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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Tiago Rechia Mariot TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PLANO DE NEGÓCIOS PARA ABERTURA DE UMA CONSTRUTORA NA REGIÃO DA AMUREL E AMREC. Administração Geral ITAJAÍ (SC) 2009 1 TIAGO RECHIA MARIOT TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PLANO DE NEGÓCIOS PARA ABERTURA DE UMA CONSTRUTORA NA REGIÃO DA AMUREL E AMREC. Trabalho desenvolvido para o Estágio Supervisionado do curso de Administração, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí (SC) 2009 2 Agradeço primeiramente a Deus, por me proporcionar saúde para realizar o desenvolvimento do meu trabalho. Também agradeço a minha família que são peças fundamentais para o meu sucesso pessoal e profissional. Obrigado à minha orientadora, pelo aprendizado e apoio prestados para o desenvolvimento deste trabalho. Por fim, agradeço a todos que contribuíram para o alcance dos objetivos propostos. 3 “A coragem não é necessidade apenas nos entreveros da batalha, mas na hora crucial da decisão entre o bem e o mal.” Benjamin Franklin. 4 EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário; Tiago Rechia Mariot b) Área do Estágio; Administração Geral. c) Supervisor de Campo; Prof. Luis Carlos da Silva Flores d) Orientador de Estágio; Antonia Egídia de Souza e) Responsável pelo estágio Supervisionado em Administração; Professor Eduardo Krieger da Silva 5 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão Social; Uni Júnior – Orientação Empresarial. b) Endereço; Rua Uruguai, 586 – Centro - Itajaí c) Setor de desenvolvimento do Estágio; Uni Júnior – Orientação Empresarial d) Duração do Estágio; 240 Horas e) Nome e cargo do orientador de campo; f) Carimbo e visto da empresa; 6 AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA ITAJAÍ, 06 de Junho de 2009. A Empresa Uni Junior, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo (a) acadêmico (a) Tiago Rechia Mariot. __________________________________ Prof. Luis Carlos da Silva Flores 7 RESUMO Este trabalho de estágio teve como proposta verificar a viabilidade da abertura de um empreendimento no ramo da construção civil, no sul do estado de Santa Catarina, denominadas micro regiões como a Amrec que é a Associação dos municípios da região Carbonífera e a Amurel que é a Associação dos municípios da região de Laguna. A tipologia de estágio é uma proposição de planos. Como abordagem foi utilizada a pesquisa qualitativa. Para a condução do trabalho privilegiou-se os dados secundários como: pesquisas em meios de comunicação com revistas, jornais dentre outros meios de comunicação, experiências e exemplos dados pelos concorrentes e fornecedores, além da analise econômica das regiões citadas acima, e do Brasil. Para análise financeira foram pesquisados os valores de investimento e custos fixos e variáveis para a realização do empreendimento, além de uma analise dos parâmetros que viabilizam a realização do negócio. Após ter elaborado o plano de negócios, constatou-se que é viável abrir uma empresa no ramo da construção civil, pois o déficit habitacional e os programas desenvolvidos pelo governo federal são incentivos para o crescimento deste setor a qual se propõe abrir a empresa. Além disso, a analise financeira proporcionou uma visualização dos indicadores como o de lucratividade é de 20,18 %, rentabilidade de 19,49 % por empreendimento, onde a empresa tem a capacidade de desenvolver durante o ano seis empreendimentos tornando viável a implantação da Mariot Construções. PALAVRAS-CHAVE: Empreendedorismo; plano de negócios; construtora. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÃO Figura 1 - Cadeia de valor; ..................................................................................... 30 Figura 2 - As cinco forças competitivas; ................................................................. 31 Quadro 1; Características do Empreendedor; .........................................................21 Quadro 2; Características compartilhadas de planos de negócios bem-sucedidos.22 Quadro 3; Importância do plano de negócios para o empreendedor, investidores e funcionários; ........................................................................................................... 24 Quadro 4; Subdivisões do Macroambiente e suas Características; ...................... 27 Quadro 5; Mix de Marketing; ...................................................................................34 Quadro 6; Técnicas de analise de investimento e retorno; .................................... 40 Quadro 7; Áreas de atuação da empresa Uni-Junior; ............................................ 46 Quadro 8; Renda Familiar Média por Mês; ........................................................... 51 Quadro 9: Matriz SWOT; ........................................................................................ 54 Quadro 10; Objetivos específicos; .......................................................................... 56 Quadro 11; Principais aspectos para a viabilidade do negócio, ............................. 60 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11 1.1 Problema de pesquisa / justificativa...................................................................12 1.2 Objetivos do trabalho .............................................................................................12 1.3 Aspectos metodológicos....................................................................................13 1.3.1 Caracterização do trabalho e estágio..................................................................13 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa..................................................................13 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados.............................................14 1.3.4 Tratamento e análise dos dados .........................................................................14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................15 2.1 Funções da administração .....................................................................................15 2.2 Empreendedorismo..............................................................................................17 2.2.1 Empreendedorismo no Brasil ..............................................................................18 2.2.2 Perfil empreendedor............................................................................................20 2.3 Plano de negócios................................................................................................21 2.3.1 Estrutura do plano de negócios...........................................................................26 2.3.1.1 Definição do negócio .......................................................................................26 2.3.1.2 Diagnóstico do ambiente ..................................................................................27 2.3.1.2.1 Macroambiente..............................................................................................272.3.1.2.2 Ambiente setorial ...........................................................................................28 2.3.1.3 Ferramentas de Diagnóstico ............................................................................29 2.3.1.3.1 - Cenários......................................................................................................29 2.3.1.3.2 - Cadeia de Valor...........................................................................................30 2.3.1.3.3 As Cinco Forças de Porter............................................................................30 2.3.1.3.4 Matriz Swot....................................................................................................31 2.4 Definição do negócio ...........................................................................................32 2.4.1 Ações de marketing.............................................................................................33 2.4.2 Plano operacional................................................................................................34 2.4.3 Ações de Recursos Humanos .............................................................................35 2.4.3.1 Recrutamento e Seleção ..................................................................................36 2.4.3.2 Treinamento .....................................................................................................36 2.4.3.3 Remuneração...................................................................................................36 2.4.3.4 Avaliação de desempenho ...............................................................................38 2.4.4 Plano financeiro...................................................................................................38 2.4.4.1 Analise do Investimento/Retorno......................................................................40 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ...................................................................42 3.1 SUMÀRIO EXECUTIVO.........................................................................................43 3.1.1 O negócio ..........................................................................................................43 