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Empiena: Pus na cavidade pleural Derrame parapneumônico: derrame associado à presença de pneumonia, bronquiectasias com infecção ou abscesso pulmonar Hemotórax: derrame com hematócrito > 50% (Ht sanguíneo) Quilotórax: acúmulo de linfa no espaço pleural Principais causas de DP no Brasil: Insuficiência cardíaca Pneumonia Neoplasia Tuberculose Embolia pulmonar DERRAME PLEURAL é o acúmulo anormal de fluido do espaço pleural (> 15 a 20ml de líquido entre as pleuras visceral e parietal) - o normal seria até 1ml apenas de líquido DERRAME PLEURAL E CONGESTÃO História clínica: sempre soberana Tosse (seca, produtiva, aguda, subaguda, crõnica) Dispneia (como ela é, pode ser queixada como cansaço ou falta de ar) Dor ventilatório-dependente (quando tem acometimento pleural pode ter dor porque o pulmão não doí, então nem toda doença pulmonar causa dor) Emagrecimento (síndrome consumptiva - neoplasia, tuberculose) Sudorese Febre Edema de MMII (condição mais sistêmica ou até cardíaca) Exame físico: Inspeção: Abaulamento do lado comprometido; Desvio da traqueia para o sentido oposto ao lado comprometido por um grande derrame (sinal de gravidade) Palpação: Diminuição da elasticidade - na hora do paciente respirar Frêmito toracovocal abolido Percussão: Som maciço Sinal de Signorelli positivo - percutir toda a região da coluna do paciente posteriormente, o sinal positivo é quando tem som maciço na metade inferior do hemitórax acometido. Ausculta: Abolição do murmúrio vesicular Raio-X de tórax normal: Campos pulmonares e 3. Hilos pulmonares (direito é mais baixo do que o esquerdo 1. 2. 4. Traqueia 5. Botão aórtico 6. e 7. Cúpulas frênicas: curvadas, a direita é um pouco mais elevada do que a esquerda 8. Seios costofrênicos: ângulo agudo 9. Coração 10. Bolha gástrica Imagem de derrame pleural. A seta vermelha mostra uma curva, revelando a presença de líquido, e quando ela é tão definida e grande assim provavelmente tem mais do que 200ml de líquido pleural - CURVA DE DEMOISEAU. Em perfil quando tem mais de 5cm entre o seio costofrênico e a curva do derrame é porque tem mais de 50ml de líquido. Derrame pleural x Atelectasia: Na imagem A no pulmão direito não tem nenhuma imagem pulmonar, com desvio da traqueia para o lado contralateral, o que indica a presença de líquido empurrando o mediastino. Na segunda imagem é o contrário, a traqueia e o mediastino estão sendo tracionados para o lado da lesão, inclusive do coração. Derrame pleural desvia as estruturas do mediastino para o lado oposto Descentralização da traqueia Emergência médica Derrame pleural hipertensivo: Na tomografia é mais fácil ver o derrame pleural na janela mediastinal. Quando solicitar? Derrames de natureza indeterminada Coleta de amostra para diagnóstico - toracocentese diagnóstica Finalidade terapêutica: Drenagem de grandes volumes: toracocentese de alívio Pleurodese para derrames recidivantes Critérios de Light: Feitos a partir do líquido do derrame retirado na toracocentese e sangue do paciente. A presença de qualquer um dos três critérios de exsudato é suficiente para sua caracterização e a presença dos três critérios de transudato é necessária para sua caracterização. Toracocentese: Esse é um derrame pleural bilateral, predominante a direita. A esquerda é possível ver um espessamento pleural e para confirmar pode ser feito um Raio-X em Laurell, o líquido livre escorre. Detecta volume < 50ml. Permite diferenciar entre um espessamento pleural e um derrame. Incidência em Laurell: Doença com repercussão sistêmica: Toracocentese com transudato: sem diagnóstico específico Causas mais frequentes: Insuficiência cardíaca Cirrose hepática Causas menos frequentes: Síndrome nefrótica Hipoalbuminemia Diálise peritoneal Estenose mitral Hipotireoidismo Transudato: Doença geralmente restrita à pleura Toracocentese com exsudato é fundamental para o diagnóstico Causas mais