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Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Aula 11: Novas Tecnologias Gerenciais Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens: > Novas tecnologias gerenciais e organizacionais e sua aplicação na Administração Pública. Irei trabalhar com muitas questões da ESAF, mas incluirei algumas questões da FGV, da Cespe ou da FCC quando não tiver questões da ESAF do tema trabalhado, ok? Espero que gostem da aula! Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Sumário Novas Tecnologias e seus impactos na administração organizacional..........................3 As Novas Tecnologias da Informação......................................................... 3 Novas Tecnologias Gerenciais................................................................ 9 Reengenharia................................................................................ 9 Balanced Scorecard........................................................................14 Mapa Estratégico.......................................................................... 20 Benchmarking.............................................................................. 27 Melhoria Contínua - Kaizen............................................................... 31 Medidas Organizacionais para o aprimoramento da Administração Pública Federal........32 Gestão de Projetos Estratégicos - A Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade. ................................................................................................ 32 Projeto Porto sem Papel..................................................................... 37 Projeto Esplanada Sustentável ...............................................................37 Central de Compras.......................................................................... 38 Regime Diferenciado de Contratações...................................................... 40 Processo administrativo digital ................................................................ 42 Compras públicas sustentáveis................................................................. 46 Responsabilidade Socioambiental .......................................................... 46 Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P).......................................49 Compras Públicas Sustentáveis..............................................................50 Registro de Preços Nacional................................................................. 53 Resultados................................................................................. 55 Portal do Software Público.................................................................. 57 Problemas Encontrados................................................................... 60 Resultados................................................................................. 61 Lista de Questões Trabalhadas na Aula........................................................ 64 Gabarito......................................................................................... 74 Bibliografia..................................................................................... 74 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Novas Tecnologias e seus impactos na administração organizacional As Novas Tecnologias da Informação. As novas tecnologias que foram introduzidas ultimamente (principalmente as TIC's - Tecnologias de Informação e Comunicação) no ambiente das organizações vêm mudando completamente a maneira como estas empresas e os indivíduos se relacionam entre si. Estas novas tecnologias são capazes de armazenar, registrar, analisar e transmitir enormes quantidades de dados e informações de forma mais segura, confiável, flexível e rápida. Com o fluxo muito mais rápido de informação e produtos, as empresas podem passar a atender a um público cada vez mais vasto, bem como as pessoas se libertam de seus fornecedores tradicionais (que estavam ao seu alcance físico). Com este panorama, a competição por mercados aumentou muito, bem como o acesso do cliente à informação sobre características dos produtos e preços de seus concorrentes. O cliente pode agora comprar um produto em outro país pela internet e recebê-lo em sua casa pelo correio! Se antes ele dependia da loja mais próxima para adquirir seus produtos e do jornal local para se informar, agora tem com a internet acesso a qualquer informação ou produto. Estas mudanças levaram as organizações a buscar novas maneiras de fazer as coisas, bem como a novos modelos organizacionais (como as organizações virtuais) e uma nova cultura. Assim, conceitos como os de organizações em rede e organizações do conhecimento foram lançados para que as empresas possam se adaptar a este novo ambiente e consigam obter sucesso. Portanto, o aumento da disponibilidade de informações e da facilidade de se comunicar com o mundo todo gerou uma mudança de comportamento não só das empresas, mas dos próprios indivíduos. De acordo com Certo1, com as informações que recebem dos seus sistemas de informação os gestores tomam decisões que são voltadas ao aumento do desempenho das organizações. Assim sendo, atualmente os gestores têm muito mais informação e as recebem muito mais rápido. Com isso, fica possível atuar em estruturas mais flexíveis e orgânicas. 1 (Certo & Certo, 2006) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 3 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 De acordo com Castells2, as características do paradigma da tecnologia da informação são: s A informação é a matéria-prima - são tecnologias para agir sobre a informação, e não apenas informação para agir sobre as tecnologias; s Penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias - a informação é parte integral de toda atividade humana e todos os processos da nossa existência são moldados pela tecnologia; s Sistema de redes - o paradigma da tecnologia da informação é baseado na flexibilidade, no qual processos, organizações e elementos podem ser mudados; s Crescente convergência de tecnologias - específicas para um sistema altamente integrado: microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica e computadores. As tecnologias da informação proporcionaram então um aumento de produtividade nas organizações, bem como a redução de custos em diversas áreas e processos. Além disso, geraram uma maior flexibilidade e proporcionaram um ambiente mais inovador e voltado para a qualidade. Figura 1 - Benefícios da TI De acordo com Paludo, as tecnologias da informação passam a ser consideradas pelas organizações com um fator estratégico na sociedade moderna. De acordo com o autor3: 2 (Castells, 1999) apud (Paludo, 2010) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 "dado o seu potencial inovador e facilitador, logo passaram a ocupar um papel estratégico, permitindo redesenhar processos produtivos, criar novos produtos e relacionar-se em rede com clientes e fornecedores, e também com outras organizações,de forma colaborativa." Outro fator importante foi a mudança no próprio trabalho executado. Com a robotização e a automação cada vez mais utilizadas nos processos produtivos, um novo tipo de profissional está sendo demandado pelas empresas. A introdução de novas tecnologias, entretanto, trouxe novos elementos de incerteza no ambiente da organização. Além de investimentos pesados que podem se fazer necessários, a escolha de uma tecnologia inadequada pode atrapalhar ou impedir o potencial desenvolvimento de uma empresa. Dentro da estrutura organizacional, outro fator pode também ser destacado: a tendência de se aproveitar as novas tecnologias para reduzir os níveis hierárquicos, pois o controle e a coordenação dos trabalhos ficam facilitados. Para que uma nova tecnologia possa efetivamente transformar o modo de operar de uma organização, deve existir um ambiente que possibilite a aceitação e assimilação das inovações. Além disso, será muito difícil uma organização incorporar novas tecnologias se não existir uma cultura de aprendizado constante, de valorização do debate e do questionamento. Deste modo, um aspecto importante é a valorização do capital humano e intelectual. Para atuar nesta nova Era da informação, as pessoas devem adquirir novas habilidades cognitivas, psicológicas e intelectuais, de maneira a poder lidar com um montante de informações cada vez maior e desafios mais complexos. De certa forma, o trabalho deixou de ser algo "braçal" para ser mais voltado para tarefas intelectuais e que carecem de criatividade e espírito empreendedor. Aquele profissional "pau-mandado" e sem iniciativa não é mais visto como ideal. Assim, a capacitação destes profissionais e uma mudança de mentalidade passaram a ser cada vez mais exigidas. Isto gera uma resistência natural das pessoas, além de uma ansiedade e medo do desconhecido. Entretanto, certas tarefas e atividades nunca mais serão executadas como antigamente. O profissional desta nova Era do Conhecimento nunca 3 3 (Paludo, 2010) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 mais será considerado "pronto". Deverá estar sempre aprendendo e se capacitando, de modo que não fique obsoleto. Estas inovações estão também alterando, quando possível em nosso contexto de legislação trabalhista extremamente rígida, as relações de trabalho no Brasil. O trabalho à distância está sendo incrementado e novas parcerias e modos de interação entre os indivíduos geram novas maneiras de se trabalhar em grupo. Naturalmente, certos tipos de profissionais serão beneficiados mais do que outros. Existirá uma demanda cada vez maior no mercado por profissionais ligados às TIC's, enquanto profissionais sem qualificação terão dificuldade de encontrar emprego e serão mal remunerados. Assim, o simples domínio do "ferramental" tecnológico é importante, mas não suficiente para garantir uma empregabilidade. Ao mesmo tempo, a utilização de uma nova tecnologia, por si só, não garante que uma empresa terá melhores resultados do que tinha anteriormente. Vamos ver agora algumas questões? 1 - (ESAF - MPOG - APO - 2010) Sobre a incorporação de novas tecnologias e seus impactos na administração organizacional, é incorreto afirmar que: a) o desabrochar do potencial transformador das novas tecnologias depende da existência de um contexto social que permita aos gerentes reconhecer as oportunidades oferecidas por elas. b) as novas tecnologias são aquelas capazes de incrementar as habilidades de registrar, armazenar, analisar e transmitir grandes volumes de informações complexas de maneira segura, flexível, confiável, imediata e com independência geográfica. c) a informatização requer dos indivíduos novas habilidades cognitivas, psicológicas e intelectuais, a fim de que possam adquirir e processar o conhecimento requerido para o desempenho de seus trabalhos. d) o trabalho da alta gerência pode ser integralmente explicitado e transmitido aos níveis intermediário e operacional, razão pela qual, no futuro próximo, as organizações funcionarão sem chefes ou líderes. e) as novas tecnologias têm o potencial de, com o uso de programas de software, aprimorar ainda mais a automação das atividades humanas por meio de sua programação, racionalização, e controle. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 A única alternativa que não está correta é a letra D, pois as novas tecnologias, apesar de melhorarem a comunicação dentro da organização, não farão com que seja dispensável a existência de chefes ou líderes. Nem todas as informações e decisões podem ser "programadas" para que as tecnologias da informação possam prescindir do julgamento humano. Assim, o gabarito é a letra D. 2 - (ESAF - RECEITA FEDERAL - ANALISTA - 2009) Sobre a incorporação de novas tecnologias de informação, é correto afirmar que: a) representa uma fonte de incerteza para as organizações. b) contribui para a ampliação dos níveis gerenciais. c) dificulta o controle, por tornar mais amplo o acesso ao fluxo informacional. d) pouco influencia a estrutura organizacional. e) seu objetivo maior é a redução de custos operacionais. A letra A está correta e é o nosso gabarito. Já a letra B está errada, pois as novas tecnologias fazem exatamente o contrário - tendem a reduzir os níveis hierárquicos. O mesmo ocorreu na letra C. O controle é facilitado com as TICs, e não dificultado. Com isso, a letra D também está errada (mesma razão da letra B). No caso da letra E, o problema é que não podemos dizer que o objetivo maior seja a simples redução de custos, apesar de muitas vezes ocorrer. Assim, o gabarito é mesmo a letra A. 3 - (ESAF - MPOG - EPPGG - 2009) Reduzindo, cada vez mais, o lapso que vai da ficção à realidade, o avanço tecnológico a todos impacta. No campo das organizações, é correto afirmar que: a) o desenvolvimento da robótica interessa mais às organizações industriais e menos às agropecuárias ou de serviços. b) em um país como o Brasil, dada a rigidez da legislação, as relações de trabalho são pouco afetadas pela incorporação de novas tecnologias. c) o domínio do ferramental tecnológico, por si só, é suficiente para garantir a empregabilidade de um indivíduo. d) as organizações virtuais se valem da tecnologia para unir pessoas, ideias e bens sem, todavia, ser necessário reuní-los em um mesmo espaço físico simultaneamente. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 e) a incorporação de uma nova tecnologia garante o alcance de melhores resultados em comparação aos que seriam obtidos caso a tecnologia anterior fosse mantida. O desenvolvimento da robótica afeta muito o contexto industrial. Entretanto, também afeta o contexto da agropecuária e do setor de serviços. No caso da letra B, as relações de trabalho são sim afetadas, mesmo com uma legislação antiquada e rígida. A letra C está errada, pois somente este domínio do ferramental não é suficiente para garantir a empregabilidade. A letra D está perfeita e é o nosso gabarito. Entretanto, a letra E está equivocada, pois a adoção de novas tecnologias não garante melhores resultados, por si só. 4 - (FCC - PGE/RJ - AUDITOR - 2009) Em relação aos impactos das mudanças na tecnologiada informação sobre as organizações: I. A tecnologia da informação altera a dinâmica do sistema de informação na empresa, fornecendo informações rápidas e precisas aos diversos pontos da organização, tornando impossível que uma pessoa ou grupo controle as informações que podem influenciar a definição das situações organizacionais. II. As alterações no conteúdo e natureza das tarefas, quando deixam os métodos manuais e passam a utilizar os eletrônicos ou escritórios virtuais, geram reações comportamentais como resistências e medos. III. A principal mudança ocorre na natureza da tarefa, que antes era manual, com contato direto e físico, e agora eletrônico, abstrato e por meio de um sistema de informação. IV. A implantação da tecnologia de informação pode alterar drasticamente as estruturas de poder das organizações, acrescentando níveis hierárquicos, fortalecendo a supervisão, centralizando o poder na alta nireção, provocando mudanças nas relações de poder entre os indivíduos ou grupos, fortalecendo a influência de um e eliminando a fonte de poder de outro. V. Em relação às habilidades do trabalhador, os impactos geralmente são insignificantes, independentemente do ramo da empresa, porém todos os trabalhadores deverão sofrer os impactos negativos da nova tecnologia em relação a ganhos salariais. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 (D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. A primeira frase está incorreta, pois obviamente não é impossível que um grupo controle quais serão as informações que poderão influenciar a tomada de decisões. Já as frases II, III e IV estão corretas. Entretanto, a última frase está equivocada. Os impactos nas habilidades demandas dos profissionais não serão insignificantes, muito pelo contrário. Principalmente em áreas ligadas às tecnologias de informação, os profissionais serão cada vez mais capacitados e bem pagos. Desta forma, nem todos os profissionais receberão um impacto negativo em suas remunerações. Os profissionais prejudicados serão os pouco capacitados. Assim sendo, o nosso gabarito é a letra C. Novas Tecnologias Gerenciais Reengenharia Ao contrário da perspectiva da gestão da qualidade, que busca melhorias contínuas dos processos, a Reengenharia busca mudanças radicais destes processos. De acordo com Hammer e Champy4, a reengenharia é: "o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho, tais como custos, qualidade, atendimento e velocidade." Desta maneira, a Reengenhar ia não está pensando em melhorar aos poucos e de modo contínuo o que já existe. Ela parte do ponto zero, ou seja, o processo deve ser analisado desde seu princípio. Até mesmo a necessidade ou não do processo deve ser analisada. Talvez o processo deva ser até eliminado totalmente. A empresa deve "começar de novo". O objetivo deve ser o de questionar o quê é feito, por quem é feito, porque é feito, para quem, etc. 4 (Hammer & Champy, 1994) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 9 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Reengenharia Envolve mudanças radicais, através de uma reestruturação dos processos, para conseguir melhorias drásticas. Neste processo de Reengenharia, os principais processos da organização devem ser revistos totalmente. E devem ser desenhados de modo a enfrentar da melhor forma os desafios atuais da organização, ao contrário de buscar melhorias em processos já existentes (que talvez não tenham mais valor). Para conseguir alcançar estas mudanças radicais nos processos, as empresas devem utilizar as novas tecnologias da informação disponíveis para melhorar os fluxos de informação. Assim, muitas atividades e tarefas podem ser eliminadas, pois o fluxo de informação passa a ser mais rápido, possibilitando a tomada de decisão mais rápida e o andamento mais célere (rápido) do processo. De acordo com o Hammer e Champy5, "a tecnologia da informação age como um capacitador, permitindo às organizações realizar o trabalho de formas radicalmente diferentes". Cabe aqui, porém ressaltar um ponto que muitas vezes é cobrado em provas: A Reengenharia não é sinônimo de dowsizing! Este é um termo ligado com uma redução de pessoal e estrutura física (de capacidade produtiva) para que as organizações possam se adaptar a uma situação de demanda menor. O downsizing seria o "fazer menos com menos", enquanto a Reengenharia seria o "fazer mais com menos"6! Veja abaixo as principais características da reengenharia: 5 (Hammer & Champy, 1994) 6 (Hammer & Champy, 1994) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Análise dos fundamentos dos processos Mudanças radicais Melhorias drásticas de desempenho Orientação para processos Figura 2 - Características da Reengenharia Vamos ver agora algumas questões deste tema? 5 - (ESAF -CVM - ANALISTA - 2010) Entre as dez mudanças frequentes que ocorrem nas empresas com a reengenharia dos processos, temos: a) as unidades de trabalho mudam, passando de equipes para departamentos. b) os critérios de promoção mudam de desempenho individual para desempenho grupal. c) as estruturas mudam de hierárquicas para pessoais. d) a preparação dos empregados para o serviço muda, deixando de ser treinamento para ser instrução. e) os serviços das pessoas mudam, passando de tarefas simples para trabalhos multidimensionais. A ESAF utilizou um artigo da Revista de Administração Pública nesta questão. De acordo com Gonçalves7, as dez mudanças mais frequentes que ocorrem nas empresas com a reengenharia dos processos são as seguintes: "As unidades de trabalho mudam, passando de departamentos funcionais para equipes de processo; Os serviços das pessoas mudam, passando de tarefas simples para trabalhos multidimensionais: Os papéis das pessoas, 7 (Gonçalves, 1994) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 antes definidos e controlados pelos gerentes, passam a ser desenhados pelos seus próprios ocupantes; A preparação dos empregados para o serviço muda, deixando de ser treinamento para ser educação; O enfoque das medidas de desempenho e da remuneração se altera, da atividade para o resultado; Os critérios de promoção mudam do desempenho individual para a habilidade; Os valores, antes protetores da organização, passam a inspirar a produção; Os gerentes mudam de supervisores para instrutores de seus times; As estruturas organizacionais mudam de hierárquicas para achatadas; Os executivos deixam de ser controladores do resultado para serem líderes" Tentando resolver a questão sem ter o texto "decorado", teríamos de nos guiar pelo "bom senso". No caso da letra A, por exemplo, a gestão por processos demanda uma visão horizontalda empresa, não um foco nos departamentos. Assim, uma mudança de uma estrutura por equipes (mais moderna) para uma estrutura departamental não seria adequada. Já a letra B confundiu muitos candidatos. A princípio, esta afirmação poderia ter sido considerada correta, mas o autor trouxe uma definição diferente: a mudança seria para o critério da habilidade. Com isso, a banca considerou a opção como incorreta. A letra C não apresenta uma afirmação lógica. Não existem estruturas "pessoais". Esta frase também está errada. A letra D está também equivocada. O treinamento tem um caráter de curto prazo, ao contrário da educação e do desenvolvimento, que são voltados para as necessidades futuras e potenciais. Finalmente, a última afirmativa está certa e a letra E é o gabarito da banca. 6 - (ESAF -MTE - AFT - 2006) Indique a opção que corresponde corretamente à frase a seguir: "É o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos de desempenho." Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 a) Trata-se da definição de processos de qualidade. b) Trata-se de princípios que norteiam a busca de maior eficácia. c) Trata-se da definição de reengenharia. d) Trata-se de características de um processo de responsabilidade social. e) Trata-se da definição de produtividade. Questão muito tranquila da ESAF. A mudança radical dos processos de uma organização, com o objetivo de melhorias drásticas, é a definição do conceito de Reengenharia. O gabarito é a letra C. 7 - (ESAF -MTE - AFT - 2003) Um dos pontos-chave da reengenharia é repensar de forma fundamental e reprojetar radicalmente os processos para conseguir melhorias drásticas. Indique a opção que expressa corretamente a ideia contida nessa afirmativa. a) Diminuição drástica dos postos de trabalho. b) Terceirização dos serviços não essenciais ao negócio da organização. c) Fusão de unidades organizacionais e de empresas. d) Requalificação da mão-de-obra na busca de empregabilidade. e) Análise dos clientes, insumos, informações e produtos. Questão interessante da ESAF. A banca trouxe algumas alternativas relacionadas com o downsizing, que é uma "deformação" do processo da Reengenharia. Quando muitas empresas iniciaram o processo de Reengenharia, passaram a "terceirizar" tudo o que viam pela frente que não fosse central ao negócio. Além disso, cortaram diversos postos de trabalho e fundiram empresas e setores, em busca de um corte de custos e uma maior eficiência. Com isso, a "imagem" da Reengenharia ficou manchada. Muitas pessoas ainda associam a reengenharia com os efeitos danosos do Downsizing. A única alternativa que pode ser relacionada com a Reengenharia é a letra E. 8 8 - (FCC - TRE-RN - ANALISTA - 2011) A aplicação da técnica de reengenharia à gestão pública visa a a) mudanças estruturais e comportamentais radicais na cultura das organizações. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 b) introdução contínua de mudanças organizacionais visando a redução de custos. c) extinção da estrutura departamental das organizações. d) descentralização da gestão do conhecimento estratégico das organizações. e) racionalização e centralização dos processos organizacionais. O que nos ajuda a "matar" a questão é a palavra "radicais". A letra A está perfeita e é o nosso gabarito. A reengenharia é uma técnica de mudanças drásticas que buscam melhorias radicais nos processos. Não se trata, portanto, de melhorias contínuas ou progressivas, como indica a opção B, que está equivocada. A letra C nos apresenta uma possível consequência do processo de reengenharia, não uma característica da técnica. A letra D não faz o menor sentido. Finalmente, a letra E está errada porque a Reengenharia não está relacionada com a centralização dos processos. Assim sendo, o gabarito é mesmo a letra A. Balanced Scorecard Imagine dirigir um veículo e só ter à disposição o velocímetro. Você consegue ver qual a velocidade que está dirigindo, mas não sabe se seu tanque está cheio, quantos quilômetros já rodou, ou se a água do radiador está dentro dos limites ou não. Desta forma, terá uma grande chance de não chegar ao seu destino, não é mesmo? Portanto, você precisa ter a sua disposição, em seu veículo, uma série de indicadores que te possibilitem entender como seu carro está se comportando. O mesmo ocorre cogn as organizações. Até pouco tempo atrás, os únicos indicadores utilizados eram os financeiros. Desta forma, os gestores mediam a situação de uma organização de acordo com um só ponto de vista: sua capacidade financeira. Entretanto, indicadores como o retorno sobre o investimento, liquidez e margem líquida sobre vendas são importantes, mas só contam um "lado da estória". De acordo com Kaplan e Norton8, para que as organizações modernas possam "navegar" em um futuro mais competitivo, de 8 (Kaplan & Norton, 1996) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 14 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 tecnologia avançada e com pessoas cada vez mais capacitadas, será necessário mais do que apenas monitorar dados financeiros do desempenho passado. Para os autores, os indicadores financeiros contam os fatos passados, mas são inadequados para avaliar o desempenho de empresas que buscam criar valor através no investimento em clientes, fornecedores, empregados, processos, tecnologia e inovação. Um dos principais problemas é que os dados contábeis e financeiros só captam os ativos tangíveis da organização, ou seja, seus ativos físicos (imóveis, bens, dinheiro, etc.). Os ativos intangíveis - valor da marca, percepção de qualidade dos produtos, capacidade dos funcionários, capacidade de inovação - normalmente não são contabilizados. O problema é que avaliar e medir estes ativos intangíveis se torna mais difícil9. É mais fácil contar o dinheiro no Banco do que avaliar quanto vale o conhecimento dos trabalhadores de uma organização, não é verdade? Entretanto, estes ativos intangíveis, antes relegados a um segundo plano, serão cada vez mais importantes na era do conhecimento. Desta forma, Kaplan e Norton construíram um modelo que complementa os dados financeiros do passado com indicadores que buscam medir os fatores que levarão a empresa a ter sucesso no futuro10. Desta forma, neste modelo existem quatro perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e conhecimento. Estes indicadores e os desempenhos que serão avaliados serão derivados da visão e da estratégia da organização. Abaixo podemos ver um diagrama que representa as quatro perspectivas do Balanced Scorecard - BSC. 9 (Paludo, 2010) 10 (Kaplan & Norton, 1996) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 15 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Figura 3 - Balanced Scorecard - Fonte: Kaplan e Norton 1996 Neste contexto, as perspectivas podem ser descritas assim: > Perspectiva financeira - analisa o negócio do ponto de vista financeiro. Relaciona-se normalmente com indicadores de lucratividade11, como receitalíquida, margem líquida, retorno sobre o investimento, entre outros. Indica se a estratégia da empresa está se traduzindo em resultados financeiros; > Perspectiva dos clientes - neste ponto de vista, busca-se identificar os segmentos (de clientes e de mercados) em que a empresa atuará e as medidas de desempenho que serão aceitas. Geralmente envolve indicadores como: satisfação dos clientes, retenção de clientes, lucro por cliente e participação de mercado. Esta perspectiva possibilita ao gestor as estratégias de mercado que possibilitarão atingir resultados superiores no futuro; > Perspectiva de processos internos - identifica os processos críticos que a empresa deve focar para ter sucesso. Ou seja, mapeia os processos que causam o maior impacto na satisfação dos consumidores e na obtenção dos objetivos financeiros da organização12. Devem ser melhorados os processos existentes e desenvolvidos os que serão importantes no futuro; > Perspectiva do aprendizado e do crescimento - identifica as medidas que a empresa deve tomar para se capacitar para 11 (Chiavenato, 2010) 12 (Kaplan & Norton, 1996) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 16 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 os desafios futuros. As principais variáveis são as pessoas, os sistemas e os procedimentos organizacionais. Desta forma, as empresas devem treinar e desenvolver seu pessoal, desenvolver sistemas melhores e procedimentos que alinhem os incentivos aos objetivos corretos. Vamos ver algumas questões sobre o BSC? 9 - (ESAF - CGU / AFC - 2012) Considerado uma importante ferramenta de gestão estratégica, o Balanced Scorecard busca a maximização dos resultados com base nas seguintes perspectivas, exceto: a) Concorrência e tecnologia. b) Financeira. c) Clientes. d) Processos internos. e) Aprendizado e crescimento. Questão bem simplória da ESAF. O candidato deveria apenas lembrar-se das quatro perspectivas originais do modelo de Kaplan e Norton: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. A única alternativa que não apresenta uma perspectiva do Balanced Scorecard é a letra A - concorrência e tecnologia - que é, portanto, o gabarito da banca. 10 10 - (FCC - SEFAZ/SP - FISCAL DE RENDAS - 2009) Com relação ao método do Balanced Scorecard, considere: I. Foi desenvolvido a partir da constatação de que os métodos tradicionais de acompanhamento do desempenho das organizações não eram suficientes para atender ao grau de complexidade e ao dinamismo do ambiente empresarial contemporâneo. II. Os vetores considerados na avaliação de desempenho do Balanced Scorecard são o financeiro, os clientes, os processos internos e o aprendizado e crescimento. III. Inicia-se com a definição da visão e da missão atribuídas à organização, analisando, prioritariamente, os ambientes externo e interno, é seguida pela formulação de metas, depois, pelos objetivos e as estratégias e, finalmente, pela implementação. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 IV. Os níveis a partir dos quais se estrutura um Balanced Scorecard são o explicativo, o normativo, o estratégico e o tático- operacional. V. Foi utilizado inicialmente como um modelo de avaliação e performance empresarial, porém, a aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma metodologia de gestão estratégica. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e V. (B) I, II, III e IV. (C) I, III e V. (D) II e III. (E) II e IV. A primeira e a segunda frase estão perfeitas. Já a terceira frase está errada, pois se relaciona com as fases do planejamento estratégico, e não do BSC. A quarta afirmativa também está incorreta, pois os níveis do Balanced Scorecard são os do planejamento: estratégico, tático e operacional. Entretanto, a quinta frase está correta. Desta forma, nosso gabarito é a letra A. 11 - (CESPE - TRE-ES / TEC ADM - 2011) O uso de ferramentas como o Balanced Scorecard (BSC) é inviável no modelo de gestão estratégica, dado o nível de atuação desse modelo. A utilização do Balanced Scorecard na gestão estratégica não é inviável, muito pelo contrário. Esta ferramenta é utilizada dentro da gestão estratégica de uma organiza ção. O gabarito é questão errada Continuando, na visão dos autores, o BSC deveria ser mais do que uma coleção de indicadores críticos. Desta forma, o BSC deve incorporar uma série de relacionamentos de causa e efeito e uma mistura de indicadores de desempenho e os vetores que levam a estes desempenhos. Ou seja, o sistema de medição deve fazer uma relação direta entre os objetivos nas várias perspectivas, de forma que eles sejam gerenciados e validados13. 13 (Kaplan & Norton, 1996) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 18 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Vamos imaginar um caso prático? Você trabalha em uma empresa de refrigerantes e deve montar um BSC para sua empresa. O primeiro indicador que você analisa é: retomo sobre o capital investido. Desta maneira, este é um indicador da perspectiva financeira. Mas, pensa você, o que levaria a um bom retorno sobre o capital investido? Pensando bem, você conclui que a empresa precisa vender mais aos seus consumidores, de modo a aumentar as receitas. Para vender mais aos seus consumidores, a empresa precisa atendê-los bem, não é verdade? Eles precisam estar satisfeitos com o serviço existente. Desta maneira, o índice de satisfação dos clientes pode ser um indicador da perspectiva clientes, pois você imagina que quanto mais eles estiverem satisfeitos mais comprarão! Mas, pensa novamente você, o que faz com que eles fiquem satisfeitos? Imagine que o tempo de produção e distribuição seja o aspecto mais importante para seus clientes, pois quanto mais rápido a cerveja chegar ao ponto de consumo, mais "gostosa" ela fica! Portanto, o tempo entre o processo de produção e a distribuição seria um indicador da perspectiva dos processos internos, pois afeta a perspectiva clientes e a perspectiva financeira. Mas o que deve ocorrer para que os processos sejam mais bem feitos? Talvez seja necessário treinar sua equipe da fábrica em uma nova gestão da qualidade. Portanto, o investimento em qualificação (horas/funcionário) seria o indicador de aprendizado e crescimento. Veja abaixo um gráfico que sintetiza o caso: Figura 4 - Relação causa e efeito dos indicadores Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Desta forma, um Balanced Scorecard bem construído deve mostrar a estratégia da empresa ou do departamento envolvido14. Cada indicador no BSC deve ser um passo da estratégia. De acordo com Kaplan e Norton, "Empresas inovadoras estão usando o balanced scorecard como um sistema de gestão estratégica, para gerenciar sua estratégia no longo prazo. Eles estão utilizando o scorecard para realizar estes processos críticos: 1- Clarificar e traduzir a visão e a estratégia; 2- Comunicar e ligar os objetivos estratégicos às medidas; 3- Planejar, estipular metas e alinhar as iniciativas estratégicas; 4- Aumentar o feedback estratégico e oaprendizado." Mapa Estratégico Os mapas estratégicos são ferramentas que auxiliam na comunicação e visualização das estratégias gerenciadas pelo Balanced Scorecard15. Através do Mapa Estratégico, conseguimos "resumir" graficamente a missão, a visão, os principais objetivos estratégicos e os indicadores envolvidos. Muitas vezes as pessoas não entendem as estratégias. Se não entendemos algo, provavelmente não iremos executar bem, não é mesmo? Portanto, precisamos dos mapas estratégicos para que estas estratégias fiquem claras para todos. De acordo com Herrero16, "o mapa estratégico é a representação visual da história da estratégia de uma organrk ação". A visualização e a comunicação das principais "diretrizes" da estratégia da instituição são fundamentais para que as pessoas compreendam qual é o "caminho" a seguir e consigam "alinhar" suas ações e atividades para que estes objetivos sejam atingidos. Assim, o mapa estratégico assume este papel de facilitar esta comunicação da estratégia. Sem ele, ficaria mais "árida" e textual esta 14 (Kaplan & Norton, 1996) 15 (Herrero, 2005) 16 (Herrero, 2005) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 20 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 tarefa de comunicar. Abaixo, podemos ver um exemplo de mapa estratégico (da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC). Vejam que a instituição apresenta sua missão e sua visão no documento e aponta seus fatores (ou perspectivas) estratégicos. Como a instituição é do setor público, eles fizeram adaptações no modelo original de Kaplan e Norton. Vejam no documento que substituíram os clientes e aspectos financeiros por regulados e sociedade. Desta maneira, em apenas uma página podemos, mesmo sem conhecer a fundo a ANAC, perceber quais são os processos críticos e objetivos estratégicos em cada perspectiva. Este é o efeito desejado de um mapa estratégico bem feito! De acordo com Kaplan e Norton17, o sucesso da execução da estratégia depende de sua compreensão pelos empregados da organização, que, por sua vez, depende de uma nítida descrição. Para os autores18, os diferentes sentidos do mapa estratégico são: mostrar o destino estratégico, destacar o valor do capital intelectual, representar visualmente a estratégia, ligar o trabalho individual à estratégia, demonstrar o fluxo de valor e reforçar a importância do conhecimento. Veja abaixo o mapa estratégico da ANAC: 17 18 17 (Kaplan e Norton, 2004) apud (Herrero, 2005) 18 (Kaplan e Norton) apud (Herrero, 2005) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Figura 5 - Mapa Estratégico da ANAC. Disponível em: http://www2.anac.gov.br/arquivos/ANAC%20Planejamento%20Estrategico.pdf Vamos ver mais algumas questões? Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 12 - (ESAF - ANA - ANALISTA ADM - 2009) O Balance Scorecard volta-se para quatro perspectivas organizacionais; nenhuma delas desenvolve objetivos ou medidas para orientar o aprendizado organizacional. A questão está incorreta, pois o aprendizado organizacional é, sim, uma das perspectivas do Balanced Scorecard. O gabarito é, assim, questão errada. 13 - (ESAF - STN - ANALISTA - 2005) Como o controle tradicional tornou-se insuficiente para fazer face às necessidades das organizações, foram criados sistemas de controle que pudessem dar uma visão de conjunto das diferentes dimensões do desempenho da organização. Indique a opção que define corretamente as ideias de Balanced scorecard. a) É uma técnica que permite identificar os fatores críticos de sucesso que contribuem para o desempenho da organização. b) É uma técnica focada na análise interna de pontos fortes e fracos e externa de ameaças e oportunidades. c) É uma técnica que permite evidenciar as relações de causa e efeito entre diversos fatores de sucesso organizacional. d) É uma técnica focada na busca da qualidade dos serviços prestados e excelência na gestão dos negócios. e) É uma técnica focada em dimensões do desempenho da empresa que se podem desdobrar em medidas específicas e indicadores. A primeira opção está errada, pois se relaciona mais com a gestão por processos do que com o BSC. Já a letra B está se referindo à análise SWOT (ou diagnóstico estratégico), um instrumento do Planejamento Estratégico. A letra C também não poderia ser considerada a opção correta. O que o BSC faz é avaliar a organização por um conjunto de perspectivas e aspectos tangíveis e intangíveis. Não se presta para uma análise de causa e efeito (esta relação pode ser evidenciada pelo diagrama de Ichikawa). Do mesmo modo, o BSC não é relacionado diretamente com o controle da qualidade, como está descrito na letra D. Já a letra E está perfeita e é o nosso gabarito. 14 - (FGV - SAD / PE - APOG - 2008) Originalmente, o modelo do balanced scorecard (BSC) foi estruturado em torno de quatro Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 23 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 perspectivas. Essas perspectivas são apresentadas a seguir à exceção de uma. Assinale-a. (A) Perspectiva financeira. (B) Perspectiva do cliente. (C) Perspectiva dos fornecedores. (D) Perspectiva dos processos internos. (E) Perspectiva do aprendizado e crescimento. Como vimos acima, o modelo original de Kaplan e Norton girava em torno de quatro perspectivas: finanças, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. Não existia a perspectiva dos fornecedores. Questão bem fácil não é mesmo? Desta forma, o gabarito é a letra C. 15 - (ESAF - STN / DESENV. INSTITUCIONAL - 2008) Sobre o uso do Balanced Scorecard, como ferramenta gerencial no âmbito de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, é incorreto afirmar: a) o sucesso do uso do Balanced Scorecard, no caso de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, deve ser medido pelo grau de eficiência e eficácia com que essas organizações atendem às necessidades de seus participantes e clientes. O papel desempenhado pelas considerações financeiras será favorecedor ou inibidor, mas, raramente, será o objetivo básico. b) o uso do Balanced Scorecard em organizações públicas e instituições sem fins lucrativos é inadequado, uma vez que toda sua estrutura é montada a partir dos objetivos financeiros, o que não reflete o contexto no qual essas organizações se inserem. c) no caso de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, a perspectiva financeira do Balanced Scorecard passa a ser tratada como uma limitação e não como um objetivo. Assim, as metas relacionadas com a perspectiva financeira devem estar relacionadas com a limitação dos gastos e sua compatibilidade com orçamentos prévios. d) no âmbito de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, o uso do Balanced Scorecard pode proporcionar foco, motivação e responsabilidade, oferecendo a base lógica para a existência de tais organizações (que é servir clientes e partes interessadas, além de manter os gastos dentro de limites orçamentários), e comunicando externa e internamente os Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br24 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 resultados e os vetores de desempenho por meio dos quais elas realizarão sua missão e alcançarão seus objetivos estratégicos. e) ao se aplicar o Balanced Scorecard em organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, o simples fato de tais organizações operarem com gastos abaixo dos valores orçados não implica em eficácia e nem satisfação às necessidades dos clientes. Assim, em paralelo ao monitoramento dos gastos, devem ser criados indicadores capazes de analisar o nível e a qualidade dos serviços prestados. Esta questão da ESAF é cansativa (como de costume desta banca), mas não apresenta maiores dificuldades. Fica fácil identificar na letra B um erro flagrante! O BSC busca exatamente "fugir" desta análise exclusivamente financeira de uma organização. Deste modo, a questão está incorreta, pois não reflete o que o BSC significa. O gabarito é, portanto, a letra B. 16 - (ESAF - CGU / AFC - 2012) Acerca da aplicabilidade da Gestão Estratégica ao setor público, é correto afirmar que a) a Gestão Estratégica é dispensável para uma instituição como a Câmara dos Deputados, já que sua missão e seu papel encontram- se inteiramente demarcados na Constituição Federal. b) o modelo tradicional de BSC é totalmente adequado aos órgãos da administração pública, sendo desnecessárias quaisquer adaptações. c) o uso dos preceitos de Gestão Estratégica apenas se justifica nas entidades da administração indireta, dadas sua natureza e finalidade. d) a aplicação do BSC na administração pública dispensa preocupações com a perspectiva financeira, já que o lucro não é um de seus objetivos. e) a perspectiva cliente é ponto fundamental de Gestão Estratégica ainda que, na administração pública, o conceito de clientela seja menos desenvolvido que na iniciativa privada. A gestão estratégica não é dispensável para nenhuma organização estatal, mesmo as que têm definidas constitucionalmente sua missão. Naturalmente, a gestão estratégica possibilitará a estes órgãos e entidades que atinjam seus objetivos estratégicos e cumpram suas missões da melhor maneira possível. Assim sendo, a letra A está errada. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 A opção B também está equivocada, pois o modelo original de Kaplan e Norton foi "desenhado" para empresas privadas e devem, sim, ser adaptadas para os objetivos públicos. A perspectiva "cliente", por exemplo, poderia ser alterada para "cidadãos" ou "usuários". A letra C mais uma vez apresenta a noção de que a gestão estratégica não se aplica aos órgãos públicos - que está errada. No caso da letra D, o problema está no fato de que a perspectiva financeira não é pouco importante no setor público. Sem recursos, nenhum órgão consegue executar suas funções. Do mesmo modo, os custos devem ser controlados, para que o órgão não onere demais a sociedade. Finalmente, a letra E está correta e é o gabarito. No setor público, o conceito de clientela não é o mesmo do setor privado. O relacionamento entre os órgãos públicos e seus clientes é muito diferente do que ocorre no setor privado, pois os primeiros não dependem diretamente dos pagamentos feitos pelos usuários diretos do serviço. Além disso, os órgãos devem atender aos cidadãos de acordo com a legislação, e não de acordo com a "fidelidade" dos clientes, como pode ocorrer no setor privado. Assim, o gabarito é mesmo a letra E. 17 - (FGV - SAD / PE - APOG - 2008) O balanced scorecard (BSC) se equilibra entre medidas do passado quantificáveis e vetores subjetivos que indicarão resultados. Nesse sentido, ele é um sistema de gestão estratégico para viabilizar processos gerenciais críticos. Assinale a alternativa que não corresponda a um desses processos gerenciais críticos. (A) Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia. (B) Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas. (C) Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas. (D) Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico. (E) Determinar a missão organizacional. Como vimos acima, o BSC deve ter uma série de indicadores, desde os vetores que possibilitarão o alcance de resultados quanto os indicadores de desempenho. Assim sendo, ele se torna um sistema de gerenciamento estratégico. Dentre os principais processos críticos, estão todos os descritos na questão, menos a da alternativa E. Portanto, nosso gabarito é a letra E. Desta forma, o balanced scorecard (BSC) não deve ser visto como um sistema de medição. As empresas inovadoras estão utilizando o BSC Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 como uma estrutura central para organizar seus processos gerenciais19. Assim sendo, o BSC se transforma em um sistema para implementar e receber feedback sobre a estratégia organizacional. De acordo com Daft20, o BSC é mais bem aplicado quando o seu uso ocorre desde o topo até a base da organização, de modo que todos estejam envolvidos no processo de pensar e discutir a estratégia da organização. Benchmarking. O Benchmarking é um processo importante para que a empresa possa identificar alguma atividade ou processo que outra organização esteja executando de uma maneira mais eficiente e adaptar esta melhor prática para sua própria empresa. Atualmente, o Benchmarking é uma ferramenta muito utilizada e bem simples de ser compreendida. A Xerox Corporation é reconhecida como a pioneira no seu uso sistemático, mas seu conceito é muito antigo21 22. O Benchmarking é uma procura por empresas ou organizações (sejam competidores ou não) que tenham práticas superiores, em busca de um desempenho melhor da empresa22. Ou seja, é uma análise dos processos alheios e depois uma adaptação destes processos na própria empresa. Vamos imaginar que você queira melhorar a entrega a domicílio de sua drogaria. Uma das formas é analisar quem em seu bairro está conseguindo entregar seus produtos mais rapidamente e tentar "copiar" seus métodos, não é mesmo? O que esta outra empresa tem de diferente? Será que o empregado que atende ao telefone passa mais rápido o recado? Será que seu "motoboy" está com uma moto mais rápida? Desta forma, ao analisarmos os mesmos processos de trabalho de outra empresa poderiamos identificar qual área de nossa empresa estaria sendo ineficiente, nos possibilitando saber o que mudar para alcançar um resultado melhor. 19 (Kaplan & Norton, 1996) 20 (Daft, 2005) 21 (Sobral & Peci, 2008) 22 (Daft, 2005) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 No caso acima, não seria interessante analisar somente drogarias, pois pode ser que a empresa mais eficiente em entregas seja uma pizzaria ou um restaurante de massas, por exemplo. Além disso, muitas vezes um concorrente não vai achar muito interessante ver você tentando "copiar" seus processos de trabalho, não é mesmo? Portanto o Benchmarking muitas vezes é feito com empresas de setores diferentes, ok? Contanto que o processo a ser analisado seja compatível (no caso, entrega de produtos a domicílio) isso pode ser feito tranquilamente.Entretanto, cabe lembrar aqui que a análise deve recair sobre os processos críticos da empresa, ou seja, aqueles que trarão efetivamente um resultado superior, pois afetam a produtividade e qualidade dos produtos. O Benchmarking também pode ser feito internamente, entre setores diferentes da mesma empresa, ou divisões de produtos distintos. O Benchmarking também pode ser utilizado por empresas grandes, médias ou pequenas, por entidades governamentais, entidades sem fins lucrativos, etc. Se uma empresa do Japão consegue identificar um concorrente na Malásia que está conseguindo atingir um resultado interessante através de um processo de trabalho diferente, o Benchmarking pode ser utilizado! Lembre bem então: O Benchmarking pode ser utilizado por qualquer tipo de organização, de qualquer tamanho, em qualquer setor econômico, de qualquer local do mundo! Ficou fácil, não é mesmo? Portanto, o Benchmarking é uma ferramenta que possibilita conhecer melhor os processos internos e compará-los com os melhores do mercado, para que possamos adaptar esses processos alheios aos nossos próprios processos23. O Benchmarking pode ser classificado em três categorias24: > Benchmarking interno - fj\nálise e comparação dos processos e atividades de órgãos ou filiais diferentes. É comum que empresas grandes tenham setores que executam tarefas e atividades semelhantes. Por exemplo: comparação entre o tempo de entrega da filial de São Paulo e o da filial de Brasília. > Benchmarking competitivo - Análise e comparação do desempenho de empresas que atuam no mesmo segmento, sejam concorrentes diretas ou não. Desta forma, busca-se igualar ou 23 (Sobral & Peci, 2008) 24 (Junior, Cierco, Rocha, Mota, & Leusin, 2008) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 28 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 melhorar o desempenho de um concorrente. Podería ser o caso de uma montadora de automóveis analisando o processo de pintura de um concorrente. > Benchmarking genérico - Análise e comparação de processos de qualquer organização independentemente de ser do mesmo ramo ou não, de ser concorrente ou não. Desta forma, um supermercado poderia copiar o processo de entrega de uma drogaria, por exemplo. Vamos ver como isso já foi cobrado? 18 - (ESAF - ENAP - ANALISTA -2006) Indique a opção que define corretamente benchmarking. a) Técnica por meio da qual a organização compara o seu desempenho com o de outra. b) Capacidade que a organização tem de superar os concorrentes. c) Capacidade que a organização tem de integrar as partes de um sistema. d) Técnica gráfica de representação das atividades no tempo. e) Técnica de geração de idéias que se baseia na suspensão de julgamento. Esta questão é bem simplória, não é mesmo? O benchmarking é uma ferramenta pela qual a organização busca comparar o seu desempenho com setores ou organizações que sejam mais eficientes, de modo a melhorar suas práticas e processos. O gabarito é a letra A. 19 - (ESAF - ANA - ANALISTA -2009) Sobre o benchmarking, compreendido como um processo de pesquisa contínuo e sistemático para avaliar produtos, serviços e processos de trabalho, com o propósito de melhoria organizacional, é correto afirmar: a) não pode ser aplicado dentro da organização, uma vez que seus parâmetros, necessariamente, estão atrelados a outras organizações do mesmo porte existentes no mercado. b) a 'pirataria' industrial é uma forma de benchmarking. c) seus resultados, quando positivos, contribuem apenas para a melhoria de serviços, produtos e processos de trabalho, não favorecendo, porém, o planejamento organizacional. d) aplica-se apenas no âmbito do setor privado, não se prestando à organização pública ou privada sem fins lucrativos. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 e) permite à organização comparar os seus serviços, produtos e processos de trabalho com os de outras organizações detentoras de melhores práticas. A letra A está errada. Um setor de uma empresa, por exemplo, pode muito bem fazer um benchmarking com outro setor da própria empresa. Assim, pode melhorar algum processo que os dois setores tenham em comum (distribuição de produtos, fabricação, atendimento etc.). A "pirataria" industrial é uma espionagem com o objetivo de "roubar" alguma tecnologia, ou informação, exclusiva de outra empresa. É um procedimento extremamente "antiético". Não se costuma associar a "pitararia" ao processo de benchmarking. A letra C está errada pela palavra "apenas", pois o benchmarking pode sim contribuir para o planejamento. Já a letra D é uma conhecida "pegadinha" de concursos. O benchmarking pode sim ser utilizado no setor público (bem como outras ferramentas de gestão). Finalmente, a letra E está correta e é o nosso gabarito. 