3.1.2 A estratégia de comunicação..............................................................................43 3.1.3 As competências dos empreendedores..............................................................43 3.1.4 Viabilidade financeira ........................................................................................43 10 3.2 Caracterização da Empresa foco do estágio ....................................................44 3.2.1 Missão, visão e objetivos.....................................................................................45 3.2.2 Portfólio de Serviços............................................................................................45 3.3 Diagnósticos do ambiente do negócio...............................................................47 3.3.1 Macroambiente....................................................................................................47 3.3.2 Ambiente setorial.................................................................................................48 3.3.2.1. Fornecedores ..................................................................................................48 3.3.2.2 Clientes ............................................................................................................49 3.3.2.3 Concorrentes....................................................................................................51 3.3.2.4 Matriz Swot.......................................................................................................53 3. 4 Definição do negócio ..........................................................................................55 3.4.1 Ações de marketing.............................................................................................56 3.4.1.1 Produto.............................................................................................................56 3.4.1.2 Preço................................................................................................................56 3.4.1.3 Praça................................................................................................................57 3.4.1.4 Promoção .........................................................................................................57 3.5 Ações para os recursos humanos ......................................................................58 3.6 Plano financeiro ...................................................................................................59 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................63 5 REFERÊNCIAS................................................................Erro! Indicador não definido. 6 APENDICES..............................................................................................................68 APÊNDICE A ...............................................................................................................68 APÊNDICE B ...............................................................................................................75 DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO ....................................................80 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ........................................................................81 11 1 INTRODUÇÃO Com o crescimento do mercado da construção civil no Brasil e o desenvolvimento de novas tecnologias para soluções e redução de custos são evidentemente reações que o mercado tem em virtude do crescimento desta atividade econômica no Brasil. Segundo IPEA (2008), a construção civil foi a que liderou a criação de vagas com carteira assinada no primeiro trimestre de 2008. Do saldo de 554,4 mil postos de trabalho registrados no país entre e janeiro e março, 99,6 mil foram no setor da construção. O número é 189% superior às vagas criadas no primeiro trimestre de 2007. Com o crescimento, o setor representa 18 % da abertura de vagas formais no país no ano de 2008, ante 8,6% no intervalo do ano de 2007. Desta forma, o mercado nos últimos anos vem crescendo muito, e elevando as taxas de emprego na construção civil, por intermédio de acesso mais fácil a financiamentos, planos com maior carência e maior quantidade de tempo para serem pagos, juros menores e estabilidade econômica do pais, levam a um conjunto de fatores favoráveis para o crescimento constante do mercado e criando oportunidade para novas empresas, e crescimento de outras. Diante desse contexto, a Mariot Construções Ltda. percebe a oportunidade de atuar no sul do estado de Santa Catarina, visando à região da Amurel e a Amrec que possui uma população estimada em 350 mil pessoas que compõem as cidades de Treze de Maio, Tubarão, Criciúma, Morro da Fumaça, Jaguaruna entre outras, onde se percebe a oportunidade e não há exploração suficiente nesse mercado. A meta é atender a um ramo imobiliário pouco explorado pelas grandes construtoras que são as unidades familiares de classes sociais menos favorecidas. Com a realização deste plano de negócios, a empresa buscará uma melhor forma de administrar os problemas, assim melhorando as ações e alcançando suas metas. No plano de negócios, o empreendedor terá conhecimentos mais apurados dos riscos e suas limitações tanto da empresa quanto do mercado onde será inserida. Utilizando-se de técnicas e conhecimento dos profissionais envolvidos no projeto, assim possivelmente muitas decisões poderão ser tomadas de forma mais consistente por termos estudado o mercado. Além disso, com o plano de ações 12 previamente determinado pode-se reduzir drasticamente o risco para a empresa, pois oplano de negócios representa uma oportunidade para o futuro empreendedor pensar e analisar todas as etapas do novo negócio. 1.1 Problema de pesquisa / justificativa Segundo Roesch, (2005, p. 90) “no contexto de um projeto de prática profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização”. O trabalho tem como principal propósito estudar a viabilidade e os pontos essenciais para a realização bem sucedida das ações dentro do plano de negócios. De acordo com as informações obtidas por meio do plano de negócios, quais são os aspectos que determinam à viabilidade de uma construtora na região da Amurel e Amrec? A importância para a comunidade que vive na região de onde se pretende implantar o empreendimento que se beneficiará com uma opção na realização de seus projetos pessoais, como casa própria que é o sonho da maioria dos brasileiros. Para o acadêmico a importância é de colocar em prática além da vontade de empreender, os conhecimentos adquiridos no curso de administração, e trazendo novos conhecimentos práticos para vida do administrador. Também contribuirá no conhecimento para que sejam realizados novos projetos na Universidade. Em relação à originalidade do trabalho, em pesquisas realizadas não houve nenhum projeto que estude a viabilidade deste tipo de empresa naquela região dentro desta Universidade. O plano de negócios torna-se viável a partir do momento em que o acadêmico traz a tona à idéia inicial, disponibiliza recursos financeiros, de tempo para o desenvolvimento e estudo, disponibiliza também de uma ampla bibliografia para pesquisas e embasamento teórico das técnicas que serão utilizadas no trabalho assim juntamente com a empresa Uni Junior para realização do plano de Negócios. 1.2 Objetivos do trabalho 13 O objetivo geral do trabalho foi elaborar um plano de negócios para verificar a viabilidade de uma construtora na região da Amurel e da Amrec. Considerando o objetivo geral acima, definam-se os objetivos específicos para este trabalho: * Estudar o mercado onde será inserida a empresa. * Identificar o perfil dos clientes. * Definir o negócio. * Definir ações de marketing. * Definir ações para os recursos humanos. * Elaborar plano financeiro. 1.3 Aspectos metodológicos Nesse ponto do trabalho descreve-se os procedimentos metodológicos empregados para execução do trabalho. 1.3.1 Caracterização do trabalho e estágio O presente trabalho se caracteriza com o tipo de estágio de proposição de planos. Pode-se dizer que um “plano é uma ação especifica proposta para ajudar a organização a atingir seus objetivos” (CERTO, 2005, p. 173). Para Roesch (2005), plano ou sistemas tem o propósito de solucionar problemas organizacionais. O trabalho foi desenvolvido a partir da abordagem qualitativa. Assim para Fachin (2005, p.81), qualitativo é “caracterizado pelos seus atributos e relaciona aspectos não somente mensuráveis, mas também definidos descritivamente. O conjunto de valores em que se divide uma variável qualitativa é denominado Sistema de Valores”. Destaca-se também que o método qualitativo “é apropriado quando se trata de melhorar a efetividade de um programa ou plano, ou mesmo quando é caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção” (ROESCH, 2005, p.155). 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa De modo geral os participantes de uma pesquisa são todos aqueles que fazem parte ou que irão influenciar na qualidade e na quantidade das variáveis que 14 serão investigadas. Nesse caso, podem ser empregados, clientes, fornecedores, concorrentes e instituições publicas e privadas que dispõem de informações relevantes. Porém, no caso específico do trabalho em questão não houve participantes da pesquisa, pois o plano de negócios foi elaborado com base em informações de dados secundários. Nesse caso utilizou-se como fonte instituições como: Sebrae a Uni Junior, órgão relacionados ao Governo Federal como Bancos e Ministérios. 