frequentes; Tuberculose Derrame pleural parapneumônico Neoplasia Causas menos frequentes: LES e AR Embolia pulmonar Pancreatite Pós IAM Pós cirurgia de revascularização cardíaca Drogas ilícitas e fármacos Exposição ao asbesto Infecções cirúrgicas Síndrome das unhas amarelas Exsudato Paciente com DPOC --> ICC com derrame pleural a direita, sem sintomas. A regulação ou uso de diurético melhora o quadro. A toracocentese não está indicada no paciente com derrame pleural bilateral quando ele sabidamente tem ICC para que seja feito diagnóstico. Apenas se for feita para alívio quando for um derrame muito grande. Esse é um paciente com pericardite viral. O raio-X mostra o aumento da área cardíaca e na TC percebe-se além do derrame pleural um espessamento pericárdico com derrame pericárdico Forma mais comum de tuberculose extrapulmonar. Sintomas constitucionais: Febre, sudorese e perda de peso A seta vermelha mostra uma cavitação no ápice do pulmão. Quando tem apenas acometimento pleural normalmente tem dor e não tem muitos sintomas respiratórios. 1 - Tuberculose pleural: Uma das causas de falha da tratamento da pneumonia adquirida na comunidade (PAC) Conteúdo pleural purulento Ocorrem em até 5% dos casos de PAC Na imagem é possível ver uma opacidade na base do pulmão esquerdo com nível hidroaéreo no seu interior - DD: abscesso pulmonar (clássico no RaioX) A janela mediastinal consegue avaliar melhor e diferenciar o derrame em empiema: No empiema as paredes da opacidade são lisas e formam um ângulo obturo na interface com a parede torácica A inflamação também espessa as pleuras que rodeiam o fundo e pode-se observar o realce das pleuras parietal e visceral separadas pelo fluído após a injeção do contraste - Sinal da pleura dividida (seta) 2 - Empiema - derrame parapneumônico: Tuberculose pleuro-pulmonar Imagem A mostra espessamento esparso de septos interlobulares, padrão em árvore de brotamento, atenuação em vidro fosco e consolidação subpleural e opacificação importante do pulmão esquerdo - por ser uma janela pulmonar não é tão boa para avaliar. Imagem B é uma janela de mediastino que destaca a presença de consolidação com broncograma aéreo à direita e uma coloração totalmente diferente evidenciando derrame pleural, que também está presente à esquerda em menor volume. Derrame pleural septado: diagnóstico diferencial do empiema Não tem o realce, não é empiema. Caso: Mulher de 63 anos Síndrome de Evans - corticoterapia oral crônica) Obesidade grau III com lipodistrofia ICC Cirrose - hepatite auto-imune Diagnósticada por pneumonia por Listeria Monocytogenis No Raio-X tem um derrame pleural importante à direita e é possível ver algumas características de broncograma aéreo e um certo espessamento. Na TC então é possível ver um DP importante. Cortes de TC --> extensa neoplasia central pulmonar (carcinoma epidermóide) determinando atelectasia completa do pulmão esquerdo e invasão mediastinal Linfonodomegalia confluente homo e contralateral à lesão (L) e massa adrenal esquerda (circulo) foram encontradas, bem como Derrame pleural bilateral, inclusive à direita (seta). 3 - Derrame pleural neoplásico: Infarto pulmonar se origina do TEP Caracterizado histologicamente por hemorragia intralveolar e destruição da parede dos alvéolos, não é sempre que tem infarto pulmonar mas ele se caracteriza pela área triangular. Esse infarto pode se infectar também. Seta vermelha: infarto pulmonar Seta amarela: derrame pleural 5. Tromboembolismo pulmonar: Derrame pleural esquerdo com atelectasia basal. Micronódulos dispersos Derrame pericárdico. Esse paciente tem um angiossarcoma cardíaco. Toracocentese diagnóstica --> empiema Paciente foi diagnosticada com LES (mas pode ocorrer em AR). Pleurite lúpica 4. Serosite: Angio TC de tórax: Falhas de enchimento no interior das artérias pulmonares (setas) Derrame pleural Caso raro. No raio-x tem um extenso derrame pleural à esquerda. No rim esquerdo na TC é