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Silvana Marcussi Estrutura e Função de Lipídios e Membranas Quimicamente diferentes Funções Armazenamento de energia (gorduras e óleos), mais compacto (menos H2O de hidratação) Elementos estruturais de membranas (Fosfolipídios e esteróides) e âncoras hidrofóbicas; Pigmentos que absorvem radiações luminosas; Agentes emulsificantes (esteróis derivados do colesterol); Hormônios (ex: estradiol, progesterona e testosterona); Mediadores de inflamação (ex: prostaglandinas, tromboxanos) Proteção contra choques e temperatura (órgãos internos); Lipídios Classificação dos lipídeos Ácidos graxos (ex: palmítico, linoleico, etc.) Ésteres do glicerol (triglicerídeos: 3 ácidos graxos ligados a 1 glicerol) Esteróis (colesterol, hormônios, vitamina D) Terpenos (vitaminas A, E, K) Esfingolipídeos (esfingomielina) As propriedades físicas (temperatura de fusão, solidificação, volatilização) dos ácidos graxos e dos compostos que os contém, são principalmente determinadas pelo comprimento e pelo grau de insaturação da cadeia de hidrocarboneto. Quanto mais longa for a cadeia carbônica do ácido graxo e menor o número de duplas ligações (insaturações), menor será a solubilidade em água e a volatilidade. Ácidos graxos A cadeia de carbonos que consiste no ácido graxo pode ser totalmente saturada (sem duplas ligações), ou conter 1 ou mais duplas ligações (insaturada). saturados Saturados e insaturados Grupo carboxílico Cadeia hidrocarbônica Lipídios simples de armazenamento (3 ácidos graxos, cada um em ligação éster com o mesmo glicerol). Triacilgliceróis ou triglicerídeos 1- estearol, 2- linoleoil, 3- glicerol palmitoil Animais vertebrados: células especializadas (adipócitos), armazenam triacilgliceróis como gotículas de gordura; Triacilgliceróis: óleos nas sementes de muitos tipos de plantas (energia e precursores biossintéticos durante a germinação); Adipócitos e sementes em germinação contém lipases, que catalisam a hidrólise de triacilgliceróis armazenados, liberando ácidos graxos para serem transportados a sítios onde são necessários como combustíveis. Adipócito de cobaia Célula cotiledônea de semente Ceras biológicas Éster de ácido palmítico + álcool triacontanol Utilização industrial Lanolina Cera de carnaúba Ceras de glândulas uropigianas de Pássaros Lipídios de armazenamento (neutros) Lipídios de membrana (polares) Triacilgliceríos Glicerofosfolipídios Esfingolipídios Esfingolipídios Glicolípídios Fosfolipídios Esfingolipídios presente em membranas plasmáticas de animais (esfingomielina - importante na mielina que envolve e isola axônios de alguns neurônios) sítios de reconhecimento de superfície em membranas de neurônios. Esfingomielina Glicoesfingolipídios (determinantes de grupos sanguíneos) Grupos-cabeça oligossacarídico; Encontram-se ligados a proteínas do sangue (O, A e B). Gal = galactosamina GalNAc = N-Acetil galactosamina Antígeno O Antígeno B Antígeno A A degradação de fosfolipídios de membrana libera araquidonato (precursor de eicosanóides). Regulam a síntese de cAMP (mediador na ação de hormônios). Formação de coágulos sanguíneos. Induz contração do músculo que reveste os pulmões. Esteróides derivados do colesterol Hormônios sexuais: características morfo-fisiológicas e reprodução. Cortisol, prednisolona e prednisona: controladores de estresse, redutores de inflamação e moduladores da resposta imune. Aldosterona: controle eletrolítico nos rins. Vitamina D 7-deidrocolesterol + UV (colecalciferol – vitamina D3 ); Fígado e rins adicionam hidroxilas gerando o 1,25-diidroxicolecalciferol: hormônio que regula o metabolismo de Ca2+ (rins, intestino e ossos) Vitamina D da dieta previne raquitismo MEMBRANAS Membranas definem limite externo e regulam o trânsito molecular Eucariotos: dividem espaço interno – separando processos e componentes. Compartimentalização; Divisão de funções; Conservar energia; Organizar sequências de reações; Comunicação cel/cel; Transporte. Bicamada – fosfolipídios e esteróis Apolar – centro / Polar - exterior Fosfolipídio de membrana Porcentagem do total de fosfolipídios da membrana Distribuição na membrana Fosfatidiletanolamina Fosfatidilcolina Esfingomielina Fosfatidilserina Fosfatidilinositol Fosfatidilinositol-4-fosfato Fosfatidilinositol-4,5-bifosfato Ácido fosfatídico Monocamada externa Monocamada interna Unidade individual em forma de cunha Micela Unidade individual cilíndrica Bicamada Lipossomo Estado paracristalino-sólido Calor - moção térmica das cadeias laterais de acilas ( sólido/ fluido) Estado fluido Difusão lateral no plano de bicamada Difusão transversa através da bicamada (não catalisada –h/dias; catalisada-seg. pela transversase) Anticorpos específicos marcados (moléculas fluorescentes) Célula híbrida apresenta anticorpos misturados minutos após a fusão. Difusão lateral das proteínas Proteínas fazem interações hidrofóbicas com lipídios. Mosaico fluido – sem interações covalentes – lipídios e proteínas movem lateralmente. Célula humana Célula de camundongo Fusão celular induzida Difusão lateral das proteínas de membrana TºC movimentação lipídica (paracristalino). TºC de modificação de paracristalino para fluido