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados Para realizar uma pesquisa pode-se utilizar fontes de dados primário e/ou secundários. Contudo, na elaboração de plano de negócios proposto, os dados coletados foram de fontes secundárias que privilegiaram informações sobre clientes, concorrentes e fornecedores que estão ligados diretamente aos resultados da empresa, e também outras fontes como livros e fontes de pesquisa como as eletrônicas de informações. Dados secundários são aqueles criados pelos pesquisadores como banco de dados, índices e relatórios na forma de arquivos prontos (ROESCH, 2005). 1.3.4 Tratamento e análise dos dados O método qualitativo comenta Roesch (2005), que ao termino da coleta de dados o pesquisador se depara com uma imensa quantidade de notas de pesquisa ou de depoimentos, que se materializam na forma de textos, os quais terá de organizar para depois interpretar. Nesta etapa do trabalho, foram analisados os dados secundários, colhidos nas fontes descritas acima, com utilização da análise de conteúdo, que pode ser usada para a análise de dados escritos, oriundos de experimentos, observações e estudos de dados secundários. Roesch (2005), diz que a analise de textos (dados secundários) em pesquisa cientifica tem sido conduzida principalmente mediante um método denominado analise de conteúdo. Ainda saliente que a análise de conteúdo criam indicadores quantitativos, cabe ao pesquisador interpretar e explicar estes resultados. 15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este capítulo tem como propósito apresentar os principais fundamentos teóricos que possibilitem a condução do estudo proposto. 2.1 Funções da administração As funções da administração são partes fundamentais para a o sucesso de um negócio, onde são desempenhadas como o planejamento, a organização, a liderança e o controle. A primeira função da administração é o planejamento que conforme Daft (2005, p.6), ”é a função administrativa envolvida com a definição de metas para o desempenho organizacional futuro e com a decisão sobre as tarefas e o uso de recursos necessários para alcançá-las”. Já para Certo (2005, p. 103), “é o processo de determinar como a organização pode chegar onde deseja e o que fará para executar seus objetivos”. Acrescenta-se que planejamento na visão de Drucker (1998, apud Dolabela 2008 ), consiste no: Processo continuo de sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessa decisão; e, através de uma retro alimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. O planejamento traça a linha de trabalho para organização. Dito de outra maneira transforma em realidade o cumprimento de metas e planos traçados anteriormente. Certo (2005), diz que o objetivo fundamental do planejamento é ajudar a organização a atingir seus objetivos. São estudados os recursos como humanos, financeiros, matérias primas, tecnologias e informação para o desempenho do processo de planejamento, definindo estratégias por intermédio das quatro funções administrativas do desempenho da organização para com suas metas, produtos, serviços, sua eficiência e eficácias. A falta do planejamento para as organizações pode acarretar em um futuro sem perspectiva de crescimento. A segunda função é organização, que consiste no “processo de dispor os 16 recursos em uma estrutura que facilite a realização dos objetivos” (MAXIMILIANO, 2000, p.34). Na visão de Certo (2005, p. 197), organizar é o processo de estabelecer o uso ordenado de todos os recursos do sistema administrativo. Já paraMontana; Charnov (2003, p. 172), a “organização são a analise, a identificação e a definição do trabalho a ser feito para realizar os objetivos da empresa”. Seguindo critérios ou princípios de classificação a ser definido pelo gestor, são coordenados os recursos onde trará como resultado a estrutura organizacional da empresa. Na visão de Daft, (2005, p. 6), organizar é “a função administrativa envolvida com a atribuição de tarefas, agrupamentos de tarefas em departamentos, e a alocação de recursos para os departamentos”. Com a distribuição correta das tarefas, e a melhor maneira de combinar seus esforços é a principal caminho para o alcance de metas e objetivos da organização. A terceira função é a liderança, na qual Daft (2005, p.6), afirma ser “a função administrativa que envolve o uso de influências para motivar os funcionários a alcançarem as metas da organização”. Assim liderar tem o propósito de gerenciar pessoas onde elas tornem objetivos da empresa como objetivos pessoais, assim desempenhando suas funções com competência e em alto nível. Já para Maximiano (2000, p.34): Liderança é o processo de trabalhar com pessoas para possibilitar a realização de objetivos. Liderança é um processo complexo, que compreende diversas atividades de administração de pessoas, como coordenação, direção, motivação, comunicação e participação no trabalho em grupo. A quarta função é o controle, tem o objetivo de verificar se a organização está em direção para alcance de seus objetivos e metas, e fazendo as correções devidas quando julgar necessário para seguir seu planejamento. Daft (2005, p.7), diz que controle é “a função administrativa que envolve monitorar as atividades dos funcionários, mantendo a organização em direção as suas metas, e fazer as correções quando devido”. Já para Maximiano (2000, p.34), “controlar é a função que consiste em comparar as atividades realizadas com as atividades planejadas, para possibilitar a realização dos objetivos”. O processo de controle baseia-se no principio de que deve garantir que as atividades realizadas se igualem às atividades planejadas. 17 2.2 Empreendedorismo Empreendedorismo é o processo dinâmico de criar algo novo com valor dedicando o tempo e os esforços necessários, assumindo os risos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. Diante disso o empreendedorismo para Daft (2005, p. 125), é o “processo de iniciar um empreendimento organizando os recursos necessários e assumindo as recompensas e os riscos associados”. Além disso, empreendedor é “alguém que reconhece a viabilidade de uma idéia para um produto ou serviço e leva a idéia a frente”. Segundo Dornelas (2001), a melhor definição para empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades. Assim, a perfeita implantação dessas idéias leva a criação de negócios de sucesso. Já para Schumpeter (apud DOLABELA, 1999, p.23), o empreendedor “é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”. Kirzner (1973, apud DORNELAS 2001), tem uma abordagem diferente, para ele o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identificando oportunidades na ordem presente. Para Peters; Hisrich (2004, p.29), “empreendedorismo é o processo de criação de algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal”. Observando todas as abordagens os autores levam em conta um item como fundamental para um empreendedor, a identificação de oportunidades. Assim não como criação de seu próprio negócio, mais sim com idéias originais dentro de empresas já existentes sendo chamado de empreendedorismo corporativo. Nas definições sobre empreendedorismo observam-se segundo Dornelas, (2001) alguns aspectos como: 1 – Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz. 18 2 – Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive. 3 – Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar. Existe ainda segundo Dornelas (2001), o empreendedor revolucionário aquele que cria novos mercados, algo único. Mas, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes, não deixando de ser bem sucedido por isso. Para mesmo autor, a decisão de se tornar um empreendedor pode ocorrer a qualquer momento por acaso. Na verdade essa decisão ocorre devido a fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos esses fatores que se tornam críticos no surgimento e no crescimento de uma nova organização. O processo empreendedor se inicia pelo afloramento de um ou mais fatores acima citados. Assim o talento empreendedor resulta da percepção, direção, dedicação e muito trabalho destas pessoas especiais, que fazem acontecer. Quando o talento é somado a tecnologia e as pessoas têm boas idéias viáveis, o processo empreendedor ainda depende de outras duas necessidades para tornar real o projeto em questão que é o capital, e o Know-how que é o conhecimento e a habilidade de conseguir convergir em um mesmo ambiente o talento, assim tornando a tecnologia e o capital que dão a oportunidade de crescimento para a empresa (DOLABELA, 2008). 