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Automedicação na gestação e intercorrencias obstetricas TCC Final 2017

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Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA 
Faculdade Sete de Setembro – FASETE 
Curso de Bacharelado Biomedicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tássya Kamilla Rolim Cavalcante 
 
 
 
Automedicação na Gestação e Intercorrências Obstétricas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Afonso - BA 
2017
 
Tássya Kamilla Rolim Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Automedicação na Gestação e Intercorrências Obstétricas 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Graduação em Biomedicina da Faculdade 
Sete de Setembro (FASETE), como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Biomedicina. 
 
Área de concentração: Farmacologia. 
 
Disciplina TG-II: Prof.ª Mônica Maria 
Vieira Lima Barbosa. 
 
Orientadora: Prof.ª Vanessa Simões 
Sandes. 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Afonso - BA 
2017 
 
Tássya Kamilla Rolim Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Automedicação na Gestação e Intercorrências Obstétricas 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Graduação em Biomedicina da Faculdade 
Sete de Setembro (FASETE), como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Biomedicina. 
 
Área de concentração: Farmacologia. 
 
 
 
 
 
Aprovada em: 07 / 11 / 2017 
 
Banca examinadora: 
 
Prof.ª Vanessa Simões Sandes Orientadora 
 
Prof.ª Mônica Maria Vieira Lima Barbosa Avaliadora 
 
Prof.ª Shyrley de Moraes Carneiro Correia Avaliadora 
 
 
 
Paulo Afonso - BA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, pelo dom 
da vida e pelas oportunidades. Aos 
meus pais e irmãos, pelo amor e 
companheirismo. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, por ter guiado meus passos durante toda essa 
jornada, dando coragem e força para superar as dificuldades e assim enfrentar os 
desafios que eram necessários para que esse sonho pudesse se tornar realidade. 
 
Aos meus pais Edmilson Cavalcante e Josefa Rolim pelo amor, incentivo e apoio 
incondicional que sem eles nada seria possível. 
 
A minha orientadora Professora Vanessa Simões pela competência e seriedade 
com que me acolheu e transmitiu seus conhecimentos. Pela dedicação, paciência 
na orientação e pela gentileza ao colocar-se a disposição para ajudar quando 
necessário. Muito obrigada! 
 
Ao Meu amado marido pelo amor, carinho, paciência e incentivo. Por está do meu 
lado em todos os momentos durante esses anos. E por juntos alcançarmos o 
nosso maior sonho o bebê que carrego em meu ventre. O nosso milagre! 
 
Aos meus queridos irmãos Thiago Rolim e Thays Bruna pelo amor e pelo simples 
fato de existirem e tronar minha vida tão especial. Por compartilharem comigo 
cada detalhe do meu crescimento, por serem parte de minha estrutura e 
principalmente meu motivo de orgulho, amo muito vocês. 
 
A minha Tia Neide que sempre esteve do meu lado, me dando força e amparo nas 
vezes que os obstáculos pareciam me vencer. 
 
A minha sobrinha Lívia Mariana e ao meu sobrinho Thiago Vinicius que trazem 
muita alegria para a minha vida. 
 
As minhas amigas que conheci na faculdade Hemilayne Darlla e Camila Souza 
com quem estive diariamente, com elas eu ri e chorei, quero leva-las por toda a 
vida. 
 
A minha avó, tias e tios que com a graça de Deus estão sempre presentes em 
minha vida torcendo e apoiando cada etapa vivida. Agradeço muito pelos 
maravilhosos abraços e bênçãos recebidas. 
 
Aos professores e colegas que durante esses anos contribuíram para minha 
formação e foram essenciais nessa jornada. Em especial aos professores 
Valdemir Junior, José Guedes, Shyrley de Moraes e Mônica Maria que ficarão 
marcados em minha vida acadêmica, como mestres que me inspiraram a 
aprender através do seu jeito de ensinar. Vocês fizeram parte de um período que 
sentirei saudades e que foi no mínimo MARAVILHO. 
 
E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma 
direta ou indireta, fica registrado aqui, o meu muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há quem diga que todas as noites são 
de sonhos. Mas há também quem 
garanta que nem todas, só as de verão. 
No fundo, isto não tem muita 
importância. O que interessa mesmo 
não são as noites em si, são os sonhos. 
Sonhos que o homem sonha sempre, 
em todos os lugares, em todas as 
épocas do ano, dormindo ou acordado. 
 
(William Shakespeare). 
 
CAVALCANTE, Tássya Kamilla Rolim. Automedicação na Gestação e 
Intercorrências Obstétricas. 2017. 50f. Monografia (Bacharelado em Biomedicina) 
– Faculdade Sete de Setembro, FASETE. Paulo Afonso, BA. 
 
 
RESUMO 
 
A automedicação é um problema grave que afeta a saúde pública, visto que, as 
consequências são serias na saúde das pessoas e, principalmente, quando no 
período gravídico. Os efeitos do uso de algumas classes medicamentosas durante a 
gestação pode gerar efeitos ainda maiores por tornar-se duplamente arriscado, dado 
que a exposição de um, afeta dois organismos da mãe e concepto. Podendo resultar 
em consequências como alergias, toxicidade, alteração na fisiologia do feto, e na 
morfologia com possíveis lesões irreversíveis, dependendo da dosagem total e do 
tipo de fármaco utilizado. No entanto é fundamental que a terapêutica prescrita seja 
cautelosa, visto que os efeitos colaterais são adversos, deste modo à necessidade e 
a eficácia deve ser bem avaliados. A presente pesquisa tem como objetivo identificar 
e descrever por meio da literatura científica nacional e internacional, os riscos 
causados pela automedicação na gravidez e as intercorrências obstétricas mais 
frequentes no período gestacional. Trata-se de um estudo do tipo revisão narrativa. 
As fontes de pesquisa utilizadas foram as bases de dados Biblioteca Virtual de 
Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-
americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para realização das buscas 
foram utilizados os seguintes descritores: automedicação, período gestacional e 
intercorrências obstétricas. Conclui-se que a automedicação é uma prática frequente 
na gestação e que o uso de medicamentos sem orientação, traz risco a saúde do 
feto e da gestante, desse modo o acompanhamento do profissional da saúde é 
imprescindível para minimizar possíveis riscos causados pelo uso de medicamentos 
nessa fase. 
 
Palavras-chave: Automedicação. Período gravídico. Concepto. Medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The self-medication is a serious problem that affect the public health, since the 
consequence are severe in people health and mainly when is in pregnancy period. 
The effects of the uses of some medicines classes since the gestation can generate 
effects even large for turn it doubly risk, since of exposure of one, affect two of 
mother organism and the concept. Could to result in consequences like those that 
allergies, toxicity, and alteration in physiology of the foetus and in morphology with 
possible irreversible injuries, depending of the total dosage and the kind of drug 
used. However, is fundamental that the prescribed therapy be cautious, since the 
side effects are adverse, so the need and effectiveness should be evaluate. The 
present research aims to identify and describe, through national and international 
scientific literature, the risks caused by self-medication in pregnancy and the most 
frequent obstetric complications in the gestational period. This is a narrative review 
study. The sources of research used were the Virtual Health Library (VHL), Scientific 
Electronic Library Online (SciELO) and Latin American and Caribbean Literature in 
Health Sciences (LILACS) databases. The following descriptors used to perform the 
searches were self-medication, gestational period and obstetric intercurrences. It is 
concluded that self-medication is a frequent practice in pregnancy and that the use of 
medications without guidance, posesa risk to the health of the foetus and the 
pregnant woman, so the health professional's follow-up is essential to minimize 
possible risks caused by the use of medications at this stage. 
 