depende da composição lipídica. composição da membrana é regulada buscando fluidez constante - Baixas TºC - bactérias sintetizam ác. graxos insaturados e saturados do que em Altas TºC. Proteínas Integrais de membrana transportadores de sinais e canais iônicos. receptores p/ hormônios, neurotransmissores e fatores de crescimento fosforilação oxidativa e fotossíntese (carreamento de elétrons) reconhecimento cel-cel / cel-antígeno adesão celular e fusão de membranas (exocitose, endocitose, entrada de vírus). Regulam: agregação de plaquetas; reparo tecidual; atividade de células imunes; invasão de tecido por tumor. Processos celulares envolvendo organelas e a membrana plasmática. Brotamento de vesículas do Complexo de Golgi Exocitose Endocitose Fusão do endossomo com o lisossomo Infecção viral Fusão do espermatozóide com o óvulo Fusão entre vacúolos pequenos (plantas) Separação de 2 membranas –divisão celular Interações da HA com ác. Siálico - endocitose pH no endossomo induz a extensão do peptídio de fusão da HA que penetra na membrana - Membranas viral e do endossomo se fundem - Conteúdo viral livre na célula Transportador de glicose Membrana Receptor de insulina Insulina (3) Insulina – transportadores são removidos por endocitose, formando vesículas (2) Insulina interage com receptor – vesículas se fundem com a membrana - transportadores de glicose (1) Transportadores de glicose nas membranas das vesículas (4) Vesícula menor se funde com endossomo maior (5) Pedaços do endossomo enriquecidos com transportadores -brotam como pequenas vesículas na superfície celular quando há insulina Transportes Celulares Transporte único Co-transporte Contratransporte Transporte Passivo Difusão Passiva: Substâncias penetram ou saem das células; Distribuição uniforme do soluto no solvente. processo a favor do gradiente (sem consumo de energia). Difusão Facilitada: > 8Å não passam pelos poros (ex: glicose e alguns aminoácidos), e não são solúveis em lipídios; - Proteínas de membrana facilitam a passagem; - Contra ou a favor de um gradiente de concentração; - Com baixo consumo de energia. Aquaporinas: canais proteicos em membranas de células renais. – H2O atravessa as membranas – difusão simples – transporte passivo. Transportadoras ou permeases: movimentação de solutos pela membrana – difusão facilitada (transporte passivo). Osmose: difusão em membrana semipermeável. - 2 sções de [ ]s separadas por membrana permeável ao solvente e praticamente impermeável ao soluto. - Solvente passa do meio hipotônicopara o hipertônico. H2O pura; Meio hipotônico; (Hemólise) Sção NaCl concentrada; Meio hipertônico; (Crenação) processo passivo (sem gasto de energia). Hemácias Meio isotônico Mudanças súbitas na pressão de turgor das células mesófilas (+ internas) ocorrem devido a saída de K+ das células e efluxo de H2O (osmose). Antes Depois Transporte Ativo Passagem do meio [ ] para o [ ] - gasto de energia, ou contra um gradiente eletroquímico. Endergônico (consome energia) e ocorre acoplado a um processo exergônico (libera energia) como: absorção de luz, oxidação de moléculas, quebra de ATP. Bomba de NA+ e K+: íons atravessam a membrana contra um gradiente de concentração. Nas células dos organismos superiores a [ ] de Na+ é dentro da célula [ ] de K+ dentro Este mecanismo permite a transmissão do impulso nervoso. Energia da hidrólise de ATP direciona o movimento de X contra o gradiente eletroquímico. o 1º transporte fornece energia para direcionar o transporte de S, uma vez que o retorno de X a favor do gradiente será favorecido. Transporte ativo secundário Transporte ativo primário Tipo P – Transportadores de cátion direcionados por ATP – (ATPases Na+K+): movem os 2 íons em direção oposta. Tipo V – Movem prótons para dentro dos vacúolos criando pH adequado para a ação de enzimas hidrolíticas. Tipo F – catalisam a formação de ATP a partir de ADP + Pi e Movem prótons para fora das mitocôndrias. Transportador multidrogas (células hepáticas): remove produtos hidrofóbicos e drogas sintetizadas do citosol (ex: vimblastina; doxorrubicina). ATPases (canais iônicos dependentes da hidrólise de ATP) Tipo P Tipo F Tipo V Defeitos genéticos nos canais de Na+ dependentes de ATP: - episódios de fraqueza muscular. crises de fraqueza durante exposição ao frio. ATPase liga 3 Na+ do interior ATP também se liga e a fosforilação altera a conformação da Enzima Diminuia a afinidade por Na+ 2 K+ se ligam Desfosforilação afinidade ao K+ Libera K+ no interior Interior Exterior Outros tipos de canais Canal iônico dependente de ligante (receptor de acetilcolina): ligação de molécula extra ou intracelular força uma transição na proteína (abre ou fecha o canal). Canal iônico dependente de voltagem (neuronal de Na+): domínio carregado se move em resposta a alteração no potencial elétrico (abre ou fecha o canal). A perfeição com a qual a vida se apresenta é mantida pelas membrana e seus transportes Referências David L. Nelson e Michael M. Cox. Lehninger Princípios de bioquímica. Donald Voet, Judith G. Voet e Charlotte W. Pratt. Fundamentos de bioquímica. Reginald Garrett and Charles Grisham. Biochemistry.
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