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CI 7-10-1 (Pelotão de Fuzileiros)

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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
Caderno de Instrução 
PELOTÃO DE FUZILEIROS
CI 7-10/1 
Preço: R$
CARGA
EM______________
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
PORTARIA Nº 002 - COTER, DE 28 DE ABRIL DE 2009.
Caderno de Instrução CI 7-10/1 
Pelotão de Fuzileiros.
O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da 
delegação de competência conferida pela letra e) do item XI, Art. 1º da Portaria 
nº 727, de 8 de outubro de 2007, do Comandante de Exército, resolve:
Art. 1º Aprovar o Caderno de Instrução CI 7-10/1 Pelotão de Fuzileiro.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua 
publicação.
Gen Ex RAYMUNDO NONATO DE CERQUEIRA FILHO
Comandante de Operações Terrestres
ÍNDICE DE ASSUNTOS
 Pag
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
ARTIGO I – GENERALIDADES ...............................................................1-1
1-1. Considerações Iniciais ...................................................................1-1
1-2. Objetivos do Caderno de Instrução ................................................1-1
ARTIGO II – O PELOTÃO DE FUZILEIROS ............................................1-2
1-3. Missões Básicas da Infantaria .......................................................1-2
1-4. Organização ...................................................................................1-2
1-5. Atribuições dos Componentes .......................................................1-3
ARTIGO III – MANEABILIDADE ..............................................................1-4
1-6. Formações Táticas .........................................................................1-4
1-7. Técnicas de Progressão.................................................................1-10
1-8. Condutas do Pelotão ......................................................................1-13
CAPÍTULO 2 – TRABALHO DE COMANDO
ARTIGO I – GENERALIDADES ...............................................................2-1
2-1. Conceito .........................................................................................2-1
2-2. Fases do Trabalho de Comando ....................................................2-1
2-3. Recebimento da Missão .................................................................2-1
ARTIGO II – NORMAS DE COMANDO ....................................................2-2
2-4. Conceito .........................................................................................2-2
2-5. Seqüência das Normas de Comando ............................................2-3
ARTIGO III – ESTUDO DE SITUAÇÃO ....................................................2-4
2-6. Conceito .........................................................................................2-4
2-7. Fatores da Decisão ........................................................................2-4
2-8. Linhas de Ação ...............................................................................2-6
2-9. Decisão ..........................................................................................2-6
2-10. Situações de Conduta ..................................................................2-7
CAPÍTULO 3 – OPERAÇÕES OFENSIVAS
ARTIGO I – GENERALIDADES ...............................................................3-1
3-1. Considerações Iniciais ...................................................................3-1
3-2. Tipos de Operações Ofensivas ......................................................3-1
3-3. Fundamentos da Ofensiva .............................................................3-2
ARTIGO II – MARCHA PARA O COMBATE ............................................3-2
3-4. Considerações Iniciais ...................................................................3-2
3-5. Medidas de Planejamento ..............................................................3-3
3-6. Execução da Operação ..................................................................3-6
ARTIGO III – ATAQUE ..............................................................................3-12
3-7. Considerações Iniciais ...................................................................3-12
3-8. Medidas de Planejamento ..............................................................3-12
3-9. Execução da Operação ..................................................................3-17
CAPÍTULO 4 – OPERAÇÕES DEFENSIVAS
ARTIGO I – GENERALIDADES ...............................................................4-1
4-1. Considerações Iniciais ...................................................................4-1
4-2. Tipos de Operações Defensivas ....................................................4-1
4-3. Fundamentos da Defensiva ...........................................................4-2
ARTIGO II – DEFESA DE ÁREA ..............................................................4-2
4-4. Considerações Iniciais ...................................................................4-2
4-5. Medidas de Planejamento ..............................................................4-2
4-6. Execução da Operação .................................................................. 4-10
ARTIGO III – RETRAIMENTO ..................................................................4-19
4-7. Considerações Iniciais ...................................................................4-19
4-8. Medidas de Planejamento ..............................................................4-20
4-9. Execução da Operação ..................................................................4-21
CAPÍTULO 5 – OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM
ARTIGO I – GENERALIDADES ...............................................................5-1
5-1. Considerações Iniciais ...................................................................5-1
5-2. Tipos de Operações contra Forças Adversas ................................5-1
5-3. Fundamentos da Garantia da Lei e da Ordem ...............................5-2
ARTIGO II – SEGURANÇA DE PONTO SENSÍVEL ................................5-3
5-4. Considerações Iniciais ...................................................................5-3
5-5. Medidas de Planejamento ..............................................................5-4
5-6. Execução da Operação ..................................................................5-7
ARTIGO III – BLOQUEIO DE ESTRADAS ...............................................5-8
5-7. Considerações Iniciais ...................................................................5-8
5-8. Medidas de Planejamento ..............................................................5-8
5-9. Execução da Operação ..................................................................5-10
CAPÍTULO 6 – APOIO AO COMBATE E LOGÍSTICA
ARTIGO I – GENERALIDADES ...............................................................6-1
6-1. Considerações Iniciais ...................................................................6-1
6-2. Frações de Apoio ...........................................................................6-1
ARTIGO II – COMUNICAÇÕES ................................................................6-2
6-3. Considerações Iniciais ...................................................................6-2
6-4. Sistema Rádio ................................................................................6-2
6-5. Sistema Físico ................................................................................6-4
6-6. Sistema Mensageiro ......................................................................6-4
ARTIGO III – APOIO DE FOGO ...............................................................6-5
6-7. Considerações Iniciais ...................................................................6-5
6-8. Planejamento do Apoio de Fogo ....................................................6-5
6-9. Execução do Apoio de Fogo ..........................................................6-7
ARTIGO IV – LOGÍSTICA .........................................................................6-11
6-10. ConsideraçõesIniciais .................................................................6-11
6-11. Suprimento ...................................................................................6-12
6-12. Manutenção .................................................................................6-14
6-13. Transporte ....................................................................................6-14 
6-14. Saúde ...........................................................................................6-15
6-15. Recursos Humanos ......................................................................6-16
ANEXO A – CASOS ESQUEMÁTICOS
A-1. Marcha para o Combate ............................................................... A-1
A-2. Ataque ........................................................................................... A-3
A-3. Defesa .......................................................................................... A-6
ANEXO B – ORDEM DE OPERAÇÕES
B-1. Generalidades .............................................................................. B-1
B-2. Memento de Ordem de Operações .............................................. B-1
ANEXO C – DOCUMENTO DO PELOTÃO
C-1. Roteiro do Pelotão (Modelo) .........................................................C-1
C-2. Roteiro do GC ...............................................................................C-4
C-3. Ficha de Combate de Trânsito .....................................................C-6
ANEXO D – DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO
D-1. Ofensiva .......................................................................................D-1
D-2. Defensiva ......................................................................................D-2
D-3. Apoio de Fogo ..............................................................................D-3
 1-1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
ARTIGO I
GENERALIDADES 
1-1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a. Este caderno de instrução tem por fi nalidade orientar o emprego tático 
do Pelotão de Fuzileiros, orgânico da Companhia de Fuzileiros do Batalhão de 
Infantaria do Exército Brasileiro.
b. O Pelotão de Fuzileiros, elemento de manobra da Companhia de Fuzileiros, 
é uma fração da Infantaria com capacidade para operar em qualquer tipo de terreno 
e sob quaisquer condições climáticas e meteorológicas.
c. O Pelotão de Fuzileiros é, normalmente, empregado sob o controle de 
uma Companhia de Fuzileiros. Porém, eventualmente, poderá cumprir missões 
isoladas de curta duração.
d. O emprego tático do Pelotão de Fuzileiros ocorre por meio da combinação 
do fogo, do movimento e do combate aproximado.
e. Em complementação ao conteúdo deste caderno de instrução, devem ser 
considerados os preceitos doutrinários constantes dos manuais C 7-20 Batalhões 
de Infantaria e C 7-10 Companhia de Fuzileiros, além dos demais manuais em 
vigor no Exército Brasileiro.
1-2. OBJETIVOS DO CADERNO DE INSTRUÇÃO
a. Apresentar a doutrina básica aplicável aos pelotões de fuzileiros nos 
diferentes tipos de operações.
b. Capacitar o comandante de pelotão e seus sargentos ao planejamento e 
à execução das operações conduzidas pelos pelotões de fuzileiros.
1-2 
ARTIGO II
O PELOTÃO DE FUZILEIROS 
1-3. MISSÕES BÁSICAS DA INFANTARIA
a. Na ofensiva, cerrar sobre o inimigo para destruí-lo ou capturá-lo, empregando 
o fogo, o movimento e o combate aproximado.
b. Na defensiva, deter o inimigo pelo fogo à frente da posição, repelir o seu assalto 
pelo combate aproximado e destruí-lo ou expulsá-lo pelo contra-ataque. 
1-4. ORGANIZAÇÃO
a. O Pelotão de Fuzileiros (Pel Fuz) é comandado por um 1º ou 2º Tenente. 
É composto por uma turma de comando (Tu Cmdo), um grupo de apoio (Gp Ap) 
e três grupos de combate (GC), totalizando 37 (trinta e sete) homens.
b. A turma de comando é composta pelo sargento adjunto e pelo radioperador. 
Cada grupo de combate possui duas esquadras. O grupo de apoio é composto 
por duas peças de metralhadora leve e por uma peça de morteiro leve.
c. O material orgânico do Pel Fuz consta do Quadro de Dotação de Material 
(QDM) das Unidades de Infantaria.