Key words: Self-medication. Pregnant period. Concept. Medicines. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - A utilização de medicamentos na gravidez e a barreira placentária. ........ 18 
 
Figura 2 - Algumas alterações fisiológicas que acontecem na gestação .................. 19 
 
Figura 3 - Conduta na infecção urinária sintomática ................................................. 24 
 
Figura 4 - Diagnostico do Diabetes gestacional ........................................................ 27 
 
Figura 5 - No esfregaço sanguíneo pode se observar hemácias de menor volume 
(microcíticas) e com menor conteúdo de hemoglobina (hipocromicas) .... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Antibióticos e tempo de tratamento para Infecção Urinária. ..................... 25 
 
Tabela 2 - Comparação de Manifestações Clínicas: Pré-eclâmpsia Leve e Grave ... 32 
 
Tabela 3 - Classes farmacológicas dos medicamentos e suas respectivas indicações 
de uso na gravidez ................................................................................... 39 
 
Tabela 4 - O uso de medicamentos das seis classes mais utilizadas, medicamentos 
e modificações morfofisiológicas fetais relacionadas ............................... 40 
 
Tabela 5 - Medicamentos indicados na gestação ..................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AF Anemia Ferropriva 
 
CIUR Crescimento intrauterino retardado 
 
DMG Diabetes Mellitus gestacional 
 
ECA Enzima Conversora de Angiotensina 
 
FASETE Faculdade Sete de setembro 
 
FDA Food and Drug Administration 
 
IMC Índice de massa corpórea 
 
ITU Infecção do Trato Urinário 
 
ITUs Infecção do Trato Urinário sintomática 
 
OMS Organização Mundial da Saúde 
 
PE Pré-eclâmpsia 
 
SM Síndrome Metabólica 
 
SNC Sistema Nervoso Central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÚMARIO 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12 
 
2 METODOLOGIA.....................................................................................................15 
 
3 ESTADO DA ARTE.................................................................................................16 
3.1 A gestação..........................................................................................................16 
3.2 Alterações fisiológicas do período gestacional..............................................18 
3.3 Alterações emocionais do período gestacional..............................................20 
 
4 INTERCORRÊNCIAS OBSTÉTRICAS...................................................................22 
4.1 Infecção urinária.................................................................................................22 
4.2 Diabetes mellitus gestacional...........................................................................26 
4.3 Anemia.................................................................................................................28 
4.4 Hipertensão na gestação...................................................................................31 
4.4.1 Pré-eclâmpsia....................................................................................................32 
 
5 CONCEITO DE AUTOMEDICAÇÃO......................................................................34 
5.1 Terapia medicamentosa....................................................................................34 
5.2 Riscos da automedicação.................................................................................37 
5.3 Categorias e classes farmacológicas dos medicamentos na gravidez........38 
5.4 Medicamentos indicados no período gestacional..........................................40 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................43 
 
 REFERENCIAS.......................................................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A automedicação é uma prática ariscada e bastante utilizada no Brasil, por pacientes 
e quando estes são gestantes os efeitos são ainda maiores por possuir 
particularidades biológicas, tornando a mulher e seu concepto, expostos aos riscos, 
entre eles se destacam aqueles decorrentes do uso dos medicamentos (OSORIO-
DE-CASTRO; PAUMGARTTEN; SILVER, 2004). 
 
Levando em consideração a repercussão das intercorrências para a mulher, feto ou 
recém-nascido, acredita-se que pela necessidade de conseguir diminuir os sintomas 
que são provenientes da fase gestacional ou intercorrências clínicas e obstétricas 
que são frequentemente vivenciadas pelas mulheres durante toda a gestação e que 
seja imprescindível a utilização de medicamentos, deste modo à automedicação 
torna-se duplamente arriscada, dado que a exposição de um, afeta dois organismos, 
mãe e feto (CALEGARI; GOUVEIA; GONÇALVES, 2016). 
 
Os efeitos do uso medicamentoso podem resultar em consequências 
como alergias, toxicidade, com possíveis lesões irreversíveis, dependendo da 
dosagem total e do tipo de fármaco utilizado. No entanto é fundamental que a 
terapêutica prescrita seja cautelosa, visto que os efeitos colaterais são adversos, à 
necessidade e a eficácia deve ser bem avaliada (RODRIGUES, 2006). 
 
O uso de medicamentos por gestantes e os efeitos causados no feto é alvo de muita 
preocupação desde a tragédia da talidomida, quando as crianças nasceram com má 
formação e alterações congênitas devido à ação deste fármaco na gravidez. O fato 
repercutiu no mundo inteiro e gerou um alerta para os riscos, foi preciso evidenciar a 
segurança na utilização dos medicamentos e assim enfatizar a importância 
da criação de normas severas com o auxílio de conhecimentos clínicos antes de 
permitir a fabricação e o consumo destes fármacos, principalmente para as 
gestantes as mudanças eram necessárias. Até então se acreditava que a placenta 
era uma barreira, que protegia o feto de qualquer tipo de fármaco (CARMO; NITRINI 
2004). 
 
13 
 
Porém, nos dias de hoje sabe-se que os fármacos contidos nos medicamentos 
ultrapassam a placenta e entram na corrente sanguínea do feto, então as gestantes 
devem lembrar que ao ingerir um medicamento qualquer que seja os dois 
organismos serão atingidos, e o feto ainda não possui capacidade para metabolizar 
a substância que a mãe ingeriu, podendo correr riscos indesejados, ou seja, efeitos 
que não eram esperados, deixando claro que usar alguns medicamentos não é 
seguro e que o conhecimento não é suficiente, pois o potencial teratogênico ainda é 
desconhecido (CARMO; NITRINI 2004). 
 
Entende-se como agente teratogênico toda substância que é capaz de oferecer 
dano ou alteração na morfologia ou fisiologia do feto. O risco é maior quando o 
fármaco é utilizado no primeiro trimestre da gravidez, período que o feto está em 
formação e nos períodos seguintes pode gerar danos ou intercorrências fetais 
(NIEBYL,1989). 
 
Diante da crescente preocupação devido ao uso dos remédios na gestação e os 
perigos para a gestante e o feto, existem algumas classificações dos medicamentos 
e substâncias. Com intuito de auxiliar o prescritor os medicamentos foram 
classificados de acordo com o risco gerado na gravidez, em cinco categorias: 
Categoria de risco A não foi encontrado risco, na categoria de risco B as pesquisas 
realizadas em animais não demostravam risco, porém não há estudos em mulheresgrávidas, categoria de risco C estudos nos animais revelaram efeitos adversos no 
feto, e também não há pesquisas em gestantes, categoria de risco D evidência de 
risco fetal, mas o benefício para a gestante pode justificar a utilização, categoria de 
risco X estudos em animais e humanos demostram alterações fetais documentadas 
é contra indicado o uso na gravidez (GUERRA et al., 2008). Outro ponto a ser 
analisado é a mudança das características farmacológicas dos medicamentos no 
período gestacional, pois pouco se sabe sobre possíveis alterações (RODRIGUES, 
2006). 
 
O uso de medicamentos na gravidez traz inquietudes para os profissionais da saúde 
e para a sociedade. O aumento na produção de novos fármacos ainda não possui 
informações confiáveis para a gestante e o concepto, e deve ser visto com cuidado. 
É necessário ser extremamente criterioso, considerando medidas de intervenção 
14 
 
para o consumo prudente e racional dos medicamentos disponíveis e assim 
conscientizar sobre uso indiscriminado dos fármacos (WANNMACHER, 2010). 
 
Existem alguns fármacos que são vendidos livremente nas farmácias e podem ser 
usados para minimizar sintomas indesejados, no entanto existem estudos 
publicados que apontam o possível risco gerado após o uso indiscriminado dos 
fármacos e principalmente quando utilizado sem o acompanhamento de um 
profissional da saúde. No tocante, é necessário tomar conhecimento do mecanismo 
de ação dos fármacos para avaliar se o uso constitui risco. À vista disso, quais os 
riscos causados pela automedicação no período gestacional e as intercorrências 
obstétricas que podem causar danos à saúde da gestante e do feto? 
 
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo geral Identificar os riscos causados 
pela automedicação na gravidez e as intercorrências obstétricas mais frequentes no 
período gestacional, tem como objetivos específicos discorrer sobre as alterações 
fisiológicas e emocionais do período gravídico, identificar as intercorrências 
obstétricas mais recorrentes na gestação e apontar os efeitos da automedicação na 
gestação. 
15 
 
2 METODOLOGIA 
 
O presente trabalho refere-se ao desenvolvimento de uma revisão bibliográfica 
narrativa de uma visão analítica e natureza qualitativa, utilizando base de dados 
secundários, extraídas de livros, manuais, programas do Ministério da Saúde, 
monografias, teses, revistas, artigos acadêmicos e sites confiáveis e de credibilidade 
que estivessem disponíveis dentro da temática em estudo, mediante. Partindo desse 
princípio, a pesquisa bibliográfica caracteriza-se pela junção de variados trabalhos 
que já foram avaliados e publicados, principalmente os artigos científicos. 
 
