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ENEM - TEXTOS JORNALÍSTICOS

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TEXTOS JORNALÍSTICOS: INTERPRETAÇÃO E ESTRUTURA
Profa. Cindy oliveira
Textos jornalísticos no Enem
Em virtude de sua relevância social, os textos jornalísticos são bastante cobrados no Enem e é preciso ficar bastante atento à estrutura e à interpretação desses textos para garantir uma boa pontuação nas questões em que eles surgirem. É preciso compreender as bases estruturais desses gêneros textuais, seus objetivos e estilos de linguagem para que você possa ter sucesso nas mais variadas questões objetivas do Enem. Para iniciar, vamos comentar as principais funções desses textos na sociedade e, em seguida, suas características estruturais e de linguagem.
O que são e onde circulam os textos jornalísticos?
Textos jornalísticos são todos aqueles que têm o objetivo de comunicar, informar aos leitores a respeito dos mais variados assuntos, como política, economia, fatos verídicos e curiosidades. Eles são veiculados em diversos suportes, como jornais e revistas (impressos e digitais), blogs, sites, rádio e televisão, e são gêneros textuais bastante procurados e lidos por diferentes públicos, uma vez que alcançam diversos setores da sociedade e favorecem a difusão das informações atuais. Os objetivos desses veículos são: informar, entreter, apresentar uma interpretação competente sobre determinada informação etc.
De maneira geral, ao desenvolver um texto jornalístico, o jornalista tem a função de transformar as informações a respeito de determinado fato/assunto e transmiti-lo, de maneira eficiente, a seus leitores. Para isso, eles utilizam algumas técnicas básicas para alcançar seu objetivo. Uma das técnicas utilizadas para iniciar a redação é responder às seguintes perguntas:
O quê? (qual o fato ocorrido?)
Quem? (quais pessoas estão envolvidas no fato ocorrido?)
Quando? (dia/horário em que ocorreu o fato)
Onde? (local em que ocorreu o fato)
Como? (de que maneira ocorreu o fato)
Por quê? (se estiverem evidentes, quais são as causas do fato ocorrido).
Linguagem em Textos Jornalísticos
Os textos jornalísticos são redigidos em prosa. A linguagem deve ser objetiva, simples, imparcial e deve estar alinhada à norma-padrão da língua. O texto jornalístico apresenta frases e ideias sucintas, e os períodos são construídos geralmente na ordem direta (sujeito + verbo + complementos e adjuntos adverbiais). A linguagem é essencialmente denotativa, ou seja, possui um único sentido, sem margens para dupla interpretação e/ou outras formas de ambiguidades.
Veja agora algumas etapas pelas quais passam os textos jornalísticos durante seu desenvolvimento:
Pauta: Seleção do assunto;
Apuração: Seleção e verificação da veracidade das informações;
Redação: Organização textual das informações;
Edição: Ajustes de espaço e revisão da linguagem;
Publicação: Veiculação do texto em algum suporte (jornais, revistas, sites, blogs etc.).
Gêneros textuais jornalísticos
Como existem variados gêneros textuais jornalísticos, é bastante comum a abordagem de pelo menos dois ou três gêneros no Enem, os quais são utilizados como referência para a resolução das questões objetivas. Tendo isso em vista, a seguir veremos quais são os gêneros jornalísticos mais recorrentes no Enem nos últimos cinco certames. Confira:
Notícia
A notícia é um relato impessoal sobre algum fato. Esse gênero textual tem função referencial (informativa) da linguagem. Há algumas maneiras de escrever uma notícia, e algumas delas são a partir de:
Sequências narrativas: Narrativa curta a respeito do fato ocorrido;
Sequências descritivas: Descrição mais detalhada dos fatos ocorridos;
Sequências explicativas: Explicações específicas a respeito do fato ocorrido.
Observe alguns exemplos:
Dois corpos femininos foram encontrados às margens do rio Arruda, na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.
O prêmio da Mega-Sena está novamente acumulado e apostadores passam a madrugada nas filas em frente às casas lotéricas para garantirem suas apostas até a meia-noite desta terça-feira.
Os sete detentos que tentaram fugir do presídio de Lage Alto, no interior de Minas Gerais, foram ouvidos na quarta-feira pelo delegado responsável pelo caso.