Fig 1-1. Organograma do Pelotão de Fuzileiros
 1-3
COMPOSIÇÃO ARMAMENTO
1º ou 2º Ten Comandante Fuzil 
Tu 
Cmdo
2º Sgt Adjunto Fuzil
Sd Radioperador Fuzil
Gp Ap
3º Sgt Cmt Gp Ap Fuzil
1ª Pç Mtr
Cb Ch/At 1ª Pç Mtr Metralhadora e Pistola
Sd Aux At 1ª Pç Mtr Reparo e Pistola
2ª Pç Mtr Idêntica à 1ª Pç Mtr
Pç Mrt L
Cb Ch/At Pç Mrt L Tubo-Bipé e Pistola
Sd Aux At Pç Mrt L Placa-base e Pistola
1º GC
3º Sgt Cmt GC Fuzil
1ª Esq
Cb Cmt 1ª Esquadra Fuzil
Sd 1º Esclarecedor Fuzil
Sd 2º Esclarecedor (Atirador 
L Roj) Fuzil e L Roj AC
Sd Atirador 1ª Esquadra Fuzil Metralhador
2ª Esq
Cb Cmt 2ª Esquadra Fuzil
Sd 3º Esclarecedor 
(Granadeiro) Fuzil com L Gr
Sd 4º Esclarecedor Fuzil e L Roj Ac
Sd Atirador 2ª Esquadra Fuzil Metralhador
2º GC Idêntica ao 1º GC
3º GC Idêntica ao 1º GC
Tab 1-1. Composição do Pelotão de Fuzileiros 
1-5. ATRIBUIÇÕES DOS COMPONENTES 
a. Comandante do Pelotão
1) Responsabilizar-se pela disciplina e bem-estar da tropa, instrução 
dos homens, adestramento da fração, comando e controle, emprego tático e 
manutenção do material de dotação distribuído ao seu pelotão.
2) Realizar suas tarefas por meio de um planejamento detalhado, tomando 
decisões, distribuindo missões e supervisionando a execução de suas ordens. 
Para tanto, é imperativo que o comandante do pelotão conheça bem os seus 
homens, suas armas e a melhor forma de empregá-los em combate.
3) Comandar a fração, acionando seus auxiliares: Sgt Adj, Cmt GC e Cmt 
Gp Ap.
4) Inteirar-se da situação tática, em todos os momentos, e estar presente 
em local de onde possa intervir no combate.
5) Realizar o estudo de situação e decidir com base nas ordens do escalão 
superior. 
6) Manter informado o comando que lhe atribuiu a missão, prestando 
conta de suas decisões.
1-4 
7) Conduzir o tiro de artilharia e os morteiros na faixa do terreno em que 
atua, quando for necessário.
8) Agir com iniciativa quando não houver ordens precisas em determinadas 
situações, tendo sempre em mente a intenção do seu comandante imediato e o 
objetivo fi nal, que é o cumprimento da missão que lhe foi confi ada.
b. Adjunto do Pelotão
1) É o substituto eventual do comandante do pelotão.
2) Auxilia o comandante do pelotão em suas tarefas.
3) Coordena os trabalhos da turma de comando.
4) Coordena o remuniciamento e o ressuprimento do pelotão.
5) Coordena a evacuação dos feridos e PG para a retaguarda.
6) Coordena as demais atividades logísticas no âmbito do pelotão.
c. Comandante do Grupo de Apoio
1) Coordena e controla o emprego das peças do grupo.
2) Coordena o remuniciamento das peças do grupo.
d. Comandante de Grupo de Combate
1) Emprega taticamente o seu GC, emitindo os comandos necessários 
para o cumprimento da missão.
2) Impulsiona suas esquadras na ofensiva.
3) Seleciona as posições dos homens na defensiva.
4) Supervisiona as atividades logísticas do seu grupo.
5) Comanda, pela voz, a realização do tiro de fração e a manobra do GC.
e. Radioperador
1) Opera o rádio na ligação do pelotão com a companhia.
2) Atua como construtor de linha e operador da central telefônica do Pel.
3) Executa a manutenção de primeiro escalão do material de comunicações.
ARTIGO III
MANEABILIDADE
1-6. FORMAÇÕES TÁTICAS
a. Generalidades
1) As distâncias e os intervalos entre os grupos serão defi nidos em função 
da situação do inimigo, do terreno, das condições de visibilidade e dos meios 
disponíveis. As formações táticas apresentadas não são rígidas, podendo ser 
adaptadas conforme as necessidades do combate.
2) O aproveitamento do terreno é mais importante do que a posição exata 
que cada homem ou fração deve ocupar no dispositivo.
3) O comandante do pelotão não tem posição defi nida. Deve posicionar-
se onde possa melhor controlar o seu pelotão, geralmenteà retaguarda do GC 
que lidera a formação.
 1-5
4) O adjunto se coloca onde possa melhor auxiliar o comandante do 
pelotão no controle da fração, geralmente junto ao GC da retaguarda.
5) O radioperador se desloca junto ao comandante do pelotão.
6) Normalmente, a frente do pelotão varia de 150 a 250m e sua 
profundidade não deve exceder a 250 m. Consideram-se normais as distâncias 
e os intervalos de 20 a 50 metros entre as frações.
7) As peças do grupo de apoio devem ser localizados onde possam 
melhor apoiar a manobra do pelotão. Dependendo da operação, poderão estar 
junto aos grupos de combate ou ocupar uma base de fogos. O seu emprego será 
coordenado pelo Cmt Gp Ap, de acordo com as ordens recebidas do comandante 
do pelotão.
8) As formações táticas utilizadas pelo pelotão de fuzileiros são:
a) em coluna (por um ou por dois);
b) por grupos sucessivos;
c) por grupos justapostos;
d) em linha;
e) em cunha;
f) em cunha invertida ou em “V”; e
g) em escalão (à direita ou à esquerda).
b. Em coluna
A formação em coluna admite duas variantes: por um ou por dois.
1) Em coluna por um
a) Formação adotada para o movimento em terrenos restritivos (vege-
tação densa, região montanhosa, entre outros) ou em situações de visibilidade 
reduzida (escuridão, nevoeiro, entre outros). É comum o emprego dessa forma-
ção no ataque noturno, desde a posição de ataque até o ponto de liberação dos 
GC, bem como durante os deslocamentos nas faixas de infi ltração.
b) Apresenta, como vantagens, fácil controle e rapidez de progressão.
c) Como desvantagens, proporciona pouca dispersão e mínimo poder 
de fogo à frente.
1-6 
Fig 1-2. Pelotão em coluna por um
d) Os grupos devem adotar, obrigatoriamente, a formação em coluna por 
um, com 5 passos entre os homens e 5 metros entre os grupos. As distâncias 
podem ser reduzidas em função da visibilidade.
2) Em coluna por dois
a) Essa Formação é adotada para o movimento em estradas. É co-
mum o seu emprego na marcha para o combate a pé.
b) Apresenta as mesmas características da coluna por um, porém é 
mais fl exível, pois facilita o emprego do fogo em ambos os fl ancos e permite 
rápida mudança para outras formações.
Fig 1-3. Pelotão em coluna por dois
 1-7
c) Todos os grupos do pelotão se deslocam em coluna por dois, apro-
veitando ambas as margens da estrada. Os GC marcham com uma esquadra 
ao lado da outra.
c. Em linha
1) Essa Formação é adotada para a limpeza de áreas e para a transposição 
de cristas e estradas. É comum o seu emprego no assalto a posições inimigas.
2) Apresenta, como vantagem, máximo volume de fogo à frente.
3) Como desvantagens, proporciona pouca dispersão e difícil controle.
4) Os GC, justapostos, devem adotar, obrigatoriamente, a formação em 
linha, com 10 metros de intervalo entre si.
 Fig 1-4. Pelotão em linha
d. Por grupos sucessivos
1) Essa Formação é adotada para vias de acesso estreitas que restringem 
o desdobramento do pelotão. É comum o emprego dessa formação quando o 
pelotão constitui a reserva da companhia que integra o escalão de ataque.
2) Apresenta, como vantagens, bom controle, boa dispersão e boa 
potência de fogo nos fl ancos.
3) Como desvantagem, proporciona limitado volume de fogo à frente.
4) Os GC podem adotar qualquer formação tática, com distâncias de 20 
a 50 metros entre si. 
Fig 1-5. Pelotão por grupos sucessivos
1-8 
e. Por grupos justapostos
1) Essa Formação é adotada para vias de acesso bastante amplas. É 
comum o seu emprego quando o pelotão recebe a missão de fi xar o inimigo em 
posição.
2) Apresenta, como vantagens, boa dispersão e bom volume de fogo à 
frente.
3) Como desvantagens, proporciona difícil controle e limitada potência de 
fogo nos fl ancos.
4) Os GC podem adotar qualquer formação tática, com intervalos de 20 
a 50 metros entre si. 
Fig 1-6. Pelotão por grupos justapostos
f. Em cunha
1) Essa Formação é adotada quando ambos os fl ancos do pelotão estão 
expostos. É comum o seu emprego quando o pelotão progride em direção a um 
objetivo sem conhecer a localização do inimigo.
2) Apresenta, como vantagens, bom controle, boa dispersão e bom 
volume de fogo à frente e nos fl ancos.
3) Os GC podem adotar qualquer formação tática, com distâncias e 
intervalos de 20 a 50 metros entre si. 
Fig 1-7. Pelotão em cunha
 1-9
g. Em cunha invertida
1) Essa Formação é adotada, normalmente, durante a progressão no 
ataque. É comum o seu emprego quando o pelotão realiza um ataque contra 
posições inimigas conhecidas.
2) Apresenta, como vantagens, bom controle, boa dispersão e boa 
potência de fogo em todas as direções, porém concentrada à frente.
3) Os GC podem adotar qualquer formação tática, com distâncias e 
intervalos de 20 a 50 metros entre si. 
Fig 1-8. Pelotão em cunha invertida
h. Em escalão
1) Essa Formação é adotada quando o pelotão apresenta apenas um 
fl anco exposto. O pelotão pode estar em escalão à direita ou à esquerda.
2) Apresenta, como vantagens, boa dispersão e boa potência de fogo à 
frente e no fl anco exposto.
3) Como desvantagem, proporciona difícil controle.
4) Os GC podem adotar qualquer formação tática, com distâncias e 
intervalos de 20 a 50 metros entre si. 
Fig 1-9. Pelotão em escalão à direita.
1-10 
Fig 1-10. Pelotão em escalão à esquerda.