20 - (FGV - SEFAZ/RJ - FISCAL DE RENDAS - 2010) Com relação ao benchmarking, assinale a alternativa correta. (A) O benchmarking é aplicável facilmente entre empresas de diferentes setores econômicos. (B) O benchmarking é uma técnica empregável somente em grandes corporações. (C) O benchmarking deve ser empregado somente em empresas localizadas nos países desenvolvidos. (D) O benchmarking não está disponível, como técnica, para emprego em qualquer setor econômico. (E) O benchmarking deve ser uutilizado nas atividades de apoio das empresas. Esta questão deixou muitos candidatos "bravos" após a prova. A alternativa A está correta, sem dúvida. O benchmarking pode sim ser aplicado em empresas de setores diferentes. A alternativa B está incorreta, pois o Benchmarking não se restringe a empresas grandes. A C é absurda, sem comentários! A alternativa D está incorreta, pois o Benchmarking pode sim ser aplicado em qualquer setor econômico! A dúvida ficou mesmo com a alternativa E, pois o Benchmarking pode ser utilizado em atividades meio de uma empresa. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 No meu entendimento, o problema está neste DEVE. A banca considerou que na verdade o benchmarking pode (e não deve) ser utilizado em atividades de apoio (Recursos Humanos, por exemplo). Muitos recursos foram feitos, mas o gabarito foi mantido! O gabarito é a letra A. Melhoria Contínua - Kaizen. O conceito de Kaizen está muito ligado ao conceito de qualidade. Kaizen em japonês seria traduzido como "melhoramento" ou "mudança para melhor". É uma busca do aprimoramento contínuo, incrementai, de todos os integrantes de uma organização. Este aprimoramento não se limita ao âmbito da produção, mas constitui uma forma de vida e comportamento, dentro e fora da organização25. Os japoneses pensam a qualidade como um trabalho de todos, portanto o controle da qualidade é descentralizado, e impacta não só a qualidade dos produtos e seu custo. Desta forma, tanto trabalhadores envolvidos na linha de produção quanto trabalhadores que atuam em áreas administrativas e os chefes devem estar envolvidos no processo. Desta forma, o trabalho de um operário em uma prensa seria tão importante quanto o de um servente que limpa o chão ou de um contador que organiza as finanças da empresa. Tudo deve ser feito com total zelo e qualidade. Portanto, todos os níveis hierárquicos devem estar envolvidos. Assim sendo, um dos aspectos importantes que devemosobservar é o aspecto humano do Kaizen. Nas sociedades ocidentais, a qualidade é muitas vezes vista como relacionada às técnicas e máquinas envolvidas na produção de um produto ou serviço. Entretanto, para os japoneses a qualidade é fazer algo melhor todos os dias, ou seja, a cada dia todos os empregados devem buscar fazer algo melhor. Isso abrange desde as técnicas de produção como a maneira de se fazer uma atividade. De acordo com Lima, o Kaizen é uma diretriz cultural que permeia todos os métodos de produção orientais: "O Kaizen é, portanto, uma diretriz cultural, um valor que determina o esforço de aprimoramento contínuo. O que nos remete à busca da perfeição, nunca atingida mas sempre desejada." 25 (Lima, 2005) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 31 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 É um processo constante, efetuado por todos na empresa, que busca aumentar a produtividade, diminuir o desperdício, o stress e reduzir os acidentes de trabalho. Para os japoneses, a palavra Kaizen é um conceito "guarda chuva" 26, pois engloba diversos conceitos de qualidade conhecidos, como: controle total da qualidade, Kanban, zero defeitos, etc. Medidas Organizacionais para o aprimoramento da Administração Pública Federa! Gestão de Projetos Estratégicos - A Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade. Dentro de uma estratégia de impulsionar o desenvolvimento do país e da máquina estatal, a presidente Dilma Rousseff criou uma câmara com a participação de ministros e de grandes executivos e empresários do setor privado. Os representantes do Governo Federal são os titulares da Casa Civil, da Fazenda, do Planejamento e do MDIC. Já os representantes da sociedade civil são: o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que presidirá a Câmara de Políticas de Gestão; o empresário Abílio Diniz; Antônio Maciel Neto (presidente da Suzano Papel e Celulose); e Henri Philippe Reichstul (ex-presidente da Petrobras). De acordo com o Decreto 7478/201127: ”Art. 1o Fica criada a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade - CGDC, do Conselho de Governo, com o objetivo de formular políticas e medidas específicas destinadas à racionalização do uso dos recursos públicos, ao controle e aperfeiçoamento da gestão pública, bem como de coordenar e articular sua implementação, com vistas à melhoria dos padrões de eficiência, eficácia, efetividade, transparência e qualidade da gestão pública e dos serviços prestados ao cidadão, no âmbito do Poder Executivo 26 (Lima, 2005) 27 Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ Ato2011-2014/2011/Decreto/D7478.htm Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 32 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Assim sendo, a CGDC presta assessoria à Presidente da República, bem como identifica projetos e processos importantes dentro da máquina estatal para que a gestão pública brasileira melhore seu funcionamento e consiga atender melhor aos anseios da nossa população. De acordo com o mesmo decreto: "Art. 2o Compete à CGDC: I - prestar assessoramento ao Presidente da República na formulação e implementação de mecanismos de controle e avaliação da qualidade do gasto público; II - estabelecer diretrizes estratégicas e planos para formulação e implementação de políticas de melhoria da gestão da administração pública federal; III - propor e avaliar iniciativas no âmbito de políticas de gestão, desempenho e competitividade; e IV - supervisionar e acompanhar a implementação das decisões adotadas no seu âmbito". Para alcançar estes diversos objetivos de governo, a Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade e o conjunto dos Ministérios construíram a Agenda de Ações para Modernização da Gestão Pública. Esta agenda inclui três eixos importantes: Melhoria da entrega de serviços a população e as empresas Melhoria da eficiência do gasto público Melhoria da governança e gestão de meios nos Ministérios Para atuar nestes eixos e alcançar os objetivos estratégicos desejados, as ações têm sido centradas em diversos pontos e iniciativas. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 O MPOG, por exemplo, tem desenvolvido oficinas de trabalho para o mapeamento e a estruturação dos projetos prioritários nos diversos órgãos do governo. Além disso, estas oficinas têm sido importantes para o mapeamento e posterior redesenho de processos de trabalho que geram um impacto grande na execução das políticas públicas. Esta revisão dos processos deverá automatizar diversos processos e será feita através do uso intensivo das novas tecnologias de informação. Outros fatores envolvidos são os mecanismos de incentivo, que deverão ser revistos, a reestruturação organizacional de certos setores e a capacitação de servidores dos órgãos envolvidos. De acordo com o pronunciamento da Ministra Miriam Belchior28, "Elaboramos em 2012 a Agenda de Ações para Modernização e Melhoria da Gestão Pública. Esta agenda contempla um portfólio de projetos relacionados a temas e áreas estratégicas de governo, organizado em três eixos: melhoria da entrega de serviços à população e às empresas; melhoria da eficiência do gasto e melhoria da governança e da gestão de meios. No primeiro eixo, as ações visam, de um lado, ampliar e agilizar o acesso dos cidadãos a serviços públicos com qualidade; e, de outro, buscam agilizar e qualificar os serviços públicos direcionados às empresas, com impacto na competitividade do País. Neste eixo temos projetos como os de melhoria da gestão dos aeroportos para facilitar a vida dos passageiros; a instituição de Carta de Serviços dos órgãos federais; a desburocratização do processo de abertura e de encerramento de empresas; e o Portal do Comércio Exterior, entre outros. No eixo de maior eficiência do gasto público, estamos trabalhando na melhoria da qualidade de gastos da folha de pagamento e no projeto "Esplanada Sustentável", para otimizar as 28 Palestra concedida pela Ministra Miriam Belchior na 1° Jornada Internacional de Gestão Pública. Fonte: http://www.planeiamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/pronunciamentos/palestras/130311 palestra 1a jo mada.pdf Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 despesas de custeio, de maneira ambientalmente sustentável. Nossa maior aposta neste eixo é a criação da central de compras do governo federal, que objetiva maior agilidade nas compras governamentais com menores custos. No eixo de aprimoramento da governança e da gestão de meios, destaca-se o trabalho feito em todos os ministérios para institucionalizar o planejamento estratégico. Além disso, estamos identificando os processos de trabalho com maiores impactos na vida dos cidadãos e na competitividade do País, que precisam ser melhorados. O desenvolvimento desses projetos envolve reestruturação organizacional, o uso intensivo de tecnologia da informação, pesquisas com usuários e capacitação de servidores. Para coordenar a Agenda de Gestão foi criada, no Ministério do Planejamento, a Assessoria Especialpara Modernização da Gestão, ligada diretamente ao meu gabinete, para prover aporte metodológico em gestão de projetos, apoiar seu planejamento, acompanhar os cronogramas, produtos e resultados de cada projeto, e avaliar e reportar sua evolução". Desta maneira, esta agenda de gestão envolve diversos projetos importantes e que são escolhidos pela Câmara de Gestão, Desenvolvimento e Competitividade. Vamos ver uma questão agora? 21 - (ESAF - RFB - AUDITOR - 2012) O Decreto n. 7.478, de 12 de maio de 2011, criou a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade - CGDC, do Conselho de governo. É competência desta Câmara a) implementar iniciativas no âmbito de políticas de gestão, desempenho e competitividade. b) supervisionar e acompanhar a implementação das decisões adotadas pelos ministérios e governos estaduais. c) estabelecer diretrizes estratégicas e planos para formulação e implementação de políticas de melhoria da gestão da administração pública estadual. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 d) identificar processos finalísticos e órgãos secundários de atuação para fortalecer a gestão de resultados na administração pública. e) prestar assessoramento ao Presidente da República na formulação e implementação de mecanismos de controle e avaliação da qualidade do gasto público. Esta questão da ESAF foi bem literal. De acordo com o Decreto 7478/11, "Art. 2o Compete à CGDC: I - prestar assessoramento ao Presidente da República na formulação e implementação de mecanismos de controle e avaliação da qualidade do gasto público; II - estabelecer diretrizes estratégicas e planos para formulação e implementação de políticas de melhoria da gestão da administração pública federal; III - propor e avaliar iniciativas no âmbito de políticas de gestão, desempenho e competitividade; e IV - supervisionar e acompanhar a implementação das decisões adotadas no seu âmbito". A letra A está errada, pois não cabe a CGDC implementar estas iniciativas. Lembre-se de que a estrutura da CGDC é pequena. Serão os órgãos e entidades públicas que implementarão as iniciativas, como os diversos ministérios, a Receita Federal, o INSS etc. A letra B está errada porque a Câmara não tem poder de supervisionar as iniciativas dos governos estaduais. O mesmo erro também apareceu na letra C. A letra D é uma afirmativa sem "pé nem cabeça" que não faz sentido. Não cabe à CGDC identificar "órgãos secundários" para fortalecer a gestão por resultados na Administração Pública. Finalmente, a letra E está correta, pois repete o primeiro ponto do segundo artigo do Decreto 7478/11. Assim, este é mesmo o gabarito da banca. Continuando nossa aula, veremos abaixo alguns dos projetos mais importantes sendo tratados na Agenda de Gestão. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Projeto Porto sem Papel Dentro do cenário atual, as diversas agências marítimas devem utilizar transmissões por Fax e e-mails para interagir com os diversos "atores" envolvidos na operação portuária. Este processo envolve a emissão de inúmeros formulários e toma muito tempo, burocratizando em excesso o processo e gerando um elevado custo operacional29. O Projeto Porto sem Papel irá informatizar os procedimentos e integrar os diversos órgãos envolvidos, promovendo maior coordenação de esforços e melhor fluxo das informações. Teremos, portanto, a integração, em um único banco de dados, de diversas informações de interesse dos agentes de navegação e dos diversos órgãos públicos que gerenciam as estadias de embarcações nos portos marítimos brasileiros. Este projeto deverá gerar os seguintes resultados30: ”promove a comunicação de dados entre os agentes intervenientes no processo portuário, eliminando o trâmite de 112 documentos, em diversas vias, e 935 informações em duplicidade junto às seis autoridades anuentes (Polícia Federal, Anvisa, Delegacia da Receita Federal, Vigiagro e Autoridade Portuária), preservando todos os seus aspectos inerentes ao sigilo e a segurança das informações nele produzidas. Isso irá reduzir em média 25% o tempo de estadia dos navios nos portos". Desta forma, este projeto deverá dar um salto de qualidade no funcionamento dos portos nacionais e reduzir o custo Brasil, melhorando a competitividade da economia brasileira. Projeto Esplanada Sustentável O Projeto Esplanada Sustentável (PES) tem como objetivo principal o incentivo a órgãos e instituições públicas federais para que adotem um 29 Fonte: http://www.portosempapel.gov.br/sep/noticias/sep-implementa-porto-sem-papel 30 Fonte: http://www.portosempapel.gov.br/sep/noticias/sep-implementa-porto-sem-papel Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 modelo de gestão pública sustentável. Ele envolve a estruturação de processos e ações voltadas ao uso racional de recursos naturais na Administração Pública Federal31. Este projeto é uma iniciativa conjunta de quatro Ministérios: Planejamento; Meio Ambiente; Minas e Energia; e Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Suas principais frentes de trabalho envolvem ações voltadas para a melhor gestão de recursos como: água e esgoto, energia elétrica, telecomunicações, vigilância, limpeza e conservação, material de consumo, manutenção de bens imóveis. O foco dos trabalhos envolve: ■ Eliminação do desperdício, ■ Estimulo à ações para o consumo racional dos recursos naturais e bens públicos, ■ Gestão integrada de resíduos pós-consumo, inclusive a destinação ambientalmente correta, ■ Reconhecimento e premiação das melhores práticas de eficiência na utilização dos recursos, nas dimensões de economicidade e socioambientais. Este projeto é, basicamente, a revitalização e a integração de iniciativas existentes no governo brasileiro: o Programa de Eficiência nos Gastos (MPOG), o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (MME), a Agenda Ambiental na Administração Pública (MMA) e a Coleta Seletiva Solidária (MDS). Este projeto buscará também a redução das despesas administrativas. Estudos demonstram que o potencial de economia anual da União seria de aproximadamente R$ 2 bilhões com as ações de redução do consumo a serem desenvolvidas no projeto. Central de Compras Atualmente, as compras governamentais são altamente descentralizadas. Isto significa que cada órgão deve comprar a totalidade dos itens que necessita. Naturalmente, isto gera diversos problemas. O primeiro dele é que cada órgão deve ter um departamento focado nos processos de licitação e contratos. 