Segundo Gil (1999), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já 
elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos, tendo como 
principal vantagem o fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de 
fenômenos, muito mais ampla que aquela que poderia pesquisar diretamente. 
 
Sendo assim a busca pelo material foi realizada através de pesquisas em bases de 
dados nacionais e internacionais como LILACS (Literatura Latino-Americana e do 
Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online), 
PubMed (National Center for Biotec hnology information) e Google Acadêmico. Por 
tanto foram utilizados os seguintes descritores: automedicação, período gestacional, 
teratogenicidade, malformações fetais. Esses termos foram utilizados e/ou através 
do operador and. 
 
Como questão norteadora para elaboração desta revisão formulou-se a seguinte 
questão: Quais os riscos causados pela automedicação no período gestacional e as 
intercorrências obstétricas que podem causar danos á saúde da gestante e do feto? 
 
Esse método de busca deu o auxilio necessário que permitiu responder ao problema 
formulado na pesquisa. Para realização do embasamento teórico do projeto de 
pesquisa foram utilizadas revistas, teses, monografias, artigos científicos e 
acadêmicos em língua portuguesa e inglesa, oriundos das fontes de dados 
descritas. 
 
 
16 
 
3 ESTADO DA ARTE 
 
Este capítulo corresponde a um levantamento dos conceitos relacionados com a 
temática da pesquisa em estudo, “Automedicação na gestação”. Para falar sobre as 
complicações oriundas da automedicação é importante estabelecer a relação da 
mesma com a gravidez, as alterações físicas, emocionais e as intercorrências que 
acontecem ao longo desse processo podendo levar ao consumo de medicamentos 
inadvertidamente. Posteriormente será abordada, a importância da educação para a 
saúde na prevenção da automedicação. 
 
3.1 A gestação 
 
A gestação é um período em que a mulher se encontra em condição especial, é 
caracterizada por diversas alterações no seu organismo, que são necessárias para a 
adaptação do corpo a condição gravídica e puerperal (SOARES, 2002). O período 
gravídico faz parte de um processo pelo qual uma mulher em idade fértil passa por 
diversas transformações emocionais, fisiológicas e alterações no corpo em um curto 
espaço de tempo, que são influenciadas pela presença do feto, por isso é essencial 
iniciar o pré-natal ainda nas semanas inicias da gestação, para que assim o 
profissional da saúde dê os esclarecimentos corretos que são indispensáveis para 
minimizar os riscos e as complicações que podem ocorrer nesse período e assim 
reduz a automedicação (FORTES, 2015). 
 
Na perspectiva de Tortora e Grabowski (2006), a gestação é uma sequência de 
processos que se inicia na fertilização do óvulo, prosseguindo com a implantação, o 
desenvolvimento embrionário e o desenvolvimento fetal, terminando normalmente 
com o nascimento, aproximadamente de 38 a 40 semanas após o último período 
menstrual. 
 
Na gestação a mulher sofre com muitas alterações no corpo e organismo, que por 
sua vez provocam sintomas como náuseas, vômito, tontura e azia que são muito 
frequentes e podem diminuir ou desaparecer com o passar dos meses e até mesmo 
com auxilio da alimentação, sem a necessidade de utilizar medicamentos que por 
sua vez devem ser evitados quando não houver orientação médica (SOARES 
17 
 
FILHO, 2006). No entanto o uso de medicações na gestação muitas vezes é por 
causa de problemas na saúde da mãe, destacando-se a hipertensão arterial 
sistêmica, diabetes mellitus, cardiopatias, asma, infecção urinaria, toxoplasmose e 
outros (LUNARDI-MAIA; TREVISOL; GALATO, 2014). O efeito gerado após o uso do 
medicamento depende do fármaco, do tempo de exposição e da dosagem, podendo 
causar teratogenicidade ao feto (OSORIO-DE-CASTRO et al., 2004). 
 
No decorrer da gestação acontecem diversas alterações no corpo da mulher para 
que então seja preparado para sustentar e proteger o feto que ainda está em 
desenvolvimento (FORTES, 2015). 
 
Em condição única o feto depende fisiologicamente da mãe, por isso são 
necessários cuidados especiais quanto ao uso de medicamentos, os riscos na 
gravidez são maiores, visto que os fármacos usados pela mãe podendo ocasionar 
alterações morfológicas em varias etapas do desenvolvimento fetal (MAEDA; 
SECOLI, 2008). 
 
Durante alguns anos acreditava-se que a placenta atuava com uma barreira 
protetora impedindo que houvesse exposição do fármaco ao feto, porém foi 
descoberto que os medicamentos utilizados pelas gestantes atravessam a placenta 
atingindo a corrente sanguínea do feto por tanto, dois organismos são afetados e o 
feto ainda não possui capacidade de metabolizar essas substâncias e estará sujeito 
aos efeitos negativos do uso medicamentoso (CARMO; NITRINI, 2004). 
 
A placenta é uma linha de vida entre a gestante e o feto, formada pela aposição das 
membranas fetais justapostas em fusão com a mucosa uterina para proporcionar a 
troca materno-fetal que está em pleno desenvolvimento, e tem função de assegurar 
uma excelente nutrição para o feto mecanismo pelo qualos nutrientes atravessam a 
placenta são classificados como difusão passiva, difusão facilitada e transporte ativo 
mostrada na figura 1. Os medicamentos uma vez no sangue materno conseguem 
atravessar a membrana placentária atingindo os vasos sanguíneos e passam pelo 
cordão umbilical até chegar ao feto, portanto a maneira que afeta o desenvolvimento 
do feto depende do estagio gestacional, da dosagem ingerida e da potência do 
medicamento (BURKEY; HOMES, 2013). 
18 
 
Figura 1 – A utilização de medicamentos na gravidez e a barreira placentária. 
 
Fonte: Modificado de Burkey e Holmes, 2013. 
 
 
3.2 Alterações fisiológicas do período gestacional 
 
A gestação possui características específicas que trazem diversas modificações e 
adaptações no organismo materno, as quais são necessárias para o 
estabelecimento e progressão do ciclo gravídico-puerperal (AZEVEDO, 2010; 
BARACHO, 2002). 
 
O período gestacional é considerado por muitos como a fase de grandes 
transformações no organismo e adaptações físicas e fisiológicas, necessárias para o 
perfeito crescimento e desenvolvimento fetal. Durante os nove meses de gestação, 
alterações morfológicas e fisiológicas ocorrem no organismo materno. A sua 
integração visa proporcionar as condições necessárias para o desenvolvimento fetal 
em equilíbrio com o sistema materno. A maioria destas adaptações ocorre devido à 
resposta de estímulos provenientes do feto ou tecidos fetais. O principal objetivo não 
19 
 
é restrito apenas ao desenvolvimento fetal, também tem intuito de preparar a mulher 
para o momento do parto e lactação. Desta forma será possível entender as 
manifestações fisiológicas associadas à gravidez normal e compreender as 
patologias que se expressem nesta fase (FLORINDO; LIMA, 2013). 
 
Normalmente a grávida apresenta ganho de peso de 13,5 a 16 kg no decorrer da 
gestação em consequência do crescimento do feto, placenta, líquido amniótico, 
crescimento dos seios, aumento da volemia e distribuição de massa adiposa em 
certas regiões da pelve e mamas. O período gestacional é dividido em 3 trimestres, 
de aproximadamente 40 semanas e com variadas alterações em cada um deles 
(SOUZA, 2002). Essas alterações ocorrem em consequência do aumento de 30 a 
50 % do volume plasmático, do débito cardíaco e da filtração glomerular do 
organismo da gestante, esses eventos têm início a partir da 6ª semana da gestação 
permanecendo até a 30ª semana (Figura 2) (SACHDEVA; PATEL; PATEL, 2009). 
 
Figura 2 – Algumas alterações fisiológicas que acontecem na gestação. 
 
Fonte: SILVA, 2013. 
 
 
 
20 
 
3.3 Alterações emocionais do período gestacional 
 
A gravidez é uma fase de mudanças que ocorre a reestruturação de identidade e 
redefinição de papeis, a mulher passa a ser vista e se ver de modo diferente 
(SAUNDERS, 2002). 
 
As alterações emocionais causam sintomas no decorrer da gestação tais como 
irritabilidade, depressão, insónia podem levar a prática da automedicação na 
gravidez como forma de evitar ou aliviar o sintoma (FORTES, 2015). O período 
gravídico é dividido em três trimestres com alterações emocionais características em 
todas as etapas da gestação (SANTO; SANTOS; MORETTO, 2005). 
 