possível ver um cálcio calcificado e acaboudrenando para o espaço perirrenal com derrame a esquerda. Cardiomegalia dilatada com derrame pleural --> pensa- se em transudato, mas quando foi feita a toracocentese foi encontrada Urina (Urinotórax) a partir de um abscesso renal. "Tumor fantasma" Loculação do derrame pleural nas cissuras interlobares dos pulmões Imagem "em lente" (biconvexa) "Cauda" patognomônica Em perfil: Opacidade bem demarcada Arredondada (ou oval) Fissura oblíqua esquerda Aspecto radiológico pode variar dependendo do volume de líquido e da sua localização. Derrame intercissural Padrão septal - espessamento de septos interlobulares Linhas A de Kerley: Linhas mais longas (2-6cm) Direcionam-se ao hilo pulmonar Edema agudo de pulmão Infiltração neoplásica (Linfangite carcinomatosa, lindoma) Linhas B de Kerley: Linhas curtas (1-2cm) Paralelas entre si Perpendiculares em contato com a pleura ICC, doença intersticial pulmonar Linhas C de Kerley: Incomuns (assemelham-se a teia de aranha Anastomose linfática é a principal causa Paciente com quadro de tosse produtiva e febre com histórico de ICC --> pensar em câncer? metástase? Não. A clínica é soberana, foi feito antibiótico e diurético. e uma semana depois já não tinha mais nada no pulmão do paciente. - Derrame intercissural, que é a imagem mais clara e abaixo dela tem uma imagem de consolidação indicando uma pneumonia. Na TC: Tumor fantasma porque as coleções aparecem e desaparecem Evanescentes ou pseudotumorais Diagnóstico diferencial de massa pulmonar ao Raio-X A cl[inica e TC auxiliam no diagnóstico DOENÇA INTESTICIAL (CONGESTÃO) A - Linhas B na periferia da base pulmonar direita em paciente com edema pulmonar cardiogênico. B - espessamento de septos interlobulares relacionados à linfangite carcinomatosa por CA de mama. Linhas A (setas brancas) Linhas B (cabeça das setas brancas) Linhas C (cabeça das setas pretas) Raio-X mostrando a área cardíaca aumentada com cefalização da vasculatura pulmonar e edema pulmonar intersticial. TC mostra os lobos inferiores com opacidades em vidro fosco bilaterais com espessamento septal liso intermisturado, representando edema pulmonar. Há ainda DP à direita e cardiomegalia As setas mostram as linhas B de Kerley com espessamento intercissural. E além da área cardíaca aumentada tem fios de sutura no esterno mostrando que é um paciente cardiopata. Área cardíaca aumentada, pensar no paciente com congestão pulmonar e ICC. A - Linhas B na periferia da base pulmonar direita em paciente com edema pulmonar cardiogênico. B - espessamento de septos interlobulares relacionados à linfangite carcinomatosa por CA de mama. Congestão e edema pulmonar. Parece muito com a imagem da linfangite carcinomatosa mas a clínica não mostra isso. A imagem mostra espessamento liso dos septos interlobulares de um paciente com edema pulmonar. O * mostra um derrame pleural. Edema pulmonar não cardiogênico: Raio-X: opacidades alveolares e intersticiais bilaterais sem derrame pleural significativo nem área cardíaca aumentada TC: opacidades bilaterais intersticiais e alveolares (consolidação com broncograma aéreo) na ausência de efusões pleurais (biópsia revelou um dano alveolar difuso) Hemorragia alveolar: imagem em vidro fosco bilateral (não é todo vidro fosco que é coronavírus), consolidação com pequenas áreas de broncograma aéreo. Proteinose alveolar Carcinoma bronquíolo-alveolar Pneumocistose Pneumonias lipídicas Toxoplasmose H1N1 Covid-19 Congestão pulmonar Imagem de pavimentação em mosaico ou crazy paving. COVID-19: A - opacidades em vidro fosco periféricas posteriores e nos lobos inferiores e um foco de consolidação no parênquima da língula B e C - extensas opacidades em vidro fosco e espessamento dos septos interlobulares com pavimentação em mosaico D - vidro fosco com espessamento de septos mais discreto E e F - vidro fosco e derrame pleural
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