31 Fonte: http: / / www. orcamentofederal .gov.br/projeto-espl anada-sustentavel Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Como este órgão interno deverá comprar desde material de escritório até serviços de telefonia e segurança, o trabalho é imenso, envolvendo diversas pessoas. Outro problema é que isto diminui o poder de barganha do governo ao comprar os itens. O processo descentralizado, normalmente, gera um preço médiounitário mais elevado dos itens comprados. O conceito é simples: ao invés de cada órgão comprar pequenos lotes de papel A4, por exemplo, este poderia ser comprado em um lote imenso para todo o governo. Os fornecedores teriam todo o interesse em ganhar esta licitação e vender para todo o governo. Naturalmente, este processo de compra centralizado poderia atingir um custo unitário mais baixo, pelo seu volume. Outro benefício importante que poderia ser atingido é a padronização, quando possível, dos bens adquiridos, possibilitando uma melhor comparação de preços e facilitando a gestão de estoques32. Deste modo, a Agenda de Gestão engloba um projeto de uma central de compras, que possa exercer o papel de negociar itens comuns de compra (como material de expediente, telefonia, segurança, serviços de limpeza, dentre outros). De acordo com o MPOG33, "Um órgão ou entidade (que denominaremos de "central de compras") se dedica a realizar aquisições de vários produtos para outros órgãos e entidades. A central de compras pode trabalhar de forma impositiva, obrigando as demais organizações, por norma, a recorrer a ela para realizar compras de determinados bens e serviços. Por outro lado, ela pode atuar como uma facilitadora, realizando aquisições em larga escala para órgãos e entidades que aderirem à sua chamada". A central de compras idealizada pelo governo brasileiro adotará o sistema de registro de preços previsto na Lei n° 8.666/93. Dentro desse modelo, esta central de compras registrará o menor preço unitário ofertado para determinado produto especificado pela Administração Pública. Os órgãos passarão a requisitar a esta central de compras a aquisição dos produtos ao preço registrado (até um limite de 32 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2012) 33 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2012) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 39 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 quantia). Estes bens poderão inclusive ser distribuídos de forma descentralizada pelos fornecedores, evitando-se um custo elevado de logística com a armazenagem e transporte destes produtos pelo território brasileiro. Assim sendo, os órgãos passarão a se concentrar apenas naqueles itens específicos de sua atuação, deixando a cargo da central de compras os itens de consumo comum. No caso da Receita Federal, por exemplo, esta passará a comprar papel A4 pela central, mas continuará a comprar equipamentos como "scanners" de bagagem por conta própria. Esta central de compras deverá gerar os seguintes resultados: s Redução do tempo de ressuprimento dos itens comprados, s Maior controle para os gestores públicos e menos retrabalho, s Adesão de grande percentual dos órgãos governamentais, s Aumento do nível de qualidade e padronização dos produtos e serviços prestados, s Possibilidade de uso do poder de compra do Estado para implementação de políticas de gestão sustentáveis. Regime Diferenciado de Contratações A máquina estatal deve fornecer muitos serviços e bens públicos para a sociedade. Para poder oferecer estes bens e serviços, deve utilizar os recursos públicos, da coletividade. Por utilizar recursos públicos, o gestor público acaba sendo muito mais vigiado no tocante ao seu modo de contratar os produtos e serviços necessários para a operação da máquina estatal e para a oferta de serviços públicos. Não é um segredo que a Lei 8666/93, que regula o processo de licitação e contratos da Administração Pública, amarra demais o processo de compra. A consequência é, geralmente, que o Estado leva muito mais tempo para poder executar um serviço ou uma obra do que a iniciativa privada. Entretanto, esta morosidade deve ser reduzida ao máximo. Para tornar o processo de compra pelo setor público mais rápido e eficiente, sem que deixe de existir o controle e a transparência, foi criado um novo regime de licitações - o RDC. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 O Regime Diferenciado de Contratações foi criado pela Le i 12.462/11, e regulamentado pelo Decreto 7.581/11. Ele foi desenhado para licitações e contratos necessários para os seguintes eventos e situações34: s Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016; s Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013; s Copa do Mundo Fifa 2014; s Das obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais; e s Das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com o sucesso do novo modelo, o Governo federal acabou ampliando o uso do RDC, por meio da Lei 12.722/12, para as licitações e contratos relacionados com a realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino. Um dos conceitos principais deste novo regime é o compartilhamento de riscos entre o setor público e o contratado, que ocorre com o novo regime de contratação integrada. Neste regime, o vencedor da licitação deve elaborar o projeto básico (PB) e o projeto executivo (PE) a partir de um anteprojeto de engenharia que é entregue pela própria Administração Pública. Com isso, o próprio contratado será o responsável pelo projeto. Esta é uma das fragilidades do regime tradicional, pois as empresas entravam depois com diversos pedidos de aditivos ao contrato devido às falhas dos projetos. Desta maneira, passa a existir uma vedação aos aditivos de contrato, já que a responsabilidade pelos projetos (PB e PE) está a cargo da empresa. Os únicos casos que condicionariam aditivos seriam: a recomposição do equilíbrio econômico financeiro ou alterações por necessidade da administração. Outra alteração consiste da possibilidade da inversão da ordem das fases do procedimento licitatório, com o processo de habilitação vindo antes do julgamento das propostas. O objetivo é o mesmo do pregão: reduzir a burocracia e o tempo na análise de documentos. 34 Fonte: http://www. governoeletronico.gov.br/acoes-e-proietos/compras-eletronicas/regime-diferenciado-de- contratacoes-2013-rdc Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Para "quebrar paradigmas", este regime abre também a possibilidade de que a Administração Pública inclua a utilização de uma remuneração variável no contrato, que estará vinculada ao desempenho da contratada na execução do contrato. Este desempenho será medido com base em metas e índices de qualidade, além de critérios de sustentabilidade ambiental e de prazos de entrega pré-estabelecidos no processo de licitação. Outro fator interessante e inovador é a possibilidade que terá a Administração na inclusão, sempre que forem mais vantajosas, de licitações com lances abertos, lances fechados e até uma combinação destes dois métodos. A ideia seria evitar o conluio das empresas participantes ou até mesmo de incentivar a melhora das propostas iniciais por parte delas. Isto ocorreria no caso dos lances fechados, com as empresas não tendo conhecimento prévio das propostas dos demais concorrentes. Como tentativa de evitar o conluio, a Administração Pública tornará público o orçamento previamente estimadoapenas após a adjudicação do objeto do contrato. Naturalmente, este orçamento estará sempre disponível para os órgãos de controle, como a CGU e o TCU. Para agilizar os processos de compra, as empresas poderão fazer uma pré-qualificação permanente. Com isso, as empresas já estarão "prontas" para participar dos processos licitatórios. Este procedimento irá possibilitar que a Administração identifique os fornecedores que já estão qualificados para vender o bem ou serviço nos requisitos demandados. Além disso, a Administração poderá simplesmente realizar uma licitação restrita às empresas pré-qualificadas. Finalmente, o novo regime reduzirá a possibilidade de recursos pelas empresas, com o objetivo de evitar as medidas protelatórias. Estes recursos acabam inviabilizando o planejamento por parte da Administração Pública, pois atrasam muito o processo licitatório. Processo administrativo digital A utilização dos processos em papel gera uma série de dificuldades para a Administração Pública. Um dos problemas mais conhecidos envolve a dificuldade de acesso da população e dos diversos agentes públicos ao processo. Quando o processo é digital, pode ser acessado por qualquer cidadão ou servidor através do seu computador. Isto facilita muito a transparência das ações governamentais. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Outra dificuldade que existe é a necessidade do transporte dos processos entre os diversos órgãos que estão envolvidos no processo. O "vai-e-vem" dos processos causa uma grande demora no processo e envolve uma série de custos. Assim, o processo digital veio prover muito mais agilidade na tramitação dos processos, com disponibilização imediata do processo ao setor encarregado de analisá-lo. Além disso, o processo em papel pode ser queimado, adulterado, fraudado com muito mais facilidade do que ocorre com os processos digitais. Um exemplo deste risco de segurança ocorreu com o famoso incêndio no prédio do INSS em Brasília, em 2005, onde muitos processos foram perdidos, com um prejuízo incalculável para a Administração Pública35. " \ J Figura 6 - Vantagens do e-processo Outro aspecto em que o proBesso em papel é falho se trata da falta de padronização no preenchimento dos dados e informações pertencentes ao processo. Normalmente, isto acarreta diferenças grandes entre um processo e outro do mesmo assunto. Alguns processos ficam "imensos" e outros apresentam falta de dados e informações necessárias. Desta forma, a gestão pública tem muito a ganhar com o processo digital, pois este instrumento reforça os conceitos de responsabilidade e compromisso, visto que amplia a transparência e a rastreabilidade das ações governamentais. 35 Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2005-12-27/incendio-consome-predio-do-inss-em-brasilia Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Com o e-processo, fica muito mais fácil para a sociedade e para o conjunto dos agentes públicos o acompanhamento do que está sendo feito dentro da máquina estatal. Todos passam a ter acesso ao andamento dos processos e, muitas vezes, ao próprio teor das decisões e dos encaminhamentos, reduzindo a burocracia e a opacidade das ações governamentais. Isto acaba tornando a organização viva, no sentido de corrigir distorções, bem como alavancar a capacidade de aprendizado organizacional, uma vez que as melhores práticas procedimentais poderão ser observadas e seguidas pelos demais componentes da organização36. O e-processo, ou processo administrativo digital foi uma das principais inovações da Administração Pública na última década no Brasil. Ele foi introduzido pela Secretaria da Receita Federal e já está consolidado como uma experiência de sucesso. Abaixo, temos os principais marcos deste projeto37: s Em 2002-2003, a ideia de trabalhar com processos digitais foi concebida por um grupo multidisciplinar de servidores públicos das unidades administrativas da Receita Federal em Salvador (BA). s Em 2005, foi eleito o projeto estratégico prioritário na RFB, canalizando recursos humanos e financeiros para o início efetivo do desenvolvimento e da implantação do sistema. s Em março de 2006, foi criado e julgado o primeiro processo fiscal digital nas unidades administrativas de Salvador (BA). s Em julho de 2008, iniciou-se a disseminação do e- Processo para 23 unidades da RFB e para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (2a instância de julgamento administrativo fiscal). s Em 2009, o e-Processo foi disseminado para as 56 maiores unidades e teve início nas unidades da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). s Em 2010, houve a consolidação do e-Processo no Carf, com a digitalização de seu estoque de processos em papel e o início de sessões de julgamentos virtuais. s Em 2011, o e-Processo foi implantado em todas as unidades e para todas as áreas de negócio, inclusive a área de pessoal e logística da RFB, totalizando 700 unidades administrativas em todo território nacional, 36 (Receita Federal do Brasil, 2011) 37 (Receita Federal do Brasil, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 com digitalização do estoque das 17 Delegacias da Receita Federal de Julgamento (1a instância de julgamento administrativo fiscal) e nas unidades regionais da PGFN. O custo do projeto foi de aproximadamente R$20 milhões, uma quantia considerável. Entretanto, o projeto gerou uma economia anual deste mesmo montante com a redução dos gastos com o transporte dos processos. Além disso, a introdução do e-processo gerou uma redução grande do tempo do trâmite processual. Imagine a situação de um processo que tenha de sair do estado de Rondônia para ser enviado para Brasília. Ele pode levar uma semana somente para ser recebido no órgão central. Isto só leva à lentidão na tomada de decisão e a gastos desnecessários para o Estado. Outro objetivo alcançado foi o aumento da arrecadação. Com a maior velocidade do trâmite dos processos, o julgamento fica muito mais rápido e esta agilidade facilita a cobrança dos tributos e evita prescrições e decadências dos processos envolvidos. De acordo com a RFB, o e-processo gerou: "Aumento da arrecadação com a redução drástica do tempo de trâmite processual. Encontram-se em julgamento, em processos em papel, cerca de R$ 400 bilhões, cuja arrecadação pode ser majorada pela tempestiva cobrança administrativa e judicial". Outros objetivos qualitativos e quantitativos identificados pela RFB foram os seguintes38: > Economia direta para a administração pública sobre despesas de materiais de expediente e dos Correios para dar ciência de documentos em papel, o que custa dezenas de milhões de reais por ano e consome cerca de 30% do tempo de trâmite processual. > Celeridade e comodidade no atendimento ao cidadão via internet. > Redução do nível de corrupção pela maior transparência e rastreabilidade dos atos e da gestão pública. > Valorização do servidor, mediante a eliminação de atividades manuais, rotineiras e até alienantes. Com o tempo, as pessoas serão treinadas a fazer atividades mais criativas, que necessitem realmente de um técnico especializado. Ou 38 (ReceitaFederal do Brasil, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 45 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 seja, os profissionais poderão trabalhar em um ambiente limpo e agradável, sem as pilhas de processos empoeirados. > Redução dos níveis hierárquicos, propiciada pelo melhor gerenciamento dos processos em meio digital, com controles de estoque, distribuição, produtividade, temporalidade e verificação de procedimentos de forma simples e on-line. O sistema e-Processo não traz consigo apenas uma mudança procedimental pela extinção do papel, mas, sobretudo, introduz uma nova cultura gerencial pela qualidade. > Gestão do Conhecimento pela facilidade de disseminação das melhores práticas procedimentais. Desta maneira, o e-processo veio gerar uma mudança de cultura organizacional nos órgãos que implementaram esse sistema, incentivando uma simplificação no controle burocrático e um comportamento mais ético de seus servidores. Outra grande vantagem é a utilização do teletrabalho, pois os funcionários não precisam mais estar no mesmo local para poder ter acesso aos processos, incentivando a utilização de equipes virtuais e colegiadas para os julgamentos e análises dos processos. Compras públicas sustentáveis Responsabilidade Socioambiental O conceito de responsabilidade socioambiental ganhou uma importância crescente nas últimas décadas. Isto decorreu pelo aumento da degradação ambiental e pelos diversos sinais de que nosso planeta está sentindo cada vez mais os efeitos das atividades humanas. O aumento das grandes tegn pestades, das secas prolongadas e o desaparecimento de espécies da fauna e da flora mostraram que as organizações deveriam buscar um novo padrão de desenvolvimento, que não impactasse tanto o nosso meio ambiente. Nascia, então, o conceito de desenvolvimento sustentável. De acordo com o relatório Brundtland, emitido pela a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas da ONU, o desenvolvimento sustentável é idealizado como39: 39 (Valente, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 46 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM "o desenvolvimento que satisfaz às necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades ". Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Ou seja, as empresas e governos deveríam utilizar melhor os recursos naturais e rever diversos modos produtivos, de modo a não prejudicar as próximas gerações. A ideia principal é desenvolver uma atuação pautada pelo equilíbrio e pela harmonia com o meio externo. Desta maneira, a noção de sustentabilidade é baseada na necessidade de se garantir a disponibilidade dos recursos da Terra hoje, assim como para nossos descendentes, por meio de uma gestão que contemple a proteção ambiental, a justiça social e o desenvolvimento econômico equilibrado de nossas sociedades40. Outro documento que incentivou o desenvolvimento sustentável foi a Agenda 21, que veio promover um programa de sustentabilidade ambiental mais amplo, com um novo padrão de desenvolvimento que busque, além da expansão e da eficiência econômica, a preservação da sustentabilidade ambiental. Esta agenda pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica41. Este documento foi gerado na famosa "RIO-92" e foi atualizada em diversos outros eventos, como a Rio+20, realizada em 2012 no mesmo Rio de Janeiro, com representantes de diversos países. O conceito de responsabilidade socioambiental envolve, basicamente, o seguinte: uma cultura organizacional que valorize um comportamento ético e contribua para o desenvolvimento econômico com respeito às comunidades envolvidas e a qualidade de vida dos empregados, bem como a proteção ao meio ambiente. No caso das empresas, a ideia é deslocar o foco do shareholder (acionista da empresa), para enfatizar o foco no stakeholder (todos os envolvidos e que são impactados pela operação daquela organização). Desta forma, o foco deixa de ser apenas a ampliação dos resultados financeiros para englobar outras "facetas" da operação de uma organização. As empresas que optam por investir em práticas de responsabilidade social elevam os níveis de desenvolvimento social, proteção ao meio ambiente e respeito aos direitos humanos e passam a 40 (Ministério do Planejamento, 2008) 41 Fonte: http://www.mma. gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 adotar um modo de governança aberto e transparente que concilia interesses de diversos agentes em um enfoque global de qualidade e viabilidade42. Atualmente, muitas destas empresas e órgãos públicos que praticam a responsabilidade socioambiental desenvolvem suas práticas e estratégias de acordo com a abordagem do "triple bottom line", ou uma série de indicadores que medem o impacto das ações da organização nas três dimensões: econômica, social e ecológica. ) Figura 7 - Dimensões do "triple bottom line" Pelo lado da dimensão social, as ações devem elevar a qualidade de vida das pessoas, auxiliar as comunidades locais de moradores, etc. Na dimensão ambiental, devem incentivar a coleta seletiva de lixo, a utilização eficiente de recursos, um uso adequado da terra etc. Finalmente, na dimensão econômica elas devem considerar o benefício econômico das ações da b rganização na sociedade, excluindo os custos envolvidos (custos de capital e outros custos) e não apenas no lucro financeiro imediato. 