1-7. TÉCNICAS DE PROGRESSÃO
a. Generalidades
1) O pelotão progride combinando o fogo e o movimento a fi m de cerrar 
sobre o inimigo para destruí-lo ou capturá-lo por meio do combate aproximado. 
Em conseqüência, o comandante do pelotão deve-se preocupar com os 
deslocamentos de sua fração, de modo a conservar, ao máximo, a integridade 
física de seus homens para o momento decisivo.
2) A técnica de progressão selecionada depende, basicamente, da 
possibilidade de atuação do inimigo (segurança) e da velocidade necessária ao 
movimento (rapidez). Em função desses fatores, o pelotão poderá adotar uma 
das seguintes técnicas de progressão:
- progressão contínua;
- progressão protegida;e
- progressão por lanços.
b. Progressão contínua
1) Adotada quando a rapidez do movimento for o fator preponderante.
2) Normalmente, ocorre antes do contato com o inimigo, em operações 
de movimento, como, por exemplo, na Marcha para o Combate.
3) As formações táticas empregadas são em coluna ou por grupos 
sucessivos.
4) Nessa situação, o pelotão poderá se deslocar por estradas, em coluna 
por dois, mesmo que seja o escalão de reconhecimento de uma vanguarda, 
procurando manter a velocidade de marcha prescrita pelo comandante de 
companhia.
 1-11
5) Quando o pelotão tiver que abandonar a estrada, não pela ação do 
inimigo, mas pela necessidade de manter uma direção, é normal que o GC ponta 
adote a formação por esquadras sucessivas, enquanto os demais grupos podem 
continuar em coluna por dois ou adotar outra formação.
6) O grupo de apoio se desloca enquadrado pelos grupos de combate.
7) Os homens se deslocam em marcha normal.
Fig 1-11. Pelotão em progressão contínua
c. Progressão protegida
1) Será adotada quando a necessidade de segurança for o fator 
preponderante, porém o contato com o inimigo ainda não foi estabelecido.
2) Normalmente, ocorre no reconhecimento de regiões favoráveis à ação 
inimiga e durante a conquista de objetivos em operações de marcha para o 
combate, aproveitamento do êxito ou assalto aeromóvel / aeroterrestre quando 
a presença inimiga não for observada.
3) As formações táticas empregadas devem priorizar a dispersão e 
a segurança em todas as direções. Os intervalos entre os GC devem ser 
aumentados. Podem ser utilizadas as formações por grupos sucessivos, em 
cunha ou em escalão, conforme a situação do pelotão (isolado ou não) e o 
dispositivo adotado pela companhia.
4) O grupo de apoio, normalmente,ocupa uma base de fogos para apoiar, 
se necessário, os grupos de combate.
5) Os homens se deslocam em marcha normal.
1-12 
Fig 1-12. Pelotão em progressão protegida
d. Progressão por lanços
1) Será adotada quando o movimento estiver vistas e(ou) fogos do inimigo, 
por ser a necessidade de segurança um fator preponderante. 
2) Normalmente, ocorre durante o ataque contra posições inimigas conhecidas. 
Cabe ressaltar que, mesmo fora do alcance do armamento orgânico da tropa inimiga, tem 
condições de conduzir fogos indiretos de artilharia e morteiros, além de guiar aeronaves 
inimigas contra a nossa tropa em progressão.
3) Os lanços do pelotão devem ser realizados por grupos de combate. 
Normalmente, um grupo permanece em apoio de fogo, enquanto outro executa 
o lanço. Após o lanço inicial, o grupo que estava em apoio de fogo executa o seu 
lanço sob a cobertura do outro grupo. O terceiro grupo, em reserva, desloca-se 
por lanços à retaguarda do escalão de ataque.
4) Cada grupo de combate pode executar o seu lanço como um todo ou 
por esquadras. A formação tática empregada pelo GC deve ser realizada por 
esquadras justapostas.
5) A formação tática utilizada pelo pelotão deve proporcionar boa dispersão, 
segurança nos fl ancos, fl exibilidade de emprego da reserva e boa potência de fogo à 
frente. A formação tática mais usual é em cunha invertida, porém, outras formações 
podem ser adotadas conforme as condições do terreno, do inimigo e dos meios 
disponíveis.
6) O grupo de apoio, normalmente, ocupa uma base de fogos para apoiar 
os grupos de combate, deslocando-se por lanços quando o alcance de utilização do 
armamento assim o exigir.
7) Os homens, sob vistas e fogos do inimigo, se deslocam em marcha 
acelerada.
8) Sempre que possível, o pelotão ou suas frações devem buscar a 
progressão por itinerários desenfi ados, evitando a exposição desnecessária às 
vistas e aos fogos do inimigo.
 1-13
CONTÍNUA PROTEGIDA POR LANÇOS
Fator Preponderante Rapidez Segurança Segurança
Contato com Inimigo Não Não Sim
Formação Tática coluna ou grupos sucessivos
coluna, grupos sucessivos, 
cunha ou escalão cunha invertida (mais usual)
1-8. CONDUTAS DO PELOTÃO
a. Deslocamentos motorizados
1) O pelotão de fuzileiros, ao realizar um deslocamento motorizado, 
normalmente embarca em duas viaturas de cinco toneladas. O pelotão deve, 
sempre que possível, manter a integridade tática dos seus grupos. 
2) Dois grupos de combate e uma peça de metralhadora embarcam na 
primeira viatura e, na segunda, embarcam a turma de comando, o restante do 
grupo de apoio e o terceiro grupo de combate. Em cada viatura deve ser instalada 
uma metralhadora leve.
3) O pelotão pode se deslocar-se por um dos seguintes processos 
ou combinação deles: deslocamento contínuo, lanços sucessivos e lanços 
alternados. Durante o deslocamento, deve ser mantido o contato visual entre as 
viaturas.
Fig 1-13. Pelotão em progressão por lanços
Tab 1-2. Quadro comparativo das técnicas de progressão
1-14 
Fig 1-14. Pelotão em deslocamento motorizado
4) O comandante da viatura-testa, ao atingir pontos críticos (pontes, 
cruzamentos, etc) ou obstáculos (abatizes, crateras, entre outros) lançados 
no itinerário, deve reconhecê-los e informar a situação, de imediato, ao 
comandante de pelotão. Esclarecedores são lançados para o reconhecimento 
do local, enquanto os demais fuzileiros proporcionam segurança à frente e 
nos flancos. Os fuzileiros da segunda viatura desembarcam para a proteção 
dos flancos. As viaturas ocupam posições cobertas fora da estrada. Se for 
o caso, o comandante do pelotão deve solicitar o apoio de engenharia para 
a desobstrução da estrada.
5) Dependendo da missão recebida, o pelotão deve reconhecer os eixos 
laterais que demandam o itinerário de movimento. Uma viatura, com apenas um GC, 
realiza o reconhecimento do eixo lateral, enquanto a outra permanece no itinerário 
de movimento, provendo a segurança. O reconhecimento do eixo lateral deve ser 
realizado dentro da distância de apoio de fogo do pelotão (grupo de apoio).
Fig 1-15. Reconhecimento de ponto crítico
 1-15
b. Defesa contra aviação
1) Ao surgimento de aeronaves inimigas ou não identifi cadas, o primeiro 
homem a avistá-las dará o alerta da seguinte forma: “ALERTA, AVIÃO!”
2) Se o terreno oferecer proteção, os homens devem buscar um abrigo 
ou coberta, permanecendo imóveis. Caso contrário, o pelotão deve congelar-se 
de imediato.
3) No caso de o pelotão estar em marcha por estrada, os homens e viaturas 
devem abandonar seu leito, buscando um abrigo ou coberta, ou deitando-se nas 
margens e permanecendo imóveis.
4) À noite, todas as luzes deverão ser apagadas.
5) Em caso de ataque aéreo contra a sua posição, o comandante do 
pelotão deverá realizar fogo antiaéreo de autodefesa com todo o armamento 
orgânico da fração. Caso não seja atacado, o Pel só realizará fogo mediante 
ordem do Cmt Cia.
6) Passado o perigo, cessará o alerta e o pelotão prosseguirá na 
missão.
Fig 1-16. Autodefesa antiaérea
c. Defesa contra blindados
1) Ao surgimento de blindados inimigos, o primeiro homem a avistá-los 
dará o alerta da seguinte forma: “ALERTA, CARRO!”
2) Os homens devem fugir à observação dos blindados e abrigar-se. 
O pelotão deve identifi car os blindados e, caso sejam inimigos e conforme a 
missão, empregar as armas anticarro orgânicas e recebidas em reforço.
3) Passado o perigo, cessará o alerta e o pelotão prosseguirá na 
missão.
1-16 
Fig 1-17. Defesa anticarro
c. Defesa contra agentes QBN
1) O primeiro homem a constatar a presença de agentes QBN dará o 
alerta da seguinte forma: “ALERTA, AGENTES QUÍMICOS!” (ou “BIOLÓGICOS!” 
ou “NUCLEARES!”).
2) Todos os integrantes do pelotão deverão colocar os equipamentos de 
proteção individual de que forem dotados. 
3) O local contaminado deve ser balizado e sua localização informada, de 
imediato, ao escalão superior. O pelotão deve abandonar a área contaminada o 
mais rápido possível.
4) Passado o perigo, cessará o alerta e o pelotão prosseguirá na 
missão.
Fig 1-18. Equipamentos de proteção individual
 2-1
CAPÍTULO 2
TRABALHO DE COMANDO 
ARTIGO I
GENERALIDADES
2-1. CONCEITO
Trabalho de comando é o ciclo de atividades realizadas pelo comandante do 
pelotão de fuzileiros, que tem início com o recebimento da missão, compreendendo 
a preparação da tropa, o planejamento e a execução da operação.
2-2. FASES DO TRABALHO DE COMANDO
a. O trabalho de comando em combate compreende o recebimento da 
missão, que é a fase na qual o comandante de companhia emitirá suas ordens 
aos elementos subordinados; as normas de comando, em que o comandante 
de pelotão de fuzileiros planejará a operação e preparará a sua tropa para o 
cumprimento da missão imposta; e a execução propriamente dita.
b. A realização das três fases do processo decisório, dá ao comandante 
de pelotão a certeza de que sua decisão se fundamenta em todas as situações 
possíveis e em todas as informações disponíveis.
