pressupõe que existe o 
padrão psicofisiologico normal, partindo do principio da destreza das mãos, dos órgãos, 
dos sentidos, das percepções, do processamento das informações no cérebro e da 
emissão de respostas consideradas apropriadas como indispensáveis para o 
desenvolvimento psicológico-cultural. Nesse âmbito, o defeito conduz e produz 
dificuldades para o desenvolvimento cultural das pessoas com deficiência ou 
transtornos aos padrões culturais dominantes, produzidos pela sociedade. 
 
3.2 O Espectro Autista e Suas Dimensões 
 
O conceito de espectro autista pode ajudar a compreender que quando se fala de 
autismo e de outro transtornos globais. O rotulo “autismo” parece remeter a um 
conjunto bastante heterogêneo de individualidades cujos níveis evolutivos, necessidades 
educativas e terapêuticas e perspectivas vitais são bastante diferentes. A ideia de 
considerar o autismo como um “continuo”, mais do que como uma categoria que defina 
um modo de “ser”, ajuda a compreender que, apesar das importantes diferenças que 
existem entre diferentes pessoas, todas elas apresentam alterações , em maior ou menor 
grau em uma serie de aspectos ou “dimensões”, cuja afecção se produz sempre nos 
casos de transtornos profundos do desenvolvimento. “A natureza e a expressão 
concreta das alterações, que as pessoas como espectro autista apresentam nessas 
“dimensões” sempre alteradas”, dependem de seis fatores principais: 
1. A associação ou não do autismo como atraso mental mais ou menos grave. 
2. A gravidade do transtorno que apresentam. 
3. A idade momento evolutivo da pessoa autista. 
4. O sexo: o transtorno autista afeta com menos frequência, porem com maior 
gravidade de alteração, as mulheres do que os homens. 
5. A adequação e a eficiência dos tratamentos utilizados e das experiências de 
aprendizagem. 
6. O compromisso e o apoio da família. 
 Os sintomas específicos que as pessoas com autismo apresentam ou os traços 
autistas associados a outros quadros dependem esses seis fatores, alguns que não são 
independentes entre si, mas que não podem ser reduzidos completamente uns aos 
outros. A ideia de um “espectro autista” teve sua origem em um pesquisa realizada por 
Lorna Wing e Judith Gould (1979), cujo objetivo era conhecer o número e as 
características de crianças e jovens menores de 15 anos que apresentavam algum tipo 
de deficiência importante nas capacidades de relação social. O resultado dessa pesquisa 
foi a descoberta de que a prevalência de déficits sociais graves eram mais de quatro 
vezes superior ao do transtorno autista, e também que em todas as crianças com esses 
déficits concorriam os principais sintomas do espectro autista: transtornos da relação, 
da capacidades de ficção e de jogo simbólico, das capacidades linguísticas e 
comunicativas e de flexibilidade mental e comportamental. A presença desses traços 
eram tanto mais provável quanto menor era QI das crianças estudadas. O resultado da 
pesquisa de Wing e Gould (1979) que tem enormes consequências praticas: os traços do 
espectro autista não se produzem apenas em pessoas com transtorno global do 
desenvolvimento , mas em outro cujo desenvolvimento é afetado por diferentes causas: 
atrasos de origem metabólica ou genética, epilepsias da primeira infância que são 
acompanhadas de atraso mental ( como a síndrome de West), alterações associadas a 
quadros de incapacidade sensorial , etc. Tal observação tem uma importância muito 
grande, pois as alterações sintomáticas são as que definem essencialmente as 
estratégias de tratamento mas do que os rótulos psiquiátricos, neurobiológicos e 
psicológicos com que se definem os quadros. 
Lorna Wing (1988) diferenciou quatro principais dimensões de variação do 
espectro autista: 
1. transtorno nas capacidades de reconhecimento social. 
2. Nas capacidades de imaginação e compreensão social. 
3. Nas destrezas de imaginação e compreensão social. 
4. Nos padrõesrepetitivos de atividade. Refere-se também a outras funções 
psicológicas, como a linguagem, a resposta a estímulos sensoriais, a 
coordenação motora e as capacidades cognitivas. 
 E pela importância do conceito de espectro autista, desenvolveu se um conjunto 
mais amplo de doze dimensões que se alternam sistematicamente nos quadros de 
autismo e em todos aquele que envolvem espectro autista. Para cada dimensão, 
estabelecem quatro níveis: O primeiro é que caracteriza as pessoas com um transtorno 
significativo, um quadro mais grave, níveis genitivos mais baixos e frequentemente 
crianças menores. E os casos que não receberam um tratamento adequado. O quarto 
nível é característico dos transtornos menos graves e define de modo muito 
característico pessoas que apresentam a síndrome de Asperger. As doze dimensões que 
diferencia são: 
 
