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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Disciplina Gestão Estratégica de Pessoas Tema Gestão de Pessoas e Estratégia Professor Ubirajara Morgado Conversa inicial Quando estamos lidando com as áreas que compõem a estrutura de Recursos Humanos, sempre teremos o foco em pessoas. Nesta aula, falaremos sobre o processo considerado o mais importante e por que não dizer estratégico e nevrálgico das organizações: selecionar e remunerar pessoas. Toda empresa deseja ter o maior número possível de talentos em seu quadro de empregados, pois essas pessoas fazem as coisas acontecerem. Assim sendo, a seleção de pessoas deverá estar munida das melhores ferramentas existentes no mercado para que a escolha recaia sobre os melhores candidatos. Isso significa tempo e dinheiro. Não se admitem erros que possam prejudicar o rápido e efetivo andamento de uma organização. O erro cometido hoje proporciona o avanço da concorrência. Também veremos que devemos saber manter os talentos e entender que a remuneração (meritocracia) é o caminho. Não adiantará trazer a melhor tecnologia existente sem o devido capital humano do outro lado. Pense nisso! (Vídeo 1 disponível no AVA) Contextualizando A empresa Embraer é tida como uma empresa inovadora e de sucesso no mercado nacional e internacional. Caso você recebesse uma proposta para fazer parte do quadro de empregados, quais seriam os pontos que você consideraria positivos quanto à remuneração e aos benefícios? E os negativos? (Vídeo 2 disponível no AVA) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Tema 1: Seleção de pessoas “O êxito de uma empresa no futuro depende de sua habilidade em selecionar, hoje, as pessoas com potencial para terem desempenhos com alto nível de qualidade.” Charles Flory, Managers for Tomorrow Talvez não haja um tópico mais importante em Gestão de Pessoas do que a seleção de funcionários. Se é verdade que as organizações têm sucesso ou falham com base nos talentos de seus funcionários, os gestores por certo influenciam diretamente nessa situação pelas pessoas que contratam. Cronologicamente, as atividades de Recursos Humanos começam com a formação da equipe. O objetivo é ter as pessoas certas nos lugares certos, conforme o ditado inglês “the right man in the right place”. Todas as modernas técnicas de administração recomendam admitir, sempre, os melhores, ter uma equipe à altura dos objetivos e dos planos da empresa, capaz de responder positivamente aos constantes desafios do ambiente externo. Uma ótima equipe não é formada de gênios, mas de pessoas competentes para o trabalho, que devem executar, que são motivadas pelo que fazem, que se identifique com a organização, que sabem e gostam de colaborar com os colegas de trabalho, que não tendem a criar problemas e que têm potencial para o crescimento profissional. Além disso, todas as pessoas têm qualidades e defeitos: são boas para algumas atividades, mas não para outras. É importante que as pessoas “se encaixem” muito bem nas posições disponíveis na empresa e tenham condições de contribuir para os resultados previstos nos planos estratégicos da organização. O objetivo é sempre ter a pessoa certa, na posição certa e no momento certo! “O empregador geralmente consegue as pessoas que ele merece.” Sir. Walter Bilbey CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 O principal ponto nevrálgico nas empresas é a qualidade das pessoas que nela trabalham. São as pessoas que lidam com a tecnologia, criam e utilizam processos de trabalho, compõem a estrutura organizacional, fazem produtos e serviços e atendem os clientes. São elas que proporcionam produtividade, qualidade e competitividade para as organizações. Sem pessoas, as organizações não funcionam. Sem pessoas, não há dinâmica organizacional, nem resultado, nem sucesso. A competitividade organizacional depende das competências das pessoas – elas proporcionam o capital humano da empresa. As organizações sempre estão agregando novas pessoas para integrar seus quadros, seja para substituir funcionários que se desligaram, seja para ampliar o quadro de pessoal em épocas de crescimento e expansão. A seleção de pessoas