2-3. RECEBIMENTO DA MISSÃO
a. Ao receber a missão, o comandante de pelotão deve sanar todas as 
suas dúvidas, solicitando dados e informações complementares que julgar 
importantes para o seu planejamento. Ressalta-se que todas as informações 
disponíveis sobre o inimigo, forças amigas, terreno, condições meteorológicas, 
população local, meios disponíveis, prazos, elementos em contato, medidas de 
coordenação e controle, instalações de comando e logísticas, comunicações, 
dentre outras, serão transmitidas pelo comandante da companhia.
b. Normalmente, o comandante do pelotão receberá a ordem do comandante 
da companhia, devendo conduzir material de anotação, material de topografi a, 
carta topográfi ca, bússola, binóculo, relógio e GPS. O adjunto do pelotão, o 
radioperadore o mensageiro devem acompanhar o comandante do pelotão no 
recebimento da missão. 
2-2 
c. O local para o recebimento da missão, normalmente, será um posto de 
observação no terreno, podendo, também, ser uma instalação de comando. A 
ordem do comandante da companhia é emitida verbalmente.
d. Após receber a ordem, o comandante do pelotão deverá conhecer a 
intenção dos comandantes de companhia e do batalhão.
Fig 2-1. Recebimento da missão 
ARTIGO II
NORMAS DE COMANDO
2-4. CONCEITO
As normas de comando compreendem todas as atividades de planejamento 
e preparação, desenvolvidas pelo pelotão de fuzileiros, até a partida para o 
cumprimento da missão. Elas permitem ao comandante do pelotão metodizar o 
seu trabalho, evitando perda de tempo e esquecimentos.
2-5. SEQUÊNCIA DAS NORMASE COMANDO
a. A sequência das ações que orientam o trabalho de um comandante de pelotão 
de fuzileiros, a partir do recebimento da missão, é a seguinte (POREOF):
1) Providências Iniciais
a) Realizar a análise sumária da missão atribuída ao pelotão.
b) Planejar a utilização do tempo disponível, reservando 1/3 para o seu 
planejamento e 2/3 para seus elementos subordinados.
 2-3
c) Ligar-se com os elementos vizinhos, em contato, em apoio e em refor-
ço.
d) Elaborar a ordem preparatória.
2) Observação e Planejamento do Reconhecimento
a) Observação
- Escolher um posto de observação, podendo ser o mesmo utilizado pelo 
comandante de companhia, para realizar um rápido estudo do terreno, observando as 
vias de acesso do pelotão até o objetivo e identifi cando os acidentes topográfi cos de 
referência à manobra.
b) Planejamento do reconhecimento
(1) Determinar quem participa do reconhecimento, hora e local de 
partida.
(2) Escolher os postos de observação a ocupar e o que reconhecer em 
cada um deles (objetivo, vias de acesso, obstáculos, cobertas e abrigos, medidas de 
coordenação e controle, posição de tiro para as armas de apoio, posições e armas 
inimigas, etc).
(3) Selecionar um itinerário desenfi ado para o reconhecimento, 
percorrendo todos os postos de observação.
c) Emitir a ordem preparatória aos comandantes de grupo.
3) Reconhecimento
O reconhecimento é realizado conforme o planejamento.
4) Estudo de Situação
a) Rever a missão (já analisada nas providências iniciais).
b) Estudar a situação (terreno, condições meteorológicas, inimigo, meios 
disponíveis e condições de tempo) e montar linhas de ação.
c) Analisar as linhas de ação opostas (nossas L Aç x L Aç do inimigo).
d) Comparar as nossas linhas de ação (vantagens x desvantagens).
e) Decidir pela melhor linha de ação.
5) Ordem de Operações 
a) Emitir verbalmente a ordem de operações, prioritariamente à luz do terre-
no, em um posto de observação. Eventualmente, a ordem pode ser emitida por meio 
de um caixão de areia ou de uma carta topográfi ca.
b) A ordem do comandante de pelotão será emitida aos comandantes de 
grupo, ao adjunto do pelotão e aos elementos recebidos em reforço.
6) Fiscalização
a) Supervisionar, auxiliado pelo adjunto do pelotão, a execução das ordens 
e auxiliar os elementos subordinados, quando necessário. Esta fase é de vital impor-
tância para o sucesso de qualquer operação.
b) Nessa fase, conforme a disponibilidade de tempo, deve ser realizado o 
ensaio da operação.
c) Antes da partida para o cumprimento da missão, o comandante do pelo-
tão, auxiliado por seu adjunto, deve realizar uma inspeção dos homens e do material 
a ser empregado na missão.
2-4 
ARTIGO III
ESTUDO DE SITUAÇÃO
2-6. CONCEITO
a. O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio, pelo 
qual o comandante do pelotão considera todos os fatores que possam afetar a situação 
tática e chega a uma decisão que objetive o cumprimento da missão. 
b. Cabe ressaltar que o estudo de situação não cessa com a decisão, devendo 
ser continuadamente revisto e atualizado, pois situações de conduta surgirão durante 
o combate e exigirão do comandante do pelotão novas decisões.
c. Ressalta-se que qualquer operação deve ter um objetivo claramente defi nido. A 
missão do pelotão, recebida do comandante da companhia, requer o estabelecimento 
de linhas de ação exequíveis. A determinação da linha de ação mais adequada constitui 
a fi nalidade do estudo de situação, que é uma das atividades mais importantes das 
normas de comando.
2-7. FATORES DA DECISÃO
a. Os fatores da decisão são as partes componentes do estudo da situação tática 
do comandante de pelotão e se constituem em: missão, inimigo, terreno e condições 
meteorológicas, meios e tempo.
1) Missão
- O comandante do pelotão deve analisar a missão recebida do escalão 
superior, procurando defi nir, claramente, as ações táticas a realizar (QUE), a sua se-
quência, as condições de tempo e espaço (QUANDO E ONDE) e a fi nalidade da 
missão (PARA QUE).
2) Inimigo
a) O comandante do pelotão deve analisar os dados do inimigo, levantados 
no seu reconhecimento e recebidos do escalão superior, concluindo sobre: valor e natu-
reza da tropa inimiga; localização no terreno, identifi cando os seus fl ancos; e a compo-
sição dos seus meios, particularmente o seu apoio de fogo.
b) O comandante do pelotão deve, ainda, levantar as ações que o inimigo é 
capaz de realizar e que, se executadas, infl uenciarão no cumprimento da sua missão.
c) Toda informação sobre o inimigo, recebida do escalão superior, deve 
ser repassada aos elementos subordinados, tais como: moral, grau de instrução, 
atividades recentes, etc.
3) Terreno e Condições Meteorológicas
a) O comandante do pelotão deve analisar, detalhadamente, na frente 
atribuída ao pelotão, os aspectos topotáticos do terreno (observação e campos 
de tiro, cobertas e abrigos, obstáculos, acidentes capitais e vias de acesso), 
integrando-os às condições meteorológicas (luar, crepúsculo, vento, precipita-
ções, temperatura e nevoeiros).
b) Em seguida, o comandante do pelotão deverá concluir sobre os 
efeitos do terreno na operação (bases de fogos para as armas de apoio, regiões 
desenfi adas, regiões impeditivas ou restritivas ao movimento, locais que propor-
 2-5
cionam vantagem tática e o cumprimento da missão, melhor via de acesso, etc) 
e sobre os efeitos das condições meteorológicas na transitabilidade, na visibili-
dade, no emprego de fumígenos e no emprego do pessoal e do material.
Fig 2-2. Estudo do terreno
4) Meios
a) O comandante do pelotão deve analisar os recursos humanos (efe-
tivo, moral, instrução, etc) e os materiais disponíveis (armamentos, comunica-
ções, viaturas, equipamentos de visão noturna, suprimentos, etc), incluindo os 
meios recebidos em reforço.
b) Ao fi nal, deve concluir sobre as condições da tropa e dos apoios de 
fogo, logístico e de comunicações.
5) Tempo
a) A análise da duração provável da operação deve ser realizada com 
base nos dados médios de planejamento.
b) O fator rapidez, quando for uma como característica da operação, 
poderá se tornar um fator preponderante na escolha da melhor linha de ação.
2-6 
b. Os conhecimentos obtidos no estudo dos fatores da decisão devem ser 
integrados, a fi m de possibilitar o levantamento de linhas de ação lógicas e 
viáveis que permitam o cumprimento integral da missão. 
2-8. LINHAS DE AÇÃO
a. Analisados os fatores da decisão, o comandante do pelotão levantará as 
linhas de ação, devendo considerar:
- as ações táticas a realizar (QUE);
- a hora de início ou o prazo imposto (QUANDO);
- a frente atribuída ao pelotão e o objetivo imposto (ONDE);
- a forma de manobra, a formação tática e a técnica de progressão 
(COMO).
b. As linhas de ação levantadas devem ser analisadas em relação às 
possibilidades de interferência do inimigo, identifi cando possíveis situações de 
conduta, a fi m de visualizar alternativas de emprego dos meios e sincronizar as 
ações damanobra com os elementos de apoio.
c. Em seguida, as linhas de ação devem ser comparadas, verifi cando-se as 
vantagens e desvantagens de cada uma em relação ao terreno, à rapidez, ao 
dispositivo do inimigo e ao nosso dispositivo, a fi m de permitir ao comandante do 
pelotão a escolha da melhor linha de ação.
d. Em razão da pequena disponibilidade de tempo, comum aos pequenos 
escalões, é possível que o comandante do pelotão levante uma única linha de 
ação.
2-9. DECISÃO
a. Ao fi nal do seu estudo de situação, o comandante do pelotão terá chegado 
a uma decisão sobre como cumprirá a missão.
b. Neste momento, deverão ser respondidos os seguintes itens:
1) QUEM (pelotão e reforços)?
2) QUE (ações táticas a realizar)?
3) QUANDO (hora ou prazo)?
4) ONDE (onde e por onde)?
