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SEMINÁRIO I QUESTÕES RESPOSTAS IBET MOD I INCIDENCIA E CREDITO TRIBUTARIO

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Módulo Incidência e Crédito Tributário
SEMINÁRIO I – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
PARICIA PEREIRA BARRETO
1. Que é isenção (vide anexo I)?
Isenção no CTN, é uma forma de exclusão do crédito tributário prescrita no artigo 175. A discussão acerca da Isenção está especialmente alocada no momento de sua incidência: i) se, conforme está prescrito no CTN, após a incidência da regra matriz tributária, dispensando o pagamento do tributo devido, ou, ii) se, a isenção ocorre na própria regra matriz tributária.
A posição doutrinária de que a isenção dispensa o pagamento do tributo devido tem como idealizador, Rubens Gomes de Sousa, principal coautor do anteprojeto do CTN.
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
	ISENÇÃO
	IMUNIDADE
	NÃO INCIDÊNCIA
	ANISTIA 
	REMISSÃO
	Forma de Exclusão de Crédito tributário, art. 176 a 179 CTN
	Veda a incidência de qualquer elaboração (competência) de regra matriz de obrigação tributária
	Não se enquadra na regra matriz de obrigação tributária
	Forma de Exclusão de Crédito tributário, art. 176 a 179 CTN
	Forma de Extinção de Crédito tributário, art. 156 IV CTN
	Depende de lei 
	Previsão constitucional
	
	Depende de lei
	Depende de lei e despacho fundamentado caso a caso art. 172
	Dispensa o tributo
	