Artigo de Opinião
O Artigo de Opinião tem o objetivo de informar a respeito de algum assunto e manifestar o posicionamento do articulista (autor do texto) a respeito dos fatos.
As principais características dos artigos de opinião são:
Uso da argumentação e persuasão;
Textos escritos em primeira e terceira pessoa;
Geralmente são assinados pelo autor;
São produções veiculadas nos meios de comunicação;
Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva;
Escolha de temas da atualidade;
Possuem títulos polêmicos e provocativos;
Contém verbos no presente e no imperativo.
Trecho de artigo de opinião sobre "Educação"
A educação no Brasil tem sido discutida cada vez mais, uma vez que ela é o principal aspecto de desenvolvimento de uma nação.
Enquanto nosso governo investe na expansão econômica e financeira do país, a educação regride, apresentando muitos problemas estruturais. Principalmente nas pequenas cidades, o investimento para a educação é mal aplicado e, muitas vezes, as verbas são desviadas.
Por esse motivo, o nosso país está longe de ser um país desenvolvido até que o descaso com a educação persista.
Acima de tudo, os governantes do nosso país precisam ter a consciência de que enquanto a educação estiver à margem, problemas como violência e pobreza persistirão. Assim, o lema da nossa bandeira será sempre uma ironia. “Ordem e progresso” ou “Desordem e Regresso”?
Nosso grande educador Paulo Freire já dizia: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
Editorial
O Editorial também tem o objetivo de informar os leitores a respeito de determinado assunto e exprimir o parecer do veículo de comunicação sobre os fatos.
“O Brasil já precisa lidar com alguns sinais bastante evidentes de subdesenvolvimento no campo da saúde, como os frequentes surtos de doenças transmitidas por mosquitos e que um dia já estiveram sob controle no país. Agora, tem de conviver também com a volta de outras doenças que já tinham sido erradicadas graças aos bem-sucedidos programas de vacinação. O sarampo, por exemplo, já assusta várias regiões brasileiras, com epidemias na Região Norte e casos isolados em outros estados das regiões Sul e Sudeste.” Início do editorial A nova “Revolta da Vacina”, publicado na Gazeta do Povo em julho de 2018.
Crônica
A Crônica é um relato de fatos do cotidiano e carrega a subjetividade/análise do cronista (autor da crônica) a respeito do assunto.
Surgiu no Brasil há uns 150 anos, com o Romantismo e o desenvolvimento da imprensa. Inicialmente chamado de folhetim, era um artigo de rodapé escrito sobre assuntos do dia – políticos, sociais, artísticos, literários. Com o passar do tempo, foi se tornando um texto mais curto e se afastando da finalidade de informar e comentar, sendo substituída pela intenção de apresentar os fatos cotidianos de forma artística e pessoal. A linguagem tornou-se mais poética ao mesmo tempo que ganhou certa gratuidade, em razão da ausência de vínculos com interesses práticos e com as informações presentes nas demais partes de um jornal.
A crônica é o resultado da visão pessoal subjetiva do cronista com relação a um fato qualquer, que pode ter sido colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. Quase sempre explora o humor; às vezes, diz as coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa fiada; outras vezes, despretensiosamente, engrandece o valor das coisas mais banais e insignificantes.
Segundo Antônio Candido (1993, p. 23): A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor.
Mas isso não a inferioriza de forma alguma, muito pelo contrário, pois como ele mesmo explica, isso apenas a torna mais acessível.Visto que é por meio dos assuntos abordados, da sua composição e do ar de algo sem necessidade, que ela se ajusta à sensibilidade do dia a dia dos indivíduos. De acordo com o autor isso ocorre principalmente “[...] porque [a crônica] elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permite [...] recuperar com a outra mão certa profundidade de significado.” (Ibid., p. 25). 
O discurso de uma crônica é jornalístico devido ao meio no qual é publicada e literário devido ao estilo aplicado ao texto.
Características:
texto curto;
linguagem descontraída, simples, coloquial, próxima do leitor;
espaço e tempo limitados por ser um texto curto;
admite narrador em 1ª e em 3ª pessoa;
discurso literário e jornalístico (texto hibrido).