5) COMO (esquema de manobra)? 
6) PARA QUE (fi nalidade)?
2-10. SITUAÇÕES DE CONDUTA
a. O estudo de situação deve ser continuado durante o combate, verifi cando-
se as modifi cações nos fatores da decisão capazes de interferir no cumprimento 
da missão. Em face dessas modifi cações, o comandante do pelotão deve 
realizar um estudo de situação de conduta a fi m de decidir por uma intervenção 
no combate ou não.
b. O estudo de situação de conduta é simples. Deve ser realizado com 
rapidez e abordar os seguintes aspectos:
1) Missão
 2-7
- Foi alterada?
- Como vem sendo cumprida?
2) Inimigo
- O dispositivo do inimigo mudou?
- Existem tropas inimigas em condições de reforçar suas ações?
- Qual é o valor do inimigo no objetivo ou na penetração?
3) Terreno
- Surgiram novos obstáculos?
- Foram abertas novas vias de acesso?
4) Meios
- Qual é a situação dos nossos grupos de combate e dos pelotões 
vizinhos?
- Qual é a disponibilidade de meios para intervir no combate?
- Qual é a situação do apoio de fogo?
5) Tempo
- Qual é o prazo para o emprego do grupo de combate reserva?
- Qual é o prazo para a realização dos fogos solicitados?
c. Ao fi nal, o comandante do pelotão deve decidir se irá intervir ou não no 
combate. Se optar pela intervenção, deve levantar uma linha de ação com base 
nas seguintes medidas:
1) Intervir pelo fogo;
2) Reforçar um elemento de primeiro escalão;
3) Empregar a reserva;
4) Alterar as medidas de coordenação e controle; e
5) Combinar as ações anteriores.
d. Ao levantar a linha de ação de conduta, o comandante do pelotão deve 
considerar, dentre outras, a melhor via de acesso, a abordagem da posição 
inimiga pelo fl anco, a proteção do fl anco da peça de manobra empregada e a 
rapidez da ação.
e. Após a decisão de conduta, o comandante do pelotão expede uma 
ordem fragmentária aos seus elementos subordinados, a partir de um posto 
de observação, abordando apenas os itens da ordem de operação que foram 
modifi cados. O comandante do pelotão deve, ainda, informar a sua decisão de 
conduta ao comandante de companhia.
f. A ordem fragmentária não tem forma defi nida, mas deve abordar:
1) a manobra concebida;
2) as ordens para os elementos subordinados;
3) quem constituirá a reserva do pelotão; e
4) quem receberá a prioridade de fogos.
 3-1
CAPÍTULO 3
OPERAÇÕES OFENSIVAS
ARTIGO I
GENERALIDADES
3-1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a. Somente a ação ofensiva conduz a resultados decisivos na guerra, 
preservando a liberdade de ação de uma força e impondo a sua vontade ao 
inimigo.
b. As operações ofensivas são realizadas para destruir forças inimigas, 
conquistar acidentes capitais do terreno ou obter informações sobre o inimigo. 
c. A missão da infantaria, na ofensiva, é cerrar sobre o inimigo para destruí-
lo ou capturá-lo, empregando o fogo, o movimento e o combate aproximado.
d. O sucesso de uma ação ofensiva exige a concentração de um superior 
poder de combate no local e a rápida aplicação desse poder para destruir o 
inimigo.
3-2. TIPOS DE OPERAÇÕES OFENSIVAS
a. Marcha para o combate – movimento tático realizado na direção do 
inimigo, com a fi nalidade de estabelecer o contato ou restabelecê-lo, quando 
perdido, e(ou) assegurar vantagens para operações futuras.
b. Reconhecimento em força – operação de busca de dados, com objetivo 
limitado, para esclarecer a situação do inimigo.
c. Ataque – principal tipo de operação ofensiva da infantaria, caracterizado 
pelo emprego coordenado do fogo e do movimento para a conquista de 
objetivos.
d. Aproveitamento do êxito – operação subsequente a um ataque bem 
sucedido com a fi nalidade de destruir a capacidade do inimigo de se reorganizar 
ou realizar um movimento retrógrado organizado.
e. Perseguição – operação destinada a cercar e destruir uma força inimiga 
em retirada.
3-3. FUNDAMENTOS DA OFENSIVA
a. Os fundamentos da ofensiva constituem a plena aplicação dos princípios 
de guerra às situações do combate ofensivo e servem como um guia geral para 
o emprego do pelotão de fuzileiros em operações dessa natureza.
3-2 
b. Os fundamentos da ofensiva são:
1) Estabelecer e manter o contato;
2) Esclarecer a situação;
3) Explorar as defi ciências do inimigo;
4) Controlar os acidentes capitais do terreno;
5) Concentrar superior poder de combate no momento e local decisivos;
6) Aproveitar o êxito;
7) Progredir pelo fogo e movimento;
8) Manter a impulsão do ataque;
9) Manter a segurança da força;
10) Manter a iniciativa no combate;
11) Neutralizar a capacidade de reação do inimigo.
ARTIGO II
MARCHA PARA O COMBATE
3-4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a. As marchas para o combate podem ser cobertas ou descobertas. Tal 
classifi cação depende da existência de forças de segurança do escalão superior, 
interpostas entre a tropa que marcha e o inimigo. Podem ser realizadas de dia ou 
à noite, a pé ou motorizadas.
b. A marcha para o combate se desenvolve em três fases:
1) Primeira fase (Contato Remoto) – transcorre do local de partida até a 
linha da pior hipótese (LPH), que corresponde ao trecho onde o inimigo terrestre 
não tem possibilidade física de atuar sobre a tropa que marcha. Nesta fase, a 
tropa adota a formação em coluna de marcha, em que predominam as medidas 
administrativas em proveito da velocidade do movimento. Normalmente, o 
deslocamento é motorizado ou realizado por outros meios de transporte. 
 2) Segunda fase (Contato Pouco Provável) – transcorre entre a linha 
da pior hipótese e a linha de provável encontro (LPE), que corresponde ao trecho 
onde se admite o encontro com os primeiros elementos inimigos, mesmo os de 
reconhecimento. Nesta fase, a tropa adota a formação em coluna tática, em 
que são consideradas as medidas administrativas e as medidas táticas. A tropa 
marcha grupada taticamente, mantendo-se a integridade das frações com seus 
reforços, porém sem o desdobramento em largura e em profundidade.
3) Terceira fase (Contato Iminente) – transcorre a partir da linha de 
provável encontro, que corresponde ao trecho onde a tropa que marcha pode, a 
qualquer momento, sofrer a ação do inimigo terrestre. Nesta fase, a tropa adota 
a formação em marcha de aproximação, em que predominam as medidas táticas 
em proveito da segurança do movimento. A tropa marcha desdobrada em largura 
e em profundidade.
 3-3
Fig 3-1. Fases da marcha para o combate
3-5. MEDIDAS DE PLANEJAMENTO
a. Dispositivo da Marcha para o Combate
1) O desdobramento de uma força, em largura e em profundidade, por 
ocasião da marcha de aproximação, obedece ao seguinte dispositivo:
a) Grosso – formado pela maioria de meios da força que realiza a 
marcha.
b) Forças de Segurança
(1) Força de Cobertura (segurança afastada) – opera à grande 
distância do grosso, constituindo o seu elemento de reconhecimento e segurança. 
Normalmente, é composta por tropas de cavalaria mecanizada.
(2) Forças de Proteção (segurança aproximada) – operam próximas 
ao grosso.
(a) Vanguarda – proporciona segurança à frente, evitando retar-
damentos desnecessários ao grosso. Sua ação é ofensiva com a fi nalidade de 
desobstruir o eixo de progressão.(b) Flancoguarda – proporciona segurança nos fl ancos e sua 
ação é defensiva.
(c) Retaguarda – proporciona segurança à retaguarda e sua 
ação é defensiva.
2) A vanguarda de uma Brigada de Infantaria, normalmente, é constituída 
por um Batalhão de Infantaria, o qual, por sua vez, se escalona da seguinte 
forma:
a) Grosso – constituído pelas SU não empregadas em primeiro esca-
lão;
b) Escalão de combate – constituído por uma companhia de fuzileiros 
reforçada;
3-4 
c) Escalão de reconhecimento – constituído por um pelotão de fuzilei-
ros reforçado, sendo lançado pela companhia do escalão de combate;
d) Ponta – constituída por um grupo de combate, sendo lançada pelo 
pelotão de fuzileiros do escalão de reconhecimento nas marchas a pé; e
e) Destacamento de segurança e reconhecimento (DSR) – lançado 
pelo batalhão quando não houver elementos de segurança do escalão superior 
à frente.
3) Nas marchas motorizadas, não é lançado o GC ponta. O pelotão de 
fuzileiros, que compõe o escalão de reconhecimento motorizado, marcha como 
um todo. Eventualmente, quando a situação assim o exigir, o pelotão de fuzileiros 
realizará uma marcha a pé.
Fig 3-2. Batalhão vanguarda na marcha a pé 
 3-5
 Fig 3-3. Batalhão vanguarda na marcha motorizada 
b. Medidas de Coordenação e Controle
1) O controle do pelotão na marcha para o combate depende principalmente 
do emprego correto das comunicações e da adoção adequada de medidas de 
coordenação e controle. Tais medidas, normalmente, serão estabelecidas pelo 
comandante de companhia ou pelos escalões superiores.
2) No seu planejamento de marcha, o comandante do pelotão deve 
considerar:
a) Ponto inicial (PI) – local de início da marcha para o combate;
b) Hora de início do movimento – momento da partida;
c) Eixo de progressão – faixa do terreno que indica a direção geral de 
movimento de uma peça de manobra;
d) Itinerário de marcha – caminho por onde a tropa se desloca, normal-
mente uma estrada;
e) Região de destino – área fi nal dos elementos em segundo escalão 
(grosso);
f) Objetivos de marcha – caracterizam o fi nal da marcha para o com-
bate e são marcados por necessidade de segurança, devendo ser conquistados 
pelos elementos de primeiro escalão, que adotarão medidas defensivas;
g) Linha de controle – linha aproximadamente perpendicular à direção 
de marcha e facilmente identifi cável no terreno. Ao atingir a linha de controle, o 
elemento participa ao escalão superior que a atingiu e prossegue sem deter seu 
movimento;
3-6 
h) Ponto de controle – adota-se o procedimento similar à linha de con-
trole;
i) Zona de reunião – área onde uma tropa se reúne a fi m de se prepa-
rar para uma operação subsequente.