2.2.1 Empreendedorismo no Brasil O movimento empreendedor no Brasil começou a tomar forma na década de 90, quando houve o surgimento de duas entidades, onde uma se tornou conhecida onde dá apoio para organizações, que é o Sebrae (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS) e a Softex (SOCIEDADE BRASILEIRA DE EXPORTAÇÃO DE SOFTWARE). Antes do surgimento destas entidades não se falava em empreendedorismo no Brasil, o ambiente político e econômico na época não eram propícios e o empreendedor não encontrava informação e apoio necessário para 19 iniciar sua empresa. O SEBRAE surge em função das necessidades que as empresas encontravam nesta época, assim essa entidade apoiava e ajudava a encontrarem saídas e solucionar pequenos problemas dentro das organizações por intermédio de consultorias realizadas por profissionais da área (DOLABELA, 1999). A Softex também contribui muito com o surgimento de incubadoras e universidades e os cursos de ciência da computação e informática, que o tema empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira, onde até então palavras como plano de negócio eram praticamente desconhecidas e até ridicularizadas pelos pequenos empresários (DORNELAS, 2001). Cabe apontar que conforme Dolabela (1999), a Softex e a GENESIS que até a pouco tempo apoiavam atividades empreendedoras no âmbito de desenvolvimento de software. Também segundo Dornelas (2001), o programa do Governo Federal chamado Brasil Empreendedor, que capacitou seis milhões de empreendedores em todo o país destinando recursos financeiros a esses empreendedores entre os anos de 1999 até 2002. Outros programas de capacitação como os programas ENPRETEC e Jovem Empreendedor do SEBRAE, que são bem procurados pelos empreendedores e com ótima avaliação. Os diversos cursos e programas criados nas universidades brasileiras, também o ensino universitário de empreendedorismo da CNI (Confederação Brasileira da Indústria) e também pela IEL (Instituto Euvaldo Lodi), a difusão do empreendedorismo em escolas de ensino superior e também criação de novos cursos como NBA (Máster of Business Administration) (DOLABELA, 1999). Também houve uma explosão do segmentodo movimento de criação de empresas pontocom no país, assim dando oportunidades para o surgimento de novos empreendedores. E o crescimento das incubadoras no Brasil, que havia 280 incubadoras de empresas no pais em 2004 e 1700 empresas encubadas gerando 28 mil postos de trabalho segundo a ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismo de Tecnologias Avançadas) (DOLABELA, 1999). Segundo o GEM (Global Enterpreneurship Monitor), o empreendedorismo se divide em duas formas, como empreendedorismo por oportunidade e empreendedorismo por necessidade. O empreendedorismo por oportunidades é 20 aquele, onde o empreendedor visionário sabe onde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa à geração de lucros, emprego e riquezas (DORNELAS, 2005). Está totalmente ligado ao crescimento econômico do país. Já por necessidade, em que o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora por falta de opção, por estar desempregado e por não ter alternativas de trabalho. Nesse caso, esses negócios costumam ser criados informalmente, não tem planejamento e costumam fracassa rapidamente, assim não gerando riquezas e nem desenvolvimento econômico para o país e agravando as estatísticas de criação e mortalidade dos negócios. O empreendedorismo por necessidade segundo Dornelas (2005), é mais comum em paises em desenvolvimento como no Brasil. O pais deve buscar a otimização do empreendedorismo por oportunidade, investindo em políticas de públicas duradouras dirigidas a consolidação do empreendedorismo por oportunidade. Outro fator é cultural que o empreendedor de sucesso é aquele tem sorte ou que cresceu por coisas alheias ou ilícitas não valorizando suas capacidades e competências. 2.2.2 Perfil empreendedor O empreendedor é fundamental para o sucesso de um negócio, suas decisões e a estratégia a serem adotadas, fazem parte dos traços característicos de cada individuo. Neste sentido, Filion (1997, apud DOLABELA, 2008) acredita que as características variam de acordo com as atividades que o empreendedor executa em uma dada época ou em função da etapa de crescimento da empresa. Para Timmons (1994, apud DOLABELA, 2008); Hornaday (1982, apud DOLABELA, 2008) são traços de empreendedores, descritos no quadro abaixo: * Tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia. * Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança. Otimismo, necessidade de realização. * Trabalha sozinho. Processo visionário é individual. * Tem perseverança e tenacidade para vencer obstáculos. * Considera o fracasso um resultado como outro qualquer, pois aprender com os próprios erros. * É capaz de se dedicar intensamente ao trabalho e concentra esforços para 21 alcançar resultados. * Sabe fixar metas e alcançá-las; luta contra padrões impostos; diferencia-se. * Tem a capacidade de descobrir nichos. * Tem forte intuição; como no esporte, o que importa, não é o que se sabe, mas o que se faz. * Tem sempre alto comprometimento; crê no que faz. * Cria situações para obter feedback sobre seu comportamentos sabe utilizar tais informações para seu aprimoramento. * Sabe buscar, utilizar e controlar recursos. * É um sonhador realista: é racional, mas usa também a parte direita do cérebro. * Cria um sistema próprio de relação com empregados. È comparado a um “líder de banda”, que dá liberdade a todos os músicos, mas consegue transformar o conjunto em algo harmônico, seguindo um objetivo. * É orientado para resultados, para o futuro, para o longo prazo. * Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho. * Tece “redes de relações” (contatos e amizades), moderadas, mas utilizadas intensamente como suporte para alcançar seus objetivos; considera a rede de relações internas (com sócios, colaboradores) mais importante que a externa. * Conhece muito bem o ramo em que atua. * Cultiva a imaginação e aprende a definir visões. * Traduz seus pensamentos em ações. * Define o que aprender (a partir do não-definido), para realizar suas visões. É pró-ativo: define o que quer e onde quer chegar; depois, busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo. * Cria um método próprio de aprendizagem: aprende a partir do que faz; emoção e afeto são determinantes para explicar seu interesse. Aprende indefinidamente. * Tem alto grau de “internalidade”, que significa a capacidade de influenciar as pessoas com as quais lida e a crença de que conseguirá provocar mudanças nos sistemas em que atua. * Assume riscos moderados: gosta de risco, mas faz tudo para minimizá-los. É inovador e criativo, (Inovação é relacionada ao produto. É diferente da invenção, que pode não dar conseqüência a um produto. * Tem alta tolerância à ambigüidade e à incerteza. * Mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios. Quadro 1; Características do Empreendedor. Fonte: Dolabela, 2008. p.31 Todas estas características são parte do perfil de um empreendedor de sucesso, onde, é de comum aspecto que o individuo corre riscos calculados, ter criatividade, visão de oportunidade e controle das ações realizadas. 2.3 Plano de negócios No mundo dos negócios, o planejamento é algo indispensável para o sucesso de uma organização, assim o plano de negócios planeja as ações e praticas a serem realizadas no micro e macro ambiente de uma organização. Dornelas (2001, p.98), diz que o plano de negócios: 22 É um documento usado para descrever um empreendimento e um modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e auto conhecimento, e ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. Para Daft (apud DOLABELA 2008, p.134) “plano de negócios é um documento especificando os detalhes do negócio preparado por um empreendedor antes da abertura de um novo negocio”. Hisrich; Peters (2004, p. 208), argumentam que “plano de negócios é o documento descrevendo todos os elementos e estratégias internas e externas relevantes para dar inicio a um novo empreendimento”. No Brasil começou-se a popularizar o plano de negócios após o surgimento da Softex onde começaram a surgir empresas de softwares para exportação. Também com a explosão da internet em 1999 e no Brasil no ano 2000, e o Programa Brasil Empreendedor, através do Governo Federal proporcionaram a disseminação dos planos de negócio em todo o país (DORNELAS, 2001). O Plano de Negócios tornou-se indispensável não só para capitalização de investimento para com o empreendimento, mais também como ferramenta de gestão com múltiplas aplicações dando auxilio e suporte para o empreendedor na tomada de decisão. Daft (apud DOLABELA 2001) levanta algumas características compartilhadas de planos de negócios bem-sucedidos como: • Demonstram uma visão clara e motivadora que cria um ar de entusiasmo. • Proporcionam projeções financeiras claras e realistas. • Dão informações detalhadas sobre o mercado alvo. • Incluem informações detalhadas sobre o mercado e os concorrentes. • Proporcionam evidências de uma equipe administrativa empreendedora eficaz. • Prestam atenção à formatação à escrita clara. • Mantém o plano curto – não mais do que 50 páginas. • Realçam os riscos críticos que podem ameaçar o sucesso do negócio. • Explicam as fontes e os usos dos fundos da nova empresa e dos fundos operacionais. • Captam o interesse do leitor com um ótimo resumo. 23 Quadro 2; Características compartilhadas de planos de negócios bem-sucedidos. Fonte: Daft 2005 (apud DOLABELA, 2008. p.31). O planejamento é parte fundamental do processo de empreender, pois é o principal fator de mortalidade das start-ups tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Para Pinson; Jinnett (1996, apud Dornelas 2001), quando se levanta o conceito de planejamentode um negócio, têm-se pelo menos três fatores críticos a serem destacados, como: 1 – Toda a empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes etc. 2 – Toda a entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessitam de um plano de negócio da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio. 3 – Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria destas são micro e pequenos empresários que não tem conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento etc. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios. Somente o raciocínio lógico e a razão não são suficientes para determinar o sucesso de um negócio. Pois se fosse desta forma, a arte de administrar não seria mais arte, apenas uma atividade que viraria rotina, onde o feeling do administrador nunca seria utilizado. Dornelas (2005, p.97), diz que “a arte estará no fato de como o empreendedor traduzirá esse passos realizados racionalmente em um documento que sintetize e explore a potencialidades de seu negocio, bem como os riscos inerentes a ele”. O plano de negócios é uma ferramenta para o empreendedor expor suas idéias, em uma linguagem que os leitores do mesmo, entendam e trazem a tona a viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. Se tornando um processo que pode ser aplicado tanto em novas empresas quanto em empresas maduras. O plano de negócio é uma ferramenta de planejamento que trata essencialmente de 24 pessoas, oportunidades, contexto e mercado, riscos e retornos. Para Dornelas (2005), a confecção de um plano de negócios pode trazer a possibilidade de melhorar e conduzir melhor o planejamento como: • Entender e estabelecer diretrizes para seu negócio. • Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tornar decisões acertadas. • Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessários. • Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, como anteriormente mencionado investidores, capitalista de riscos etc. • Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa. • Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o publico externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.). Hisrich; Peters (2004, p.212), “o plano de negócios é um instrumento valioso para o empreendedor, para potenciais investidores e até para os novos funcionários, que estão tentando se familiarizar com o empreendimento, suas metas e objetivos”. Os autores levantam alguns aspectos nos quais destacam a importância do plano de negócios para as pessoas envolvidas com o empreendimento. * Ajuda a determinar a viabilidade do empreendimento em um mercado especifico. * Fornece orientação ao empreendedor na organização de suas atividades de planejamento. * Serve como instrumento importante para auxiliar na obtenção de financiamentos. Quadro 3; Importância do plano de negócios para o empreendedor, investidores e funcionários. Fonte: Hisrich; Peters 2004, p.212. Para Dornelas (2005) o plano de negócios não se destina apenas para bancos e investidores, mas sim para todos os interessados e envolvidos no processo, como incubadoras, parceiros, bancos, investidores, fornecedores, a 25 empresa internamente, os clientes e os sócios. • Mantenedores das incubadoras (SEBRAE, Universidades, Prefeituras, Governo, Associações e etc.) para autorgar financiamentos a estas. • Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes. • Bancos: para autorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão de empresa etc. • Investidores: Empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento, angels, BNDES, governo, etc. • Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria prima e formas de pagamento. • A Empresa Internamente: para comunicação da gerencia com o conselho de administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação). • Os Clientes: Para a venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa. • Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade. Sobre a estrutura do plano de negócios Dornelas (2005) traz alguns modelos, porém, ressalta que não existe uma estrutura rígida e especifica para se escrever um plano de negócios, pois cada ramo de atividade tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão, que seja universal e aplicável a qualquer negócio. Uma empresa de serviços é diferente de uma empresa que fabrica bens de consumo. Mas um plano de negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio. Mantendo uma seqüência lógica que permita a qualquer leitor a entender como a empresa vai se organizar, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira. 26 Para atingir o objetivo proposto a estrutura do plano de negócios será apresentada da seguinte forma: ambiente do negócio, definição e estratégias do negócio, objetivos do negócio, ações de marketing, ações de RH, ações operacionais e plano financeiros. 2.3.1 Estrutura do plano de negócios Este tópico tem como propósito apresentar de forma resumida a estrutura do plano de negócios que dará sustentação para investigar a viabilidade de abertura de uma construtora na região da Amurel e da Amrec. 2.3.1.1 Definição do negócio A definição do negócio baseia-se no principio de planejamento estratégico, das estratégias utilizadas, o papel e os objetivos traçados para cada organização. Segundo Abell (apud CECCONELLO; AJZENTAL, 2007) as publicações sobre planejamento estratégico são usualmente classificadas por meio de quatro categorias gerais: • Processo de planejamento; • Estratégias funcionais específicas (Mix de marketing, produção, pesquisa e desenvolvimento, políticas financeiras etc.); • Papel e objetivos de cada unidade de negócio no portfólio global da corporação e grandes orientações estratégicas para atingir tais objetivos; • Definição das várias atividades empresariais e arenas competitivas nas qual a empresa participa. Ainda segundo Abell (apud CECCONELLO; AJZENTAL, 2007 ), a literatura traz a definição do negócio de duas formas: • Pela conceituação do negócio em termos de alguma competência- chave distintiva ou de alguma habilidade especial; ou • Por áreas de atividade (produtos oferecidos ou mercados atendidos) 27 2.3.1.2 Diagnóstico do ambiente Este tópico tem como propósito fazer uma breve descrição e as principais características do ambiente que afeta o negocio da empresa. Dando destaque para o macroambiente e o ambiente setorial. 2.3.1.2.1 Macroambiente Segundo Cecconello; Ajzental (2007, p.73) o macroambiente “procura conhecer um ambiente mais amplo, que influência a empresa e por ela pouco influenciado, consistindo de dados agregados passados, estudo de tendências incorporadas de flutuações sazonais, projeções futuras com suas margens de erro”. No contexto ambiental de uma empresa, há necessidade de entender quais variáveis ambientais podem ser relacionadas aos resultados obtidos pela empresa e sua projeção. Cecconello; Ajzental (2007) sugerem organizar o macroambiente em subdivisões: Ambiente do Macroambiente Características Ambiente sociocultural. - Analise da formação e identidade cultural da sociedade; - Tendências globais e locais do comportamento de consumo do segmento de clientes da empresa; - Hábitos e cost7umes das pessoas – como os hábitose costumes, atuais e futuros das pessoas podem afetar as empresas que são clientes, fornecedores ou parcerias da empresa. Ambiente demográfico. - Tamanho da população; - Nível de renda per capita e familiar; - Grau de escolaridade; - Distribuição por sexo; - Analise longitudinal dos indicadores da PNAD/IBGE; 28 Ambiente econômico - Evolução do PIB Total e do PIB setorial; - Taxas da inflação mensal e acumulada no ano; - Taxa de Juros – Selic; - Spread bancário; - Taxa de Câmbio; - Balança comercial geral e setorial; - Investimentos do Governo em setores ou regiões; Ambiente tecnológico - Tendências e impactos de novas Tecnologias no segmento de negócios da empresa; - O impacto da globalização nos custos de produção e resultados comerciais; - Ciclo de vida tecnológico x produto; - Direitos e Patentes de produtos e tecnologias Ambiente político-legal. - Política Fiscal – Impostos, taxas e estratégia de incentivos do governo a determinados segmentos e setores econômicos; - Regulamentação do setor; - Atuação dos Sindicatos; - Acordos Internacionais; - Direito do Consumidor; - Legislação Ambiental; Quadro 4; Subdivisões do Macroambiente e suas Características. Fonte: Cecconello; Ajzental, 2008, p.73 2.3.1.2.2 Ambiente setorial O ambiente setorial busca compreender o entorno mais próximo e imediato da empresa, no setor em que ela atua ou atuará. Para Cecconello; Ajzental (2007), nesse ambiente é realizado as análises mais importantes, onde será a da oferta e da demanda, assim ressaltando a análise da demanda que propicia o conhecimento de um dos fatores mais importantes na implantação de uma estratégia, que é conhecer quem, onde, quando e como se dá o consumo (dados qualitativos) e servirão de parâmetros para a obtenção dos dados quantitativos. Aos concorrentes segundo Kotler (1999) para ser bem sucedida a empresa, deve satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores melhor 29 que seus concorrentes, diferenciando-se em vantagens competitivas perante seus concorrentes. Kotler (1999), diz que a empresa deve estudar seus clientes, pois deles depende o sucesso da organização. Ainda diz que existem cinco tipos de mercados que a empresa pode, que são mercados consumidores, mercados industriais, mercados revendedores, mercados governamentais e mercados internacionais. Os fornecedores “são para a empresa um elo importante no sistema geral da empresa de “oferta de valor” ao consumidor” (KOTLER, 1999, p. 47). 