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Licenciatura em matemática-Relatório Educação Inclusiva na Escola Ageu Magalhães

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Licenciatura em matemática
Unidade conde da boa vista – PE
Relatório Educação Inclusiva na Escola Ageu Magalhães
Centro Universitário Estácio do Recife – Polo Conde da Boa Vista
Matéria: Educação especial (CEL0249)
Aluno: Diego Darlan Ribeiro Ferreira
Matricula: 201907239911
07 de junho de 2020
Objetivo: 
Realizar uma pesquisa e analisar praticas pedagógicas inclusivas dentro da escola EREM Ageu magalhães, relacionando a pratica cotidiana escolar com a educação inclusiva. Analisar o espaço físico escolar para a chegada dos alunos que necessita da acessibilidade.
Introdução:
Rampas, piso tátil, barras de apoio, quando pensamos em acessibilidade na escola, os aspectos arquitetônicos são os primeiros a virem a nossa mente, no entanto, a condição que garante o acesso sem barreiras a ambientes, materiais, serviços e informações para qualquer pessoa vai muito além, envolve também estratégias de comunicação e até mesmo a forma como nos portamos frente as diferenças. Educação Inclusiva é uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças. A acessibilidade na escola deve compreender a dimensão psicossocial dos espaços construídos historicamente pelas trocas entre o indivíduo e a sociedade, sendo necessário tensionar mudanças na sua estrutura, nos espaços de formação de professores, nas atitudes do outro e em nós mesmos.
O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir.
Segundo as políticas educacionais, descreve-se uma escola que se prepara para enfrentar o desafio de oferecer uma educação inclusiva e de qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa sala de aula apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio e as expectativas da escola hoje é trabalhar com essas diversidades na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter excludente, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Este novo olhar da escola implica na busca de alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Assim, o que se deseja é a construção de uma sociedade inclusiva compromissada com as minorias, cujo grupo inclui os portadores de necessidades educacionais especiais. O espaço escolar, hoje, tem de ser visto como espaço de todos e para todos.
Muito se falam, discutem sobre a educação inclusiva; e a Proposta de Educação Inclusiva (1996) recomenda que todos os indivíduos com necessidades especiais sejam matriculados em turma regular, baseando-se no princípio de educação para todos. Dessa forma, pretendeu-se enfatizar a educação inclusiva, e a problemática sobre os alunos com necessidades especiais dentro do contexto social da escola, verificando a atual realidade, fazendo um paralelo entre a teoria e a prática, isto é, a legislação vigente, os referenciais teóricos e o cotidiano dos alunos inclusos no ensino regular.
Procedimentos Metodológicos:
	Escolhi uma Escola de referência em ensino médio, localizado na Estr. do Arraial, 3208 - Casa Amarela, Recife - PE, 52051-380, pois a mesma passou por uma reforma recente e tornou-se uma escola modelo no estado, essa escola uma das mais antigas do Recife, possuía inicialmente sete salas de aula, ambientes administrativos, biblioteca, sala dos professores, cozinha com despensa, refeitório e banheiros (masculino e feminino), sendo dois reservados para pessoas com necessidades específicas. Após as obras, a escola foi beneficiada com oito novas salas de aula, ampliação da biblioteca e laboratórios de informática, química, física, línguas e biologia. Além disso, também foram entregues uma rampa de acesso, uma quadra coberta e um auditório. A atual estrutura possibilitou aumentar a capacidade de estudantes de 314 para 670.
	Fiz a visita e procurei a senhora Maria da Conceição, diretora da escola, onde realizei perguntas e fiz um passeio para conhecer a estrutura da escola, observei e perguntei sobre acessibilidade e aulas inclusivas e cheguei a conhecer o professor Robson Ramos onde o mesmo leciona sobre projeto de vida e protagonismo juvenil. Realizando um passeio acompanhado da gestora, consegui analisar e conferir a acessibilidade da escola e tive a oportunidade de conversar com um aluno cadeirante chamado Jeferson de Souza para sentir a inclusão dele e dos colegas naquele ambiente.