O primeiro trimestre da gravidez é a fase que envolve muita emoção e sentimentos 
relacionados à gestação é a “balança quer e não querer”. Contradição como entre 
estar ou não gravida, pode gerar uma mistura de sentimentos medo, alegria, 
apreensão, realidade e rejeição, portanto ocorre sempre uma oscilação de 
sentimentos (SAUNDERS, 2002). 
 
O feto ainda não é concretamente sentido e as alterações corporais são bem 
discretas e muitas vezes não são percebidas. A grávida fica mais sensível, 
susceptível a mudanças de humor, aumentando a sensibilidade nas áreas olfato, 
audição e paladar, podendo causar irritabilidade e a mulher fica mais irritada e 
vulnerável a qualquer estimulo que anteriormente não afetava tanto podendo sorrir e 
chorar com muita facilidade (MALDONADO, 1996). 
 
Caracteristicamente o segundo trimestre da gravidez é considerado mais estável do 
ponto de vista emocional e é marcante principalmente pelo fato da mãe perceber os 
primeiros movimentos do feto (MALDONADO, 1996). 
 
No terceiro trimestre, o nível de ansiedade aumenta na gestante, com a proximidade 
do parto e com as mudanças de rotina que irão acontecer após a chegada do bebê. 
São muitas sensações envolvidas nessa fase, como a vontade de ver o filho e 
terminar a gravidez, de conferir se realmente está tudo bem com o bebê, “se ele é 
perfeito”, um inevitável medo da morte durante o parto, e ao mesmo tempo a 
21 
 
vontade de prolongar a gravidez e adiar as mudanças. É frequente o receio de não 
saber reconhecer os sinais do inicio parto e ser surpreendida, ou até mesmo não 
suportar as dores, por esse motivo, trabalhar a autoconfiança diminui o nervosismo e 
a ansiedade do nascimento do bebê e dá à mulher o controle da nova situação 
(FIGES, 2001; MALDONADO, 1996). 
 
No fim da gravidez, a mulher vive um período de muita ansiedade por causa da 
chegado do parto e o nascimento do filho, o fim da gravidez torna-se uma realidade 
incontornável. Diante destas alterações algumas mulheres podem recorrer a ao uso 
de medicação sem prescrição médica o que gera graves consequências na vida do 
feto que ainda está em desenvolvimento e para a mãe (FORTES, 2015). 
 
Aproximadamente 55% das gestantes apresentam algum tipo de alteração 
emocional, podendo apresentar-se como ansiedade, depressão, agitação e medo do 
momento do parto. Se a ansiedade alcançar uma intensidade elevada, pode causar 
interferências no sono da gestante, o que ocorre em 23% dos casos. Deste modo ao 
longo da gravidez podem ocorrer alguns períodos em que a mulher manifesta sinais 
de ansiedade (MORON; CAMANO; KULAY, 2011). 
 
No período da gravidez diversas complicações podem trazer risco materno-fetal. Por 
isso é de muita importância o acompanhamento do profissional de saúde para que 
de maneira correta possa orientar, tratar e prevenir as complicações e 
intercorrências que possam ocorrer ao longo deste período e evitar a prática da 
automedicação (FORTES, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
4 INTERCORRÊNCIAS OBSTÉTRICAS 
 
Neste capítulo são abordadas as principais intercorrências obstétricas que 
acometem as mulheres no período gravídico, que de alguma forma podem afetar o 
seu bem-estar físico e psicológico, bem como a sua qualidade de vida. Deste modo 
sabemos que o nascimento é considerado um processo fisiológico e natural, porém 
as gestantes estão sujeitas a ocorrência de complicações no curso da gestação que 
são influenciadas por essa fase. Podendo destacar as mais frequentes: Infecção do 
trato urinário, anemia, diabetes na gestacional, hipertensão na gestação. 
 
4.1 Infecção urinária 
 
A gravidez constitui um período na vida da mulher, que na maioria das vezes 
poderia acontecer sem problemas de saúde, porém envolve em si uma crise 
adaptativa caracterizada por complexas transformações fisiológicas, emocionais e 
interpessoais, as quais implicam em um potencial de risco eminente e por isso 
demanda atenção de caráter multidisciplinar na saúde (PEREIRA; BACHION, 2005). 
 
A infecção urinária é o problema clínico mais recorrente na gravidez, é de grande 
incidência neste período da vida da mulher, acometendo de 10 a 12% das 
gestantes, no qual a grande maioria das infecções ocorre no primeiro trimestre da 
gestação, além disso, estão associadas a uma maior incidência de nascimentos de 
crianças prematuras e/ou de baixo peso, assim como, uma maior mortalidade 
perinatal e maior morbidade materna (JACOCIUNAS; PICOLI, 2007). A presença de 
bactérias provoca danos aos tecidos do sistema urinário, são classificadas como 
assintomáticas e sintomáticas (FIGUEIREDO; GOMES; CAMPOS, 2012). 
 
Essa infecção pode apresentar-se de forma sintomática ou assintomática,mas, na 
gravidez existem fatores que podem facilitar a mudança de infecções assintomáticas 
para sintomáticas (SILVA, 2012). 
 
A infecção assintomática é bem preocupante, por não ser percebida, pode causar 
um parto prematuro e em internação da gestante, já a sintomática o diagnostico é 
rápido, por apresentar sintomas. Desse modo geralmente são causadas por 
23 
 
bactérias da microbiota intestinal, que pelo fato da urina na gravidez ser rica em 
nutrientes favorece o crescimento bacteriano. Por tanto é necessário solicitar o 
exame de urocultura para as gestantes com intuito de tratar precocemente e assim 
evitar maiores complicações (JACOCIUNAS; PICOLI, 2007). 
 
Além da elevada incidência de infecções sintomáticas no período gravídico, o 
arsenal terapêutico com antimicrobiano e as alternativas profiláticas são restritas, 
considerando a toxicidade de alguns medicamentos para o produto conceptual 
(embrião/feto e placenta). Deste modo, o diagnóstico precoce, seguido da 
terapêutica apropriada e imediata, torna-se indispensável durante o 
acompanhamento do pré-natal, impedindo o comprometimento do prognóstico 
materno e gestacional (DUARTE et al., 2008). 
 
Na gestação ocorrem algumas modificações anatômicas impostas ao trato urinário 
que predispõem a transformação de mulheres com infecções assintomáticas em 
gestantes com ITU sintomáticas, sugerindo que o número de infecções urinárias 
nesse período da vida seja mais recorrente (BAUMGARTEN et al., 2011). 
 
Geralmente quando a infecção urinaria causa o comprometimento do trato urinário 
superior pode está relacionado ao aumento no índice de parto prematuro e à 
diminuição no crescimento fetal (PIATO, 2009). 
 
Segundo as Sociedades Brasileiras de Infectologia e Urologia (2004), as mulheres 
são mais vulneráveis á adquirir infecções urinarias por possuírem condições 
anatômicas como a uretra mais curta e de maior proximidade da vagina com o ânus. 
Outros fatores que aumentam a incidência de mulheres com ITU incluem o ato 
sexual, já que o mesmo pode gerar traumas na uretra, a utilização de geleias 
espermicidas, a gestação e o número de gestações, o diabetes e a higiene 
deficiente. Na figura 3 mostra a conduta a ser seguida na infecção urinária 
sintomática orienta o procedimento a ser seguido em laboratório nos casos de ITUs 
sintomáticas. 
 
 
 
24 
 
Figura 3 – Conduta na infecção urinária sintomática 
 
Fonte: FIGUEIRÓ-FILHO et al., 2009. 
 
Os maiores causadores das infecções do trato urinário são os chamados germes 
gram-negativos entéricos, e pode-se destacar principalmente a Escherichia coli, que 
é o mais frequente, e em seguida os outros gram-negativos como Acinetobacter, 
Klebsiella, Enterobacter, Proteus e Pseudomonas. Além desses, um germe 
25 
 
grampositivo, o Staphylococcus saprophyticus tem sido apontado como segunda 
causa mais comum de ITU não complicada (HEILBERG; SCHOR, 2003). 
 
Segundo o Manual técnico de gestação de alto risco (2010), as opções de 
terapêuticas podem ser em regime de dose única, de longa duração de curta 
duração ver na tabela 1. Deste modo a escolha do melhor método medicamentoso 
para a grávida dependerá apenas da avaliação clínica do grau de comprometimento 
da gestante. 
 