2.3.1.3 Ferramentas de Diagnóstico Quando se pesquisa sobre ferramentas para diagnósticos do ambiente organizacional depara-se com um número significativo de propostas. Contudo, para a condução do um plano de negócios julgam-se as mais adequadas às seguintes: cinco forças de Porter, cenários, cadeia de valor e matriz Swot. 2.3.1.3.1 - Cenários Todas as empresas lidam de modo diferente com as incertezas. Segundo Porter (1990, p.412) cenários “ é uma visão internamente consistente daquilo que o futuro poderia vir a ser”. Para Mannerma, (1991 p. 353) cenários “são estudos do futuro, observando que o futuro não pode predizer, nem é este o seu objetivo; ao contrário, o desenvolvimento de cenários procura construir diferentes alternativas de futuros e suas interligações”. Acrescenta-se que do ponto de vista de Schwartz (2000, p. 17): [...] cenários não são previsões e simplesmente não é possível prever o futuro, com razoável grau de certa; muito pelo contrario os cenários são veículos que ajudam pessoas a aprender; ao contrario da previsão tradicional de negócio, ou da pesquisa de mercado, os cenários apresentam imagens alternativas de futuro; São muito mais do que simples extrapolação das tendências presentes. Com a formação de múltiplos cenários, uma empresa pode explorar sistematicamente as possíveis conseqüências da incerteza para a sua opção de estratégias. 30 O processo de construção de cenários apresenta diversas metodologias e métodos. Em geral, são bastante complexos e custosos. Independentemente da complexidade dos métodos existentes, há a necessidade de domínio destas técnicas para que possam ser implementadas, o conhecimento das diversas metodologias e métodos é, sem duvida, importante suporte para a seleção de um método mais conveniente e facilita sua implementação. 2.3.1.3.2 - Cadeia de Valor Toda a empresa é uma junção de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto. Para Porter (1990, p.33) “a cadeia de valores de uma empresa é o modo como ela executa atividades individuais são uns reflexos de sua história, de sua estratégia, de seu método de implementação de sua estratégia, e da economia básica das próprias atividades”. Figura 1 - Cadeia de valor Fonte: Adaptado de Porter, 1989 Analisando a cadeia de valor de Porter, ela não se restringe apenas ao ambiente interno da empresa, mas também verificando e analisando as principais características de seus fornecedores, distribuidores e outros. 2.3.1.3.3 As Cinco Forças de Porter A estratégia competitiva deve surgir de uma analise profunda das regras da concorrência que determina a sua atratividade. Para isso segundo Porter (1990), 31 as regras de concorrência estão englobadas em cinco forças competitivas que são: a entrada de novos concorrentes, a ameaça de substitutos, o poder de negociação dos compradores, o poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os concorrentes existentes. Figura 2 - As cinco forças competitivas Fonte: Porter, 1990, p.57. Para Porter (1990, p.4) as “cinco forças determinam à rentabilidade da indústria porque influenciam os preços, os custos e o investimento necessário das empresas em uma indústria – os elementos do retorno do investimento”. Assim influenciando todo o sistema de tomada de decisão e gerencial da empresa onde são determinadas e realizada a rentabilidade do negócio. Acrescenta ainda que em termos competitivos, valor é o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece. E o valor é medido pela receita total, reflexo do preço que o produto de uma empresa impõe e as unidades que ela pode vender. O Valor tem que ultrapassar os custos para lhes trazer lucro. 2.3.1.3.4 Matriz Swot. 32 O termo SWOT resulta da conjugação das iniciais das palavras Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Assim, a análise SWOT corresponde à identificação por parte de uma organização e de forma integrada dos principais aspectos que caracterizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto a nível interno como externo (forma como organização se relaciona com o seu meio envolvente) (KOTLER, 2000). A matriz SWOT faz uma analise atual do negócio, onde devem ser refeitas de acordo com a volatilidade de cada mercado e o cenário em que ela está inserida. Kotler (2000, p.98) define analise Swot como “a avaliação global das forças e fraquezas, oportunidades e ameaças”. Referindo-se a analise do micro ambiente, e as oportunidades e ameaças do macroambiente. 2.4 Definição do negócio Pensar na definição do negócio é importante, pois permite ao empreendedor construir a identidade de seu negócio e facilitar a tomada de decisão. Para Cecconello; Ajzental (2007) a definição do negócio reúne visão, missão, crenças e valores. A visão pode ser caracterizada pela imagem futura do negócio, ou seja, corresponde a declaração mais ampla da empresa. De acordo com Mintzberg (apud CECCONELLO; AJZENTAL, 2007, p. 150) “a visão é a imagem viva de um estado futuro, ambicioso e desejável, relacionado com o cliente e superior, em algum aspecto importante, ao estado atual”. A missão para Wright (2007), é umadeclaração de propósito duradoura, que identifica o alcance das operações de uma organização e o que ela pode oferecer para seus vários stakeholfers. Assim podendo sofrer alterações quando a empresa julgar necessário para aperfeiçoar a sua estratégia empresarial. Se a missão da empresa é refletir seu negócio fundamental, a visão para Gonçalves, Gonçalves Filho e Reis Neto (2006), deve revelar o que ela será em um futuro imaginado. Segundo Blanchard (apud GONÇALVES; GONÇALVES FILHO; REIS NETO, 2006. p.71), “a visão consiste na capacidade de enxergar, além do que é, o que poderia ser; também é um forte senso de determinação” 33 As crenças e valores consistem no conjunto de princípios e normas que funcionam com parâmetros que permitem conduzir o cumprimento da missão. Acrescenta-se que “os valores da empresa definem o comportamento organizacional diante de seus clientes, acionistas, funcionários e sociedade” (KAPLAN apud CECCONELLO; AJZENTAL, 2007, p. 153). 2.4.1 Ações de marketing Segundo Bernardi (2003), a concepção de uma empresa surge de um modelo de negócios. Inicia-se pela identificação das oportunidades, por observação das necessidades de mercado não atendidas, por deficiência observadas na oferta, por inovação, enfim pelas observações e expectativas do mercado. Para a modelagem do negócio, em relação aos aspectos ambientais, o mercado e o cliente-alvo são analisados em detalhes quanto aos conceitos de valor, utilidade, necessidade, expectativas de satisfação, qualidade e atendimento, bem como aplicação, relacionados ao produto ou serviço oferecer. Para Bernardi (2003), uma vez estruturada a empresa, do ponto de vista sistêmico a área de marketing é o principal elo de coordenação das relações da empresa com o mercado e com o cliente, o que compreende: • Entendimento das expectativas, necessidades e tendências do mercado; • Atendimento e serviços ao cliente; • Suprimento e distribuição ao mercado . • Comercialização; • Serviço pós-venda; • Pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços; • Comunicações com o mercado; • Monitoramento do ambiente, do mercado e da estrutura de oferta. Hisrich; Peters (2004, p. 244), “é a declaração por escrito de objetivos, estratégias e atividades de marketing a serem seguidas no plano de negócio”. Já para Dornelas (2005, p. 150) “as estratégias de marketing são os meios e métodos 34 que a empresa deverá utilizar para atingir seus objetivos”. Essas estratégias geralmente se referem ao composto de marketing, ou os 4 Ps: Produto, Preço, Praça (canais de distribuição), e propaganda/ Comunicação que é o Mix de marketing. Segundo Dolabela (2008), o mix de marketing é: Produto *Características físicas e funcionais do produto, logomarca e embalagem. *Principais necessidades a serem supridas. *Principais diferenciais do produto em relação à concorrência. Preço *Preços mínimos. *Preços ideais. *Margem de contribuição e de lucro. Ponto (Distribuição) *Locais de venda do produto. *Transporte *Entrega Promoção (Comunicação) *Tipo de promoção/propaganda. *Mídia e freqüência. *Custo. Quadro 5; Mix de Marketing. Fonte: Dolabela, 2008 p. 173. Para Hisrich & Peters (2004, p. 245), “é a combinação de produto, preço, promoção e distribuição e outras atividades de marketing necessárias para atingir os objetivos mercadológicos”. A projeção de vendas da empresa está diretamente ligada à estratégia de marketing estabelecida, pois depende de como o produto será posicionado no mercado, qual será sua política de preços, as promoções e os canais de vendas que serão utilizados e, ainda, como o produto chegará ao cliente. 