42 (Ministério da Fazenda e Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 48 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) Como é de conhecimento público que o Estado é um grande comprador de produtos e serviços, este mesmo Estado pode induzir práticas sustentáveis por parte de seus fornecedores. Além disso, o próprio setor público pode melhorar e implementar diversas práticas sustentáveis em seus próprios processos de trabalho. Dentro desse intuito, o Ministério do Meio Ambiente gerou o programa "Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)", que busca a construção de uma nova cultura institucional nos diversos órgãos e entidades do setor público. Esta agenda, a A3P, tem como objetivo estimular os gestores públicos a incorporar princípios e critérios de gestão socioambiental em suas atividades rotineiras, levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais por meio do uso racional dos bens públicos, da gestão adequada dos resíduos, da licitação sustentável e da promoção da sensibilização, capacitação e qualidade de vida no ambiente de trabalho43. Outros objetivos desta agenda são44: s Sensibilizar os gestores públicos para as questões socioambientais; s Promover o uso racional dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais; s Contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e para a adoção de novos referenciaisde sustentabilidade no âmbito da administração pública; s Reduzir o impacto socioambiental negativo direto e indireto causado pela execução das atividades de caráter administrativo e operacional; s Contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Dentre as práticas incentiva® as, temos: a adoção da energia solar como fonte energética preferencial, a reciclagem de materiais, a coleta seletiva do lixo, a utilização de lâmpadas mais eficientes, a utilização de um sistema de reutilização da água e outros afluentes, dentre outras. 43 (Ministério da Fazenda e Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) 44 (Ministério da Fazenda e Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 49 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Compras Públicas Sustentáveis Tendo em vista a busca por um desenvolvimento sustentável e da sustentabilidade socioambiental, os governos tem um papel importantíssimo na indução das práticas sustentáveis pelas empresas e por organizações do setor público. Como os governos têm um poder de compra considerável, podem muitas vezes influenciar o comportamento dos mercados e favorecer a implementação de diversas atividades produtivas que sejam sustentáveis, atuando diretamente sobre o cerne da questão: produção e consumo. Assim sendo, as compras públicas sustentáveis envolvem a integração de preocupações ecológicas e sociais no processo de licitação e contratos dos governos, de modo a reduzir os impactos relacionados com o meio ambiente, o bem estar das pessoas e os direitos humanos. Cabe ressaltar que as compras governamentais, no nosso país, englobam recursos estimados em 10% do PIB. Naturalmente, este poder de compra mobiliza diversos setores importantes da nossa economia. Estas empresas terão de se adaptar as demandas ecológicas e sociais que venham a ser criadas nos processos de compra45. Segundo a Cartilha da Agenda Ambiental na Administração Pública, entende-se por "compras públicas sustentáveis" o seguinte46: "Compras sustentáveis consistem naquelas em que se tomam atitudes para que o uso dos recursos materiais seja o mais eficiente possível. Isso envolve integrar os aspectos ambientais em todos os estágios do processo de compra, de evitar compras desnecessárias a identificar produtos mais sustentáveis que cumpram as especificações de uso requeridas. Logo, não se trata de priorizar produtos apenas devido a seu aspecto ambiental, mas sim considerar seriamente tal aspecto juntamente com os tradicionais critérios de especificações técnicas e preço". As compras públicas sustentáveis pressupõem, de acordo com o Guia de Compras Públicas Sustentáveis para a Administração Federal47: 45 (Ministério do Planejamento, 2008) 46 (Agenda Ambiental na Administração Pública) apud (Valente, 2011) 47 (Ministério do Planejamento, 2008) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 50 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 > Responsabilidade de consumidor: os consumidores têm uma grande influência na economia. Se os consumidores estivessem somente interessados em pagar o menor preço possível, isto poderia conduzir a uma espiral descendente com condições cada vez piores da saúde, danos ambientais e da qualidade dos produtos. Quando os consumidores demandam produtos de alta qualidade e alto desempenho, produzidos em circunstancias justas e com impactos ambientais menores, a competição global é afetada positivamente, pois os fornecedores concorrem baseando-se na sustentabilidade, ao invés de se orientar pelo menor preço. > Comprando somente o necessário: a melhor maneira para evitar os impactos negativos associados às compras de produtos e à contratação de serviços, é limitar o consumo ao atendimento de necessidades reais, sem desperdício, por exemplo, adotando a reutilização para prolongar a vida útil do produto. > Promovendo a inovação: determinados produtos e serviços são absolutamente imprescindíveis. A solução mais inteligente é comprar um produto com menor impacto negativo e utilizá-lo de maneira eficiente, impedindo ou minimizando a poluição ou a pressão sobre os recursos naturais, desenvolvendo, por sua vez, produtos e serviços inovadores. > Abordagem do ciclo de vida: para evitar a transferência de impactos ambientais negativos de um meio ambiente para outro, e para incentivar melhorias ambientais em todos os estágios da vida do produto, é preciso que todos os impactos e custos de um produto, durante todo seu ciclo de vida (produção, distribuição, uso e disposição), sejam levados em conta na tomada de decisões sobre as compras. Dentre as últimas iniciativas do governo federal para a promoção das compras públicas sustentáveis, temos a edição de diversos marcos legais. Um deles foi a Instrução Normativa 01/2010 da SLTI48, que dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal. Outro marco foi a edição do Decreto n° 7.746/2012 que consolidou e ampliou o Programa de Contratações Sustentáveis, do 48 48 Fonte: http://cpsustentaveis.planeiamento.gov.br/wp-content/uploads/2010/03/Instru%C3%A7%C3%A3o- Normativa-01-10.pdf Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão49. Desta forma, o governo federal estabeleceu uma prioridade para a contratação de produtos sustentáveis. Os órgãos públicos deverão seguir, de acordo com a norma legal, as seguintes diretrizes de sustentabilidade: s Menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água; s Preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local; s Maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia; s Maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local; s Maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra; s Uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; e s Origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, serviços e obras. Finalmente, a Instrução Normativa 10/2012 da mesma SLTI, estabeleceu regras para elaboração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável. Estes planos de gestão são ferramentas de planejamento que buscam estabelecer diversas práticas de sustentabilidade e racionalização de gastos e processos. Foi criada também a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública (CISAP), com a participação de representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; da Casa Civil; do Ministério do Meio Ambiente; do Ministério de Minas e Energia; do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação; do Ministério da Fazenda; do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio; e da Controladoria-Geral da União. A CISAP será presidida pela própria Secretária de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, sendo esta a responsável por expedir normas complementares sobre critérios e práticas de sustentabilidade. Vamos ver uma questão agora? 22 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) O Ministério do Meio Ambiente gerou o programa "Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)", que busca a construção de uma nova cultura institucional49 Fonte: http://cpsustentaveis.planeiamento.gov.br/?p=2284 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 nos diversos órgãos e entidades do setor público. Abaixo, temos diversos objetivos da Agenda Ambiental, com uma exceção. Assinale abaixo a alternativa incorreta. A) Promover o uso racional dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais. B) Contribuir para a melhoria da qualidade de vida. C) Contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e para a adoção de novos referenciais de sustentabilidade no âmbito da administração pública. D) Reduzir o impacto socioambiental negativo direto e indireto causado pela execução das atividades de caráter administrativo e operacional. E) Sensibilizar os grandes empresários do agribusiness para as questões socioambientais. Todas as alternativas estão corretas, com exceção da letra E, pois a A3P enfatiza a sensibilização dos gestores públicos (e não dos empresários do agronegócio) para as questões socioambientais. O gabarito é mesmo a letra E. Registro de Preços Nacional O Registro de Preços Nacional (RPN) foi criado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ele foi pensado para melhorar a situação das prefeituras e estados que tinham dificuldade na compra de materiais e produtos voltados para as escolas. Até aquele momento, o governo federal repassava os valores diretamente aos municípios, atravg s de transferências voluntárias, e estes ficavam responsáveis por realizar os processos licitatórios. Isto gerava uma série de problemas. Como os municípios não têm uma estrutura adequada para manejar seus processos de compras, seja fisicamente ou até mesmo por falta de pessoal, os processos de compra apresentavam diversas falhas. O processo de compras públicas é complexo e moroso. O resultado era que as licitações demoravam muito tempo, os produtos acabavam custando mais caro do que o preço de mercado, alguns apresentavam defeitos de qualidade, falta de padronização, dentre outros problemas. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Como estes entes têm pouca capacidade de gestão, os produtos muitas vezes chegavam com o ano letivo já avançado. Naturalmente, os usuários (cidadãos) não ficavam satisfeitos e os recursos públicos investidos acabavam mal geridos. Outro problema desta situação era a pouca transparência dos processos de licitação. Como os processos eram pulverizados pelos mais de cinco mil municípios, com cada prefeitura efetuando uma compra pequena, ficava muito difícil o trabalho de acompanhamento, seja pelos órgãos de controle como pela própria população. Assim sendo, em 2005 foi publicada a Resolução CD/FNDE n° 027, que definiu a gestão compartilhada de compras entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e as diversas secretarias do Ministério da Educação (MEC). Com esta resolução, o FNDE se tornou responsável pelas grandes compras do Ministério da Educação e de seus parceiros. Com o processo de compra centralizada, os municípios não precisam mais realizar um processo de licitação isolado. O FNDE faz apenas uma licitação, contemplando a demanda previamente mensurada dos entes. Isso deu mais eficiência e racionalidade no processo e reduziu os preços médios dos produtos, pois aumentou a escala dos pedidos. Naturalmente, os fornecedores terão maior incentivo em oferecer preços mais competitivos em um processo de compra de dois mil ônibus escolares, por exemplo, do que em um processo de compra de apenas um ônibus, não é mesmo? Além disso, o tempo de compra médio por parte dos entes foi reduzido de 170 dias, em média, para cerca de cinco dias. Pelo modelo de Registro de Preços Nacional, os estados e municípios podem aderir à ata, emitir a nota de empenho e firmar contrato em apenas cinco dias50. Este procedimento licitatório tem uma preocupação grande com a qualidade e com a adequação dos produtos aos diversos usos que serão dados aos materiais. Assim, foram firmadas parcerias com diversos especialistas de modo que os produtos fossem comprados com as especificações corretas. Além disso, antes de cada compra é feito um estudo de mercado para determinar qual seria o preço de referência e qual será a melhor estratégia para o processo de compra (por itens ou grupos, por lote único ou fracionado geograficamente etc.). 50 Fonte: http://inovacao.enap.gov.br/index.php?option=com docman&task=doc view&gid=317 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Desta maneira, os principais objetivos desta iniciativa foram51: a) Padronização e adequação dos materiais: garantia de compra de bens com especificações adequadas. b) Redução dos preços: a compra centralizada pressiona os preços para baixo. c) Assistência técnica aos estados e municípios: desoneração da necessidade de realização de processos licitatórios e oferta de produtos adequados e de qualidade. d) Racionalidade processual: atendimento a todo o território nacional com um único procedimento licitatório. e) Diversidade nas formas de aquisição dos bens. f) Controle de qualidade: os produtos passam por verificação em relação às normas estabelecidas no termo de referência e às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). g) Transparência e publicidade: uma grande compra gera, automaticamente, o acompanhamento dos órgãos de controle, das empresas participantes e da mídia e, por isso, consequentemente, é alvo também do controle social. Resultados A centralização do processo licitatório dos entes pelo RPN trouxe um grande ganho de custo e maior celeridade em todo o processo. Como já comentamos, o prazo de fechamento da compra foi reduzido em mais de 90%. Além disso, os estudos demonstram que os preços médios caíram cerca de 21,52% no período de 2008 até 201252. O total das compras registradas no FNDE neste períofflo ficou em R$ 9.655.922.513,03, em comparação com o valor de mercado estimado de R$ 12.304.648.570,04. Com isso, o processo trouxe uma economia de mais de R$ 2.6 bilhões para os entes neste período. Estas economias, entretanto, foram somente aquelas mensuradas diretamente. Não estão computados nestes estudos os ganhos de tempo e da liberação de diversos profissionais destes municípios 1 Fonte: http://inovacao.enap.gov.br/index.php?option=com docman&task=doc view&gid=317 52 Fonte: apresentação do Sr. José Carlos Wanderley Dias de Freitas em Brasília no dia 13/03/2013 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 destas tarefas. Ou seja, com apenas uma única licitação o Estado consegue realizar o processo com menos burocracia e com uma redução dos custos de transação. Outro fator importante se dá na maior qualidade dos produtos e no recebimento destes no momento em que realmente são necessários. Ainda que seja o FNDE o responsável pelo processo de licitação, os contratos são firmados diretamente entre o ente interessado e o fornecedor. Assim sendo, os fornecedores ficam encarregados de entregar diretamenteos produtos. A logística de entrega desses produtos está incorporada no termo de referência, sem custos adicionais para o ente. Vamos ver agora uma questão? 23 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) O Registro de Preços Nacional (RPN) foi criado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pensando no aprimoramento da situação das prefeituras e dos estados que têm dificuldade na compra de materiais e produtos voltados para as escolas. Assinale a alternativa que não descreve um dos principais objetivos desta iniciativa: A) Controle de qualidade: os produtos passam por verificação em relação às normas estabelecidas no termo de referência e às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). B) Multiplicidade de especificações dos materiais, com uma variedade grande de alternativas para o gestor municipal. C) Racionalidade processual: atendimento a todo o território nacional com um único procedimento licitatório. D) Redução dos preços: a compra centralizada pressiona os preços para baixo. E) Transparência e publicidade: uma grande compra gera, automaticamente, o acompanhamento dos órgãos de controle, das empresas participantes e da mvdia e, por isso, consequentemente, é alvo também do controle social. A letra A está correta, pois o Registro de Preços Nacional busca melhorar o controle da qualidade através do estabelecimento no termo de referência de diversas normas da ABNT. Já a letra B está errada, pois o RPN busca exatamente uma padronização das especificações dos materiais, com uma adequação destes as necessidades dos órgãos públicos. