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A AFETIVIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR

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0 
 
RELATÓRIO DE 
ESTÁGIO NA 
MODALIDADE 
ARTIGO CIENTÍFICO 
 
UNINASSAU – SER 
EDUCACIONAL 
 
 Ano 2020 
 
 
 
Autor 
Ana Thainna Cândido 
Freire Teodoso 
annathainnafreire@gmail.com 
Autor 
Jaine Maria Basílio 
jaine.basilio@hotmail.com 
Autor 
Maria da Glória Lourenço 
de Sales 
gloriasalesrn@gmail.com 
 
Orientador 
Gustavo dos Santos 
Fernandes 
gugastrong@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A AFETIVIDADE NO ÂMBITO 
ESCOLAR 
 
SCHOOL AFFECTIVITY 
RESUMO 
Este artigo apresenta os resultados de pesquisa bibliográfica, a 
partir do temática a afetividade no âmbito escolar destacando a 
Educação Infantil. Com o objetivo de compreender a relação de 
afetividade entre professor e aluno e sua influência no 
desenvolvimento cognitivo e moral nas crianças, evidenciando os 
sentimentos dos alunos ao se confrontarem com atividades 
referentes às suas emoções. No tocante ao referencial teórico 
metodológico, embasou-se em diversos autores, como: Wallon 
(1975) e (2007), Saltini (1997), entre outros nos quais confirmam 
com a discussão em torno da afetividade para a construção do 
processo de ensino e aprendizagem. Percebe-se que a escola é um 
lugar de interações sociais intensas e, são nestes espaços que os 
alunos desenvolvem suas possibilidades. Compreende-se que 
quando há dialogo, troca de saberes, professores e alunos 
constroem conhecimento juntos, de modo que as emoções 
contribuem como mola propulsora para a formação da inteligência 
dos educandos, bem como nos aspectos, afetivo e moral. 
 
Palavras-chave: Afetividade. Inteligência. Ensino Aprendizagem. 
 
ABSTRACT 
 
This article presents the results of bibliographic research, from 
the theme of affectivity in the school context, highlighting 
Early Childhood Education. In order to understand the 
relationship of affection between teacher and student and its 
influence on cognitive and moral development in children, 
showing the students' feelings when confronted with activities 
related to their emotions. Regarding the theoretical and 
methodological framework, it was based on several authors, 
such as: Wallon (1975) and (2007), Saltini (1997), among 
others who confirm with the discussion about the affectivity for 
the construction of the teaching process and learning. It is 
noticed that the school is a place of intense social interactions 
and, it is in these spaces that students develop their 
possibilities. It is understood that when there is dialogue, 
exchange of knowledge, teachers and students build knowledge 
together, so that emotions contribute as a driving force for the 
formation of students' intelligence, as well as in the affective 
and moral aspects. 
 
Keywords: Affectivity. Intelligence. Teaching Learning. 
Relatório apresentado a 
UNINASSAU-NATAL-RN, para 
obtenção de nota na 
disciplina de Estágio 
Supervisionado em 
Educação Infantil no curso 
de Pedagogia. 
 
 
mailto:annathainnafreire@gmail.com
mailto:jaine.basilio@hotmail.com
mailto:gloriasalesrn@gmail.com
mailto:gugastrong@hotmail.com
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este artigo apresenta como tema a afetividade no âmbito escolar, que faz uma reflexão 
sobre a problemática: como as emoções influenciam na aprendizagem? Tem como 
objetivo compreender a relação de afetividade entre professor e aluno e, sua influência no 
desenvolvimento cognitivo e moral nas crianças, evidenciando os sentimentos dos alunos ao 
se confrontarem com atividades referentes às suas emoções. 
No estudo acerca da afetividade no processo de ensino e aprendizagem, visando assim 
refletir sobre a necessidade de trazer para o ambiente escolar uma convivência agradável, 
tendo como objetivo maior compreender a relação de afetividade entre professor e aluno e sua 
influência no desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral nas crianças da Educação Infantil, 
foi possível constatar de alguns professores encontram obstáculos a respeito desse tema. 
Sendo este trabalho motivado pelo desejo de melhores possibilidades na ação docente, 
pautada na afetividade, oferecendo um norte para o trabalho dos profissionais da educação. 
Promovendo uma reflexão sobre a influência da afetividade no desempenho dos alunos, com 
o intuito de perceber como se dá a afetividade na relação professor-aluno. Sabendo-se que as 
atitudes são tocantes ao processo de ensino aprendizagem no cotidiano escolar, visto as 
experiências vividas em sala de aula, contribuem com a construção do conhecimento. 
O trabalho se organiza da seguinte forma, a Introdução vem para situar o leitor em 
torno do tema, problemática e os objetivos do trabalho. Já a primeiro tópico do 
desenvolvimento vem para abordar a afetividade no âmbito escolar nos dias atuais, buscando-
se compreender a relação entre afeto e o desenvolvimento cognitivo da criança, e os desafios 
que são encontrados durante o processo. 
Em seguida, destaca-se o segundo tópico trazendo o afeto como fio condutor na 
prática educativa, dissertando sobre a afetividade nas relações interpessoais entre professor e 
aluno, relatando a relação afeto e cognição delineando uma aprendizagem significativa. 
O ultimo tópico traz o item onde se verificou a necessidade de um maior envolvimento 
de alguns professores com a temática desenvolvida, sabendo-se que a afetividade enquanto 
relação positiva garante a segurança e o apoio emocional para as descobertas das quais as 
crianças se lançam, em busca do conhecimento do mundo ao seu redor e de si. Por fim, as 
Considerações Finais e as referências. 
 