Tabela 1 – Antibióticos e tempo de tratamento para Infecção Urinária. 
Tratamento da Infecção Urinária 
Nitrofurantoína (Macrodantina) - 100 mg por via oral cada 12 horas 
durante 5-7 dias. 
Amoxicilina - 500 mg por via oral cada 8 ou 12 horas 
durante 3-7 dias. 
Amoxicilina-clavulanato 500 mg por via oral cada 12 horas 
durante 3-7 dias. 
Cefalexina 500 mg por via oral cada 6 horas durante 
3-7 dias. 
Fosfomicina 3 g por via oral em dose única. 
Fonte: PINHEIRO, 2017. 
 
Portanto, é notório que, no decorrer da gravidez, fatores mecânicos e hormonais 
contribuem e provocam mudanças no trato urinário materno, tornando a mulher 
vulnerável às formas sintomáticas de infecções (DUARTE et al., 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
4.2 Diabetes mellitus gestacional 
 
O Diabetes Mellitus é um problema que atinge aproximadamente 5% das gravidas, 
quando associado à gravidez é chamado de gestacional ou pré-gestacional 
(DEBASTIANI, 2007). 
 
É uma doença metabólica crônica caracterizada por hiperglicemia, que é 
determinado pela insuficiência de insulina, relativa ou absoluta, atribuída à alteração 
pancreática em que há uma menor secreção de insulina ou a menor ação hormonal 
a nível periférico (CAMPOS; FAGUNDES; SELIGMAN, 2002). 
 
O Diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como qualquer grau de 
intolerância à glicose, com início ou primeiro reconhecimento durante a gravidez, 
independentemente da utilização da insulina ou se a condição persiste após o parto 
e não se exclui a possibilidade de a intolerância à glicose ter antecedido a gravidez 
(BOLOGNANI; SOUZA; CALDERON, 2011). Tem como principal complicação fetal 
em mulheres com DMG a macrossomia, que esta associada à obesidade infantil e 
ao risco aumentado de síndrome metabólica (SM) na vida adulta (BOLOGNANI; 
SOUZA; CALDERON, 2011). 
 
Os fatores de risco no diabetes gestacional são: idade materna superior a 35 anos; 
baixa estatura; obesidade ou ganho excessivo de peso na atual gestação, com 
índice de massa corpórea (IMC) pré - gravídico >27; deposição central excessiva de 
gordura corporal; histórico familiar de diabetes em parentes de 1º grau; histórico 
obstétrico pregresso, incluindo a gestacional, hipertensão arterial, doença 
hipertensiva específica da gestação, abortamentos, fetos natimortos, presença de 
hipertensão ou pré-eclâmpsia; crescimento, fetal exagerado; hipertensão arterial, 
doença hipertensiva específica da gestação na gravidez atual; uso de medicamentos 
com ação hiperglicemiante (MANSUR; LAUN; FARIAS, 2001). 
 
A identificação do diabetes é realizada a partir da realização da consulta no decorrer 
do pré-natal, verificando o valor da glicose em jejum com o objetivo de detectar a 
presença de diabetes pré-existente ver na figura 4. E partir da 20ª semana de 
27 
 
gestação, outra medida da glicose plasmática de jejum é realizada, com ponto de 
corte de 85mg/dl, visando à detecção do diabetes gestacional (GROSS, 2002). 
Figura 4 – Diagnostico do Diabetes gestacional. 
 
Fonte: Almeida; Dores; Ruas, 2017. 
 
O diagnóstico precoce e correto da diabetes mellitus e também das alterações da 
tolerância à glicose são extremamente relevantes, porque permite que sejam 
adotados métodos terapêuticos que podem evitar o aparecimento de diabetes nos 
indivíduos com tolerância diminuída e assim retardar o surgimento das complicações 
crônicas nos pacientes diagnosticados com diabetes (GROSS et al., 2002). 
 
 
28 
 
4.3 Anemia 
 
A anemia é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a redução da 
taxa de hemoglobina no sangue, ou seja, ocorre a diminuição da capacidade do 
sangue de transportar oxigênio, em consequência de uma diminuição de glóbulos 
vermelhos e/ou teor da hemoglobina (GUERRA et al., 1990), para as grávidas os 
valores abaixo de 11 g/dL são considerados indicadores de anemia (FAILACE et al., 
2009). 
 
O Ministério da Saúde Brasil (2010), considera anemia grave quando os níveis da 
hemoglobina estiverem a abaixo de 7,0 g/dl e anemia moderada se os valores 
estiverem entre 7,0 g/dl e 10,0 g/dl. Diante disto a anemia é considerada um grande 
problema para a saúde publica que afeta vários países, com danos a saúde 
humana, as mulheres gravidas fazem parte do grupo mais acometido pela 
deficiência de ferro (MACHADO, 2011). Na figura 5 mostra um esfregaço sanguíneo 
com Anemia Ferropriva, como pode ser observado, a hipocromia é mais evidente na 
AF. 
 
Figura 5 – No esfregaço sanguíneo pode se observar hemácias de menor volume 
(microcíticas) e com menor conteúdo de hemoglobina (hipocromicas). 
 
Fonte: GROTTO, 2010. 
29 
 
A anemia pela carência de ferro é consideradaa deficiência nutricional de maior 
relevância no período gestacional pela sua frequência e também por gerar 
consequências. Diante disto sabe-se que para ocorrer à produção sanguínea fetal, o 
feto faz uso de elementos químicos do sangue da mãe e das reservas de ferro 
maternas, gerando uma diminuição nos índices de ferro do organismo da mesma 
(CANÇADO, 2007). Devido ao aumento do consumo de nutrientes, a gestação é um 
período especialmente propício ao desenvolvimento de anemias carenciais, 
contribuindo para a manifestação de outras doenças, entre elas a anemia ferropriva 
(SANTOS, 2012). 
 
Segundo dados estimados, 56% das gravidas de países em desenvolvimento possui 
anemia e nos países industrializados esses índices diminuem para 18% (MODOTTI 
et al., 2015), sendo referido como o problema hematológico mais comum do ciclo 
gestacional que pode desencadear outras complicações materno-fetais (SANTOS, 
2012), pode ser causada por deficiência de vários nutrientes como Ferro, Zinco, 
Vitamina B12 e proteínas. Porém, a Anemia quando causada pela deficiência de 
Ferro, é denominada Anemia Ferropriva, que é muito mais comum que as demais 
anemias (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de Ferro). 
O Ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese 
(fabricação) das células vermelhas do sangue e no transporte do Oxigênio para 
todas as células do corpo (FAILACE et al., 2009). 
 
No período gestacional o fato de acontecer diversas mudanças fisiológicas leva ao 
aumento do volume plasmático e por sua vez ocorre a diminuição do estoque dos 
micronutrientes, pois a demanda de energia e nutrientes está elevada, podendo 
desencadear desnutrição e deficiência de ferro. Por tanto a anemia na gestação está 
diretamente associada a risco de morbidade e mortalidade materna e fetal (SOUZA; 
BATISTA FILHO, 2003). 
 
Segundo Rocha et al. (2005), a falta de ferro no período gestacional pode trazer 
efeitos adversos tanto para a saúde da mãe quanto para a do recém-nascido, deste 
modo às anemias maternas, seja moderada ou grave, estão associadas a uma 
elevação no índice de abortos espontâneos, partos prematuros, baixo peso ao 
nascer e até mesmo a morte perinatal, portanto as complicações que podem ocorrer 
30 
 
no feto são a restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, morte fetal e 
anemia no primeiro ano de vida, devido às baixas reservas de ferro no recém-
nascido. 
 
Para o Ministério da Saúde (2013), a necessidade de consumir ferro durante o 
período gestacional é bem alto, por isso recomenda-se a realização de medidas 
complementares ao estímulo à alimentação saudável, com o objetivo de oferecer 
ferro adicional de modo preventivo. Deste modo, a prevenção da anemia por 
deficiência de ferro deve ser planejada com a priorização da suplementação de ferro 
medicamentosa em doses profiláticas; com a educação alimentar e nutricional 
adequada e saudável; com a fortificação dos alimentos; com o controle de infecções 
e parasitoses; e com o acesso à água e esgoto sanitariamente adequado. 
 