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 A letra C está perfeita, pois um dos grandes benefícios do RPN é facilitar a gestão dos municípios, que não precisarão abrir um processo licitatório isolado para comprar estes materiais. O mesmo pode ser dito da letra D, pois esta iniciativa acarretou uma grande redução dos preços unitários envolvidos. O poder de barganha maior do Estado se faz presente com uma única licitação, o que não ocorre com centenas de licitações isoladas. Finalmente, a letra E está também certa. Grandes licitações acabam sendo mais controladas tanto pelos órgãos internos e externos de controle, bem como pela sociedade. O gabarito é, assim, a letra B. Portal do Software Público Uma das ações inovadoras na área de TI no Governo foi o fortalecimento do compartilhamento de softwares públicos entre os órgãos e entes públicos. O cenário nacional até a década passada era o de "cada um por si". Cada órgão contratava empresas especializadas para desenhar seus sistemas informatizados sem saber se já existia algo semelhante sendo utilizado no próprio ente. Além disso, estes órgãos não disponibilizavam o software para outros entes parceiros após sua produção e entrada em operação. A forma como eram pensadas as contratações e o desenvolvimento de soluções de software deveria ser alterada para que isso acontecesse. Este modelo de contratação individual acabava gerando custos duplicados aos cofres públicos, pois a mesma solução contratada por um órgão poderia ser necessária para outros órgãos ou até mesmo dentro de secretarias di stintas daquele órgão53. Assim sendo, cada órgão adquiria ou construía softwares para atender às suas necessidades, sem avaliar se existia algo semelhante ou igual nos demais órgãos. Para mudar este panorama, o Portal do Software Público foi lançado em 2007 pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Processamento - Abep. 53 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 57 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Este portal busca promover um ambiente de colaboração entre os usuários de software, os desenvolvedores e prestadores de serviço, que amplie o acesso aos softwares públicos no Brasil. O software público é um conceito que busca ir além do simples conceito de software livre, pois deve ser de interesse público, da coletividade. De acordo com a Instrução Normativa n° 01/2011 da SLTI, "O Software Público Brasileiro - SPB é um tipo específico de software que adota um modelo de licença livre para o código-fonte, a proteção da identidade original entre o seu nome, marca, código-fonte, documentação e outros artefatos relacionados por meio do modelo de Licença Pública de Marca - LPM e é disponibilizado na internet em ambiente virtual público, sendo tratado como um benefício para a sociedade, o mercado e o cidadão..." De acordo com Freitas e Meffe, os elementos essenciais do conceito de software público são os seguintes54: s A necessidade de cuidar da propriedade intelectual da marca e do nome da solução a ser disponibilizada junto com o licenciamento. A licença GPL considera o escopo do código, como define a Lei do Software, mas o nome e a marca são tratados pelo ramo da propriedade industrial. A intenção é tratar o nome da solução, a marca e o código em um processo de liberação uniforme; s A manifestação expressa do interesse público no software: além da combinação de requisitos tecnológicos, o software deve se fundar na ampliação de "consumo" da população, em lugares que a solução a ser disponibilizada atenda a demandas da sociedade. Ao satisfazer as necessidades sociais, o setor público beneficia a população e é beneficiário do modelo de produção colaborativa; s A formação da base pública de produção colaborativa de software. Esta característica apresenta relação de dependência direta com os dois itens anteriores, estabelecendo um conjunto de regras coletivas e comuns aos integrantes do modelo; s A alteração na alocação de recursos públicos, movimentando outros agentes econômicos para a disseminação da solução. 54 (Freitas & Meffe, 2008) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 58 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Além de acompanhar o interesse público, também desenvolve componente estratégico para a formulação de uma política pública específica para o bem software. Ao compartilhar sistemas entre seus diversos órgãos e entes, a Administração Pública consegue reduzir tremendamente os esforços e recursos envolvidos no desenvolvimento das soluções de software. Dentre outros benefícios percebidos, temos a economia do tempo de produção com o aproveitamento de códigos estáveis que já estão disponíveis. Uma das facilidades envolvidas é que o acesso ao código-fonte dos softwares no portal é livre. Outro fator estratégico para o Estado é a independência dos fornecedores tradicionais de software. Se o ente estatal adquirir um software considerado "proprietário", ficará em uma situação de dependência do seu fornecedor. Isto pode acarretar problemas diversos, como a cobrança de valores altos para manter o serviço, bem como uma maior dificuldade de adaptar posteriormente o software para necessidades emergentes. Com o software público, o ente sempre poderá acessar e alterar o sistema, pois não depende de licença do fornecedor. Além disso, poderá contratar qualquer outro fornecedor para fazer a manutenção, pois o software tem código aberto. A própria competiçãoentre as empresas interessadas em fornecer estes serviços ao governo estimula a inovação, bem como o aumento da qualidade dos serviços e a redução dos custos. Outra vantagem é a disseminação do conhecimento entre diversas empresas diferentes. De acordo com a SLTI, os objetivos principais do Portal são os seguintes55: > Racionalizar a gestão dos recursos de informática, diminuir custos e atividades redundantes, reaproveitar as soluções existentes e usufruir das ações cooperadas; > Obter uma forma de licenciamento e um meio comum capaz de sustentar o compartilhamento de soluções entre o setor público dos entes federativos; > Proporcionar, dentro do âmbito do Governo Eletrônico (www.governoeletronico.gov.br), uma opção estratégica do governo federal para reduzir custos, ampliar a 55 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 59 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 concorrência, gerar empregos e desenvolver o conhecimento e a inteligência do país na área; > Incentivar o uso do software, promovendo ações voltadas para o uso de padrões abertos, o licenciamento livre dos softwares e a formação de comunidades interessadas no tema. Desta maneira, o Portal do Software Público busca reduzir os custos da Administração Pública, melhorar os aplicativos disponibilizados e melhorar o nível de qualidade na prestação de serviços públicos para a sociedade. Problemas Encontrados Desde o início do século, existe uma tentativa de compartilhar softwares e soluções entre os órgãos e entes públicos. Entretanto, os esforços não chegavam a uma solução satisfatória. Um dos problemas levantados era a falta de um modelo adequado de licenciamento de software capaz de atender aos interesses das diversas instituições envolvidas. Não existia uma clareza sobre quais seriam os efeitos jurídicos deste compartilhamento e se os órgãos teriam condição de adaptar os sistemas para suas necessidades, além de conseguir profissionais e empresas que pudessem fazer a manutenção dos sistemas. De acordo com o MPOG/SLTI56, "Em todas as tentativas de compartilhamento de soluções já registradas, o modelo de gestão não foi bem explorado, dificultando não só a disponibilização, mas a cadeia produtiva do software em sua totalidade e impossibilitando a formação de um ecossistema de produção e compartilhamento ". Uma ideia que muitas vezes não fica clara para o público é que software livre ou público não é o mesmo que software de graça, pois pode ser necessária uma série de adaptações e de manutenções nos softwares existentes para que eles possam ser utilizados por outros órgãos. 56 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 60 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Desta maneira, se mostrou importante o incentivo ao software público para o desenvolvimento de toda uma cadeia produtiva voltada para assistir aos órgãos públicos interessados na utilização destes programas. Resultados Desde seu lançamento, o portal do Software Público já apresenta mais de 60 soluções voltadas para diversos setores públicos e mais de 100 mil cadastros válidos de usuários, dentre servidores da administração pública, empresas públicas, empresas privadas, ONGs, dentre outros. Atualmente, o portal e os softwares estão sendo utilizado até por outros países vizinhos, como: Argentina, Uruguai, Portugal, Chile e Venezuela. O Portal é composto de57: v O próprio Portal do Software Público que oferece um espaço (comunidade) para cada software. A comunidade é composta por fórum, notícias, chat, armazenamento de arquivos e downloads, wiki, lista de prestadores de serviços, usuários, coordenadores, entre outros recursos. v SVN e TRAC para compartilhamento e versionamento de código, registro de bugs e tickets. Tanto no TRAC quanto no SVN o acesso só é permitido para quem é cadastrado no Portal do Software Público e é membro da comunidade do software. v Mercado Público Virtual onde é possível consultar os Prestadores de Serviços por região e/ou por Software Público. v 4CMBr que é o Software Público focado nos Municípios Brasileiros. v 5CQualiBr que é um grupo que trabalha para evoluir a qualidade do Software Público Brasileiro. v 4CTecBr, um portal destinado a colaboração no desenvolvimento de Tecnologias Livres. Dentre os softwares e soluções mais utilizados, podemos citar o CACIC (que é um coletor de informações sobre software e hardware em computadores), o e-cidade (sistema de gestão para municípios), o Ginga (solução para a TV digital) e o i-Educar (sistema de gestão escolar). 57 Fonte: http://www.softwarepublico.gov.br/O que e o SPB Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Vamos ver agora algumas questões? 24 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) o Portal do Software Público é uma plataforma que reúne soluções criadas por instituições públicas, cujo uso independe de licenças. Os objetivos principais do Portal são os seguintes, exceto: A) Proporcionar uma opção estratégica do governo federal para reduzir custos, ampliar a concorrência, gerar empregos e desenvolver o conhecimento e a inteligência do país na área. B) Racionalizar a gestão dos recursos de informática, diminuir custos e atividades redundantes, reaproveitar as soluções existentes e usufruir das ações cooperadas. C) Adaptar os softwares proprietários para as necessidades do setor público, através de uma estratégia de concentração. D) Obter uma forma de licenciamento e um meio comum capaz de sustentar o compartilhamento de soluções entre o setor público dos entes federativos; E) Incentivar o uso do software, promovendo ações voltadas para o uso de padrões abertos, o licenciamento livre dos softwares e a formação de comunidades interessadas no tema. O Portal do Software Público é uma plataforma de compartilhamento de softwares e soluções. De acordo com a SLTI, os objetivos principais do Portal são os seguintes58: > Racionalizar a gestão dos recursos de informática, diminuir custos e atividades redundantes, reaproveitar as soluções existentes e usufruir das ações cooperadas; > Obter uma forma de licenciamento e um meio comum capaz de sustentar o compartilhamento de soluções entre o setor público dos entes federativos; > Proporcionar, dentro do âmbito do Governo Eletrônico (www.governoeletronico.gov.br), uma opção estratégica do governo federal para reduzir custos, ampliar a concorrência, gerar empregos e desenvolver o conhecimento e a inteligência do país na área; > Incentivar o uso do software, promovendo ações voltadas para o uso de padrões abertos, o licenciamento livre dos 58 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, 2011) Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com .br 62 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 softwares e a formação de comunidades interessadas no tema. Assim sendo, a única alternativa incorreta é a letraC, pois o SPB não tem como objetivo adaptar nenhum software, proprietário ou não. As demais alternativas estão certas. Desta forma, o gabarito é a letra C. 25 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) O portal do Software Público Brasileiro já se consolidou como um ambiente de compartilhamento de softwares. Isso resulta em uma gestão de recursos e gastos de informática mais racionalizada, ampliação de parcerias e reforço da política de software livre no setor público. Assinale a alternativa que NÃO está entre os softwares mais utilizados do portal: A) e-cidade B) CACIC C) i-Educar D) SAP SCM E) Ginga A única alternativa que está relacionada com um software que não está disponível no portal do Software Público é a letra D. O software SAP SCM é uma solução proprietária, não um software público. Esta solução visa melhorar a gestão de uma cadeia de suprimento, mas não está disponível no portal e não tem código aberto. Desta forma, o gabarito é a letra D. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. 1 - (ESAF - MPOG - APO - 2010) Sobre a incorporação de novas tecnologias e seus impactos na administração organizacional, é incorreto afirmar que: a) o desabrochar do potencial transformador das novas tecnologias depende da existência de um contexto social que permita aos gerentes reconhecer as oportunidades oferecidas por elas. b) as novas tecnologias são aquelas capazes de incrementar as habilidades de registrar, armazenar, analisar e transmitir grandes volumes de informações complexas de maneira segura, flexível, confiável, imediata e com independência geográfica. c) a informatização requer dos indivíduos novas habilidades cognitivas, psicológicas e intelectuais, a fim de que possam adquirir e processar o conhecimento requerido para o desempenho de seus trabalhos. d) o trabalho da alta gerência pode ser integralmente explicitado e transmitido aos níveis intermediário e operacional, razão pela qual, no futuro próximo, as organizações funcionarão sem chefes ou líderes. e) as novas tecnologias têm o potencial de, com o uso de programas de software, aprimorar ainda mais a automação das atividades humanas por meio de sua programação, racionalização, e controle. 2 - (ESAF - RECEITA FEDERAL - ANALISTA - 2009) Sobre a incorporação de novas tecnologias de informação, é correto afirmar que: a) representa uma fonte de incerteza para as organizações. b) contribui para a ampliação dos níveis gerenciais. c) dificulta o controle, por tornar mais amplo o acesso ao fluxo informacional. d) pouco influencia a estrutura orgs nizacional. e) seu objetivo maior é a redução de custos operacionais. 3 - (ESAF - MPOG - EPPGG - 2009) Reduzindo, cada vez mais, o lapso que vai da ficção à realidade, o avanço tecnológico a todos impacta. No campo das organizações, é correto afirmar que: a) o desenvolvimento da robótica interessa mais às organizações industriais e menos às agropecuárias ou de serviços. b) em um país como o Brasil, dada a rigidez da legislação, as relações de trabalho são pouco afetadas pela incorporação de novas tecnologias. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 c) o domínio do ferramental tecnológico, por si só, é suficiente para garantir a empregabilidade de um indivíduo. d) as organizações virtuais se valem da tecnologia para unir pessoas, ideias e bens sem, todavia, ser necessário reuní-los em um mesmo espaço físico simultaneamente. e) a incorporação de uma nova tecnologia garante o alcance de melhores resultados em comparação aos que seriam obtidos caso a tecnologia anterior fosse mantida. 4 - (FCC - PGE/RJ - AUDITOR - 2009) Em relação aos impactos das mudanças na tecnologia da informação sobre as organizações: I. A tecnologia da informação altera a dinâmica do sistema de informação na empresa, fornecendo informações rápidas e precisas aos diversos pontos da organização, tornando impossível que uma pessoa ou grupo controle as informações que podem influenciar a definição das situações organizacionais. II. As alterações no conteúdo e natureza das tarefas, quando deixam os métodos manuais e passam a utilizar os eletrônicos ou escritórios virtuais, geram reações comportamentais como resistências e medos. III. A principal mudança ocorre na natureza da tarefa, que antes era manual, com contato direto e físico, e agora eletrônico, abstrato e por meio de um sistema de informação. IV. A implantação da tecnologia de informação pode alterar drasticamente as estruturas de poder das organizações, acrescentando níveis hierárquicos, fortalecendo a supervisão, centralizando o poder na alta direção, provocando mudanças nas relações de poder entre os indivíduos ou grupos, fortalecendo a influência de um e eliminando a fonte de poder de outro. V. Em relação às habilidades do trabalhador, os impactos geralmente são insignificantes, independentemente do ramo da empresa, porém todos os trabalhadores deverão sofrer os im pactos negativos da nova tecnologia em relação a ganhos salariais. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. 5 - (ESAF -CVM - ANALISTA - 2010) Entre as dez mudanças frequentes que ocorrem nas empresas com a reengenharia dos processos, temos: Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 a) as unidades de trabalho mudam, passando de equipes para departamentos. b) os critérios de promoção mudam de desempenho individual para desempenho grupal. c) as estruturas mudam de hierárquicas para pessoais. d) a preparação dos empregados para o serviço muda, deixando de ser treinamento para ser instrução. e) os serviços das pessoas mudam, passando de tarefas simples para trabalhos multidimensionais. 6 - (ESAF -MTE - AFT - 2006) Indique a opção que corresponde corretamente à frase a seguir: "É o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos de desempenho." a) Trata-se da definição de processos de qualidade. b) Trata-se de princípios que norteiam a busca de maior eficácia. c) Trata-se da definição de reengenharia. d) Trata-se de características de um processo de responsabilidade social. e) Trata-se da definição de produtividade. 