 
 
2 
 
2 AFETIVIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR: alguns paradigmas na educação 
 
 Nós humanos somos seres históricos, cujos pensamentos e ações mudam 
constantemente ao longo do tempo. Neste percurso histórico, as mudanças da atual conjuntura 
educacional exigiram posturas, estratégias e ações complexas e variadas dos docentes, pois, 
com os novos tempos, são necessárias novas atitudes, frente às novas realidades do mundo 
contemporâneo (ARRUDA, 2006). 
A Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2018, p.10) traz uma nova 
visão e aborda o cuidado como emocional "Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde 
física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e 
as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas". 
Ainda na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018) diz que na 
educação infantil em meio as brincadeiras as crianças, vão expressar sentimentos e 
reconhecer-se, podendo resolver problemas e ainda lidar com as emoções. 
Analisando o papel da afetividade na aprendizagem segundo Silva (2013) ela ressalta a 
relevância do relacionamento afetivo tanto do educando como do educador, é um processo 
motivador ao se falar de aprendizagem. 
O pensamento que nasce pela motivação, visa nossos desejos, necessidades e emoções 
que independe das situações à medida que se aprende os comportamentos vão mudando em 
relação a visão, ao foco tomando novos rumos (CAETANO,2013). 
O carinho a atenção e o afeto movem as crianças e também os adultos, mas além do 
beijo e do abraço, e levando isso para o meio escolar, a ligação e participação do educando, 
vai além, a preocupação com o seu desempenho como bem estar do aluno, vai gerar laços de 
afetividade que serão motivadores no processo de ensino aprendizagem (SILVA, 2013). 
Nesse intento, Saud (2007) nos remete a refletir sobre a necessidade da afetividade 
durante o processo ensino aprendizagem, e ainda ter um modo novo de ouvir os que os alunos 
querem dizer, é necessário que os docentes reflitam sobre suas práticas para que aconteçam 
novas transformações no âmbito escolar, mudando assim a realidade atual em que se encontra 
a educação contemporânea, onde o educador esteja preparado para o novo, tendo uma postura 
aberta, construindo relações afetivas com os alunos, a partir da troca de conhecimentos. 
Saltini(1999) ressalta que o ambiente escolar deve estar preparado para lhe dar com os 
sentimentos, mais do que só conteúdos, o afetivo entre professores e alunos, na 
contemporaneidade vem provocando discussão no meio educacional e se tornando desafios da 
3 
 
sociedade moderna. Em relação ao envolvimento professor aluno Frozza (2007, p.22) nos diz 
que 
 
A construção e vivência do conhecimento científico, próprios da escola, não 
acontece num passe de mágica. Essa experiência exige envolvimento intenso de 
alunos e professores, uma relação que seja ao mesmo tempo afetiva e intelectual. Os 
estudantes precisam compartilhar significados para que haja interações e inter-
relações que possibilitem a ocorrência do processo da aprendizagem com benefícios 
para ambos. 
 
