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Fraturas Ósseas e Faciais Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial Fraturas de Mandíbula São classificadas de acordo com o impacto da ação muscular sobre os cotos ósseos, podendo ser: Favorável = quando a ação muscular não desloca os fragmentos ósseos. Desfavorável = quando a ação muscular afasta os fragmentos ósseos. Etiologia Acidente de trânsito Agressão física Quedas Acidente de trabalho Acidente desportivo Classificação 1. Em relação ao meio Fratura simples ou fechada, onde não há comunicação com o meio externo, apresentando então um traço único. Fratura composta ou aberta, onde há comunicação com o meio externo, podendo envolver então ligamento periodontal, pele, mucosa e musculatura. 2. Em relação ao traço Fratura cominuta = apresenta vários traços na mesma região. Fratura galho verde = não há solução de continuidade e não há ruptura total do osso. Ocorrerá fratura de apenas UMA das duas corticais ósseas. @odonto.by.gibbs – direitos autorais Fratura patológica = ocorre em uma região onde há uma lesão, deixando a mesma frágil. Fratura complexa = apresenta inúmeros traços, diversas regiões envolvidas e sentidos. Fratura por deslocamento = apresenta solução de continuidade, desarticulação dos cotos ósseos da região anatômica e cotos distantes separados por trauma. 3. Em relação ao local do trauma Fratura direta = a fratura vai ocorrer no local do trauma. Fratura indireta = a fratura ocorre em locais distantes ou contralaterais ao trauma / impacto primário. 4. Em relação à região anatômica Fratura coronoide Fratura de corpo Fratura de sínfise Fratura de ângulo Fratura alveolar Fratura de parassínfise Fratura do processo condilar Fratura de ramo 5. Em relação ao deslocamento Fratura favorável Fratura desfavorável Observar na Anamnese Alterações oclusais Etiologia do trauma Alterações dos movimentos Presença de parestesia Presença de dor Hábitos do paciente Saúde em geral Exames de Imagem Solicitados Radiografia panorâmica Radiografia lateral dir. / esq. Radiografia PA de mandíbula Radiografia reversa de Towne Radiografia Hirtz (mandíbula) Tomografia computadorizada Tratamentos Em sua grande maioria são hospitalares e podem ser classificados em cruentos e incruentos. Cruentos = cirurgia aberta que consiste em RED + FIR, placas, parafusos e fios de aço. Incruentos = barra de Erich + BBM ou aparelho ortodôntico. Tratamento Hospitalar Sempre deve ser sob anestesia geral para que haja o mantimento de suporte ventilatório do paciente. A intubação se faz necessária, podendo ser: Nasotraqueal, desde que não haja nenhuma fratura ou comprometimento nasal. Submentotraqueal, onde o tubo e o balão são presos a traqueia. Nasofibroscopia, sendo que em mandíbula, é feita quando o paciente não consegue abrir a boca e em casos de infecções. Cuidados Pós Operatórios Higiene oral adequada Alimentação pastosa e fria Evitar alimentos consistentes Limpar ferimentos (sabão / água) Evitar esforço físico Evitar exposição solar Fisioterapia p/ abertura bucal Minhas anotações complementares: ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ Fratura de Zigomático Uma das principais etiologias da fratura de osso zigomático são os acidentes automobilísticos e motociclísticos, além de agressões interpessoais e quedas. Anatomia do Zigomático Existem algumas estruturas importantes como a órbita, o seio maxilar e o forame infraorbitário. Além disso, apresenta 4 articulações, sendo elas temporal, orbital, frontal e maxilar. 1. Órbita Os músculos envolvidos na movimentação do globo ocular são: Músculo reto superior Músculo reto inferior Músculo reto medial Músculo oblíquo superior Músculo oblíquo inferior Na fissura orbital superior, encontramos os seguintes pares de nervos cranianos: Pares III, IV e V (oftálmico) Par VI (veia oftálmica) No canal optico, passam a artéria oftálmica e o nervo óptico. Fraturas da Órbita Blow Out = é uma fratura de soalho da órbita, que consiste na saída do globo ocular da órbita. Blow In = também é uma fratura de soalho da órbita, que consiste na entrada do segmento do globo ocular na órbita. Fratura de Zigomático 1. Sinais e sintomas Equimose periorbitária Hifema Diplopia Distopia Epistaxe Hiposfagma Enfisema subcutâneo Edema Degrau ósseo Limitação da abertura de boca Epífora Enoftalmo e exoftalmo 2. Síndrome da Fissura Orbital Pacientes com fratura de órbita e zigomático apresentam esse tipo de síndrome, que consiste na incapacidade de movimentar o globo ocular. Três pares de nervos cranianos são lesados nessa síndrome, sendo eles o nervo oculomotor, nervo oftálmico e nervo abducente. Sua etiologia está relacionada a traumas, provocando compressões diretas sobre o conteúdo da fissura orbital superior. É causada por hematoma na região orbital superior ou por fratura com deslocamento da asa maior do osso esfenoide. O tratamento é o acompanhamento e observação. Em casos mais graves, deve ser feito a redução e fixação das fraturas da asa maior do esfenoide. 