A anemia pode acarretar diversas consequências para as gestantes pode-se 
destacar o risco de partos prematuros, abortos e mortalidade materna. Geralmente 
as que mulheres são anêmicas serão gestantes anêmicas e, portanto, mais 
suscetíveis às consequências citadas anteriormente (LOPES et al., 2015). 
 
Geralmente, o diagnóstico da anemia é realizado por meio do hemograma, do 
esfregaço sanguíneo periférico, da contagem dos reticulócitos e pela dosagem da 
quantidade do ferro sérico (MODOTTI et al., 2015). O tratamento através de 
medicamentos mais convencional para anemia por carência de ferro está 
relacionado à administração por via oral de sulfato ferroso. Esse tratamento precisa, 
de no mínimo duas semanas para correção de anemia leve e de um a três meses 
para anemia mais graves (CANÇADO et al., 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4.4 Hipertensão na gestação 
 
Segundo Baracho 2002, a hipertensão arterial é uma doença cardiovascular comum 
durante a gravidez e até mesmo durante os anos férteis da mulher. As complicações 
decorrentes da doença hipertensiva são ao lado da infecção e da hemorragia, a 
principal causa de morte materna na maioria dos serviços especializados. 
 
Define-se como hipertensão gestacional quando os níveis pressóricos estão 
superiores a 140x90 mmHg ou também pelo aumento de 30 mmHg e 15mmHg nas 
pressões sistólicas e diastólicas, respectivamente. A hipertensão é uma das mais 
sérias complicações que colocam a vida da mãe e do feto em risco, atinge diversas 
camadas sócias, sendo necessário um controle da mesma para evitar 
consequências irreversíveis (FORTES, 2015). 
 
De acordo com Wannmacher (2004), as alterações na pressão arterial das gestantes 
acontecem de 5 a 10% das gravidezes e causam graves danos à mãe e ao feto, a 
paciente deve ser monitorada continuamente, geralmente a pressão se eleva depois 
da vigésima semana gestacional e normalmente só desaparece após o nascimento 
do bebê. O risco materno pode causar alterações vasculares e metabólicas, 
associado a risco cardiovascular. No risco fetal um grande fator é a diminuição do 
crescimento intrauterino, que pode desenvolver a aterosclerose precoce (FREIRE; 
TEDOLDI, 2009). 
 
Os distúrbios hipertensivos são as complicações com maior relevância durante o 
período gravídico-puerperal. Como relação ao termo "hipertensão na gravidez" é 
usada para descrever pacientes com uma simples elevação nos níveis pressóricos, 
até mesmo a hipertensão grave com disfunção de diversos órgãos (BEZERRA et al., 
2005). 
 
Segundo Freire e Tedoldi (2009), diferente dos países bem desenvolvidos, a 
hipertensão arterial na gestação continua como a primeira causa de morte materna 
direta no Brasil (37%), sendo que em maior proporção nas regiões Norte e Nordeste 
em comparação ao Sudeste, Sul e Centro Oeste. 
 
32 
 
4.4.1 Pré-eclâmpsia 
 
A pré-eclâmpsia é considerada uma das principais causas de morte materna em 
todo o mundo (SOUZA et al., 2006), síndrome que afeta todo o organismo da mulher 
principalmente rins, fígado, cérebro e a placenta, a etiologia da doença é 
desconhecida (WANNMACHER, 2004). 
 
O termo “pré-eclâmpsia” é comumente empregado para descrever a doença singular 
da gravidez que se manifesta por hipertensão com disfunção de múltiplos órgãos. O 
termo significa que a eclâmpsia é a manifestação final da doença e, historicamente, 
as convulsões têm sido a expressão mais dramática de doença. Entretanto, 
achamos que a pré-eclâmpsia ameaçadora pode ocorrer sem convulsões 
(BURROW; FERRIS 1996). 
 
Segundo o Ministério da saúde Brasil (2010), a pré-eclâmpsia pode se dividir em 
duas categorias: leve ou grave depende apenas do grau de comprometimento, a 
pré-eclâmpsia leve se define como “hipertensão que ocorre após 20 semanas de 
gestação acompanhada de proteinúria, com desaparecimento até 12 semanas pós-
parto”, a gestante pode se queixar de alguns sintomas como: cefaleia, distúrbios 
visuais, dor abdominal, trombocitopenia e aumento de enzimas hepáticas. E a grave 
se a gestante tiver um ou mais sintomas como Oligúria; Elevação de enzimas 
hepáticas; Trombocitopenia (plaquetas <100.000 / mm³); Crescimento intrauterino 
retardado (CIUR) entre outros, e quando a PA for igual ou maior a 160 mmHg X 110 
mmHg. 
 
Tabela 2 – Comparação de Manifestações Clínicas: Pré-eclâmpsia Leve e Grave. 
Quadro Clínico Leve Grave 
Pressão arterial, mmHg 140/90 
Proteína na urina 2+ 3+ a 4+ 
Débito urinário, ml/h >30 <20 
Edema pulmonar Negativo Pode ocorrer 
Síndrome de HELLP Negativo Pode ocorrer 
Fonte: Ricci, 2008. 
 
33 
 
Segundo Braunwald et.al. (2002), de 5 a 7% aproximadamente do total de mulheres 
grávidas apresentam pré-eclâmpsia, com um início recente de hipertensão (pressão 
arterial > 140/90 mmHg), protenúria (>300 mg por 24 horas) e edema patológico.Apesar de se desconheçer os fatores placentários específicos que causam a pré-
elâmpsia, o resultado final é vasospasmo e lesão endotelial de múltiplos órgãos. A 
pré-eclâmpsia pode está relacionado a anormalidades da auto-regulação circulatória 
cerebral, o que consequentemente aumenta o risco de acidente vascular cerebral 
em níveis de pressão arterial quase normal. 
 
Deste modo para Ricci 2008, a evolução da doença, se não for tratada ou caso não 
se interrompa a gravidez, é o desenvolvimento das formas mais graves da doença, 
como a eclâmpsia e a síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas, 
baixa contagem de plaquetas). 
 
A síndrome HELLP é definida como um transtorno específico da gravidez, de 
prognóstico reservado, caracterizado por hemólise, elevação de enzimas hepáticas 
e baixa contagem de plaquetas. A síndrome HELLP está ligada à pré-eclâmpsia 
(PE) grave ou eclâmpsia, porém, em alguns casos também pode ser encontrada em 
gestantes com níveis pressóricos mais baixos, não caracterizados com PE grave. O 
estudo dos quadros da síndrome de HELLP é importante, pois estão associados à 
elevada mortalidade e morbidade tanto materna quanto perinatal. Estima-se 
mortalidade materna em até 24% dos casos, e perinatal oscilando de 30 a 40% dos 
casos (COELHO et al., 2009). 
 
O risco de reincidência da síndrome HELLP é pequeno. Porém, as mulheres que a 
desenvolvem na gestação estão sob um risco maior de desenvolver pré-eclâmpsia 
na gravidez seguinte. Não existem evidências de tratamentos que evitem a 
recorrência desta síndrome, pois os estudos ainda são insuficientes (COELHO et al., 
2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
5 Conceito de automedicação 
 
Automedicação é uma prática na qual a pessoa faz uso de medicamentos sem a 
prescrição médica, confiando que o uso mesmo que sem a devida orientação traga 
benefícios à saúde (BESERRA et al., 2014). No Brasil cerca 80 milhões de pessoas 
se automedica, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias 
Farmacêuticas, a falta de obrigatoriedade de apresentação da receita médica, 
justifica esse alto índice no país (ARRAIS et al., 1997) sendo assim vários fatores 
favorecem ao uso indiscriminado de medicamentos como os anúncios de venda livre 
feitos pelas mídias incentivando o consumo desses medicamentos, condições de 
vida, a falta de acesso a um meio de saúde e o desejo de alivio na dor (LOYOLA 
FILHO et al., 2002). 
 
A população em geral está sujeita a problemas de saúde, que impõem o uso de 
medicamentos, na gestação essa exposição a uma determinada droga envolve dois 
organismos simultaneamente e a resposta observada na mãe difere da resposta 
fetal que pode resultar em toxicidade fetal, podendo ocorrer lesões irreversíveis 
(GOMES et al., 1999). Se tratando de uma situação única, na gestação o uso 
indiscriminado pode causar muitas consequências para a gestante e o feto 
(BESERRA et al., 2014). 
 