	
	Dispensa a multa-penalidade
	
	Atinge a regra matriz de incidência tributária – doutrina clássica
	
	
	Atinge a regra matriz de incidência tributária – doutrina clássica
	Há a incidência da regra matriz tributária, no entanto a lei e a decisão administrativa permitem a remissão
3. A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação para a isenção e para a anistia? Justificar
Realmente a semântica na interpretação do CTN nos permite fazer uma crítica por existir uma desordem nos conceitos: o crédito tributário refere-se a crédito oriundo de tributos, denotando uma aplicação coerente na denominação do capítulo V do CTN e artigos contidos, no entanto, com referência a anistia, que significa exclusão de multa – penalidade, decorrente de uma relação jurídica sancionatória, não se deve generalizar como se crédito tributário fosse, uma vez que a multa é uma imposição de penalidade, geralmente valor pecuniário, ao contribuinte infrator da legislação tributária. Ademais disso, a Lei de anistia apenas exclui a penalidade do contribuinte, permanecendo intacta a relação jurídica tributária ou seja, o crédito tributário que decorre do tributo.
4. Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, responda: (i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, respectivamente? Quais critérios são utilizados nessas classificações? (ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no ordenamento? Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)?
Isenção com prazo certo é a isenção decorrente de lei que fixa um prazo em que é concedida e, se extingue com a lei que a concedeu, não havendo assim necessidade de outra lei para revogar a isenção que foi concedida.
A isenção por prazo indeterminado são isenções em que estão previstas em contratos e uma lei específica deverá detalhar as condições para sua fruição, discriminando todos os elementos necessários bem como o prazo de sua fruição, prevista no art. 176 CTN.
A isenção condicionada exige do contribuinte uma contrapartida, como por exemplo um investimento, ou outra condição futura que deve ser realizada para poder fruir do benefício fiscal, ou seja, exige o cumprimento de determinados requisitos exigidos em lei, sendo que um deles uma contraprestação ao ente tributante. Ao contrário da isenção incondicionada, que não exige nenhuma atitude ou ação do sujeito passivo, que poderá gozar dos benefícios fiscais aplicando a previsão legal.
Cumpre primeiramente esclarecer que a isenção onerosa, bilateral ou crontraprestacional é irrevogável, posto que os benefícios da lei isentiva refutam ao debate da revogação da aplicação da referida lei. Assim, editou-se a Súmula 544 do STF, segundo a qual “isenção tributária sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida” e artigo 178 do CTN.
A revogação da isenção não onerosa poderá ocorrer a qualquer tempo, sem necessidade de respeitar o princípio da anterioridade tributária, devendo o tributo ser imediatamente exigível. Assim firmou-se a Súmula 645 do STF, “O princípio constitucional da anualidade não se aplica à revogação de isenção do ICM”. O STF dissocia o contexto da revogação da Isenção da instituição ou majoração de tributo, que ensejam a aplicação do princípio da anterioridade tributária, adotando a doutrina clássica em que a isenção é aplicada após a ocorrência da regra matriz de incidência tributária.
Doutrinadores modernos, como Hugo de Brito Machado e Kiyoshi Harada entendem que a revogação de uma lei isentiva equivale a criação de tributo, razão pela qual deve ser observado o princípio da anterioridade da lei, ou seja, quem tem o poder de instituir tem o poder de exonerar com todos os princípios constitucionais aplicáveis.
Para Roque Antonio Carrazza[footnoteRef:1], “ as vantagens da isenção transitória condicional incorporam-se ao patrimônio de seu destinatário (quem cumpriu a condição), que passa a ter o direito adquirido de continuar desfrutando do benefício, até a expiração do prazo fixado na lei isentiva. O patrimônio da pessoa beneficiada por esta modalidade de isenção não pode ser prejudicado, sob pena de burla ao inc. XXXVI do art.5º da CF (“a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” E a jurisprudência reproduziu a mesma voz, respeitando o direito adquirido às isenções. [1: LUNARDELLI, Pedro Guilherme Accorsi. Isenções Tributárias. Capítulo V.6, citando Roque Antônio Carrazza em Curso de Direito Constitucional, p,346] 
5. Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e tributados à alíquota 0%, adquiridos no processo de industrialização, conferem direito ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX)
Sim, na alíquota zero, suspende-se a tributação, ou seja, aplica-se a regra matriz de incidência tributária e ao final, nulifica-se um dos elementos do fato gerador. Na isenção, adotando a posição da doutrina clássica, aplica-se a regra matriz de incidência tributária, no entanto, existindo a lei de isenção, não é efetuado o lançamento do crédito tributário.
Segundo a jurisprudência atual do STF, os insumos isentos, não tributados ou sujeitos a alíquota zero conferem direito ao creditamento. RE 350.446/PR, RE 590.809/RS.
No crédito presumido do IPI é utilizado o critério temporal – quando da suspensão ou diferimento do imposto; o critério material, quando há uma definição negativa de incidência; e o critério pessoal.
Os produtos adquiridos na Zona Franca de Manaus o critério espacial é o aplicado, uma vez que a regra matriz de incidência tributária que aplicaria em todo o território nacional viu-se diminuída na área relativa a zona franca de Manaus.
6. Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se: 
a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de isenção parcial? 
b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com fundamento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RSRG, de 09/12/11).
a) Sim, adotando-se a doutrina clássica em que a lei da isenção é aplicada após a ocorrência da obrigação tributária, a isenção parcial ocorre quando a base de cálculo ou a alíquota foram reduzidas. Assim também foi o entendimento do STF no RMS 39.554/CE. 
Para o Prof. Paulo de Barros Carvalho[footnoteRef:2], “Não se deve confundir a subtração do campo de abrangência do critério da hipótese ou da consequência com a mera redução da base de cálculo ou da alíquota que não as anule. A diminuição que se venha processar no critério quantitativo sem, com isso, fazer desaparecer completamente o objeto da obrigação tributária, não é isenção. Isso porque, de acordo com a fenomenologia da isenção, a situação prescrita pelo direito como isenta não está sujeita à incidência tributária, o que não ocorre com aquela outra, cuja base de cálculo ou alíquota foram apenas reduzidas, situação impropriamente denominada isenção parcial por setores da doutrina e da jurisprudência pátrias: ainda que o valor pareça menor que aquele diacronicamente percebido, há ali incidência tributária e, portanto, não há isenção.” Assim, para ele, há a incidência tributária e, portanto, não há isenção. [2: CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário – 30ªed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. Capítulo XV – Exclusão do Crédito Tributário. 3. Fenomenologia da Isenções Tributárias. Conclusões a propósito da fenomenologia das isenções.] 
b) Sim, “O benefício fiscal de redução da base de cálculo equivale à isenção parcial, sendo devido o estorno proporcional do crédito de ICMS, nos termos do art. 155, § 2º, II, “b”, da CF, não havendo falar em ofensa ao princípio da não-cumulatividade.” Assim foi o entendimento do STF, no RMS 39.554/CE.
7. A concessão de benefício fiscal relativo à isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII).
Sim, a Lei Complementar 24/75, recepcionada pela CF/88 prescreve que a concessão unilateral de benefícios fiscais, relativos a ICMS, sem a prévia celebração de Convênio intergovernamental é incompatível com a CF/88. Assim assevera a LC 24/75, “regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados”.
8. Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. 
Qual o efeito prático desta isenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? Poderia o estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária?

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