2.4.2 Plano operacional O plano operacional envolve especificamente as operações e equipamentos internos necessários para produzir seus produtos e serviços, de forma a incluir a forma de gerenciamento dos negócios e a forma que eles são 35 executados. È necessário à apresentação de uma estrutura funcional onde a empresa determina e deixa claro a função de cada membro da empresa e define suas responsabilidades por função, em todos os níveis hierárquicos. São utilizadas técnicas, que são organogramas, assim utilizadas em empresas de maior porte e para as empresas de pequeno e médio porte é utilizada a matriz de responsabilidade que também são úteis nas grandes empresas. “A ferramenta organograma que para Biagio; Batocchio (2005, p.168) deve indicar claramente a estrutura funcional, a diretoria, gerencia e Staff.” Também são utilizados os fluxogramas, onde seu objetivo segundo Araújo (2001, p.65) “é de assegurar a fluidez dessa movimentação e manter os limites de decisões dentro de princípios que não permitam a ineficiência e eficácia de todo o processo”. O Layout também se torna muito importante para a empresa, auxiliando na operacionalização de seus processos. Ele deve oferecer flexibilidade e não travando o crescimento e mudanças que sejam necessárias para o crescimento desta organização. 2.4.3 Ações de Recursos Humanos A administração de recursos humanos de acordo com Chiavenato (2004, p. 9) consiste em um conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as “pessoas” ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e posterior avaliação de desempenho”. Já para Ribeiro (2006) o setor de recursos humanos tem um papel fundamental na maneira que gerencia o conhecimento das pessoas, pois com a globalização, a competição, o forte impacto da tecnologia e as céleres mudanças se tornaram os maiores desafios externos a vantagem competitiva das empresas. Ainda salienta que em geral as empresas encaram a esfera dos recursos humanos com área chave, mais sim como essencial e burocrática e distante dos objetivos da organização. 36 2.4.3.1 Recrutamento e Seleção O recrutamento é a atração inicial e a pré-seleção de candidatos a ocupar uma vaga de emprego. Segundo Certo (2005), seu propósito é limitar p amplo campo de possíveis funcionários a um grupo relativo pequeno de pessoas a partir do qual alguém eventualmente será contratado. Para Chiavenato (2004, p.112), ”recrutamento corresponde ao processo pelo qual a organização atrai candidatos no MRH, para abastecer seu processo seletivo. Na verdade, o recrutamento funciona como um processo de comunicação”. A seleção é a segunda etapa no processo de contratação em recursos humanos. Nas quais deve seguir etapas reduzindo e selecionando os candidatos ao posto pretendido. 2.4.3.2 Treinamento Para Certo (2005, p.250) “treinamento é o processo de desenvolver, nos recursos humanos, qualidades que possam torná-los mais produtivos, e, assim, contribuir para que as metas da empresa seja atingidas”. Chiavenato (2004, p.339) diz que: É a experiência aprendida que produz uma mudança relativamente permanente em um individuo e que melhora sua capacidade de desempenhar um cargo. O treinamento pode envolver uma mudança de habilidades, conhecimento, atitudes ou comportamento. Isso significa mudar aquilo que os empregados conhecem, como eles trabalham, suas atitudes perante o seu trabalho ou suas interações com os colegas ou supervisor. 2.4.3.3 Remuneração A remuneração é um poderoso instrumento de motivacional segundo Ribeiro (2006), assim as empresas se utilizam do mesmo para recompensar seus colaboradores pelas funções exercidas. Para Hanashiro et al. (2007, p.173) “a remuneração é uma das ferramentas mais eficazes de que dispomos atualmente para motivar uma empresa em processo de mudança”. Ainda salienta que os gestores tem um grande interesse 37 pela função remuneração, pois é o maior componente de custo operacional, impacta no sucesso das estratégias do negócio e constitui-se em uma ferramenta motivacional poderosa.A gestão de recompensas no sentido amplo, ou remuneração, mais especificamente, tem definido alguns objetivos para garantir sua efetividade com um instrumento de gestão; • Manter a equidade dos salários dos empregados; • Atrair e manter os melhores talentos necessários a organização; • Recompensar o desempenho passado dos funcionários; • Vincular o futuro desempenho dos funcionários as metas da organização; • Estimular os comportamentos para a realização das metas; • Veicular os valores da organização; • Ser um instrumento de gestão do desempenho, vinculando estratégias à remuneração, com vistas ao desenvolvimento dos funcionários; Marras (2002) destaca dois tipos de remuneração tradicional e a estratégica: A tradicional é a mais utilizada e desempenha papel base no organograma de remuneração que é o salário. Assim destaca o planejamento como aspecto fundamental para a realização de um planejamento de cargos e salários, onde são avaliados os cargos e desenvolvido o salário dentro das organizações. Para Hanashiro et al. (2007, p. 180), “o modelo tradicional de salários tem como foco o salário-base, tendo como referência as atribuições do cargo, qual quer que seja o individuo que o desempenha”. A remuneração estratégica refere-se ao modelo de compensação que permite premiar aqueles empregados que, por uma razão ou por outra, destacaram dos demais em um determinado período. Marras (2002, p.169) ainda, destaca que a remuneração estratégica “faz com que os empregados passem a ser considerados em consonância com um conjunto de fatores que possuem e influenciam diretamente nos resultados que possam oferecer à companhia”. 38 Aponta também os modelos de remuneração praticadas normalmente nas organizações: • Remuneração por habilidade; • Remuneração por competência; • Participação acionária. • Distribuição de ganhos; • Distribuição de lucros; • Remuneração por resultados. 2.4.3.4 Avaliação de desempenho Segundo Ribeiro (2006), a avaliação de desempenho é o momento esperado pelo funcionário para que alguém fale de seu desempenho. Assim, o gerente deve citar as realizações e pontos positivos, mais também precisa estabelecer desafios e identificar pontos a melhorar. Para Marras (2002, p. 187), “avaliação de desempenho é um instrumento extremamente valioso na administração de recursos humanos, na medida em que reporta o resultado de um investimento realizado em uma trajetória profissional com retorno recebido pela organização”. Portanto este tipo de avaliação aprimora a eficiência das organizações e desenvolve aspectos emocionais favoráveis ao desempenho profissional dos colaboradores. 2.4.4 Plano financeiro Para Hisrich; Peters (2004, p. 263) o plano financeiro proporciona ao empreendedor uma visão “completo da quantidade de recursos financeiros que estão, entretanto na empresa, quando, para onde está indo, quando está disponível e a posição financeira projetada da empresa”. Para Dornelas (2001) o plano financeiro é o mais difícil para os empreendedores, pois deve refletir em números tudo o que foi escrito até então nas outras seções do plano, incluindo investimentos, gastos com marketing, despesas com vendas, gastos com pessoal, custos fixos e variáveis, projeção de vendas, analises de rentabilidade do negocio etc. Os principais demonstrativos para Dornelas (2001), que devem ser 39 apresentados em um plano de negócios são: Balanço patrimonial, demonstrativo de resultados e demonstrativos de fluxo de caixa, todos projetados com um horizonte mínimo de três anos, sendo que o usual é normalmente um período de cinco anos. Observando esses demonstrativos será possível analisar a viabilidade do negócio e o retorno financeiro proporcional. Para essas analises é utilizados os dados de ponto de equilíbrio, prazo de payback, TIR (taxa interna de retorno) e VPL (Valor Presente Liquido). A tomada de decisão dentro de uma empresa deve levar em conta a combinação de informações quantitativas e qualitativas e de experiências, que juntas fornecem os elementos para o cálculo econômico. Segundo Dornelas (2001), no Brasil o sucesso de um empreendimento depende muito da capacidade de se administrar financeiramente um negócio, em razão dos ciclos recessivos que têm atingido a economia. Assim determinando as metas a serem estabelecidas e acompanhá-las com êxitos. O balanço patrimonial para Hisrich; Peters (2004, p. 271), “sintetiza os ativos, passivos e valor liquido projetados do novo empreendimento”. Para Dornelas (2005, p.163), “o balanço patrimonial reflete a posição financeira da empresa em um determinado momento. O balanço é constituído por duas colunas, a do ativos e a do passivos e o patrimônio liquido”. Os ativos segundo Hisrich; Peters (2004, p. 271), “representam os itens de propriedade de uma empresa ou que estão disponíveis para uso nas operações do empreendimento”. Dornelas (2001) diz que ativos da empresa representa as aplicações de recursos que se dividem em circulantes, de longo prazo e permanentes. O Passivo para Hisrich & Peters (2004, p. 271), “representa o dinheiro que é devido a credores”. Dornelas (2001) diz que o passivo é uma obrigação, ou a parcela de financiamento obtido de terceiros. O patrimônio liquido na visão de Hisrich ; Peters (2004, p. 271), “representa a quantidade investida e/ou retida pelos proprietários nas operações do empreendimento. E Dornelas (2005) afirma que o patrimônio liquido corresponde aos recursos dos proprietários aplicados na empresa. A demonstração de resultados - DRE é uma classificação ordenada e resumida das receitas e das despesas da empresa em determinado período. Da 40 receita obtida devem ser subtraídos os impostos, abatimentos e devoluções concedidas resultando na receita liquida. Da receita liquida deduzem-se os custos dos produtos vendidos (Comércio), dos produtos fabricados (Indústria), ou dos serviços prestados (Serviços), para se chegar ao lucro bruto. O Fluxo de Caixa para Dornelas (2005), é a principal ferramenta de planejamento financeiro do empreendedor. Ao analisar o fluxo de caixa de sua empresa, o empresário poderá saber se é viável vender os produtos a prazo, dar descontos ou eliminar estoques para fazer caixa. È um ferramenta estratégica que auxilia o empreendedor no gerenciamento e no planejamento das ações que serão tomadas no dia-a-dia e no futuro da empresa. 