5.1 Terapia medicamentosa 
 
Medicamento é toda e qualquer substância que na sua formulação possua efeito 
preventivo e curativo de sinais e/ou sintomas de doenças nas pessoas e nos 
animais, pode apresentar variadas formas farmacêuticas com comprimido, cápsula, 
xarope, cremes, pomadas entre outros. Antes de serem vendidos os medicamentos 
são testados para verificar a eficácia e qualidade e depois podem ser inseridos no 
mercado (ARRUDA et al., 2011). O medicamento é um bem fundamental para a 
saúde e é a ferramenta terapêutica mais importante nas mãos de profissionais da 
saúde, ajudando na qualidade de vida das pessoas (ARRAIS et al., 2005). 
 
Para utilização dos medicamentos na gravidez é preciso ter muita atenção por causa 
dos riscos envolvendo o desenvolvimento do feto, devendo então o uso ser evitado. 
35 
 
Por mais que as orientações sejam com cautela, depois dos efeitos catastróficos do 
uso da talidomida, tem-se notado o excesso de prescrições e o aumento da 
automedicação (BESERRA et al., 2014). Na gestação os medicamentos só podem 
ser usados se houver benéfico para a mãe ou para feto, com isso é necessário se 
assegurar sobre os efeitos que essa exposição pode gerar (FONSECA; FONSECA; 
BERGSTEN-MENDES, 2002). 
 
Os medicamentos possuem um efeito mais intenso quando utilizado no primeiro 
trimestre da gestação, período que acontecem as modificações morfológicas e que o 
uso pode interferir no processo de formação, causando malformações no feto, um 
exemplo são os remédios que alteram a circulação sanguínea que ao atravessar a 
barreira placentária pode causar danos na distribuição dos nutrientes, oxigênio e 
pode afetar o sistema nervoso central (SNC) que ainda se desenvolve, e conseguir 
interferir no amadurecimento normal do SNC e assim gerar anormalidades na mente 
da criança (MONTEIRO, 2008). 
 
Na gestação é necessário que antes de fazer uso de qualquer substância, a 
gestante procurar orientação médica, para discutir sobre a natureza do mesmo, e as 
consequências que esse uso pode gerar ao feto e sobre tudo se a exposição é 
realmente necessária, os possíveis benefícios com o uso precisam ser verificados e 
possivelmente comparados com o risco de usa-lo ou não (MONTEIRO, 2008). 
 
Desde a tragédia que aconteceu na década de 1960, a preocupação com o uso dos 
medicamentos na gestação, é devido à teratogenicidade e os efeitos no 
desenvolvimento do feto (CAMPESATO, 2005), marcando assim o início de muita 
atenção na prática medicamentosa para as gestantes, a talidomida era utilizada no 
alivio dos enjoos da gravidez, e também foi usado por muitas pessoas de vários 
países, se tornou o fármaco mais popular da década, os pesquisadores descobriram 
que ela causou diretamente as malformações congênitas nos bebê daquela época, 
ausência de braços e pernas por causa da ingestão da talidomida, no início da 
gestação, os efeitos catastróficos marcaram a vida da sociedade para os riscos 
causados pelo medicamento (SILVEIRA; PARDINHO; GOMES, 2001). A talidomida 
foi comercializada e distribuída como uma mistura racémica de ambos enantiómeros 
e conhecida como "Distaval" no Reino Unido. Os médicos tinham o medicamento e 
36 
 
entregavam as mulheres ainda no início da gravidez (VARGESSON, 2009). Em todo 
o mundo a talidomida deixou milhares de vitimas, crianças que foram marcadas pelo 
seu efeito teratogênico (SILVEIRA; PARDINHO; GOMES, 2001). 
 
A talidomida ou “α-N-ftalimidoglutarimida” é uma substância química (3–
ftalimidoglutarimida) derivada do ácido glutâmico que estruturalmente contém um 
único centro quiral e dois anéis amida, que é composto por uma forma de mistura 
equivalente a dos isômeros S(-) e R(-), o enantiômero S é referente aos efeitos 
teratogênicos da talidomida, e o enantiômero R e responsável pelas propriedades 
sedativas do fármaco ver na figura 6. A talidomida começou a ser comercializada no 
Brasil na década de 1958, por diferentes laboratórios, e em 1960 foram relatados os 
primeiros casos de malformações fetais no País (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
 
Figura 6 – Fórmula estrutural de enantiômeros de Talidomida e a embalagem (3-
ftalimidoglutamimida). 
 
Fonte: VARGESSON, 2009. 
 
 
 
37 
 
5.2 Riscos da automedicação 
 
Nos primeiros três meses da gestação os riscos são maiores e estão relacionadas a 
malformações no feto, algumas medicações quando ingeridas podem prejudicar de 
varias formas o feto: Pode modificar e causar o desenvolvimento anormal ou até 
mesmo à morte do feto pode gerar disfunção na placenta por causa da constrição 
dos vasos sanguíneos e assim reduzir a troca de oxigênio e de nutrientes da mãe 
com o feto, os teratógenos podem causar abortamento espontâneo, retardo no 
crescimento intrauterino e posteriormente um retardo mental e anormalidades 
congênitas (GENTILE, 2014). Além disso, eles podem fazer com que os músculos 
do útero se contraiam com força; ferindo indiretamente o feto, reduzindo o 
suprimento de sangue ou desencadeando mão-de-obrae parto pré-termo 
(SACHDEVA; PATEL; PATEL, 2009). 
 
Os medicamentos anti-hipertensivos como Captopril, Metildopa, Nifedipino e 
Atenolol, apresentaram categorias risco C e D. Quando utilizados no período 
gestacional durante o segundo e terceiro trimestres, são os inibidores da enzima 
conversora de angiotensina (ECA) podendo causar danos ao desenvolvimento e até 
mesmo a morte fetal (RIBEIRO et al., 2013). 
 
São poucos os medicamentos que conseguem ser testados para esse grupo 
específico (grávidas), devido a grande quantidade de limitações éticas e 
metodológicas, o que dificulta os resultados conclusivos que garantam a eficácia e 
segurança nessa população (OSÓRIO-DE-CASTRO et al., 2004). A utilização de 
medicamentos contraindicados na gravidez expõe a gestante e o feto a riscos que 
podem levar a malformações em qualquer momento da gestação. Sabe-se que as 
malformações ocorrem em 2 a 4% dos nascimentos, mas estima-se que 15% das 
malformações resultem em aborto. Por tanto, o risco gerado para o feto supera 
qualquer tipo de benefício para a gestante. (LUNARDI-MAIA; TREVISOL; GALATO, 
2014). 
 
 
 
 
38 
 
5.3 Categorias e classes farmacológicas dos medicamentos na gravidez 
 
Por causa do potencial de risco existente no uso dos medicamentos na gravidez, a 
Food and Drug Administration (FDA), criou cinco categorias de medicações que 
devem ser utilizadas pelas gestantes na qual deve está presente nas bulas dos 
fármacos (DEL FIOL; AVALLONE, 2005). Tendo em vista a crescente preocupação 
a cerca do uso dos fármacos na gravidez e os riscos para a mãe e o feto, existem 
algumas classificações dos medicamentos e substâncias, de acordo com o risco 
gerado na gravidez, dispostas em cinco categorias (BESERRA et al., 2014). 
 
 CATEGORIA DE RISCO A- Refere-se a estudos clínicos controlados em 
mulheres e não foi encontrado risco para o feto no uso desses medicamentos 
(FORTES, 2015). 
 CATEGORIA DE RISCO B- Medicamentos no qual foram realizadas 
pesquisas em animais que não apresentavam risco para o feto, porém não 
existem estudos em mulheres gravidas (FORTES, 2015). 
 
 CATEGORIA DE RISCO C- Medicamentos que foram efetuados estudos em 
animais que demostraram efeitos adversos no feto, e também não há 
pesquisas relacionadas com gestantes (BESERRA et al., 2014). O beneficio 
no uso dos medicamentos dessa categoria devem justificar o risco para o feto 
(DEL FIOL; AVALLONE, 2005). 
 
 CATEGORIA DE RISCO D- Existe evidencias de risco fetal, porem os 
benefícios para a gestante podem justificar o risco, (DEL FIOL; AVALLONE, 
2005) como, por exemplo, situação de risco iminente ou para o tratamento de 
doenças quando o uso de outros medicamentos foi ineficaz (ROZAS, 2004). 
 