integra o processo de agregar pessoas e funciona logo após o recrutamento. Ambos – o recrutamento e a seleção de pessoas – fazem parte de um mesmo processo: a introdução de novos elementos humanos na organização. Enquanto o recrutamento é uma atividade de atração, divulgação e comunicação – portanto, uma atividade tipicamente positiva e convidativa –, a seleção é, ao contrário, uma atividade de escolha, de classificação e de decisão e, portanto, restritiva e obstativa. Enquanto o objetivo do recrutamento é abastecer o processo seletivo de sua matéria-prima básica – os candidatos –, o objetivo da seleção é escolher e classificar os candidatos mais adequados às necessidades do cargo e da organização. A seleção abrange o conjunto de práticas e processos para escolher, entre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente, ou seja, aquele que tem melhores condições de se ajustar à empresa e ao cargo com bom desempenho. A seleção deve considerar ainda a cultura da empresa e os valores e as crenças do candidato. Se não houvesse as diferenças individuais e se todas as pessoas fossem iguais e reunissem as mesmas condições individuais para aprender a trabalhar, CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 a seleção de pessoas seria totalmente desnecessária. As pessoas diferem entre si na maneira de se comportar, nos relacionamentos, na capacidade para aprender uma tarefa e na maneira de executá-la após a aprendizagem, na história pessoal, na bagagem biológica, na inteligência e nas aptidões, no potencial de desenvolvimento, na contribuição que fazem a organização etc. Quando completo, o processo seletivo deve fornecer não somente um diagnóstico atual, mas, principalmente, um prognóstico futuro a respeito dessas variáveis. Não apenas uma ideia atual, mas uma projeção de como elas se situarão no longo prazo. Quando o processo seletivo se baseia em competências desejadas pela organização, a colheita de dados se concentra na definição de competências individuais. A entrevista de seleção constitui a técnica de seleção mais utilizada, podendo ser usada desde a triagem inicial dos candidatos ao recrutamento, como entrevista pessoal na seleção, entrevista técnica para avaliar conhecimentos técnicos e especializados, entrevista de aconselhamento e orientação profissional no serviço social, entrevista de avaliação de desempenho e entrevista de desligamento de empregados. Saiba mais sobre a seleção de pessoas, assistindo ao próximo vídeo do professor. (Vídeo 3 disponível no AVA) Tema 2: Entrevista de seleção É a técnica mais utilizada. Entretanto, apresenta vantagens e desvantagens: Vantagens Permite contato face a face com o candidato Proporciona interação direta com o candidato Focaliza o candidato como pessoa humana Permite avaliar como o candidato se comporta e suas reações CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Desvantagens Técnica altamente subjetiva e forte margem de erro e variação Nem sempre o candidato se sai bem na entrevista Difícil comparar vários candidatos entre si Exige treinamento do entrevistador Exige conhecimento a respeito do cargo e suas características básicas Saiba mais sobre a entrevista de seleção, assistindo ao próximo vídeo do professor. (Vídeo 4 disponível no AVA) Tema 3: Remuneração Ninguém trabalha de graça, ninguém investe sem esperar algo em retorno e, sim, em função de certas expectativas e resultados. Daí a importância em se projetar sistemas de recompensas capazes de aumentar o comprometimento das pessoas. Assim sendo, o funcionárioinveste seu trabalho, dedicação e esforço pessoal, seus conhecimentos e suas habilidades desde que receba uma adequada retribuição. Daí decorre o conceito de remuneração total, que é constituída de três fundamentais componentes: Remuneração básica – representada pelo salário, mensal ou horário, sendo que salário é a remuneração em dinheiro recebida pelo trabalhador pela venda de sua força de trabalho; Remuneração total – são os incentivos salariais, que são programas desenhados para recompensar os funcionários com bom desempenho. São resultados para recompensar os resultados alcançados; Benefícios – também denominados de remuneração indireta e que são concedidos por meio de vários programas. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 Diversos conceitos de remuneração 1. Processo que envolve todas as formas de pagamento ou de recompensas dadas aos funcionários e decorrentes do seu emprego. 2. Processo de troca: por um lado, as expectativas de trabalho por parte da organização e, de outro, a recompensa que uma pessoa recebe pelo seu trabalho. 3. Pacote de recompensas quantificava que um empregado recebe pelo seu trabalho. Inclui três componentes: remuneração básica, incentivos salariais e remuneração indireta/benefícios. 4. Inclui retornos financeiros e serviços tangíveis, além de benefícios aos empregados como parte das relações de emprego. 5. Função de RH, que lida com as recompensas que as pessoas recebem em troca do desempenho das tarefas organizacionais. É importante definir o foco da remuneração, que deve ser baseada nos cargos ou nas competências individuais, havendo uma maior migração para as competências. O sistema de recompensas inclui o pacote total de benefícios que a organização coloca à disposição de seus membros, bem como os mecanismos e os procedimentos pelos quais esses benefícios estão distribuídos. Não apenas salário, férias, prêmios; promoções são consideradas, mas também recompensas menos visíveis, como garantia de segurança no emprego, transferências laterais para posições mais desafiantes ou para posições que levem para um crescimento, a um desenvolvimento adicional e a várias formas de reconhecimento por um excelente desempenho. A remuneração também visa uma tornar a vida mais fácil e agradável. No vídeo a seguir, o professor vai falar sobre a remuneração. Não deixe de assistir! (Vídeo 5 disponível no AVA) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Contextualizando – resposta Ao analisarmos os benefícios oferecidos pela empresa Embraer, notamos existir uma compatibilidade entre o que a mesma oferece e as grandes empresas do mercado também ofertam. Os benefícios chegam a ser equivalentes. Uma diferença notada diz respeito à Embraer ser uma “empresa cidadã”, oferecendo uma licença de 180 dias para natalidade. Outra que faz grande diferença será a remuneração, pois a empresa é de alta tecnologia e não tem similar no mercado. Qual a grande e mais básica diferença entre remuneração e salário? a. Não existe diferença entre ambos. b. Remuneração envolve remuneração básica, incentivos salariais e remuneração indireta/benefícios. Salário é somente o valor da remuneração básica. c. Remuneração envolve a indireta e os benefícios. Salário é o que desconta no Imposto de Renda. Feedback: a. Existe, sim, uma diferença entre ambos, explicada no item b. b. Resposta certa. c. Remuneração envolve remuneração básica, incentivos salariais e remuneração indireta/benefícios. Salário é somente o valor da remuneração básica. No vídeo a seguir, o professor vai falar sobre a análise da problemática. Não deixe de assistir! (Vídeo 6 disponível no AVA) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 Finalizando Seleção e remuneração de pessoas: esse foi o tema desta aula. Remunera-se melhor os mais preparados – são eles que merecem melhor remuneração. Interação total entre ambos. O importante foi conhecermos a diferença entre recrutamento e seleção. A seleção é um processo eliminatório. E quanto à remuneração? Quem um dia não reclamou do seu salário? Esperamos que, após esta aula, você esteja apto a discutir esse delicado assunto. Boa sorte! (Vídeo 7 disponível no AVA) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 Referências BITTENCOURT, C. Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. Porto Alegre: Bookman, 20004. DESSLER, G. Administração de Recursos Humanos. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. GIL, A. C. Gestão de Pessoas: enfoque nos papeis profissionais. São Paulo: Atlas, 2013. GURGEL, A. O. C. RH positivo: novo mundo do trabalho. Rio de Janeiro. Qualitymark, 2001. LACOMBE, F. Recursos Humanos. Princípios e Tendências. São Paulo: Saraiva, 2011. SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2011. ULRICH, D. Recursos humanos estratégicos. São Paulo: Futura, 2000
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