Resultados e conclusões:
Analisando a Escola de Referência em Ensino Médio Ageu Magalhães, nota-se que sua estrutura após reforma está apta para receber alunos com dificuldades de locomoção e suas passagens largas ajudam a qualquer tipo de aluno a ter maior acessibilidade. A escola possui rampas e banheiros acessíveis, na minha visita não encontrei um interprete de libras, porém a gestora Maria da Conceição me garantiu que se haver necessidade de um, ela solicita ao estado e o mesmo enviará tal professor, apesar de seus professores a grande maioria ter o curso de libras para lidar com a situação. A escola possui alguns chefes de corredores que auxiliam na acessibilidade de algum aluno caso haja necessidade, a escola também tem eventos que abrem para a comunidade prestigiar o trabalho de produção dos alunos. Com o Professor de projeto de vida Robson Ramos verifiquei a pratica pedagógica que a escola assumi e quais as dificuldades enfrentadas nesse processo, o mesmo mostrou que a escola segue a linha do Protagonismo juvenil e os quatro pilares da educação onde a inclusão se norteia pelo pilar conviver, e que nas suas aulas de projeto de vida trabalha a liderança pessoal e o poder do protagonismo de cada aluno.
A escola não possui muitos alunos que necessitam de um olhar diferenciado, porém se mostrou pronta para modificar qualquer coisa para receber alunos assim, com professores habilitados e prontos para se tornarem mais acessíveis a tais alunos, tive uma rápida conversa com um aluno com dificuldades de locomoção e o mesmo me disse: “Para um melhor ensino a gente precisa ter também uma melhor estrutura, porque se a gente está em um ambiente não adequado para estudar, nem todos os alunos vão estar interessados em fazer aquela mesma rotina todos os dias. Com essa ampliação podemos ver que as aulas ficaram mais divertidas e com ambientes mais adequados e melhores para a gente”.
Assim observa-se que a Escola de Referência Ageu Magalhães é uma escola estadual com estrutura física e pedagógica para receber qualquer aluno, e que se algo fugir de sua realidade irá buscar meios para melhor se adequar. 
Referências Bibliográficas:
1- ARTIGO: INCLUSÃO ESCOLAR, UM DIREITO DE TODOS ALUNOS, COM E SEM DEFICIÊNCIA, por Mara Lúcia Sartoretto
Pedagoga e diretora da Assistiva Tecnologia e Educação.
2- ARRUDA, Marco Antônio; ALMEIDA Mauro de.  Cartilha da inclusão escolar: Inclusão Baseada em Evidências Científicas. Rio Preto: ABDA, 2014.
3- BRASIL. Constituição Federal (1988). Rio de Janeiro: FAE, 1989.
4- Declaração de Salamanca. Brasília, DF: UNESCO,1994.
5- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
6- Os direitos das pessoas portadoras de deficiência. Brasília, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde, 1996. 
7- RESOLUÇÃO Nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: CNE/CEB, 2001.
8- DELORS, Jaques (0rg) Educação um tesouro a descobrir – relatório para a comissãointernacional sobre educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998.
9- LUCKE, M. ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
10- MADER, Gabrielle. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um novo paradigma. São Paulo, Memnon, 1997.
11- MACHADO, Nilson José. Pensando e fazendo educação de qualidade. São Paulo: Moderna, 2001.
12- MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
13- PÁDUA, E. M. M. Metodologia de pesquisa: abordagem teórica prática. Campinas: Papirus, 1996.
14- SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
15- UNESCO – Organização das nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura / Ministério da Educação e Ciência da Espanha / Coordenadoria nacional para Integração da pessoa portadora de deficiência. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, 1994.
16- WERNECK, Claudia. Ninguém mais ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

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