Fig 3-4. Medidas de coordenação e controle na marcha para o combate
c. Apoio ao Combate
1) O pelotão, constituindo o escalão de reconhecimento ou como 
fl ancoguarda do batalhão, em princípio, recebe o reforço de armas de apoio da 
companhia, usualmente uma peça de canhão sem recuo. 
2) É possível que a seção de morteiros da companhia seja empregada 
em apoio direto ao pelotão do escalão de reconhecimento ou fl ancoguarda. O 
observador avançado, normalmente, acompanha o pelotão. 
3) Elementos de reconhecimento de engenharia, normalmente, se 
deslocam junto ao escalão de reconhecimento. 
3-6. EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO
a. Marcha para o Combate a Pé 
1) O Pelotão de Fuzileiros como parte do Grosso
 3-7
a) Quando o pelotão de fuzileiros fi zer parte da reserva do escalão de 
combate ou do grosso do batalhão, deslocar-se-á em coluna tática. 
b) Nas marchas a pé, o pelotão adotará a formação em coluna por 
dois.
2) O Pelotão de Fuzileiros como Escalão de Reconhecimento
a) Missão
(1) A missão do pelotão, como escalão de reconhecimento, é evitar 
retardos desnecessários à companhia e protegê-la contra a surpresa e a ação 
inimiga vindas da frente.
(2) Sua missão é de natureza ofensiva, consequetemente as ações 
do pelotão devem ser rápidas e agressivas a fi m de conquistar e manter a inicia-
tiva no combate.
b) Desdobramento
(1) Nas marchas a pé, o comandante do escalão de reconhecimen-
to destaca à sua frente um grupo de combate como ponta que, em princípio, não 
é reforçado. 
(2) A distância entre o escalão de reconhecimento e a ponta, nor-
malmente de 200 metros, varia de acordo com o terreno e a visibilidade, poden-
do ser menor, à noite, ou maior, em terreno descoberto. Deve permitir que o es-
calão de reconhecimento possa se desdobrar sem sofrer interferência do inimigo 
quando a ponta travar contato com ele. A ponta e o escalão de reconhecimento, 
portanto, devem evitar seu deslocamento no mesmo compartimento do terreno.
(3) A formação tática mais indicada para a ponta e o escalão de 
reconhecimento, nas marchas a pé em estrada, é a formação em coluna por 
dois. A ponta adota a distância de 10 passos entre os homens, enquanto que o 
escalão de reconhecimento reduz essa distância para 5 passos.
Fig 3-5. Desdobramento do escalão de reconhecimento
3-8 
(4) O comandante do pelotão, em princípio, se posiciona à testa do es-
calão de reconhecimento. A ligação do escalão de reconhecimento com a ponta 
é mantida por meio do rádio e dos homens de ligação, lançados pelo próprio 
escalão de reconhecimento. 
(5) Deve ocorrer, periodicamente, um revezamento do GC ponta, a fi m de 
não comprometer a sua efi ciência.
c) Segurança
(1) A segurança à frente é proporcionada por elementos de reconheci-
mento do escalão superior ou pelo destacamento de segurança e reconhecimen-
to do batalhão.
(2) A segurança nos fl ancos da ponta e do escalão de reconhecimento, 
em regra, limita-se à observação direta. O escalão de reconhecimento não lança 
fl ancoguarda.
(3) Durante os altos, o escalão de reconhecimento estabelece sua própria 
segurança. São estabelecidos postos de observação à frente e nos fl ancos, em 
acidentes capitais dominantes, para evitar que elementos inimigos se aproxi-
mem sem serem descobertos.
d) Combate de encontro
(1) O pelotão participa de combates de encontro, engajando-se por in-
termédio de seus primeiros elementos com uma força inimiga parada ou em 
movimento, sobre a qual dispõe de poucas informações.
(2) Em tais situações, os seguintes procedimentos devem ser adotados:
(a) A ponta, ao receber fogo inimigo, imediatamente entra em posição 
de tiro para neutralizá-lo, identifi ca o valor e a localização (fl ancos) da tropa 
oponente e informa ao comandante do escalão de reconhecimento, que, por sua 
vez, repassa a informação à companhia.
(b) O comandante do GC ponta, após um breve estudo de situação 
em face de uma tropa inimiga mais fraca, deve atacá-la rapidamente, buscando 
realizar, sempre que possível, uma manobra de fl anco. Deve, obrigatoriamente, 
informar a sua manobra ao comandante do escalão de reconhecimento.
(c) O comandante do escalão de reconhecimento, ao ser informado 
do contato com o inimigo, ocupa imediatamente um posto de observação para 
fazer um rápido reconhecimento e acompanhar a manobra do GC ponta, pas-
sando a realizar um estudo de situação de conduta, caso fi que detido.
(d) Na situação anterior, caso se possua superior poder de combate 
em relação ao inimigo, o comandante do pelotão emite uma ordem fragmentária 
aos seus elementos subordinados e informa sua decisão ao comandante da 
companhia.
(e) Em seguida, ataca para destruir a resistência inimiga. Preferen-
cialmente, deve empregar o GC ponta para fi xar o inimigo, enquanto manobra 
com o restante do pelotão para incidir no fl anco adversário. As armas de apoio 
devem ocupar uma base de fogos, se possível, em condições de fl anqueamento 
à direção de ataque, buscando submeter o inimigo a fogos de várias direções.
(f) Se o escalão de reconhecimento fi car detido face ao inimigo ou se 
este apresentar um poder de combatesemelhante ao pelotão, o comandante do 
 3-9
escalão de combate centralizará as ações e realizará um ataque de oportunida-
de com toda a companhia.
(g) Após a neutralização da resistência inimiga, a marcha é reiniciada.
Fig 3-6. Ataque de oportunidade do escalão de reconhecimento
e) Objetivo de marcha
(1) Ao atingir as proximidades do objetivo de marcha, o pelotão reagrupa-
se e ocupa a posição de ataque da companhia. 
(2) O comandante da companhia realiza um rápido reconhecimento e de-
sencadeia um ataque de oportunidade. Após a conquista do objetivo, são adota-
das as medidas de consolidação e reorganização.
3) O Pelotão de Fuzileiros como Flancoguarda do Batalhão
a) Missão
(1) A missão do pelotão fl ancoguarda é proteger o grosso do batalhão 
contra a observação terrestre inimiga e os ataques nos fl ancos. 
(2) Na eventualidade de um ataque inimigo, o pelotão combate defensi-
vamente para permitir o ininterrupto escoamento do grosso ou para permitir-lhe 
tempo sufi ciente para se desenvolver.
b) Deslocamento
(1) O processo de deslocamento do pelotão depende do terreno (dispo-
nibilidade de itinerários paralelos) e dos meios de transporte disponíveis (mobi-
lidade). 
(2) O pelotão pode se deslocar de forma contínua, com desdobramento 
semelhante ao do escalão de reconhecimento de um batalhão vanguarda, ou 
ocupar posições de bloqueio sucessivas nos eixos transversais que demandam 
o itinerário do grosso.
3-10 
Fig 3-7. Pelotão fl ancoguarda ocupando posições sucessivas
(3) O deslocamento contínuo depende da existência de um itinerário pa-
ralelo ao do grosso, no limite da distância de apoio de fogo do batalhão, podendo 
o pelotão dispor da mesma mobilidade em relação ao grosso.
(4) A ocupação de posições de bloqueio sucessivas requer uma mobili-
dade superior em relação ao grosso, proporcionada por viaturas ou aeronaves, 
independentemente da existência ou não de um itinerário paralelo. 
(5) No caso de o pelotão fl ancoguarda marchar a pé de e não haver um iti-
nerário paralelo ao do grosso, a fl ancoguarda deve ocupar posições de bloqueio 
sucessivas, mediante rodízio de pelotão, realizado pelo batalhão, a cada posição 
de bloqueio ocupada.
(6) As posições de bloqueio são núcleos de defesa com a missão de 
retardar tropas inimigas que ataquem no fl anco. O pelotão as ocupa como um 
todo. 
(7) Sempre que possível, em qualquer situação, o pelotão fl ancoguarda 
deve possuir mobilidade superior à do grosso.
 3-11
b. Marcha para o Combate Motorizada
1) O Pelotão de Fuzileiros como parte do Grosso
a) Quando o pelotão de fuzileiros fi zer parte da reserva do escalão de 
combate ou do grosso do batalhão, deslocar-se-á em coluna tática. 
b) O comandante do pelotão deverá proceder de forma contínua em 
relação aos deslocamentos motorizados, conforme o previsto no Capítulo 1.
2) O Pelotão de Fuzileiros como Escalão de Reconhecimento
a) Missão – idêntica à da marcha para o combate a pé.
b) Desdobramento
(1) Nas marchas motorizadas, o comandante do escalão de reco-
nhecimento não destaca um grupo de combate como ponta. 
(2) As viaturas do escalão de reconhecimento devem manter o con-
tato visual, deslocando-se no mesmo compartimento do terreno.
(3) O comandante do pelotão deve proceder conforme o previsto 
no Capítulo 1 em relação aos deslocamentos motorizados. A ligação entre as 
viaturas é mantida por meio do rádio.
c) Segurança – idêntica à da marcha para o combate a pé.
d) Combate de encontro 
(1) O pelotão participa de combates de encontro, devendo desem-
barcar, de imediato, para permitir um desenvolvimento adequado no terreno.
(2) As viaturas devem abandonar a estrada e buscar posições de 
abrigo.