Embora o objetivo da escola seja repassar o conhecimento, não se pode esquecer que 
as relações afetivas tem tido uma visão diferente, entende que para que o conhecimento seja 
adquirido deve haver a relação com outros indivíduos, que estão no âmbito escolar, onde 
encontram os desafios dos quais a escola como uma organização complexa, enfrenta na 
atualidade, onde deve se preocupar em ser capaz de formar mentes que possam atuar e, se 
posicionar frente às questões da sociedade (SILVA, 2013). 
As expressões emocionais vão influenciar na cultura e no processo de aprendizagem, 
demonstrando como a interação social esta diretamente relacionada na construção do 
conhecimento e auxilia na interpretação das emoções (DAMÁSIO, 2000). Dessa forma, 
 
O professor (educador) obviamente precisa conhecer a criança. Mas deve conhecê-la 
não apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial, mas também na sua 
interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre, e 
busca constantemente compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali 
na escola (SALTINI,1999, p.70). 
 
 
Diante disso, o individuo necessita esta bem emocionalmente para consegui pensar. 
Visto que o aluno deve se conhecer e saber lidar com suas emoções, podendo obter o controle 
de suas ações diante de conflitos vividos no âmbito escolar. (SALTINI, 1999). 
 
3. AFETO E COGNIÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, reconhece a 
educação como direito fundamental compartilhado entre, Estado, Família e sociedade ao 
determinar que: 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família. Será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho 
(BRASIL, 1998, p.10). 
 
4 
 
Sendo necessário que estes alunos sejam preparados a articular a vida escolar com a 
vida cotidiana, articulando assim o conhecimento escolar com os acontecimentos do dia a dia 
da criança. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2017), traz em seu esboço 
mudanças no currículo nacional, aonde as crianças irão se expressar e participar mediante a 
construção de competências e habilidades. Diante disso, a LDB 93.94/96, no seu inciso IV do 
artigo 9, afirma que cabe a união 
 
Estabelecer, em colaboração com os estados, o distrito federal e os municípios, 
competência e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino 
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar 
formação básica comum (BRASIL, 1996, p.10). 
 
A criança ao ingressar na Educação Infantil se depara com o primeiro o agente social 
fora do meio familiar dando inicio da aprendizagem, e para que esse ambiente agradável a 
criança deve ser bem acolhida, sentir amor e proteção, relações com os demais devem ser 
positiva, de modo a oportunizar o desenvolvimento físico e psicológico e todos os 
profissionais que estão diretamente ligado a essa criança devem ter esse perfil acolhedor e 
protetivo (SILVA, 2013). 
De acordo com o Rodrigues (2017), todos nascem com suas capacidades, que são 
afetadas pelo meio, e esse meio fará com que cada potencialidade do individuo se desenvolva. 
Sendo sua posição teórica, contraria a compreensão do ser humano de forma fragmentada, 
visto que “em cada idade, a criança constitui um conjunto indissociável e original. Na 
sucessão de suas idades, ela é um único e mesmo ser em curso de metamorfoses” (WALLON 
(2007) apud TRAD, 2014, p.27). 
Para tanto, as crianças passam por etapas de desenvolvimento, sendo estas também do 
ponto de vista afetivo, que segundo Wallon (1979), até chegarem a fase adulta, onde em cada 
uma delas, percebe-se a relação do afeto e da cognição, não se distinguindo uma da outra, 
sendo estas: Estágio impulsivo- emocional (0 a 1 ano), é quando a criança nasce, e ainda não 
se reconhece no mundo, não sabe controlar suas emoções, se expressam por meio do choro e 
dos gestos . Estágio sensório-motor e projetivo (1 ano a 3 anos), é quando a criança está 
desenvolvendo sua fala, desenvolve sua inteligência pratica, e aprende ao sentir certas 
sensações. Estágio personalismo (3 a 6 anos) é quando a criança trabalha sua personalidade, 
discorda de adultos, conhece regras e testa seus limites. Estágio categorial (6 a 11 anos) é 
quando a criança entende seus pensamentos e coloca a razão a cima da emoção, suas emoções 
são desenvolvidas e estão em processo de maturação, aprendendo a lidar com elas. Estágio 
5 
 
puberdade e adolescência (11 anos em diante) é quando a criança se transforma 
biologicamente, procuram sua identidade, passam a questionar, diante conflitos e frustações. 
De acordo com Silva (2013) O amor, o acolhimento e a atenção é uma necessidade da 
criança de característica natural, e nesse processo o professor é a ponte que liga o aluno a 
aprendizagem, motivando o aluno, e fazendo com que ele interprete o meio ao qual esta 
inserido, todo bom profissional vai estar preocupado em entender os anseio dessas crianças, 
independentemente da idade. 
Nessa perspectiva, Piaget (apud Arantes, 2009, p.48) afirma que papel da afetividade 
“é funcional na inteligência, ela e a fonte de energia de que a cognição se utiliza para seu 
funcionamento”. A criança ele chega ao mundo novo onde deve associar ao estímulo novo 
sobre isso Faria (1998) salienta: 
 