QUESTÃO 16 – Caderno Azul – ENEM 2015
Dubai é uma cidade-estado planejada para estarrecer os visitantes. São tamanhos e formatos grandiosos, em hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de estilos e atrações que parece testar diariamente os limites da arquitetura voltada para o lazer. O maior shopping do tórrido Oriente Médio abriga uma pista de esqui, e tem ainda o projeto de um campo de golfe coberto! Coberto e refrigerado, para usar com sol e chuva, inverno e verão.
Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
No texto, são descritas algumas características da paisagem de uma cidade do Oriente Médio. Essas características descritas são resultado do(a)
A - criação de territórios políticos estratégicos.
B - preocupação ambiental pautada em decisões governamentais.
C - utilização de tecnologia para transformação do espaço.
D - demanda advinda da extração local de combustíveis fósseis.
E - emprego de recursos públicos na redução de desigualdades sociais.
Resposta: Letra C. O texto jornalístico foi utilizado no Enem para informar os leitores a respeito das modernas construções em meio a uma região desértica do Oriente Médio. A partir das descrições sobre o desenvolvimento dessa região, o texto jornalístico pretende ressaltar as transformações estéticas ocorridas na cidade de Dubai, as quais alteraram a paisagem local. Para resolver essa questão, o candidato deve analisar o que propiciou essas grandes transformações: a utilização de tecnologia.
Para que o participante do Enem leia e responda corretamente a essa questão, é necessário que compreenda a estrutura, os objetivos e a linguagem do texto jornalístico.
charge
A charge é um tipo de texto que apresenta, normalmente, linguagem mista (palavras e imagens), além de um discurso humorístico. Está presente em revistas e principalmente em jornais. São desenhos elaborados por cartunistas que captam de maneira perspicaz as diversas situações do cotidiano, transpondo para o desenho algum tipo de crítica ou opinião, geralmente permeada por fina ironia.
Mas a charge é um texto de opinião? Sim! Não é por acaso que elas são normalmente publicadas em meio a artigos de opinião, editoriais e cartas de leitores. Também não é por acaso que cada vez mais as charges estejam presentes nas diversas provas de vestibulares e certames como objeto de análise.
Ao analisarmos uma charge, podemos perceber que nela estão inscritas diversas informações construídas a partir de um interessante processo intertextual com o cotidiano, que obriga o interlocutor a fazer inferências e a construir analogias, elementos sem os quais a compreensão textual ficaria comprometida.
Exemplo:
Esta charge faz uma crítica tanto à desigualdade social quanto à crise na família. Observe o plano não verbal e perceba como as pessoas estão vestidas, onde estão, os cartazes na parede. A figura da mãe está sendo comparada à do Papai Noel e do Coelhinho da Páscoa como seres que não existem!
O leitor pode até achar, em um primeiro contato, que a charge é apenas um texto engraçado e inocente, mas não é bem assim! Basta uma leitura mais cuidadosa para percebermos que estamos diante de um gênero textual riquíssimo, que critica personalidades, política, sociedade, entre outros temas relevantes.
Seu principal objetivo é estabelecer uma opinião crítica e, através dos elementos visuais e verbais, persuadir o leitor, influenciando-o ideologicamente.
Texto publicitário
Como vimos nesses anúncios, o texto publicitário apresenta dois tipos de linguagem, a verbal e a visual (não verbal), sendo que uma serve de apoio ou reforço para a outra.
De modo geral, a linguagem é persuasiva, direta e clara. Frequentemente são empregados verbos no modo imperativo ou no presente do indicativo, com um nível coloquial de linguagem na maioria das vezes, mas esse registro pode variar de acordo com o público que se pretende atingir, com o produto que se anuncia e o veículo utilizado.
Por ser uma modalidade do tipo dissertativo-argumentativo, o texto publicitário apresenta argumentos para persuadir o interlocutor a consumir o produto ou a ideia veiculada.
Percebe-se também, como recursos de persuasão, o emprego de figuras de linguagem, ambiguidades, frases feitas e popularmente conhecidas, jogos de palavras, provérbios entre vários outros.
A publicidade deve divertir, motivar, seduzir, fazer sonhar, excitar ou entusiasmar. A linguagem publicitária apela à emoção. Os textos publicitários merecem uma leitura crítica e inteligente do consumidor, para isso é importante conseguir ler nas entrelinhas, perceber o sentido implícito de uma mensagem.

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