3. Síndrome do ápice orbital Os pacientes podem apresentar essa síndrome também, consistindo em perda dos pares motores e sensitivos. Os nervos lesados são oculomotor, oftálmico, abducente e ótico. Um dos sinais é que o paciente nãovai enxergar direito, ou seja, apresentará anaurose. Tratamento - Fraturas do Zigoma Cirúrgico = exposição da fratura, tratamento cruento. Não cirúrgico = incruento, sem exposição de fratura. Dentro dos tratamentos incruentos, temos dois tipos, sendo eles: Gillies e Keen. Keen Gilles Incisão intra oral de 1,5 mm, no fundo de sulco gengivogeniano – exposição do pilar zigomático. Tricotomia da região temporal. Deslocamento e exposição do corpo do zigoma e região anterior do arco. Incisão de 2 cm atingindo pele, subcutâneo e fáscia temporal superficial Colocar um instrumental para redução (descolador de Seldim) Colocação da espátula de Rowe Bistrol no sentido inferior, entre a fáscia e o musculo temporal, até chegar na face medial do arco zigomático. Tratamento Fechado Transfixação com fio de Kirchner = redução com gancho e estabilização com esse fio. É um tratamento que apresenta baixa energia, pouco deslocamento e pouco comprometimento estético. Tratamento Cirúrgico Acesso subciliar – 2mm abaixo da margem ciliar Acesso supraciliar – 2cm paralelo aos pelos da sobrancelha Acesso subtarsal – 4 a 6cm da margem ciliar. Acesso infra orbitário – sempre ao nível da margem orbital. Acesso transconjuntival – meia distância da margem tarsal e fórnice conjuntival. Acesso maxilar – fundo de sulco maxilar. Complicações Assimetrias Distúrbios visuais Diplopia Enoftalmia Ectoprio Parestesia Hemorragia retrobulbar Síndrome da fissura orbital Abertura bucal comprometida Minhas Anotações Complementares _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _______________________________________________________________________________________________________________________ ____________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ _______________________________________________________________________________________________________________________ ____________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ ______ Fraturas Nasais São os tipos de fraturas mais comuns, comprometendo cerca de metade das fraturas faciais. Isso ocorre porque o nariz é um órgão muito proeminente. Etiologia das Fraturas Nasais Conflitos interpessoais Esportes Acidentes automobilísticos Acidentes domésticos Anatomia Externa do Nariz Os ossos nasais são mais finos em direção a ponta do nariz. A porção cartilaginosa do nariz é composta pelas cartilagens alar, laterais e septal. Anatomia da Cavidade Nasal As paredes do nariz interno são formadas: Medialmente pelo septo nasal Lateralmente pela maxila, osso etmoide e cartilagens nasais Inferiormente pela maxila e ossos palatinos Superiormente pela lâmina cribiforme do osso etmoide. Irrigação Nasal Nariz externo = irrigado por ramos da artéria carótida externa e ramos da artéria Suprimento sanguíneo = é fornecido por uma porção das artérias carótida interna e oftálmica. Irrigação do septo nasal = fornecida pelos ramos da artéria esfenopalatina, artéria etmoidal anterior / posterior e ramos da artéria facial. Inervação do Nariz 1. Inervação Externa Porção superior = derivada dos ramos supratroclear e infratroclear do nervo oftálmico. Porção Inferior e Lateral = derivada dos ramos infraorbital do nervo maxilar. Ponta do nariz e dorso = ramo nasal externo do nervo nasociliar, a partir do nervo oftálmico (→ pele e dorso) 2. Inervação Interna (SEPTO) Nervo olfatório, que passa por dentro do crânio através dos forames da lâmina cribiforme do osso etmoide. (inervação sensorial especial) Classificação das Fraturas Nasais I. Fratura simples unilateral II. Fratura simples bilateral III. Fratura cominuta IV. Fratura Complexa V. Fratura associada à NOE Exames de Imagens Solicitados RX de Waters – direta ou reversa Projeção lateral para ossos Tomografia (mais utilizada) Tratamento das Fraturas Nasais Inicialmente, as fraturas devem ser tratadas de 2 a 3 horas após o trauma sofrido, sempre anterior ao edema, hematomas ou obstrução das vias respiratórias. 1. Redução Fechada Realizar imobilizações internas com auxílio de tampão vaselinado para sustentar os fragmentos reduzidos. Realizar imobilizações externas, usando um curativo gessado comum e placas metálicas maleáveis. 2. Conduta cirúrgica em geral Fraturas cominutas em adultos = deve ser realizada a redução aberta sob anestesia geral. Anestesias locais ou gerais = a cirurgia é facilitada pela inserção do anestésico tópico nas nariz com auxílio de uma gaze ou rolete de algodão umedecidos. O anestésico intranasal mais usado é a lidocaína 4% porque ela ajuda a diminuir o edema e o sangramento. Anestésico local = bloqueio infiltrativo com lidocaína 1 ou 2% com epinefrina 1:100:000. Essa infiltração vai pegar os nervos infraorbitais, região glabelar, nervos supra / infratrocleares e a base da columela. 3.Redução aberta Considerados tratamentos mais invasivos, possuem as seguintes indicações: Fratura com desvio extenso do osso nasal e do septo Desvio da pirâmide nasal Fratura com desvio do septo caudal Fraturas septais abertas Deformidade persistente Deformidade combinada Deslocamento da espinha nasal Complicações Podem ser precoces (edema, epistaxe, rinorreia, hematoma septal e equimose) ou podem ser tardias: Tardias: Obstrução nasal Lesão das vias lacrimais Infecções (sinusite) Perfuração septal Nariz em sela. Minhas anotações complementares: __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ @odonto.by.gibbs
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