 [...] A vida afetiva e intelectual são produtos de uma adaptação contínua do 
organismo, levada a efeito pela equilibração entre a assimilação e a acomodação. 
Todo e qualquer ato, cognitivo e afetivo, implica uma incorporação de experiências 
e sentimentos novos aos antigos (assimilação) através de uma transformação das 
experiências e sentimentos antigos (acomodação). (FARIA, 1998, p. 57). 
 
Wallon (1968) defende que a inteligência se desenvolve após a afetividade, para ele a 
inteligência, surge de dentro da afetividade, e estabelece com ela certas relações de conflitos, 
talvez seja por isso, que nos interessamos mais a aprender as coisas que gostamos e evitamos 
aquelas que não se conectam com nossos afetos sendo assim A inteligência logo depois da 
afetividade nasce de dentro da afetividade e gerando uma situação conflituosa. Para sustentar 
a inteligência é preciso estimular os afetos. 
A confiança fortalece a relação entre professor aluno pode acontecer por meio da 
afetividade, onde o professor se torna medidor de aprendizagem par o aluno, e estabelece um 
desenvolvimento cognitivo da criança, mas também há motivação em relação ao trabalho 
docente que passa a ter comportamentos que trazem emoções e sentimentos, auxiliando numa 
educação o eficaz (CAETANO, 2013). 
Ainda de acordo com Caetano (2013) O processo educativo efetivo se dá da estreita 
relação afetiva entre professor e aluno, porem para que a aprendizagem aconteça afetividade 
serve de base para o intelectual, principalmente em relação ao professor que tende visualizar e 
atender as necessidades dos alunos, o professor vai desenvolver os aspectos cognitivos eafetivos, pois a afetividade sempre estará presente, desde o planejamento da aula, até o fim de 
todo processo educativo, utilizando dessas ferramentas para melhorar a relação entre eles, no 
6 
 
convivo escolar, que o professor vai estimular e estabilizar o emocional proporcionando uma 
aprendizagem bem sucedida. 
Sendo assim, Saltini (1999), enfatiza que a se falar de intelectual e de aprendizagem, 
devemos destacar todas as relações afetivas Isso porque para se alimentar a inteligência, faz-
se necessário mobilizar os afetos. Vale enfatizar que emoção tem como significado, por em 
movimento, sendo este de dentro para fora, um modo de comunicar estados e necessidades 
internas que só ocorre quando esta é estimulada através de acontecimentos que as rodeiam e 
incentivar a aprendizagem, pois as emoções são fonte essencial na aprendizagem, pois, 
quando gerenciadas de modo sadio, propiciam aprendizagens prazerosas. 
A sala de aula não deve ser espaço para estar apenas fisicamente à criança, mas 
também suas emoções e sentimentos, visto que através da emoção, a criança faz a 
comunicação entre os indivíduos, possibilitando seu desenvolvimento pleno, os tornando 
sujeitos independentes, ativos e pensantes (WALLON, 1968). 
E alencando a família como um dos pontos principais na vida escolar dos educandos e 
em suas emoções, compreende-que a família deve ser aliada no trabalho de desenvolvimento 
inclusive intelectual da criança, a família é fundamental na formação do indivíduo, mesmo 
que cada vez mais a escola ocupa grande parte da vida de seus alunos é importante que a 
escola busque uma parceria com a família, repensando suas práticas pedagógicas para melhor 
atender a singularidade de seus alunos por meio das emoções. (SALTINI, 1999). 
Com isso, Wallon (1995) ressalta que o afeto é essencial para todo o funcionamento 
do nosso corpo, nos dando coragem e motivação, contribuindo assim para nosso 
desenvolvimento. De acordo com Caetano (2013, p. 21) 
 
Estabelecer um vínculo afetivo com o educando é tão necessário quanto aceitar o 
fato de que além de ser criança, um ser em construção, ele é dotado de sentimentos, 
necessidades físicas e emocionais. Para adentrar nesse universo infantil, conhecer o 
estudante é fundamental, bem como respeitá-lo na sua condição humana. Também é 
necessário levá-la a perceber que o aprendizado é algo prazeroso, e o seu 
desenvolvimento e socialização é a razão de ser do professor. 
 