(3) Os procedimentos adotados são semelhantes aos previstos na 
marcha para o combate a pé, exceto que o escalão de reconhecimento combate, 
inicialmente, como um todo e não parcelado.
e) Objetivo de marcha
(1) Ao atingir as proximidades do objetivo de marcha, o pelotão 
desembarca em local determinado pelo comandante da subunidade e prossegue 
seu movimento a pé até a posição de ataque da companhia. 
(2) O comandante da companhia procede conforme o previsto na 
marcha para o combate a pé.
3) O Pelotão de Fuzileiros como Flancoguarda do Batalhão
a) Missão – idêntica à da marcha para o combate a pé.
b) Deslocamento
(1) Os processos de deslocamento são semelhantes aos previstos 
na marcha para o combate a pé.
(2) Considerando que o grosso se desloca em viaturas, o pelotão 
fl ancoguarda motorizado pode obter uma mobilidade superior em relação ao 
grosso, por meio do aumento da sua velocidade de deslocamento. 
c. Marcha Noturna 
1) As marchas noturnas para o combate atendem aos mesmos princípios 
das marchas diurnas, observando-se as peculiaridades impostas pela restrição 
de visibilidade.
2) A velocidade de marcha e as distâncias entre os homens/viaturas e os 
escalões são reduzidas em relação ao deslocamento diurno.
3-12 
3) Devem ser observadas rígidas normas de controle do movimento e 
de disciplina de luzes e ruídos. Durante o movimento em noite escura, podem 
ser usados meios de identifi cação especiais para evitar que os elementos se 
percam.
4) Os combates de encontro à noite demandam muito mais tempo do que 
durante o dia e, sem o devido reconhecimento, podem ocasionar pesadas perdas. 
As condições de visibilidade reduzida restringem a capacidade de manobra e a 
surpresa do atacante é perdida.
5) Equipamentos de visão noturna, distribuídos ao escalão de 
reconhecimento, ou condições favoráveis de visibilidade noturna (lua cheia) 
minoram as defi ciências do combate noturno.
ARTIGO III
 ATAQUE
3-7. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
a. Existem dois tipos de ataque: o coordenado, que requer tempo sufi ciente 
para um minucioso planejamento, reconhecimentos detalhados e ordens completas; 
e o de oportunidade, que é caracterizado por um rápido reconhecimento, reduzido 
tempo de planejamento e expedição de ordens fragmentárias.
b. Normalmente, o pelotão de fuzileiros participa de ataques coordenados 
conduzidos por escalões superiores. Entretanto, pode realizar um ataque de 
oportunidade, isoladamente, como decorrência de um combate de encontro.
3-8. MEDIDAS DE PLANEJAMENTO
a. Organização das Forças para o Ataque
1) O pelotão se organiza para o ataque, constituindo basicamente três 
forças: o ataque principal, o ataque secundário e a reserva.
2) O ataque principal é composto por um grupo de combate que é 
direcionado para a parte mais importante do objetivo do pelotão receber a 
prioridade de apoio de fogo e, se possível, deve utilizar a via de acesso 
mais favorável. Nas ações de fl anco, é o elemento que desborda a posição 
inimiga.
3) O ataque secundário é composto por um ou mais grupos de combate 
cuja missão é auxiliar o ataque principal. Nas ações de fl anco, é o elemento que 
fi xa o inimigo em posição.
4) O ataque principal e o secundário compõem o escalão de ataque.
5) A reserva é composta por um grupo de combate que constitui o principal 
meio de intervenção no combate à disposição do comandante do pelotão. 
Proporciona segurança à manobra e é empregada para manter a impulsão do 
ataque. Nas ações de fl anco, normalmente, a reserva segue à retaguarda do 
ataque principal.
 3-13
6) Em princípio, o pelotão não constitui reserva durante o assalto, 
empregando todos os grupos de combate no escalão de ataque, a fi m de 
garantir a máxima potência de fogo contra as posições inimigas.
b. Formas de Manobra do Pelotão
1) O pelotão de fuzileiros pode executar um ataque, empregando uma 
das seguintes formas de manobra: ação frontal ou ação de fl anco.
2) Sempre que possível, o pelotão deve realizar uma ação de fl anco no 
dispositivo inimigo, pois essa forma de manobra evita o combate contra o maior 
volume de fogos inimigos e aborda a posição adversáriaonde esta é mais fraca. 
Cabe ressaltar que há uma maior difi culdade de coordenação e controle, pois 
um dos grupos de combate deve ser empregado para fi xar o inimigo em posição, 
enquanto os demais desbordam a posição adversária. O pelotão pode, ainda, 
realizar a ação de fl anco como um todo, quando constituir o ataque principal da 
manobra de fl anco da companhia.
 Fig 3-8. O pelotão de fuzileiros na ação de fl anco
3-14 
3) O pelotão realizará uma ação frontal quando o inimigo não apresentar 
um fl anco vulnerável, ou quando participar de ataques conduzidos por escalões 
superiores, por imposição do esquema de manobra.
Fig 3-9. O pelotão de fuzileiros na ação frontal
c. Dispositivo para o Ataque
1) O dispositivo para o ataque é concebido em função da missão do 
pelotão, da situação do inimigo, da transitabilidade do terreno, das condições 
de visibilidade, da largura da via de acesso, da necessidade de segurança nos 
fl ancos e dos meios recebidos em reforço.
2) Devem ser defi nidos os grupos de combate que integram o escalão de 
ataque e aquele que constitui a reserva do pelotão, sendo baseados em uma das 
formações táticas descritas no Capítulo 1.
3) Usualmente, o pelotão adota a formação em cunha invertida durante 
a progressão da linha de partida até a posição de assalto, passando à formação 
em linha para o assalto propriamente dito.
4) Condições específi cas da missão, do inimigo, do terreno e dos meios 
podem conduzir o comandante do pelotão a adotar outras formações táticas, 
tais como: em coluna, por grupos sucessivos ou justapostos, em cunha ou em 
escalão.
5) A formação tática por grupos justapostos emprega todos os grupos 
 3-15
de combate no escalão de ataque, normalmente, para fi xar tropas inimigas de 
mesmo valor. Nessa situação, o pelotão não constitui reserva.
d. Medidas de Coordenação e Controle
1) Zona de Reunião
a) É uma área onde a tropa realiza os preparativos para o combate. 
Em princípio, a zona de reunião do batalhão está localizada a uma hora de mar-
cha das posições de ataque das companhias. 
b) A área selecionada deve proporcionar cobertas e abrigo dos fogos 
diretos do inimigo, espaço sufi ciente para a dispersão da tropa e das viaturas, 
solo consistente para o trânsito das viaturas, obstáculos naturais para a proteção 
contra ataques inimigos e proximidade da rede de estradas com dois ou mais 
itinerários de entrada e saída. 
c) São adotadas medidas de segurança ativas e passivas. As medidas 
passivas incluem a dispersão, a camufl agem, a construção de abrigos e a disci-
plina de luzes e ruídos. As medidas ativas incluem o dispositivo defensivo circu-
lar; o lançamento de postos de observação, postos de vigia/escuta e patrulhas 
de ligação; a instalação das armas de apoio, especialmente os meios de DAC e 
DAAe; e o lançamento de obstáculos e do sistema de alarme.
Fig 3-10. O pelotão de fuzileiros na zona de reunião do batalhão
2) Posição de Ataque – última posição coberta e abrigada aquém da 
linha de partida, onde ocorre o desdobramento da companhia, a qual adota o 
dispositivo para o ataque estabelecido pelo comandante da subunidade.
3) Linha de Partida – linha normalmente balizada por um acidente do 
3-16 
terreno, facilmente identifi cável e aproximadamente perpendicular à direção de 
ataque, com a fi nalidade de coordenar o início do ataque pelos elementos de 
primeiro escalão.
4) Hora do Ataque – momento exato da transposição da linha de partida 
pelo escalão de ataque.
5) Zona de Ação – área de responsabilidade, normalmente defi nida por 
limites, atribuída a uma peça de manobra, a partir do escalão companhia de 
fuzileiros. Ao pelotão de fuzileiros é atribuída uma parte da zona de ação da 
companhia, defi nindo-se uma frente de ataque que varia de 150 a 250 metros. 
Não se estabelecem limites entre os pelotões. Desta forma, o pelotão pode 
utilizar a frente de um pelotão vizinho mediante coordenação com este.
6) Eixo de Progressão – eixo que indica a direção geral de movimento 
de uma peça de manobra. O eixo de progressão não torna obrigatória a limpeza 
de resistências inimigas, e a tropa que progride pode dele se afastar, quando 
necessário.
7) Faixa de Infi ltração – faixa do terreno que contém os itinerários 
utilizados pela tropa que realiza uma infi ltração. Deve ser sufi cientemente ampla 
para permitir a passagem da força de infi ltração sem o engajamento com os 
elementos inimigos de vigilância.
8) Área de Reagrupamento – local onde a força de infi ltração é reunida e 
reorganizada durante o deslocamento pela faixa de infi ltração.
9) Direção de Ataque – medida restritiva que indica a direção que deve 
ser seguida pelo ataque principal de uma peça de manobra.
10) Linha de Controle – linha, normalmente, balizada por um acidente 
do terreno facilmente identifi cável. Pode ser marcada no sentido transversal 
à direção de ataque, para controlar a progressão das peças de manobra, ou 
no sentido longitudinal, para indicar a distância de uma força de proteção de 
fl anco. O comandante do pelotão, ao atingir uma linha de controle, informa ao 
comandante da companhia e, em princípio, não detém a sua progressão.
11) Posição de Assalto – linha, normalmente, balizada por um acidente do 
terreno, facilmente identifi cável e aproximadamente perpendicular à direção de 
ataque, cerca de 100 a 200 metros do objetivo, com a fi nalidade de coordenar o 
assalto pelos elementos de primeiro escalão.
12) Objetivo – acidente capital do terreno que caracteriza o cumprimento 
da missão, devendo ser facilmente identifi cável e compatível com o escalão 
empregado na sua conquista. O objetivo do pelotão não deve ser maior que a 
sua frente de ataque.