2.4.4.1 Analise do Investimento/Retorno. Segundo Dornelas (2001), existem algumas técnicas que podem responder perguntas freqüentes a respeito do investimento para o possível negócio ou de um negócio já existente. Estas respostas sobre os possíveis resultados devem ser respondidas e também constar no plano de negocio, são três as técnicas especificas: Retorno Contábil sobre o Investimento: é um critério de lucro e pode ser calculado da seguinte forma: Rentabilidade = Lucro anual médio Valor declarado médio do investimento Quadro 10 – Formula de calculo da rentabilidade: Fonte: Livro Oficina do Empreendedor. Sua deficiência encontra-se no fato de que a medição do retorno ignora o valor do dinheiro em relação ao tempo. Portanto, apesar de ser extremamente simples de ser calculado, não consegue satisfazer a regra de se dar preferência por mais dinheiro recebido mais sedo e com menos risco. Valor presente liquido (VPL): Para Dolabela (2008, p.225), “o calculo do VPL é considerado uma técnica sofisticada de analise de investimentos, pelo fato de considerar o valor do dinheiro ao longo do tempo”. Segundo Dornelas (2001), para medir o VPL de um projeto, faz-se uma estimativa de um 41 valor atual para os futuros fluxos de reais que estarão sendo gerados pelo projeto, e deduz-se o investimento feito inicialmente. Descontando futuros fluxos de caixas, após os impostos para o seuvalor presente, e depois se subtrai o investimento inicial. Se o VPL for positivo, o projeto é viável, pois o valor presente dos futuros fluxos de caixa é maior que o investimento inicial. Quadro 2 – Formula do VPL VPL = F1 + F2 + F3 + ... + Fn - INV (1 + K)1 (1 + K)2 (1 + K)3 (1 + K)n Taxa Interna de Retorno (TIR) : Segundo Dolabela (2008, p.225), o “TIR, é uma das técnicas mais usadas para avaliação das alternativas de investimentos. Ela iguala o VPL ao investimento inicial referente a um projeto”. Segundo Dornelas (2001), para calcular o TIR deve-se descobrir a taxa de desconto (K) que fornece um valor presente liquido igual a 0. Quando acontece, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é exatamente igual ao investimento efetuado. O TIR é obtido da formula do VPL igualando-se essa a zero e procurando-se o valor para K, que nesse caso terá a TIR do projeto. Quadro 6; Técnicas de analise de investimento e retorno. Fone: Adaptado de Dornelas 2001. 42 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Rua Olindo Nandi, nº 52 Centro. Treze de Maio- SC – Cep 88.710-000 Tiago Rechia Mariot – Gerente-proprietário Tiago_mariot@hotmail.com 43 3.1 SUMÀRIO EXECUTIVO O sumário executivo integra o plano de negócios demonstrando os aspectos, como o negócio, a estratégia de comunicação, as competências dos empreendedores e viabilidade financeira. 3.1.1 O negócio A Mariot Construções atuará no ramo da construção civil, desenvolvendo projetos direcionados a classes de consumo como a B2, C1, C2, D e E, onde os incentivos governamentais o aumento da renda destas classes, oferecem a oportunidade da casa própria. Serão empreendimentos de 80 m2, onde contarão com uma estrutura básica para atender aos anseios que esta população procura na compra de seu imóvel próprio. 3.1.2 A estratégia de comunicação A estratégia de vendas é vinculada ao mix de marketing, utilizando como principal ferramenta a participação em feirões promovidas pela Caixa Econômica Federal, e também vincular em meios de comunicação como jornais de circulação regional, em rádios locais e outdoors em locais específicos os empreendimentos e assim tornando a marca da empresa mais forte e rentável. 3.1.3 As competências dos empreendedores A gestão do negócio ficará a cargo do empreendedor Tiago Rechia Mariot, com experiência no setor administrativo, operacional e financeiro, que neste ano estará concluindo o curso de administração na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. O sócio ficará com a gestão técnica o Engº Civil Tadeu Luiz Mariot, formado na UNISUL e atua profissionalmente desde o ano de 2008, onde já realizou diversos projetos arquitetônicos, estruturais, hidráulicos e elétricos acumulando experiências diversas. 3.1.4 Viabilidade financeira O plano financeiro, a partir da composição dos custos e da projeção de 44 venda, a realização dos empreendimentos proporcionará um bom retorno financeiro para a empresa, conforme pode ser observado no Demonstrativo de Resultados e na Análise do Investimento realizado. No primeiro ano de funcionamento a empresa deverá alcançar um faturamento bruto de aproximadamente R$ 448.000,00, porém, o ponto de equilíbrio fechará em torno de R$ 18.983,59. O tempo estimado para a empresa recuperar o investimento inicial é de 5 empreendimentos, já lucratividade é de aproximadamente 20,18% ao ano, demonstrando uma oportunidade com retorno a curto prazo, o que ajuda a evidenciar a viabilidade do futuro empreendimento. 3.2 Caracterização da Empresa foco do estágio A Uni Júnior – Orientação Empresarial é uma organização composta por estagiários e assessorada por professores, com formatação de empresa júnior, cuja equipe reúne condições para desenvolver parcerias que busquem alternativas para aumentar a eficiência, eficácia e efetividade de empresas em sua área de atuação, além de oferecer suporte para desenvolvimentos de projetos, planos e pesquisas. Reconhecemos que o grande desafio dos gestores empresariais na atualidade é o de atuar em um cenário conjuntural, dinâmico, globalizado e em constantes mudanças. Para podermos corresponder às suas expectativas, nos propomos a desenvolver pesquisas e processos a fim de ajudar as empresas a se habilitarem para enfrentá-los. Conta com um grupo de acadêmicos com iniciativa e espírito empreendedor, capazes de influenciar na transformação, integração, negociação e aprendizado dos processos e procedimentos organizacionais. Oferecemos uma parceria para as organizações desenvolverem internamente talentos e condições para alcançar as mudanças que permitam o desenvolvimento e o crescimento empresarial A Uni Júnior conta com cerca de 13 estagiários, divididos nos períodos matutino e vespertino, todos vivenciando o ambiente empresarial, assim aplicando o conhecimento teórico passado em sala de aula, tornando um aprendizado mais fácil, dessa forma preparada para ser um profissional de sucesso nas organizações. 45 3.2.1 Missão, visão e objetivos. A missão da Uni Júnior consiste em “promover o desenvolvimento pessoal e profissional do acadêmico CECIESA-GESTÃO por meio da prestação de serviços às empresas da região, bem como fomentar a transmissão do conhecimento entre universidade e empresa”. Como visão a instituição busca: • Aperfeiçoar o consultor júnior, a fim de torná-lo um profissional capacitado e competitivo. • Desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor. • Abrir espaços às novas lideranças, possibilitando o contato entre empresários e futuros profissionais. • Facilitar o ingresso e o contato direto de futuros profissionais com o seu mercado de trabalho. • Oferecer ao mercado um trabalho de qualidade com preços adequados. Enquanto visão a Uni Júnior pretende “Ser lembrada como sinônimo de qualidade no desenvolvimento de projetos de consultoria” 3.2.2 Portfólio de Serviços Através do respaldo técnico de professores conceituados, da graduação e pós-graduação da Univali, busca o desenvolvimento profissional e técnico de seus clientes, através da realização de um serviço de alta qualidade, a preços acessíveis. Áreas de atuação Serviços Oferecidos CONSULTORIA MERCADOLÓGICA - Plano de Marketing; - Planejamento de Vendas; - Pesquisa de Satisfação; - Pesquisa de Mercado e Análise de Segmentos; - Análise da Concorrência; 46 - Mapeamento de Mercado; - Estudo de Viabilidade Mercadológica; - Estratégias de Comunicação; CONSULTORIA ORGANIZACIONAL - Planejamento Estratégico; - Plano de Negócios; - Mapeamento de Processos; - 5`S; - Estruturação Organizacional; - Descrição de Normas e Procedimentos; - Indicadores de Desempenho; - PDCA. LOGÍSTICA - Gestão de Estoques; - Distribuição Física; - IRVCTR - Índice Regional de Variação dos Custos no Transporte Rodoviário de Carga; - Implantação sistema de custeio gerencial para empresas de transporte (carga e passageiro); - Implantação de um programa de manutenção operacional e preventiva para frota rodoviário; - Treinamento in-company (motivação – administração moderna de transporte e frotas – negociação de fretes – etc.); - Auditoria logística (transporte – armazenagem – distribuição); - Elaboração de tabelas de frete para transporte de carga fracionada e lotação; - Estudo de Renovação e dimensionamento de Frota. CONSULTORIA FINANCEIRA - Análise Financeira Empresarial; - Análise de Custos e Precificação de Produtos; - Estrutura e Análise de Custos; - Viabilidade Econômica. 47 RECURSOS HUMANOS - Recrutamento e Seleção; - Plano de Cargos e Salários; - Treinamento e Desenvolvimento; - Pesquisa de Clima Organizacional; - Gestão de Desempenho por
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