3.1 As emoções no processo de ensinar e aprender 
 
 As situações afetivas vivenciadas na infância estão interligadas na consciência 
humana, influenciando de maneira negativa ou positiva a relação afetiva entre professor-aluno 
durante o processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, compreende-se que: 
 
7 
 
No resgate de um passado pleno, o mundo hoje torna-se significativo. Então faz-se 
necessário adverti-los de que o investimento afetivo nas inúmeras relações, tais 
como: adulto/criança, professor/aluno, mestre/discípulo, mãe/bebê, construirão não 
somente o físico deste ser, mas acima de tudo o homem-ser, capaz de inventar, criar, 
renovar e descobrir (SALTINI, 1997, p. 48). 
 
 
Vygotsky (2001) menciona que somos seres sociais, os quais aprendemos, e o nosso 
mundo é influenciado pelo ambiente, que gera um bom relacionamento interpessoal entre 
professor e aluno em sua sala de aula. O professor tem laços afetivos durante o processo de 
aprender, demostrando boas lembranças de sua infância escolar, podendo se tornar um bom 
indicador no seu processo de aprendizagem. 
Vale ressaltar que para Vygotsky (1998) o desenvolvimento do individuo é um 
processo construído pelas interações das quais se estabelece no contexto histórico e cultural 
no qual está inserido. Sendo assim, o meio influencia o desenvolvimento dos alunos. 
A afetividade ganha reconhecimento no processo ensino aprendizagem, quando se 
estar inteiramente integrado ao lúdico no desenvolvimento humano, a vontade de querer fazer 
aprender por meio da alegria e do prazer (PAULA, 2010). 
 Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Brasil (1998), o movimento 
ajuda a criança a externar suas emoções, sentimentos e pensamentos com o auxílio de gestos, 
de forma que pode ser tido como uma linguagem, que além de comunicar, mobiliza as pessoas 
pelas trocas afetivas. É perceptível que as demonstrações de afeto na prática pedagógica 
influenciam no aspecto emocional da criança, não somente na autoestima, distanciando-se da 
concepção de ensino tradicional, onde o aluno é depósito de conteúdos e da imobilidade de 
seu corpo. 
Diante desse contexto, observa-se que são as emoções que unem a criança ao meio 
social, visto que a convivência social, isto é, o convívio como outro influencia nas ações 
emotivas, Por isso, a relevância do meio social para a construção dos laços afetivos e, 
consequentemente, a formação da inteligência (VYGOTSKY, 2004). 
Sendo assim, entende-se que a linguagem oral, é o mecanismo mais usado pelas 
professoras para construir relações afetivas, diante do exposto, uma vez que a função 
primordial da linguagem e a comunicação tem como função realizar o intercâmbio social 
Sendo assim, os professores necessitam ter conhecimentos e habilidades para perceber e 
intervir nos conflitos, em diversas situações, tendo que lhe dar com as emoções dos alunos de 
forma significativa (VYGOTSKY, 2004). 
8 
 