 CATEGORIA DE RISCO X- Estudos com medicamentos realizados em 
humanos e nos animais tem mostrado que o uso causa anormalidades fetais, 
o risco supera qualquer tipo de beneficio, as substâncias dessa categoria são 
contra indicados para as gestantes (MONTEIRO, 2008). 
 
39 
 
Tabela 3 – Classes farmacológicas dos medicamentos e suas respectivas 
indicações de uso na gravidez. 
Classe 
farmacológica 
Medicamentos Indicação e Classificação de acordo 
com a FDA 
Antibióticos Azitromicina, 
Eritromicina; 
Categoria de risco B, sendo utilizados 
somente com orientação médica; 
Anti-inflamatórios Ácido 
Acetilsalicílico, 
Nimesulida; 
Categoria de risco C, apresentando um 
grau elevado em teratogênicas no feto; 
Anti-hipertensivos Captopril, 
Metildopa 
Apresentaram categoria C e D, com grau 
de toxicidade elevado e outros não 
podendo descartar a possibilidade de 
danos para o feto; 
Antianêmicos Ácido Fólico; Categoria A, o recomendado seu uso 
durante a gravidez. 
Anticoagulantes Warfarina; Categoria X, ocasionando malformações 
de crianças. 
Corticoides Prednisona Categoria B, podendo atravessar a 
barreira placentária e também passar 
para o leite materno; 
Diuréticos Hidroclorotiazida, 
Furosemida, 
Espironolactona; 
Categorias B, C e D respectivamente, 
com riscos e danos que podem superar 
os benefícios, como a inibição do parto ou 
da lactação; 
Antigases Simeticona; Categoria C, contudo não se têm 
informações suficientes na literatura que 
comprovem algum efeito teratogênico; 
Antifúngicos Cetoconazol; Atravessa a placenta e pode provocar 
problemas fetais durante o primeiro 
trimestre da gravidez. Recomenda-se não 
prescrevê-lo durante a gravidez e a 
lactação. 
Fonte: Modificado de FDA: Food And Drug Administration 2010. 
 
A prescrição do medicamento deve ser feita através do medico e com bastante 
cautela na gravidez, os efeitos devem ser estudados antes de prescrever o 
medicamento conhecer bem os efeitos secundários, os riscos e benefícios para a 
gravidez, informar o porquê da prescrição, o modo correto de usar, conscientizar 
sobre as consequências do uso indiscriminado de modo a proporcionar ao bebé um 
desenvolvimento e nascimento saudável (FORTES, 2015). A tabela 6 demonstra 
quais são as seis classes terapêuticas mais utilizadas pelas gestantes segundo a 
literatura brasileira (RODRIGUES, 2006). 
40 
 
Tabela 4 – O uso de medicamentos das seis classes mais utilizadas, medicamentos 
e modificações morfofisiológicas fetais relacionadas. 
Classe Terapêutica Medicamento Alterações Morfofisiológicas 
Analgésicos Dipirona 
Paracetamol 
Ácido acetilsalicílico 
HIC em prematuros, 
diminuição da capacidade de 
ligação da albumina, pequena 
hemorragia no RN. 
Antiespasmódicos Butilescolopolamina 
Metodopramina 
Taquicardia, diminuição e 
desaceleraçãocardiaca e 
letargia 
Antiinfecciosos e anti-
sépticos ginecológicos 
Nistatina 
Metronidazol 
Miconazol 
Hidrocele e luxação congênita 
( quando utilizado no inicio da 
gestação). 
Antianêmicos Sulfato Ferroso 
Ácido Fólico 
Defeitos do tubo neural (DTN) 
Antiácidos Sais de Cálcio 
Sais de Magnésio 
Sais de alumínio 
 
---- 
Antimicrobianos Ampicilina 
Cefalexina 
Penicilina G benzatina 
Ciclopia (quando usado em 
doses elevadas). 
Fonte: RODRIGUES, 2006. 
 
5.4 Medicamentos indicados no período gestacional 
 
As mulheres deveriam procurar aconselhamento médico antes de engravidar, 
principalmente por ser algo essencial para evitar que os riscos relacionados a 
agentes terapêuticos estejam presentes nessa fase que é única e de suma 
importância na vida da mulher, o acido fólico é um dos suplementos mais prescritos 
durante o planejamento da gestação, o uso desta substância ajuda a prevenir 
doenças do tubo neural no bebê. Por tanto o uso de qualquer medicação de ser 
discutido de forma transparente entre a gestante e o médico, deixando claro os 
riscos e os benefícios da utilização, devendo ser prescritos somente quando 
necessário e em pequena dosagem. Na tabela 6, este normatiza a utilização de 
41 
 
quatro medicações descritas tendo como justificativa o uso de tal medicação para 
promover o melhor estado físico materno-fetal (WANNMACHER, 2010). 
 
Tabela 5 – Medicamentos indicados na gestação. 
Medicamento Classe 
Terapêutica 
Indicações Dose Fatores de 
risco 
Ácido Fólico Vitamina. Anemia 5 mg 
comprimido ao 
dia até 14ª 
semana. 
A 
Sulfato 
Ferroso 
Vitamina. Anemia De acordo 
com Hb 300 
mg 30 min 
antes da 
refeição, com 
suco cítrico. 
A 
Vitamina A Vitamina. Formação Óssea - A 
Vitamina B12 Vitamina. Anemia - A 
Fonte: RODRIGUES, 2006. 
 
Na gravidez a nutrição com o auxilio do ácido fólico ver na figura 7 (ácido 
pteroilglutâmico) vitamina do complexo B9, muitas vezes é necessária durante o 
primeiro trimestre da gestação minimizando “tanto o risco de ocorrência como o risco 
de recorrência para os defeitos do tubo neural em cerca de 50 a 70%”, (SANTOS; 
PEREIRA, 2007) além de também prevenir doenças cardiovasculares, (ALABURDA; 
SHUNDO, 2007) o ácido fólico tem um papel essencial no processo de multiplicação 
celular, sendo considerado indispensável o uso na gestação, érequisito fundamental 
para o crescimento normal, na fase reprodutiva (gestação e lactação) e na formação 
dos anticorpos. Por tanto a sua deficiência pode causar alterações na síntese de 
DNA e alterações cromossômicas (SANTOS; PEREIRA, 2007). 
42 
 
 Figura 7 – Fórmula estrutural do ácido fólico. 
 
 Fonte: ALABURDA; SHUNDO, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A automedicação no período gestacional é um ato que acontece com frequência na 
sociedade e vale ressaltar que os profissionais da área da saúde são indispensáveis 
para fornecerem às informações necessárias as grávidas para que não coloquem 
em risco a saúde e o bem-estar do bebê. 
 
É notável que as alterações fisiológicas e emocionais que ocorrem durante toda a 
gravidez sejam elas leves ou marcantes, estão entre as mais evidentes que o corpo 
humano pode sofrer, gerando medos, dúvidas, angústias ou simplesmente 
curiosidade em relação às transformações ocorridas no organismo e no corpo 
materno. 
 
No período da gravidez diversas complicações que podem trazer risco materno-fetal. 
Por isso é de muita importância o acompanhamento do profissional de saúde para 
que de forma correta possa orientar, tratar e prevenir as complicações e 
intercorrências que possam ocorrer ao longo deste período e evitar a prática da 
automedicação na gestação. 
 
Os efeitos da automedicação na gestação são ainda mais graves, pois podem afetar 
não somente a mãe, como também a saúde e formação do feto que ainda não 
possui capacidade suficiente para metabolizar esses medicamentos sem causar 
danos ao organismo podendo causar malformações físicas, congênitas e até mesmo 
causar aborto. Por tanto caso a gestante possua qualquer tipo de problema de 
saúde, o recomendado é consultar o mais rápido possível um profissional de saúde 
e só usar medicamentos prescritos pelo mesmo, garantindo a saúde tanto da mãe 
quanto do filho. 
 
Por fim, pode-se concluir que essas informações são essenciais para a diminuição e 
prevenção da automedicação no período gravídico, visto que, quanto mais 
informações referentes aos perigos e efeitos causados pelo uso de medicamentos, 
mais conscientizadas sobre os riscos e consequências da automedicação na 
gravidez e, desde modo, pode-se minimizar os danos desse alto e assim garantir 
uma gravidez com mais seguranças para mãe e feto. 
44 
 
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