1. Transtornos qualitativos da relação social. 
2. Transtornos da capacidade de referencia conjunta (ação, atenção e preocupação 
conjuntas). 
3. Transtornos das capacidades intersubjetivas e metalistas. 
4. Transtornos das funções comunicativas. 
5. Transtornos qualitativos da linguagem expressiva. 
6. Transtornos qualitativos da linguagem compreensiva. 
7. Transtornos das competências de antecipação. 
8. Transtornos da flexibilidade mental e comportamental. 
9. Transtornos do sentido da atividade própria. 
10. Transtornos da imaginação e das capacidades de ficção. 
11. Transtornos da imitação. 
12. Transtornos da suspensão (da capacidade de criar significantes). 
 
 Deve-se assinalar que embora exista uma alta correlação entre os níveis das 
pessoas autista nas diferentes dimensões, essa correlação não é, de modo algum, 
perfeita. Assim a pessoa X pode estar no nível três da primeira dimensão, no 2 da 
segunda, no 3 da terceira, etc. A descrição do nível em que se situa uma pessoa com 
espectro autista em cada dimensão constitui um julgamento sistemático , muito útil para 
definir seu quadro e estabelecer uma ideia inicial do proposito e das estratégias com que 
uma pessoa deve ser tratada. 
 
 
3.3 Transtornos Qualitativos da Linguagem Receptiva 
 
No transtorno autista é na síndrome de Asperger, sempre há anomalias e 
deficiências na compreensão da linguagem. Frequentemente, as crianças que 
apresentam os transtornos específicos mais sérios do desenvolvimento da linguagem 
receptiva, ou o déficit semântico pragmático) tem sintomas tão acentuados, 
especificamente na fase critica de aquisição da linguagem, entre 1 ano e meio e 5 anos 
aproximadamente, que sua síndrome se revela muito mais difícil do que apresentam as 
crianças com autismo. 
Como ocorre nas outras dimensões, porem, as dificuldades e as anomalias de 
compreensão são muito vereáveis: há autistas que nunca respondem a interação verbal 
ou, nos casos mais sérios, comportam-se coo se não ouvissem. Frequentemente, isso se 
da no inicio do quadro quando as suspeitas de surdez ocorrem 40% dos casos. 
 
4. CONCLUÃO/ CONSIDERAÇÃO FINAL 
Portanto pode se dizer que o autismo é fascinante, pois é um desafio e uma 
motivação das pessoas, fundamental como seres humanos. As necessidades de 
compreender os outros, compartilhar mundos mentais e se relacionar são muito própria 
da humanidade. Por isso o isolamento desconectado das crianças autistas é tão estranho 
e ao mesmo tempo fascinante. 
 O autista requer atenção, carinho, para que tenha uma relação significativa e que 
seja estabelecida com quem se aproxima. Somos nós que temos que nos adaptar ao seu 
mundo e a sua linguagem, aprendendo com eles o quanto é especial o mundo em que 
eles vivem. E por fim, as práticas pedagógicas devem estar ser constantemente 
avaliadas, para que possam ser definidas a partir do aprendizado de cada um, 
considerando suas especificidades. A família, ao se deparar com o diagnóstico de TEA, 
tende a buscar e coletar mais informações sobre o diagnóstico estabelecido. Entende-se 
que, quanto mais cedo à criança for diagnosticada e iniciar o tratamento, maiores serão 
as possibilidades de desenvolvimento dentro de suas capacidades físicas e mentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. DSM IV: manual diagnostico e 
estatístico de transtornos mentais. 4 ed.rev. Porto Alegre, 2002. 
 
__________. (1991). Autismo. Hacia la explicación del enigma. Madri: Alianza 
Editorial. 
 
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