13) Ponto de Ligação – ponto onde o comandante de uma tropa determina 
que suas peças de manobra estabeleçam o contato físico entre si. Esse contato, 
normalmente, é realizado por destacamentos de ligação, que informam a 
localização e a situação do elemento contatado.
14) Ponto de Controle – ponto de referência para controlar o movimento das 
peças de manobra. Normalmente, marcado ao longo dos eixos de progressão. 
O procedimento do comandante do pelotão é análogo ao da linha de controle.
 3-17
15) Ponto de Coordenação – ponto balizado por acidente do terreno, 
onde deve ocorrer a coordenação dos fogos e da manobra entre dois elementos 
do escalão de ataque. 
16) Ponto de Liberação – ponto onde o comandante de uma tropa libera 
seus elementos subordinados ao controle de seus respectivos comandantes.
Fig 3-11. Medidas de coordenação e controle no ataque
3-9. EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO
a. Preparação para o Ataque
1) Os preparativos para o ataque são realizados na zona de reunião do 
batalhão. O pelotão ocupa uma parte do setor da companhia e participa das 
medidas de segurança estabelecidas.
2) Na zona de reunião, é realizado o planejamento do ataque, conforme 
descrito no Capítulo 2, desencadeadas as atividades de reconhecimento do terreno 
e do inimigo pelo comandante do pelotão e por patrulhas de reconhecimento, 
lançadas sob a coordenação do batalhão.
3) O adjunto do pelotão coordena as medidas logísticas. É realizada 
a manutenção preventiva do material, incluindo o armamento, o material de 
comunicações e as viaturas. O suprimento é executado de forma a completar 
as dotações individuais e coletivas de água, ração, combustível e munição. O 
material desnecessário ao combate é reunido com o encarregado de material da 
companhia junto aos trens de bagagem da subunidade.
3-18 
4) Dentro das possibilidades, é permitido o descanso da tropa, sem que 
ocorra o comprometimento da segurança.
5) Antes da partida para a posição de ataque, o comandante do pelotão, 
auxiliado pelo adjunto, realiza a inspeção da tropa e do material. É desejável, 
conforme a disponibilidade de tempo,a execução de um ensaio do ataque.
6) A um horário determinado, o pelotão se desloca para a posição de 
ataque, enquadrado pela companhia. Após o desdobramento da companhia na 
posição de ataque, o pelotão se desloca em direção à linha de partida a fi m de 
cruzá-la na hora do ataque, sob a proteção dos fogos de preparação. Todos os 
movimentos são coordenados e controlados pelo comandante da companhia.
7) O ataque pode ser desencadeado diretamente de uma coluna de 
marcha, sem prévia preparação, não havendo a obrigatoriedade da ocupação 
de uma zona de reunião. Tal situação é mais comum nos combates de encontro 
decorrentes das operações de movimento, como a marcha para o combate e o 
aproveitamento do êxito.
b. Progressão da Linha de Partida até a Posição de Assalto
1) O pelotão transpõe a linha de partida na hora marcada, aproveitando 
os abrigos e as cobertas existentes no terreno e a segurança proporcionada 
pelos fogos de preparação.
2) Os grupos de combate do escalão de ataque progridem por lanços 
com uma efi caz combinação de fogo e movimento, apoiando-se mutuamente 
durante a progressão. O grupo de combate em reserva progride por lanços à 
retaguarda do escalão de ataque do pelotão.
3) A utilização das cobertas e abrigos existentes, especialmente os 
caminhos desenfi ados, é fundamental para evitar os fogos inimigos e preservar 
o poder de combate do pelotão para o momento decisivo.
Fig 3-12. Progressão pelo fogo e movimento
 3-19
4) O pelotão deve manter a formação tática estabelecida pelo comandante. 
Porém, quando um grupo de combate fi car detido em face de obstáculo ou de 
fogos inimigos, os demais devem prosseguir, a fi m de abrir novas vias de acesso 
para o emprego do grupo reserva.
5) Os fogos de apoio das armas orgânicas e em reforço são empregados 
para neutralizar as armas inimigas que estejam interferindo na progressão do 
pelotão. O comandante do pelotão deve solicitar apoio de fogo de morteiros 
à companhia para neutralizar as posições inimigas. As peças de metralhadora 
e de morteiro leve, em princípio, ocupam uma base de fogos para apoiar a 
progressão do pelotão, realizando a mudança de posição, por lanços, sempre 
que o alcance de utilização do armamento for atingido, a fi m de permitir um apoio 
de fogo contínuo.
6) Ao atingir uma zona batida por fogos de artilharia ou morteiros, o pelotão 
deve tentar desbordá-la. Se não for possível, deve transpô-la rapidamente.
7) Ao deparar-se com um obstáculo, o pelotão deve tentar desbordá-lo. 
Se não for possível, o comandante do pelotão deve solicitar apoio de engenharia 
para a abertura de uma passagem. Em princípio, a companhia realizará uma 
operação de abertura de brecha, com o apoio de elementos de engenharia. O 
pelotão poderá integrar a força de apoio, a força de assalto ou a força de abertura 
de brecha. A utilização de fumígenos é essencial para permitir o trabalho da 
engenharia.
Fig 3-13. Operação de abertura de brecha
3-20 
c. Assalto à Posição Inimiga
1) Ao atingir a posição de assalto, o pelotão adota a formação tática em 
linha, com a fi nalidade de garantir o maior volume de fogo possível contra as 
posições inimigas. Nesse momento, o pelotão não constitui reserva.
2) Os fogos de apoio devem ser suspensos, transportados ou alongados, 
a fi m de evitar o fratricídio. Sinais convencionados ou ordens via rádio podem ser 
utilizados para a coordenação do apoio de fogo.
3) Na posição de assalto, o comandante do pelotão deve comandar a 
preparação para o assalto. Os homens devem armar suas baionetas e trocar seus 
carregadores para assegurar as melhores condições de combate aproximado. 
4) O assalto é desencadeado, mediante ordem do comandante de 
companhia, e conduzido até a orla posterior do objetivo, onde são executadas 
as ações de consolidação e reorganização.
5) O movimento do pelotão, durante o assalto, ocorre por uma das 
seguintes técnicas:
a) Movimento contínuo – o pelotão avança, agressivamente, em passo 
rápido e com alinhamento dos homens, desencadeando os fogos de assalto 
sobre o inimigo;
b) Movimento por lanços – o pelotão progride por lanços, combinando 
o fogo e o movimento, no âmbito dos grupos de combate, até atingir as posições 
inimigas; e
c) Movimento sigiloso – o pelotão se desloca furtivamente até que o 
sigilo seja quebrado pelo inimigo, quando, então, prossegue de forma contínua 
ou por lanços.
6) O assalto contínuo só deve ser realizado quando houver grande 
superioridade local de fogos sobre o inimigo. Caso contrário, deve ser executado 
o assalto por lanços. O assalto sigiloso é, normalmente, utilizado em ataques 
noturnos ou sob condições de visibilidade reduzida.
7) Durante as ações de combate aproximado, o pelotão pode capturar 
prisioneiros de guerra. Alguns homens devem permanecer junto aos prisioneiros 
de guerra até que outros elementos da companhia assumam a sua guarda. Esta, 
normalmente, estará a cargo do pelotão reserva, que se incumbe da limpeza do 
objetivo conquistado.
 3-21
Fig 3-14. O pelotão no assalto contínuo
d. Consolidação do Objetivo
1) As ações de consolidação do objetivo conquistado visam a repelir 
possíveis contra-ataques inimigos. O pelotão adota um dispositivo defensivo, 
mantendo a formação tática em linha e ocupando posições na crista militar da 
contra-encosta do objetivo. O comandante do pelotão determina setores de 
defesa aos grupos de combate, utilizando o processo do relógio.
2) As armas orgânicas de apoio e em reforço se deslocam à frente e são 
instaladas junto à posição defensiva do pelotão, batendo as prováveis vias de 
acesso do inimigo.
3) Patrulhas de reconhecimento são lançadas à frente para verifi car a 
possível presença de elementos inimigos nas proximidades do objetivo e as 
condições do terreno para o prosseguimento do ataque.
4) Elementos de segurança são estabelecidos à frente da posição. Cada 
pelotão deve instalar, pelo menos, um posto de vigia/escuta. Patrulhas de ligação 
são lançadas para realizar o contato com elementos vizinhos.
5) O pelotão reserva da companhia, normalmente, se encarrega da 
limpeza do objetivo conquistado, capturando prisioneiros de guerra e verifi cando 
os mortos inimigos.
e. Reorganização da Tropa
1) A reorganização da tropa consiste na adoção de medidas logísticas com 
a fi nalidade de restabelecer o poder de combate do atacante, criando condições 
para o prosseguimento do ataque ou para a manutenção do objetivo.
2) O efetivo deve ser conferido e redistribuído de acordo com o número 
de baixas de cada grupo de combate. Os feridos, mortos e prisioneiros de guerra 
devem ser evacuados conforme as NGA da companhia. Normalmente, elementos 
da reserva da companhia se encarregam da evacuação para não desfalcar os 
elementos de primeiro escalão.
3) O adjunto deve providenciar o remuniciamento do pelotão ou a 
redistribuição da munição pelos grupos de combate. O material que tenha 
3-22 
sofrido danos ou extravios deve ser redistribuído nas frações, a fi m de minimizar 
as faltas. As comunicações, se perdidas, devem ser restabelecidas, e o material 
danifi cado deve ser evacuado para manutenção.
4) O comandante do pelotão deve informar, de imediato, a situação de 
pessoal e de material do pelotão ao comandante da companhia para a adoção 
das medidas cabíveis.
f. Emprego do GC Reserva do Pelotão
1) O grupo de combate reserva acompanha, por lanços ou itinerários 
desenfi ados, a progressão do escalão de ataque, a fi m de estar em condições 
de pronto emprego para manter a impulsão do ataque do pelotão.
2) Em face de uma situação de conduta, por alteração dos fatores da 
decisão que possam interferir no cumprimento da missão, o comandante do 
pelotão dispõe da reserva como principal meio de intervenção no combate.
3) A reserva é prontamente empregada para repelir contra-ataques 
inimigos que incidam no fl

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