7 - (ESAF -MTE - AFT - 2003) Um dos pontos-chave da reengenharia é repensar de forma fundamental e reprojetar radicalmente os processos para conseguir melhorias drásticas. Indique a opção que expressa corretamente a ideia contida nessa afirmativa. a) Diminuição drástica dos postos de trabalho. b) Terceirização dos serviços não essenciais ao negócio da organização. c) Fusão de unidades organizacionais e de empresas. d) Requalificação da mão-de-obra na busca de empregabilidade. e) Análise dos clientes, insumos, informações e produtos. 8 - (FCC - TRE-RN - ANALISTA - 2011) A aplicação da técnica de reengenharia à gestão pública visa a a) mudanças estruturais e comportamentais radicais na cultura das organizações. b) introdução contínua de mudanças organizacionais visando a redução de custos.c) extinção da estrutura departamental das organizações. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 d) descentralização da gestão do conhecimento estratégico das organizações. e) racionalização e centralização dos processos organizacionais. 9 - (ESAF - CGU / AFC - 2012) Considerado uma importante ferramenta de gestão estratégica, o Balanced Scorecard busca a maximização dos resultados com base nas seguintes perspectivas, exceto: a) Concorrência e tecnologia. b) Financeira. c) Clientes. d) Processos internos. e) Aprendizado e crescimento. 10 - (FCC - SEFAZ/SP - FISCAL DE RENDAS - 2009) Com relação ao método do Balanced Scorecard, considere: I. Foi desenvolvido a partir da constatação de que os métodos tradicionais de acompanhamento do desempenho das organizações não eram suficientes para atender ao grau de complexidade e ao dinamismo do ambiente empresarial contemporâneo. II. Os vetores considerados na avaliação de desempenho do Balanced Scorecard são o financeiro, os clientes, os processos internos e o aprendizado e crescimento. III. Inicia-se com a definição da visão e da missão atribuídas à organização, analisando, prioritariamente, os ambientes externo e interno, é seguida pela formulação de metas, depois, pelos objetivos e as estratégias e, finalmente, pela implementação. IV. Os níveis a partir dos quais se estrutura um Balanced Scorecard são o explicativo, o normativo, o estratégico e o tático-operacional. V. Foi utilizado inicialmente como um modelo de avaliação e performance empresarial, porém, a aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma metodologia de gestão estratégica. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e V. (B) I, II, III e IV. (C) I, III e V. (D) II e III. (E) II e IV. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 11 - (CESPE - TRE-ES / TEC ADM - 2011) O uso de ferramentas como o Balanced Scorecard (BSC) é inviável no modelo de gestão estratégica, dado o nível de atuação desse modelo. 12 - (ESAF - ANA - ANALISTA ADM - 2009) O Balance Scorecard volta-se para quatro perspectivas organizacionais; nenhuma delas desenvolve objetivos ou medidas para orientar o aprendizado organizacional. 13 - (ESAF - STN - ANALISTA - 2005) Como o controle tradicional tornou-se insuficiente para fazer face às necessidades das organizações, foram criados sistemas de controle que pudessem dar uma visão de conjunto das diferentes dimensões do desempenho da organização. Indique a opção que define corretamente as ideias de Balanced scorecard. a) É uma técnica que permite identificar os fatores críticos de sucesso que contribuem para o desempenho da organização. b) É uma técnica focada na análise interna de pontos fortes e fracos e externa de ameaças e oportunidades. c) É uma técnica que permite evidenciar as relações de causa e efeito entre diversos fatores de sucesso organizacional. d) É uma técnica focada na busca da qualidade dos serviços prestados e excelência na gestão dos negócios. e) É uma técnica focada em dimensões do desempenho da empresa que se podem desdobrar em medidas específicas e indicadores. 14 - (FGV - SAD / PE - APOG - 2008) Originalmente, o modelo do balanced scorecard (BSC) foi estruturado em torno de quatro perspectivas. Essas perspectivas são apresentadas a seguir à exceção de uma. Assinale-a. (A) Perspectiva financeira. (B) Perspectiva do cliente. (C) Perspectiva dos fornecedores. (D) Perspectiva dos processos internos. (E) Perspectiva do aprendizado e crescimento. 15 - (ESAF - STN / DESENV. INSTITUCIONAL - 2008) Sobre o uso do Balanced Scorecard, como ferramenta gerencial no âmbito de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, é incorreto afirmar: Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 a) o sucesso do uso do Balanced Scorecard, no caso de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, deve ser medido pelo grau de eficiência e eficácia com que essas organizações atendem às necessidades de seus participantes e clientes. O papel desempenhado pelas considerações financeiras será favorecedor ou inibidor, mas, raramente, será o objetivo básico. b) o uso do Balanced Scorecard em organizações públicas e instituições sem fins lucrativos é inadequado, uma vez que toda sua estrutura é montada a partir dos objetivos financeiros, o que não reflete o contexto no qual essas organizações se inserem. c) no caso de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, a perspectiva financeira do Balanced Scorecard passa a ser tratada como uma limitação e não como um objetivo. Assim, as metas relacionadas com a perspectiva financeira devem estar relacionadas com a limitação dos gastos e sua compatibilidade com orçamentos prévios. d) no âmbito de organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, o uso do Balanced Scorecard pode proporcionar foco, motivação e responsabilidade, oferecendo a base lógica para a existência de tais organizações (que é servir clientes e partes interessadas, além de manter os gastos dentro de limites orçamentários), e comunicando externa e internamente os resultados e os vetores de desempenho por meio dos quais elas realizarão sua missão e alcançarão seus objetivos estratégicos. e) ao se aplicar o Balanced Scorecard em organizações públicas e instituições sem fins lucrativos, o simples fato de tais organizações operarem com gastos abaixo dos valores orçados não implica em eficácia e nem satisfação às necessidades dos clientes. Assim, em paralelo ao monitoramento dos gastos, devem ser criados indicadores capazes de analisar o nível e a qualidade dos serviços prestados. 16 - (ESAF - CGU / AFC - 2012) Acerca da aplicabilidade da Gestão Estratégica ao setor público, é correto afirmar que a) a Gestão Estratégica é dispensável para uma instituição como a Câmara dos Deputados, já que sua missão e seu papel encontram-se inteiramente demarcados na Constituição Federal. b) o modelo tradicional de BSC é totalmente adequado aos órgãos da administração pública, sendo desnecessárias quaisquer adaptações. c) o uso dos preceitos de Gestão Estratégica apenas se justifica nas entidades da administração indireta, dadas sua natureza e finalidade. d) a aplicação do BSC na administração pública dispensa preocupações com a perspectiva financeira, já que o lucro não é um de seus objetivos. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 e) a perspectiva cliente é ponto fundamental de Gestão Estratégica ainda que, na administração pública, o conceito de clientela seja menos desenvolvido que na iniciativa privada. 17 - (FGV - SAD / PE - APOG - 2008) O balanced scorecard (BSC) se equilibra entre medidas do passado quantificáveis e vetores subjetivos que indicarão resultados. Nesse sentido, ele é um sistema de gestão estratégico para viabilizar processos gerenciais críticos. Assinale a alternativa que não corresponda a um desses processos gerenciais críticos. (A) Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia. (B) Comunicar e associar objetivose medidas estratégicas. (C) Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas. (D) Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico. (E) Determinar a missão organizacional. 18 - (ESAF - ENAP - ANALISTA -2006) Indique a opção que define corretamente benchmarking. a) Técnica por meio da qual a organização compara o seu desempenho com o de outra. b) Capacidade que a organização tem de superar os concorrentes. c) Capacidade que a organização tem de integrar as partes de um sistema. d) Técnica gráfica de representação das atividades no tempo. e) Técnica de geração de idéias que se baseia na suspensão de julgamento. 19 - (ESAF - ANA - ANALISTA -2009) Sobre o benchmarking, compreendido como um processo de pesquisa contínuo e sistemático para avaliar produtos, serviços e processos de trabalho, com o propósito de melhoria organizacional, é correto afirmar: a) não pode ser aplicado dentro da organização, uma vez que seus parâmetros, necessariamente, estão atrelados a outras organizações do mesmo porte existentes no mercado. b) a 'pirataria' industrial é uma forma de benchmarking. c) seus resultados, quando positivos, contribuem apenas para a melhoria de serviços, produtos e processos de trabalho, não favorecendo, porém, o planejamento organizacional. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 d) aplica-se apenas no âmbito do setor privado, não se prestando à organização pública ou privada sem fins lucrativos. e) permite à organização comparar os seus serviços, produtos e processos de trabalho com os de outras organizações detentoras de melhores práticas. 20 - (FGV - SEFAZ/RJ - FISCAL DE RENDAS - 2010) Com relação ao benchmarking, assinale a alternativa correta. (A) O benchmarking é aplicável facilmente entre empresas de diferentes setores econômicos. (B) O benchmarking é uma técnica empregável somente em grandes corporações. (C) O benchmarking deve ser empregado somente em empresas localizadas nos países desenvolvidos. (D) O benchmarking não está disponível, como técnica, para emprego em qualquer setor econômico. (E) O benchmarking deve ser utilizado nas atividades de apoio das empresas. 21 - (ESAF - RFB - AUDITOR - 2012) O Decreto n. 7.478, de 12 de maio de 2011, criou a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade - CGDC, do Conselho de governo. É competência desta Câmara a) implementar iniciativas no âmbito de políticas de gestão, desempenho e competitividade. b) supervisionar e acompanhar a implementação das decisões adotadas pelos ministérios e governos estaduais. c) estabelecer diretrizes estratégicas e planos para formulação e implementação de políticas de n elhoria da gestão da administração pública estadual. d) identificar processos finalísticos e órgãos secundários de atuação para fortalecer a gestão de resultados na administração pública. e) prestar assessoramento ao Presidente da República na formulação e implementação de mecanismos de controle e avaliação da qualidade do gasto público. 22 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) O Ministério do Meio Ambiente gerou o programa "Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)", que busca a construção de uma nova cultura institucional nos diversos órgãos e Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 entidades do setor público. Abaixo, temos diversos objetivos da Agenda Ambiental, com uma exceção. Assinale abaixo a alternativa incorreta. A) Promover o uso racional dos recursos naturais e a redução de gastos institucionais. B) Contribuir para a melhoria da qualidade de vida. C) Contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e para a adoção de novos referenciais de sustentabilidade no âmbito da administração pública. D) Reduzir o impacto socioambiental negativo direto e indireto causado pela execução das atividades de caráter administrativo e operacional. E) Sensibilizar os grandes empresários do agribusiness para as questões socioambientais. 23 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) O Registro de Preços Nacional (RPN) foi criado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pensando no aprimoramento da situação das prefeituras e dos estados que têm dificuldade na compra de materiais e produtos voltados para as escolas. Assinale a alternativa que não descreve um dos principais objetivos desta iniciativa: A) Controle de qualidade: os produtos passam por verificação em relação às normas estabelecidas no termo de referência e às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). B) Multiplicidade de especificações dos materiais, com uma variedade grande de alternativas para o gestor municipal. C) Racionalidade processual: atendimento a todo o território nacional com um único procedimento licitatório. D) Redução dos preços: a compra centralizada pressiona os preços para baixo. E) Transparência e publicidade: uma grande compra gera, automaticamente, o acompanhamento dos órgãos de controle, das empresas participantes e da mídia e, por isso, consequentemente, é alvo também do controle social. 24 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) o Portal do Software Público é uma plataforma que reúne soluções criadas por instituições públicas, cujo uso independe de licenças. Os objetivos principais do Portal são os seguintes, exceto: A) Proporcionar uma opção estratégica do governo federal para reduzir custos, ampliar a concorrência, gerar empregos e desenvolver o conhecimento e a inteligência do país na área. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 B) Racionalizar a gestão dos recursos de informática, diminuir custos e atividades redundantes, reaproveitar as soluções existentes e usufruir das ações cooperadas. C) Adaptar os softwares proprietários para as necessidades do setor público, através de uma estratégia de concentração. D) Obter uma forma de licenciamento e um meio comum capaz de sustentar o compartilhamento de soluções entre o setor público dos entes federativos; E) Incentivar o uso do software, promovendo ações voltadas para o uso de padrões abertos, o licenciamento livre dos softwares e a formação de comunidades interessadas no tema. 25 - (QUESTÃO PRÓPRIA - 2013) O portal do Software Público Brasileiro já se consolidou como um ambiente de compartilhamento de softwares. Isso resulta em uma gestão de recursos e gastos de informática mais racionalizada, ampliação de parcerias e reforço da política de software livre no setor público. Assinale a alternativa que NÃO está entre os softwares mais utilizados do portal: A) e-cidade B) CACIC C) i-Educar D) SAP SCM E) Ginga Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Gabarito Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 1. D 10. A 19. E 2. A 11. E 20. A 3. D 12. E 21. E 4. C 13. E 22. E 5. E 14. C 23. B cn n 15. B 24. C 7. E 16. E 25. D 00 > 17. E 9. A 18. A Bibliografia Certo, S. C., & Certo, T. S. (2006). Modern Management (10° Ed. ed.). Upper Saddle River: Pearson Prentice Hall. Chiavenato, I. (2010). Administração nos novos tempos (2° ed.). Rio de Janeiro: Elsevier. Daft, R. L. (2005). Management. Mason:Thomson. Freitas, C., & Meffe, C. (2008). A Produção Compartilhada de Conhecimento: O Software Público Brasileiro. Informática Pública , 10 (2), 37-52. Gonçalves, J. L. (1994). Reengenharia: um guia de referência para o executivo. Revista de Administração de Empresas , V. 34, 23-30. Hammer, M., & Champy, J. (1994). Reengenharia: revolucionando a empresa em função dos clientes, da concorrência e das grandes mudanças na gerência. Rio de Janeiro: Campus. Herrero, E. (2005). Balanced scorecard e a gestão estratégica: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: Elsevier. Junior, I. M., Cierco, A. A., Rocha, A. V., Mota, E. B., & Leusin, S. (2008). Gestão da qualidade (9° Ed. ed.). Rio de Janeiro: FGV. Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1996). The balanced scorecard: translating strategy into action (1° ed.). Boston: Harvard Business School Press. Lima, C. A. (2005). Administração Pública para concursos. Rio de Janeiro: Elsevier. Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM Administração Pública p/ AFRFB Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes - Aula 11 Ministério da Fazenda e Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. (2009). Manual de contabilidade aplicada ao setor público : aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios : procedimentos contábeis orçamentários (2° Ed. ed.). Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional. Ministério do Planejamento, O. e. (2008). Prêmio Nacional da Gestão Pública - PQGF; Instruções para Avaliação da Gestão Pública - 2008/2009. Brasília. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (2012). Coletânea de Melhores Práticas de Gestão do Gasto Público. Brasília: MPOG. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação. (2011). Portal do Software Público Brasileiro. In: ENAP, Ações premiadas no 16o Concurso Inovação na Gestão Pública Federal (pp. 31-52). Brasília: ENAP. Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (1° ed.). Rio de Janeiro: Elsevier. Receita Federal do Brasil. (2011). e-Processo - Processo Administrativo Digital. In: Enap, Ações premiadas no 16o Concurso Inovação na Gestão Pública Federal (pp. 165-178). Brasília: Enap. Sobral, F., & Peci, A. (2008). Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Valente, M. A. (2011). Marco Legal das Licitações e Compras Sustentáveis na Administração Pública. Brasilia: Câmara dos Deputados. Por hoje é só pessoal! Estarei disponível no e-mail abaixo para qualquer dúvida. Bons estudos e sucesso! Rodrigo Rennó rodrigorenno@estrategiaconcursos.com.br http://www.facebook.com/rodrigorenno99 http://twitter. com/rrenno99 Conheça meus outros cursos atualmente no site! Acesse http://estrategiaconcursos.com.br/cursos-professor/2800/rodrigo-renno Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 75 ATENÇÃO! ESSE MATERIAL PERTENCE AO SITE: WWW.MATERIALPARACONCURSOS.COM