Para Lima (2005) na Educação Infantil o professor deve conhecer bem a criança para 
que possa exercer sua função como de educador, incluindo valorizar e reconhecer os anseios e 
desejos manifestados nas diversas situações. 
Observamos é necessário ouvir o aluno, conhecê-lo profundamente, e para que isso 
aconteça o professor deve refletir constantemente seu papel na construção do conhecimento 
do aluno diante de toda e qualquer realidade (SILVA, 2013). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este artigo traz uma reflexão acerca dos aspectos afetivos durante a construção do 
conhecimento no processo de ensino aprendizagem, assim como também em torno do 
desenvolvimento integral dos alunos. Isso porque a emoção potencializa o processo de 
aprender a aprender. 
Partindo dos resultados, evidencia-se que todo ser humano necessita de afeto, as 
situações afetivas vivenciadas no período da infância, se inicia no leito familiar, e se tornam 
ainda mais importante nos primeiros anos da vida escolar, estas situações se internalizam na 
consciência humana, podendo ser indicadores de qualidade do processo de desenvolvimento, 
influenciando de maneira positiva ou negativa e no ambiente escolar isso se evidencia na 
relação estabelecida entre professor e aluno, é por meio de um bom relacionamento afetivo 
que o vinculo de confiança vai auxiliar o professor na construção do conhecimento. 
Vale destacar ainda que a criança não se relaciona apenas com o professor, o bom 
convívio interpessoal dentro da instituição, servirá de mola motivadora para o bem estar da 
criança, e a afetividade deve fazer parte desse convívio, para que resultados positivos sejam 
alcançados na aprendizagem dessas crianças. 
Nesse contexto, a escola revela-se como lugar de interações sociais intensas e é neste 
espaço que os alunos desenvolvem suas potencialidades, por isso as respostas, as perguntas, 
as dúvidas, são responsabilidade da ação docente e são essências para motivarem as crianças a 
se sentirem acolhidas em suas necessidades, compreendemos que essas crianças procuram por 
diversas vezes o professor para suprir suas necessidades afetivas, diante disso o professor 
deverá ser capaz de acolhe-lo e influenciá-lo para que essas necessidades não interfiram n seu 
aprendizado. 
Nessa perspectiva, na realização deste trabalho demonstra a dimensão humana e a 
necessidade de uma educação pautada no amor e no respeito ao educando, na qual exigem do 
educador, competência, sensibilidade e humanidade em sua prática, sendo necessárioque a 
9 
 
afetividade seja fator determinante na sala de aula, de modo que os alunos sejam 
compreendidos, aceitos e respeitados, mediante uma prática que valorize os momentos 
diálogos, a fim de superar os desafios. 
Conclui-se com a pesquisa que há uma boa compreensão na necessidade de mudanças 
em relação a afetividade por parte de alguns docentes, sendo este a minoria, pois, nem todos 
estão dispostos a envolver-se, não percebendo que sua relação afetiva com os alunos esta 
diretamente ligado a aprendizagem dessas crianças. 
Diante de tudo isso, percebe-se a difícil tarefa do educador, que deve buscar o novo, se 
preocupando mais com a educação afetiva das crianças, pois, o afeto estimula a 
aprendizagem, se tornando assim desafiador para os profissionais que compõe a educação. 
Sabemos que os relacionamentos nem sempre são de paz e tranquilidade, os 
sentimentos como tristeza, raiva, medo, ansiedade, fazem parte das interações sociais, e 
sempre estarão presentes em sala de aula, e profissional de educação se preocupa em trabalhar 
a ansiedade e insegurança, pois estes vão influenciar de forma negativa no processo de 
aprendizagem (TASSONI, 2019). 
 Para tanto, é fundamental que o professor conheça as ligações afetivas, que dá 
sustentação ao relacionamento da criança com o mundo à sua volta, de modo a entender 
também que as respostas dadas por elas dependem do tipo de acolhida afetiva que ela recebe 
dos adultos, uma vez que os motivos que as crianças têm para aprender são os mesmos que 
tem para viver, visto que não se dissociam a aprendizagem da formação física, motora, afetiva 
e psicológica. 
Cabe ao educador compreender sua função de ligar a afetividade e a inteligência, pois 
estes são indissociáveis ao processo de aprender e ensinar, mediante ao direcionamento de 
caminhos para que o aluno seja um sujeito autônomo e independente, haja vista que este é um 
sujeito integral. 
A afetividade permite que as crianças demonstrem seus sentimentos e emoções, o que 
irá favorecer aos professores conhecê-los melhor, facilitando seu ensino aprendizagem, onde 
o aluno mediado pelo professor irá se perceber, desenvolvendo sua personalidade e, em 
especial, compreendendo o meio em que vive. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ARRUDA, Maria Lúcia de. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 3.ed. 
São Paulo: Moderna, 2006. 
 
10 
 
BRASIL, Ministério da Educação e do desporto. Referencial Curricular Nacional para a e 
Educação infantil. Brasília: MEC/ SEF, 1998. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf. Acesso em: 16 maio 2020. 
 
BRASIL, Ministério da Educação e do desporto. Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC, 2018. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. 
Acesso em: 28 mai. 2020. 
 
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil.(1988). Brasília DF: Senado 
Federal, 1988. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. 
Acesso em: 20 maio 2020. 
 
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 
Introdução aos Parâmetros Curriculares/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília 
MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. 
Acesso em: 20 maio 2020. 
 
CAETANO, Leandra de Aguiar. A importância da afetividade docente para o 
desenvolvimento cognitivo de educandos das séries iniciais do ensino fundamental. 2013. 
Disponível em: 
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